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Os juros sobre o capital próprio – JCP são instituto criado pela legislação tributária, incorporado ao ordenamento societário brasileiro por força da Lei 9.249/95.

São formas de distribuição dos lucros apurados pela entidade, assim como os dividendos. A grande diferença entre uma e outra forma de distribuição está no ônus tributário. Os acionistas não pagam tributos sobre os dividendos recebidos (afinal o lucro já foi tributado na entidade). Já em relação aos juros sobre o capital próprio recebidos há a tributação ode 15% de imposto de renda (a entidade que recolhe o tributo na fonte).

Base de Cálculo

Segundo a Lei n° 9.249/95, alterada pela Lei n° 12.973/14, devem ser consideradas para a apuração da base de cálculo dos Juros sobre o Capital Próprio as seguintes contas do Patrimônio Líquido.

• Capital Social

• Reservas de Capital

• Reservas de Lucros

• Ações em Tesouraria

• Prejuízos Acumulados

Perceba, portanto, que a conta Ajustes de Avaliação Patrimonial, integrante do Patrimônio Líquido, não integra seu cálculo. Sendo assim, podemos afirmar que a base de cálculo dos JCP é a seguinte:

𝑩𝑪 𝑱𝑪𝑷 = 𝑪𝑺 + 𝑹𝒆𝒔. 𝑪𝒂𝒑𝒊𝒕𝒂𝒍 + 𝑹𝒆𝒔. 𝑳𝒖𝒄𝒓𝒐𝒔 − 𝑨çõ𝒆𝒔 𝒆𝒎 𝑻𝒆𝒔𝒐𝒖𝒓𝒂𝒓𝒊𝒂 − 𝑷𝒓𝒆𝒋𝒖í𝒛𝒐𝒔 𝑨𝒄𝒖𝒎𝒖𝒍𝒂𝒅𝒐𝒔 Vamos aproveitar para analisar o art. 9° da Lei n° 9.249/95.

Art. 9º A pessoa jurídica poderá deduzir, para efeitos da apuração do lucro real, os juros pagos ou creditados individualizadamente a titular, sócios ou acionistas, a título de remuneração do capital próprio, calculados sobre as contas do patrimônio líquido e limitados à variação, pro rata dia, da Taxa de Juros de Longo Prazo – TJLP.

Vamos verificar como isso pode ser cobrado em sua prova!

(CESPE – Contador – DPU – 2016) Os juros pagos a titular, sócios ou acionistas, a título de remuneração do capital próprio, poderão ser deduzidos na demonstração do resultado do exercício, sendo seu cálculo realizado sobre as contas do patrimônio líquido ajustado e limitado à variação, pro rata dia, da taxa de juros de longo prazo (TJLP).

( ) CERTO ( ) ERRADO RESOLUÇÃO:

Segundo o art. 9°da Lei n° 9.249/95 a pessoa jurídica poderá deduzir, para efeitos da apuração do lucro real, os juros pagos ou creditados individualizadamente a titular, sócios ou acionistas, a título de remuneração do capital próprio, calculados sobre as contas do patrimônio líquido e limitados à variação, pro rata dia, da Taxa de Juros de Longo Prazo – TJLP.

Com isso, correta a afirmativa.

GABARITO: C

Bom, voltando ao cálculo dos Juros Sobre o Capital Próprio temos o seguinte:

𝑱𝑪𝑷 = 𝑩𝒂𝒔𝒆 𝒅𝒆 𝑪á𝒍𝒄𝒖𝒍𝒐 𝑱𝑪𝑷 × 𝑻𝒂𝒙𝒂 𝒅𝒆 𝑱𝒖𝒓𝒐𝒔 𝒅𝒆 𝑳𝒐𝒏𝒈𝒐 𝑷𝒓𝒂𝒛𝒐

No entanto, existem dois limites a serem respeitados no cálculo dos Juros sobre o Capital Próprio.

