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Art 1.946 Legado um só usufruto conjuntamente (sem quotas determinadas) a duas ou mais pessoas, a parte da que faltar acresce aos co-legatários.

No documento Profa. Ana Flávia Borges (páginas 49-52)

Parágrafo único. Se não houver conjunção entre os co-legatários, ou se, apesar de

conjuntos, só lhes foi legada certa parte do usufruto, consolidar-se-ão na propriedade (ou

seja, nas mãos dos proprietários) as quotas dos que faltarem, à medida que eles forem

faltando.

REDUÇÃO DAS DISPOSIÇÕES TESTAMENTÁRIAS

Se a quota disponível ultrapassar o limite de 50 %, afetando a legítima, os herdeiros necessários podem pleitear a redução das disposições testamentárias (art. 1967 e 1968)

Não se anula o testamento ou a cláusula testamentária, mas procede-se apenas uma transferência de bens da quota disponível para a legítima.

A redução pode ser efetuada nos próprios autos do inventário se houver acordo entre os interessados. Não havendo acordo, somente se fará nos autos do inventário se o excesso mostra- se evidente e a questão não for de alta indagação.

Podem os herdeiros necessários, seus sucessores ou credores, ou ainda os cessionários de seus direitos, intentar AÇÃO DE REDUÇÃO para recompor a legítima com os bens que excedem a quota disponível.

Pode haver a redução de doações – art. 549

Considera-se nula somente a parte que exceder a de que o doador, no momento da liberalidade, poderá dispor em testamento.

ORDEM DAS REDUÇÕES (art. 1.967 e §§)

ainda que se esgote totalmente.

• Haverá redução proporcional das quotas dos herdeiros instituídos, se forem vários.

• 2º- Se esta redução não bastar, passar-se-à a dos LEGADOS na proporção de seu valor, até que se complete a legítima dos herdeiros necessários.

• 3º- Se ainda assim, tal não ocorrer, passar-se-á a redução das doações, começando pelas mais novas. Se da mesma data a redução será proporcional.

REVOGAÇÃO DO TESTAMENTO

Características do testamento – ser essencialmente revogável (art. 1858).

O testador pode revogá-lo quando lhe aprouver, sem declinar o motivo. NULA é a clausula que o declare irrevogável, ou obrigue o testador a não alterá-lo, pois a liberdade de testar é de ordem pública e não admite limitações.

H) Exceção: O testamento é irrevogável na parte em que o testador reconhecer filho (art. 1.609, III).

I) Art. 1.969 – O testamento pode ser revogado pelo mesmo modo e forma como pode ser feito.

Não se deve entender que o segundo terá necessariamente a mesma forma do que está sendo revogado. Um testamento público tanto pode ser revogado por outro público como por um cerrado, particular, marítimo, aeronáutico ou militar, e vice-versa. O IMPORTANTE É QUE O NOVO TESTAMNETO SEJA VÁLIDO.

Testamento revogado não se restaura pelo simples fato de ter sido revogado também o que o revogou. Para que ocorra a repristinação das disposições revogados, é necessário que o novo testamento expressamente as declare restauradas.

ESPÉCIES DE REVOGAÇÃO - Quanto à extensão:

• Total – quando retira a inteira eficácia do testamento.

• Parcial – quando atinge somente alguma cláusula, permanecendo eficazes as demais.

- Quanto à forma:

A) Expressa – feita por declaração inequívoca do testador manifestada em novo testamento (não se admite outra forma, como escritura pública, codicilo ou outro ato autêntico).

B) Tácita : Quando o testador não declara que revoga o anterior, mas há incompatibilidade entre as disposições deste e do novo testamento. As disposições do anterior subsistem em tudo que não for contrário às do posterior (art. 1.970, p. Único).

Em caso de dilaceração ou abertura do testamento cerrado pelo testador ou por outrem, com seu consentimento (art. 1972).

Se entregue ao juiz com o lacre rompido, o juiz deve considerá-lo revogado, salvo se os interessados demonstrarem de forma convincente que a abertura ou dilaceração foi feita contra a vontade do testador, ou por terceiro, acidental ou dolosamente.

