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JOGOS DE ALFABETIZAÇÃO NAS AULAS DE REFORÇO

No documento Eixo 2 - Formação de professores (páginas 134-137)

Fabiane Carla Carboni1

Rosemari de Almeida Rosa2

RESUMO

Considerando que o indivíduo precisa apropriar-se da escrita e da leitura para inserir-se na sociedade e considerando as particularidades no processo de ensino aprendizagem de cada aluno, as aulas de reforço são de suma importância para que as crianças que tem dificuldades e não conseguem acompanhar o desenvolvimento em sala de aula, recebam uma atenção mais focada em suas individualidades. Esse trabalho é realizado duas manhãs por semana (contraturno) e tem como recurso didático os jogos educativos, os quais possibilitam de maneira lúdica, a recuperação de conteúdos não aprendidos. Percebe-se resultados bastante produtivos e o progresso em sala de aula, sendo que buscamos atender as maiores dificuldades, nos possibilitando alterações na condução das práticas educativas.

Palavras-chave: Jogos. Educando. Aprendizagem.

1 INTRODUÇÃO

Sabe-se que o cidadão que domina a leitura e a escrita tem melhores oportunidades de inserção social e consegue viver mais dignamente. O objetivo do presente trabalho é constatar as dificuldades presentes no processo de aprendizagem dos alunos que não conseguem acompanhar as aulas e amenizá-las através de atividades diferenciadas que os envolvam de forma participativa, considerando que as crianças são capazes e o que as diferem é o ritmo diferenciado na aprendizagem de cada uma. Ao trabalharmos com alunos do reforço, percebemos a importância de o professor disponibilizar ao educando uma atividade da qual que consiga fazer, de acordo com sua fase de desenvolvimento na aprendizagem.

2 DESENVOLVIMENTO

Utilizamos jogos como recurso didático no processo ensino-aprendizagem nas aulas de reforço, os quais possibilitam a recuperação de conteúdos no caso de alunos que não conseguem aprender por variados motivos e necessitam de um acompanhamento diferenciado. Como algumas crianças estão em fase de alfabetização e precisam de auxílio especial pelo fato de não acompanharem

o andamento das aulas, o reforço possibilita uma maior atenção a estes. Duas manhãs por semana trabalhamos em contra turno, organizando atividades de alfabetização como: dominó, bingo de listas de palavras, entre outros. Os jogos foram trabalhados em grupo, agregando novos conhecimentos a partir das interações entre eles, além de ser uma aprendizagem lúdica e prazerosa, em que as crianças reforçam suas práticas de leitura e escrita. Segundo a Lei de Diretrizes e Bases para a Educação Nacional, lei n.º 9.394 de 20/12/1996 – título II, art. 3º, que apresentam, entre outros, os princípios de “I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; e [...] IX - garantia de padrão de qualidade;” educação escolar pública de qualidade deverá ser garantida pelo Poder Público, mediante as ações governamentais do Estado e Municípios a fim de que sejam efetivados os incisos educacionais nela previstos. A fim de concretizar tal dispositivo, o Governo Federal apresenta sobre esta mesma Lei, em seu capítulo II, Art. 24, inciso V, que, mediante ao fracasso escolar do aluno, haverá “possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar” e “obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar.” (BRASIL, 1996). A partir do exposto na LDB, o reforço escolar é efetivado mediante a execução de ações dos projetos desenvolvidos pela Unidade Escolar, que possibilitam a recuperação de conteúdos, no caso dos alunos que não conseguem por diferentes motivos e precisam de um acompanhamento diferenciado. Para Hanff et al. (2003), uma das primeiras medidas adotadas buscando o reforço e recuperação de conteúdos foram as classes de Aceleração, que surgiram do desenvolvimento de propostas pedagógicas designadas ao atendimento aos alunos com determinadas dificuldades, objetivando em primeiro lugar a assimilação e a aprendizagem efetiva. Segundo o exposto:

A aceleração é um projeto que se propõe recuperar os alunos considerados “incapazes” de acompanhar o ensino. Na condição de fracassado na sua formação e de marginalizado, assim reconhecido pelo sistema de educação oficial, o aluno é incluído nas classes de aceleração para complementação do ensino, na expectativa de ter a certificação mais rápida. (HANFF et al., 2003, p. 1).

A partir dessa perspectiva entende-se, que as turmas de aceleração, assim como as aulas de reforço propiciaram maior visibilidade aos problemas de aprendizagem, amenizando alguns dos principais deles que se encontram na leitura e escrita.

3 CONCLUSÃO

Percebemos que, com as aulas de reforço, por meio das atividades de alfabetização, as crianças vêm avançando significativamente no aprendizado quanto a leitura e a escrita. No princípio

tinham o conhecimento do alfabeto, porém, não conseguiam fazer junção de sílabas, e hoje já conseguem formar palavras. As crianças demonstram bastante interesse quanto aos jogos educativos de alfabetização e se envolvem nas atividades, o que nos faz perceber a absorção dos objetivos por parte deles com resultados bastante produtivos e progressos em sala de aula. Vimos que, mediante as aulas de reforço, pode-se contribuir para que se amenizem os problemas relacionados ao baixo rendimento de alguns alunos em sala de aula. Por meio deste, com suas estratégias metodológicas, colabora para a estimulação do aprendizado dando maior atenção as particularidades existentes de cada aluno, o que é difícil de conciliar em sala de aula em meio a tantos alunos em fases de desenvolvimento diferenciadas. Concluímos que ao trabalharmos os jogos de alfabetização, houve o envolvimento e o desenvolvimento de cada criança, em que percebemos as dificuldades e facilidades de cada um, assim, dando prioridade as atividades apresentadas com maiores dificuldades e possibilitando alterações necessárias na condução de nossas práticas educativas.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei n 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação

nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 20 dez. 1996.

HANFF, B. B. C. et al. Classes de Aceleração: “Pedagogia” da inclusão ou da exclusão? In: CONGRESSO DE LEITURA – COLE, 2003, Campinas. Anais... Campinas, 2003.

No documento Eixo 2 - Formação de professores (páginas 134-137)