A entidade deve observar um limite para fins de utilização da dedutibilidade dos Juros sobre o Capital Próprio sobre a base de cálculo do imposto de renda. Tal limite corresponde ao maior valor entre:

• 50% x (Reservas de Lucros + Lucros Acumulados)

• 50% x Lucro Líquido

A Receita Federal entendia que os Juros sobre o Capital Próprio deveriam ser apresentados na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) como se fossem despesas financeiras. Isso é fundamental para que seu valor seja deduzido da base de cálculo do Imposto de Renda. No entanto, tal procedimento não está alinhado com as normas internacionais.

Exemplo:

A contabilização dos Juros sobre o Capital Próprio, segundo a legislação fiscal, é a seguinte:

D – Despesa com Juros sobre o Capital Próprio (DRE)

C – Juros sobre o Capital Próprio a Pagar (Passivo Exigível)

No entanto, o procedimento contábil de registro do montante dos JCP como despesa não pode mais ser seguido por nenhuma entidade, à vista das novas normas contábeis brasileiras a partir de 2008, já que esse é um registro totalmente de natureza fiscal.

Portanto, algumas bancas organizadoras levam em consideração as disposições da Deliberação CVM n°

683/2012, que dispõe que o tratamento contábil dado aos JCP deve, por analogia, seguir o tratamento dado ao dividendo obrigatório. Ou seja, deve ser distribuído a partir da conta Lucros Acumulados.

Assim, para estas bancas o seguinte lançamento deve ser realizado em sua distribuição:

D – Lucros Acumulados (Patrimônio Líquido) C – Juros sobre o Capital Próprio a Pagar (Passivo Exigível) Vamos analisar algumas questões sobre este tema!

(CESPE – Técnico – EBSERH – 2018) A conta juros sobre o capital próprio a pagar tem natureza credora e é utilizada para contabilizar valores relativos a ajustes ao patrimônio líquido da entidade.

( ) CERTO ( ) ERRADO RESOLUÇÃO:

A conta Juros sobre o Capital Próprio a Pagar é classificada no Passivo Exigível da entidade. Tem natureza, portanto, credora. No entanto, não tem qualquer relação com eventuais ajustes realizados no Patrimônio Líquido da entidade.

Com isso, incorreta a afirmativa.

GABARITO: E

(Quadrix – Técnico – CFO/DF – 2017) Ao optar pelo pagamento de juros sobre o capital próprio aos seus acionistas, a empresa poderá deduzi-los no cálculo do imposto de renda, ficando as pessoas físicas beneficiárias sujeitas ao imposto de renda retido na fonte à alíquota de 15%.

( ) CERTO ( ) ERRADO RESOLUÇÃO:

A grande vantagem dos Juros sobre o Capital Próprio é sua dedutibilidade do imposto de renda. Os acionistas, beneficiários dos JCP, ficam sujeitos à uma alíquota de 15% (que é retido na fonte)

Com isso, correta a afirmativa.

GABARITO: C

(FGV – Analista – CM Caruaru – 2015) Assinale a opção que indica a correta evidenciação nas Demonstrações Contábeis do Valor dos Juros sobre Capital Próprio referentes a determinado exercício.

a) Despesas Operacionais na Demonstração do Resultado do Exercício.

b) Despesas Financeiras na Demonstração do Resultado do Exercício.

c) Dividendos na Demonstração do Resultado do Exercício.

d) Dividendos na Demonstração de Mutações do Patrimônio Líquido.

e) Outros Resultados Abrangentes na Demonstração de Mutações do Patrimônio Líquido.

RESOLUÇÃO:

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) entende que os Juros sobre o Capital Próprio devem ter o mesmo tratamento que os dividendos, ou seja, derem distribuídos a partir do saldo existente na conta Lucros Acumulados.

D – Lucros Acumulados (Patrimônio Líquido) C – Juros sobre o Capital Próprio a Pagar (Passivo Exigível)

Sendo assim, para a FGV os Juros sobre o Capital Próprio não são evidenciados na DRE, mas na Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, tal qual os dividendos distribuídos.

Com isso, para a FGV a alternativa D é o gabarito da questão.

GABARITO: D

(CESPE – Técnico – SUFRAMA – 2014) Os juros sobre o capital próprio, calculados com base na taxa de juros de longo prazo, integram o grupo de despesas financeiras na DRE.