ROMPIMENTO DO TESTAMENTO

Ocorre o rompimento do testamento por determinação legal, na presunção de que o testador não teria disposto de seus bens se soubesse da existência de algum herdeiro necessário.

- Art – 1973

1ª hipótese - de cujus que ao testar não tinha nenhum descendente e posteriormente vem a tê-lo (havido ou não do casamento).

testamento com o nascimento de outro: ambos dividirão entre si a legítima.

2ª hipótese: quando o testador ignorava ao testar, a concepção e existência de um filho, ou imagina enganadamente que seu descendente houvesse morrido. A descoberta posterior acarreta o rompimento automático do testamento;

- Art. 1974 - Estende a possibilidade de ruptura também no caso de ignorância de existirem outros herdeiros necessários (ascendente e cônjuge). Assim por exemplo, se o filho, ao testar, ignorava a existência de ascendente, que supunha estar morto, rompido estará o testamento, uma vez descoberto o erro.

OBS: Art. 1.975 – Se o testador se limita a dispor somente da quota disponível, a exclusão dos herdeiros necessários não implica em rompimento do testamento.

TESTAMENTEIRO

- É o executor do testamento. Incumbe-lhe cumprir as obrigações do testamento, zelar por sua validade, defender a posse dos bens da herança e requerer ao juiz que lhe conceda meios necessários para cumprir as disposições testamentárias.

- É cargo de confiança do testador, sua condição é personalíssima, indelegável e intransmissível (para ser representado por procurador, são necessários poderes especiais)

- A lei faculta ao testador encarregar pessoa de sua confiança para cumprir as disposições de sua última vontade.

- Pode nomear, em testamento ou codicilo (art. 1883, CC), um ou mais testamenteiros, conjuntos ou separados (art. 1976).

NA FALTA de testamenteiro nomeado pelo testador, a execução testamentária compete ao cônjuge sobrevivente e, em falta deste, ao herdeiro nomeado pelo juiz.

Se não houver pessoas nessas condições, o juiz designará pessoa estranha à família, pois o testamento não pode permanecer sem executor (qualquer pessoa natural, desde que idônea e capaz, pode ser nomeada testamenteira).

- O testamenteiro pode ser instituído (quando nomeado pelo testador) e dativo (quando nomeado pelo juiz).

- O testador só pode conferir a posse da herança ao testamenteiro se não houver cônjuge sobrevivente, descendentes e ascendentes, ou se estes não a quiserem ou não puderem exercê- la, pois cabe a eles, preferencialmente, a posse e a administração da herança (art. 1977).

* Recusa – como não se trata de múnus público e sim de interesse particular, a recusa não precisa ser motivada. Depois de aceita a nomeação, a recusa deverá ser justificada.

- REMUNERAÇÃO – o testamenteiro tem direito a um prêmio pelos serviços prestados, que se denomina vintena. O seu montante é livremente fixado pelo testador. Se não o fizer, o juiz arbitrará entre os limites de 1 a 5% sobre toda a herança líquida, conforme a importância dela e a maior ou menor dificuldade na execução do testamento, salvo disposição testamentária em contrário (art. 1987, CC), sendo deduzida da metade disponível quando houver herdeiros necessários.

- A testamentaria é função remunerada. Somente o herdeiro instituído ou legatário a exercerão desinteressadamente, mas o testador pode, se desejar, fixar remuneração para os mesmos. Neste caso, o herdeiro ou legatário poderá preferir o prêmio à herança ou ao legado (art. 1988).

OBS: Mesmo que as dívidas absorvam todo o acervo, o testamenteiro não ficará sem remuneração, pois esta sairá do monte e será suportada pelos credores.

encargo, deve prestar contas.

- Remoção – o pedido deve ser feito pelos herdeiros e deve ser motivado, ou pode ser removido de ofício pelo juiz.

OBS2: Se o testamenteiro for removido ou não cumprir o testamento o prêmio será acrescido à herança (CC, art. 1989).

Novo CPC:

“Art. 735. (...)

No documento Profa. Ana Flávia Borges (páginas 49-52)