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Legislação Ambiental do Estado do Tocantins

BRASIL

3. ANÁLISE REGIONAL

3.2. AVALIAÇÃO ECOLÓGICA DA ZONA DE AMORTECIMENTO DO PEL

3.3.2. Legislação Ambiental do Estado do Tocantins

A Lei n.º 261/91, de 20 de Fevereiro de 1991, definiu a Política Ambiental para o Estado do Tocantins. Em seu Artigo 2º são estabelecidos os princípios fundamentais dentre os quais destaca-se:

II. participação comunitária;

III. compatibilização com as políticas ambientais nacional e regional;

V. compatibilização entre as políticas setoriais e demais ações de Governo;

No Artigo 4º são listadas as principais diretrizes para a execução da Lei:

I. controle, fiscalização, vigilância e proteção ambiental;

II. estímulo ao desenvolvimento científico e tecnológico voltado para a preservação ambiental;

III. educação ambiental;

§ Único - os mecanismos referidos no caput deste artigo, deverão ser aplicados às seguintes áreas:

I. desenvolvimento urbano e político-habitacional;

II. desenvolvimento industrial;

III. agricultura, pecuária e silvicultura;

IV. saúde pública;

V. saneamento básico e domiciliar;

VI. energia, transporte rodoviário e de massa;

VII. mineração.

No título II, Do Meio Ambiente, Capítulo I, Da Proteção do Meio Ambiente o Artigo 8º estabelece medidas legais e administrativas para proteção do meio ambiente. Para seu efeito destaca-se o seguinte:

III - Participará do macrozoneamento do Estado do Tocantins e de outras atividades de uso do solo;

X - Autorizará, de acordo com a legalidade vigente, desmatamentos ou quaisquer alterações da cobertura vegetal nativa, primitiva ou regenerada e florestas homogêneas;

XVII - Autorizará, avaliará e decidirá ouvir a comunidade em audiência pública, sobre estudos de impacto ambiental;

A mesma Lei em seu Artigo 40 cria o Conselho de Política Ambiental do Estado.

A regulamentação da Lei 261/91 é feita pelo Decreto n.º 10.459 de 08 de junho de 1.994.

O Seu Artigo 1º dita as disposições gerais “o controle ambiental será executado pelo NATURATINS junto às atividades industriais, comerciais, prestadores de serviço, agrícolas, pecuária, de extração mineral e vegetal e outras fontes de qualquer natureza, públicas ou privadas que produzem ou possam produzir alterações adversas às características do meio ambiente”.

O NATURATINS, no âmbito de sua competência expedirá licença ambiental, caracterizada por fases de implantação dos empreendimentos ou atividades, referentes à execução e exploração de qualquer projeto ou obra, pública ou não, que utilize ou degrade recursos ambientais ou o meio ambiente.

As licenças ambientais são:

I - Licença Prévia (LP), expedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento ou atividade;

II - Licença de Instalação (LI), autoriza o início da implantação do empreendimento ou atividade, de acordo com as especificações constantes do projeto executivo, e quando for o caso das prescrições contidas no EIA/RIMA, aprovado;

III - Licença de Operação (LO), autoriza o início do empreendimento ou atividades, e o funcionamento dos equipamentos de controle ambiental exigidos de acordo com o previsto nas licenças prévia e de instalação, bem como no respectivo EIA/RIMA, e no seu monitoramento.

Seguindo temos:

Art. 18º - Os projetos ou planos serão analisados de forma a verificar-se a amplitude dos impactos ambientais, imediatos e a longo prazo, temporários e permanentes, discriminando os mais relevantes, sua magnitude, grau de reversibilidade, propriedades cumulativas e sinergéticas, as especificações de ônus benefícios sociais, bem como a descrição territorial e natureza da atividade ou obra a ser instalada.

Art. 19º - O Estudo de Impacto Ambiental, indicará as medidas preventivas, saneadoras, mitigadoras e/ou compensatórias dos impactos negativos, entre elas os equipamentos de controle de poluição e sistemas de tratamento de efluentes, estabelecendo os planos e programas específicos com respectivos prazos e recursos necessários à sua implantação.

Art. 20º - Ao determinar a execução do Estudo de Impacto Ambiental, o NATURATINS e/ou COMATINS, fornecerão as instruções adicionais que se fizerem necessárias, pela peculiaridade do projeto e características ambientais da área.

§ Único - As instruções adicionais levarão em conta a natureza, a dimensão dos empreendimentos, o estágio em que se encontram, a organização territorial e as condições ambientais da localidade ou região em que serão implantados os outros fatores de interesse.