( ) CERTO ( ) ERRADO RESOLUÇÃO:

Entende-se que os Juros sobre o Capital Próprio devem ser apresentados na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) como se fossem despesas financeiras. Isso é fundamental para que seu valor seja deduzido da base de cálculo do Imposto de Renda. No entanto, tal procedimento não está alinhado com as normas internacionais.

Sendo assim, para que o valor dos Juros sobre o Capital Próprio é revertido na última linha da DRE. Ou seja, é apresentado imediatamente antes do resultado do período.

Com isso, na visão do CESPE correta a afirmativa.

GABARITO: C

(FUNCAB – Analista de Contabilidade – SEPLAG-MG – 2014) Os Juros sobre Capital Próprio (JCP) representam uma modalidade de remuneração dos sócios, que têm no Patrimônio Líquido dos empreendimentos, sua base de cálculo. Uma das alternativas abaixo apresenta um grupo de contas, que é excluído do cálculo do JCP. Identifique-a.

A) Reservas de Lucros B) Reservas de Capital

C) Ajuste de Avaliação Patrimonial D) Prejuízos Acumulados

RESOLUÇÃO:

Juros sobre o Capital Próprio são Juros pagos ou creditados a titular, sócios ou acionistas, a título de remuneração do capital próprio, calculados sobre as contas do patrimônio líquido da pessoa jurídica e limitados à variação, pro rata dia, da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP).

Para fins de cálculo dos juros sobre o capital, não se incluem entre as contas do Patrimônio Líquido sobre as quais os juros devem ser calculados os valores relativos a ajustes de avaliação patrimonial.

GABARITO: C

(FCC – ICMS/SC – 2018) Em 31/12/2016, o Patrimônio Líquido da empresa Dividendos S.A. possuía a seguinte composição:

− Capital Social R$ 750.000,00

− Reserva Legal R$ 60.000,00

− Ajuste de Avaliação Patrimonial R$ 50.000,00

O lucro, antes do imposto de renda e dos juros sobre o capital próprio de 2017, era R$ 100.000,00 e a TJLP de 2017 foi 10% no ano. O valor dos juros sobre o capital próprio que a empresa Dividendos S.A. poderia ter distribuído era, em reais,

a) 81.000,00.

b) 86.000,00.

c) 50.000,00.

d) 75.000,00.

e) 80.000,00.

RESOLUÇÃO:

A base de cálculo dos JCP é a seguinte: 𝐵𝐶 𝐽𝐶𝑃=𝐶𝑆+𝑅𝑒𝑠.𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙+𝑅𝑒𝑠.𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜𝑠−𝐴çõ𝑒𝑠 𝑒𝑚 𝑇𝑒𝑠𝑜𝑢𝑟𝑎𝑟𝑖𝑎−𝑃𝑟𝑒𝑗𝑢í𝑧𝑜𝑠 𝐴𝑐𝑢𝑚𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜𝑠

𝑩𝑪 𝑱𝑪𝑷 = 750.000 + 60.000 = 𝑹$ 𝟖𝟏𝟎. 𝟎𝟎𝟎

Com isso podemos calcular o valor dos Juros sobre o Capital Próprio!

𝐽𝐶𝑃 = 𝐵𝑎𝑠𝑒 𝑑𝑒 𝐶á𝑙𝑐𝑢𝑙𝑜 𝐽𝐶𝑃 × 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝐽𝑢𝑟𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝐿𝑜𝑛𝑔𝑜 𝑃𝑟𝑎𝑧𝑜 𝑱𝑪𝑷 = 𝑅$ 810.000 × 10% = 𝑹$ 𝟖𝟏. 𝟎𝟎𝟎

No cálculo dos JCP a entidade deve observar o maior valor entre os seguintes limites:

𝟏° 𝑳𝒊𝒎𝒊𝒕𝒆: 50% × (𝑅𝑒𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜𝑠 + 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜𝑠 𝐴𝑐𝑢𝑚𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜𝑠) = 50% × 𝑅$ 60.000 = 𝑹$ 𝟑𝟎. 𝟎𝟎𝟎 𝟐° 𝑳𝒊𝒎𝒊𝒕𝒆: 50% × 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 = 50% × 𝑅$ 100.000 = 𝑹$ 𝟓𝟎. 𝟎𝟎𝟎

Assim, conclui-se que a entidade poderá destinar apenas R$ 50.000 para o pagamento dos Juros sobre o Capital Próprio, o que torna a alternativa C correta.

GABARITO: C

(FEPESE – ISS Florianópolis – 2014) Os acionistas da Cia. Floripana de Metalurgia S/A solicitam que a empresa estude a possibilidade de efetuar o pagamento dos dividendos como juros sobre o capital próprio (JSCP), em função do benefício fiscal para alguns acionistas.

Qual seria o valor a ser pago como rubrica de juros sobre o capital próprio se a empresa resolvesse atender à solicitação dos acionistas, mas não alterando o lucro do período?

Não há restrição legal para o cálculo dos JSCP.

a) 46.375

b) 49.781 c) 62.226 d) 66.375 e) 69.226 RESOLUÇÃO:

Questão toda atrapalhada da FEPESE!

Juros sobre o Capital Próprio (JCP) são juros pagos ou creditados a titular, sócios ou acionistas, a título de remuneração do capital próprio, calculados sobre as contas do patrimônio líquido da pessoa jurídica e limitados à variação, pro rata dia, da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP).

A vantagem, para a empresa, em pagar Juros sobre o Capital Próprio ao invés de Dividendos é que aquele é evidenciado na DRE como Despesa Financeira, diminuindo a base de cálculo do Imposto de Renda. Salienta-se que o valor do JCP é adicionado à DRE em sua última linha, evidenciado o Lucro Líquido do Exercício. Desta forma, o ônus de pagamento do IR passa para o acionista, quando receber os dividendos.

Geralmente os Juros sobre o Capital Próprio (JCP) são calculados da seguinte forma de:

𝑱𝑪𝑷 = 𝑩𝒂𝒔𝒆 𝒅𝒆 𝑪á𝒍𝒄𝒖𝒍𝒐 𝑱𝑪𝑷 × 𝑻𝒂𝒙𝒂 𝒅𝒆 𝑱𝒖𝒓𝒐𝒔 𝒅𝒆 𝑳𝒐𝒏𝒈𝒐 𝑷𝒓𝒂𝒛𝒐

No entanto, não há informação a respeito da taxa de juros de longo prazo. Assim, vamos utilizar os dados que temos disponíveis...

O Lucro Líquido apurado foi de R$ 199.125, dos quais R$ 49.781 foram para o pagamento de dividendos. Isso representa uma distribuição de dividendos de 25% do lucro (49.781 / 199.125).

O enunciado pede o valor do JCP que a entidade poderia pagar sem alterar o lucro líquido do exercício. Ora, para não alterar o lucro líquido apenas se o valor dos juros sobre o capital próprio for igual a zero! Veja:

Resultado Bruto 348.000

(–) Despesas gerais (32.000)

(–) Despesas financeiras (5.500) (–) Despesa de depreciação (45.000)

(–) JCP (zero)

(=) Resultado operacional 265.500 (–) Imposto de Renda (25%) (66.375)

(+) JCP zero

(=) Resultado líquido 199.125

Na verdade o que a FEPESE quis dizer é o seguinte: considerando que o pagamento do Imposto de Renda sobre os JCP ficarão a cargo dos acionistas e não da entidade, como ocorre na distribuição de dividendos, qual será o valor que a entidade poderá distribuir, a título de JCP, sem alterar o valor final do seu Patrimônio Líquido.

Neste sentido, o valor será de R$ 66.374,67 (R$ 49.781 / 0,75). Neste cenário, vamos verificar qual será o valor do Lucro Apurado.

Resultado Bruto 348.000

(–) Despesas gerais (32.000)

(–) Despesas financeiras (5.500) (–) Despesa de depreciação (45.000)

(–) JCP (66.374,67)

(=) Resultado operacional 199.125 (–) Imposto de Renda (25%) (49.781,33)

(+) JCP 66.374,67

(=) Resultado líquido 215.718,67

Neste sentido, este resultado líquido seria destinado à conta Lucros Acumulados, que posteriormente destinaria a parte dos Juros sobre o Capital Próprio a Pagar (R$ 66.374,67) para o Passivo da Entidade, restando um saldo de R$ 149.344, que é exatamente o saldo apresentado na conta “Lucros retidos do período” no Balanço Patrimonial da entidade (que é resultado da diferença entre o lucro apurado, de R$ 199.125, e os dividendos distribuídos, de R$ 49.781).