Art. 22º - Dependerão da elaboração do EIA/RIMA todas as atividades citadas no art. 2º da Resolução CONAMA n.º 001, de 23 de janeiro de 1986, além das que forem especificadas pelos órgãos apreciados dos Estudos e Relatórios de Impacto Ambiental.

Art. 23º - A análise técnica do EIA/RIMA realizada pelo NATURATINS, quando necessário, será submetida a apreciação do COMATINS, juntamente com o parecer da equipe responsável pela análise.

§ Único - Quando se tratar de projeto de grande porte, o EIA/RIMA também será submetido a apreciação da Comissão Permanente do Meio Ambiente da Assembléia Legislativa.

LEI No 1.323, de 4 de abril de 2002, que dispõe sobre os índices que compõem o calculo da parcela do produto da arrecadação do ICMS pertencente aos Municípios e adota outras providências.(Decreto nº 1.666, de 26 de dezembro de 2002 que regulamenta esta Lei e dispõe sobre os índices que compõem o cálculo da parcela do produto da arrecadação do ICMS pertencentes aos Municípios).

Art. 1o Na composição dos cálculos da parcela do produto da arrecadação do Imposto Sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre a Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS, a partir do exercício de 2003, serão adotados índices que incentivem os municípios a:

I - criar leis, decretos e dotações orçamentárias que resultem na estruturação e implementação da Política Municipal de Meio Ambiente e da Agenda 21 local;

II - abrigar unidades de conservação ambiental, inclusive terras Indígenas;

III - controlar queimadas e combater incêndios;

IV - promover:

a) a conservação e o manejo do solo;

b) o saneamento básico;

c) a conservação da água;

d) a coleta e destinação do lixo.

A LEI No 1.307, de 22 de março de 2002, que Dispõe sobre a Política Estadual de Recursos Hídricos, que compatibiliza com os objetivos da Lei Federal - Lei das águas.

O Estado do Tocantins conta com a Política Florestal, Lei nº 771, de 07/07/1995, que busca promover o equilíbrio ecológico, a preservação do patrimônio genético e a melhoria da qualidade da vida (Art. Nº 01), através de instrumentos de uso sustentável.

No Art. Nº 3º (Lei nº 771) são enumerados os seguintes objetivos da Política Florestal:

I - assegurar a conservação das principais formações fitogeográficas;

II - disciplinar a exploração dos adensamentos vegetais nativos, através de sua conservação e fiscalização;

III - controlar a exploração, utilização e consumo de produtos e subprodutos florestais;

IV - desenvolver ações com a finalidade de suprir a demanda de produtos florestais susceptíveis de exploração e uso;

V - promover a recuperação de áreas degradadas;

VI - proteger a flora e a fauna silvestres;

VII - estimular programas de educação ambiental e de turismo ecológico em áreas florestais.

A Política Estadual reforça e adequa os instrumentos da Legislação Florestal Nacional, contando o Decreto nº 838, 13/10/1999, que regulamentou a Lei nº 771.

Em 30 de janeiro de 2001, através da Instrução Normativa nº 01/2001, define parâmetros para áreas de Reserva Legal.

Art. 2º. Definir parâmetros para áreas de reserva legal no que se refere às florestas e outras formas de vegetação nativa, ressalvadas as situadas em áreas de preservação permanente, de domínio público ou privado, com vegetação nativa florestal, representando respectivamente, no mínimo de cada propriedade rural, dentro do Estado do Tocantins, o percentual de:

I - 20% (vinte por cento) em regiões com tipologia representativa de campos gerais;

II - 35% (trinta e cinco por cento) para as regiões com tipologia representativa de cerrados, sendo no mínimo 20% (vinte por cento) na propriedade e 15% (quinze por cento) na forma de compensação em outra propriedade, desde que localizada na mesma microbacia e seja igualmente averbada no mesmo termo de averbação; e III - 80% (oitenta por cento) em regiões com tipologia representativa de floresta primária e secundária.

Parágrafo único. A vegetação das áreas de varjões são consideradas como vegetação de Cerrado.

Em abril de 2005 foi publicada a Lei nº 1.560 de 5 de abril de 2005, que institui o Sistema Estadual de Unidades de Conservação da Natureza - SEUC, estabelecendo os critérios e normas para criação, implantação e gestão, que revigora e atualiza os aspectos de outras leis e principalmente da Política Florestal.

Cabe ao órgão executor da Política de Conservação, o NATURATINS, promoverem a otimização destes atributos legais quanto ao PEL.