Enfim, questão trágica! Até foi boa a intenção do examinador, mas o questionamento levaria à conclusão de que para se ter o mesmo lucro apurado o valor dos juros sobre o capital próprio deveria ser igual a zero!

De toda forma, a opção que apresenta o valor mais próximo aos Juros sobre o Capital Próprios calculados, de R$ 66.374,67, é a alternativa D.

GABARITO: D

(FUNCAB – Analista de Contabilidade – SEPLAG-MG – 2014) Identifique, nas alternativas abaixo, o valor dos Juros sobre o Capital Próprio, passível de distribuição aos sócios, a partir das seguintes informações:

1. Valor máximo para dedução fiscal: R$ 150.000,00.

2. Composição do Patrimônio Líquido no início do período, em R$:

- Capital Social 1.500.000,00 - Reservas de Capital 100.000,00 - Ajuste de Avaliação Patrimonial 200.000,00 - Reservas de Lucros 300.000,00 Total do PL 2.100.000,00

3. Percentual da TJLP no período: 8%.

4. Lucro do exercício antes da carga tributária direta: R$ 250.000,00 A) R$ 152.000,00

B) R$ 150.000,00 C) R$ 160.000,00 D) R$ 250.000,00 RESOLUÇÃO:

Vimos que os Juros sobre o Capital Próprio são Juros pagos ou creditados a titular, sócios ou acionistas, a título de remuneração do capital próprio, calculados sobre as contas do patrimônio líquido da pessoa jurídica e limitados à variação, pro rata dia, da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP).

Assim, os Juros sobre o Capital Próprio (JCP) são de:

𝑱𝑪𝑷 = 𝑷𝒂𝒕𝒓𝒊𝒎ô𝒏𝒊𝒐 𝑳í𝒒𝒖𝒊𝒅𝒐 𝒙 𝑻𝒂𝒙𝒂 𝒅𝒆 𝑱𝒖𝒓𝒐𝒔 𝒅𝒆 𝑳𝒐𝒏𝒈𝒐 𝑷𝒓𝒂𝒛𝒐

No entanto, neste cálculo não deve ser considerado o valor da conta Ajuste de Avaliação Patrimonial. Assim:

𝑱𝑪𝑷 = (𝑅$ 2.100.000,00 − 𝑅$ 200.000,00) 𝑥 8% = 𝑹$ 𝟏𝟓𝟐. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎 Assim, correta a alternativa A.

Por fim, gostaria se mencionar que nem todo o montante dos Juros sobre o Capital Próprio pode ser considerado como despesa dedutível para efeitos de determinação do lucro real. O valor dedutível é limitado ao maior dos seguintes limites:

– 50% do Lucro Líquido do Exercício antes da dedução dos Juros sobre o Capital Próprio;

– 50% da soma dos Lucros Acumulados e Reservas de Lucros.

Assim, vamos calcular tais limites e destacar o maior valor! 50% 𝑥 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 = 50% 𝑥 𝑅$ 250.000,00 = 𝑹$ 𝟏𝟐𝟓.𝟎𝟎𝟎,𝟎𝟎 50% 𝑥 𝑅𝑒𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜𝑠 = 50% 𝑥 𝑅$ 300.000,00 = 𝑹$ 𝟏𝟓𝟎.𝟎𝟎𝟎,𝟎𝟎

Assim, perceba que o maior limite, de R$ 150.000,00, deve ser respeitado.

Ou seja, o valor dos Juros sobre o Capital Próprio para fins de dedutibilidade para determinação do IR é de R$

150.000,00!

GABARITO: A

Pessoal, com isso terminamos a aula desta semana! Não aliviei na quantidade de questões e você não pode aliviar com seus pontos fracos. Massacre-os!

Qualquer dúvida estou à disposição no fórum do site. Se preferir pode me procurar através de minhas redes sociais.

Grande abraço e até a próxima!