• Nenhum resultado encontrado

GRUPO DETERMINAÇÃO DESCRIÇÃO E EXEMPLOS

2.8 Legislações Correlacionadas ao Objeto de Estudo

Em uma seqüência cronológica foram organizadas as principais legislações correlacionadas ao tema de trabalho, assim são elas:

Em 1934, foi criada a Constituição Nacional, que citava no Capítulo I, Disposição Preliminar, em seus artigos 20 e 21, as primeiras descrições de domínio da área natural de rios, lagos e ilhas especificando a posse de domínio público da União e Estados.

A Portaria do Ministério do Interior - MINTER / Portaria Ministerial n°. 53, de 1° de março de 1979 - Determina que os projetos específicos de tratamento e disposição de resíduos sólidos, ficam sujeitos à aprovação do órgão estadual competente.

No ano de 1981, a Lei Federal nº. 6.938, de 31 de agosto, sancionou que poluidor pode ser tanto pessoa jurídica ou física, de direito privado ou público, responsável direta ou indiretamente, por atividades causadoras de danos ambientais.

CONAMA nº. 001/86 – define responsabilidades e critérios para avaliação de impacto ambiental e também as atividades que necessitam de Estudo de Impacto Ambiental - AIA e Relatório de Impacto Ambiental – RIMA;

CONAMA nº. 11/86 – altera o artigo 2º. Da resolução CONAMA nº. 001 de 23 de janeiro de 1986, que estabelece critérios para o uso e implementação da Avaliação de Impacto Ambiental – EIA como um dos instrumentos da Política Nacional de Meio Ambiente;

CONAMA nº. 002/91 – dispõe sobre o manuseio de cargas deterioradas, contaminadas, fora de especificação ou abandonadas que serão tratadas como fontes potenciais de risco ao meio ambiente;

47 CONAMA nº. 006/91 - estabelece sobre o tratamento de resíduos sólidos provenientes de estabelecimentos de saúde, portos e aeroportos, desobrigando a incineração como única forma de tratamento;

CONAMA nº. 008/91 - veda a entrada no Brasil de materiais residuais destinados à disposição final e incineração;

CONAMA nº. 237/97 – dispõe sobre o sistema de licenciamento ambiental, a regulamentação de seus aspectos na forma do estabelecido na Política Nacional de Meio Ambiente, estabelece critério para o exercício da competência para o licenciamento a que o artigo 10 da Lei nº. 6.938/81 e dá outras providências;

CONAMA nº. 257/99 – orienta no descarte de pilhas e baterias usadas e dá outras providências no que se refere à coleta, reutilização, reciclagem, tratamento e disposição final, revogada pela CONAMA nº. 401/08;

CONAMA nº. 264 de 26 de agosto de 1999 estabelece sobre o licenciamento de fornos rotativos na produção de clínquer para atividade de co-processamento de resíduos: domiciliares brutos, de serviço de saúde, os radioativos, explosivos, organoclorados, agrotóxicos e afins.

CONAMA nº. 316, de 29 de outubro de 2002, dispõe sobre procedimentos e critérios para o funcionamento de sistemas de tratamento térmico de resíduos.

CONAMA nº. 313/02 – Dispõe sobre o inventário de resíduos gerados e / ou existentes que deverão ser objeto de controle específico das indústrias.

Segundo SCHNEIDER et al, 2001, os resíduos farmacêuticos são aqueles classificados como medicamentos vencidos, contaminados, interditados ou não utilizados, conforme a NBR 12808 da ABNT – 1993, e frisa que estes resíduos devem ser tratados com cuidado e utilização de equipamento de proteção individual.

A Lei Orgânica do Distrito Federal foi criada pela Câmara Legislativa em 08 de junho de 1993 e a Lei Distrital de nº. 1.399, de 10 de março de 1997, onde altera o art. 15

48 da Lei n.º 41, de 13 de setembro de 1989, que dispõe sobre a Política Ambiental do Distrito Federal e de outras providências.

Em 1998 a Lei de Crimes Ambientais de nº. 9.605, de 12 de fevereiro dispõe sobre as sanções penais e administrativas, derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente e dá outras providencias.

Também em 1998 foi criada a Portaria nº. 344 da ANVISA, que é mais específica para os resíduos farmacêuticos Controlados, isto é, aqueles que são provenientes de produto farmacêutico.

Os resíduos controlados são medicamentos - produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico. São oriundos de medicamentos que foram rejeitados, refugados na produção, testados em controle de qualidade, enfim descartados de alguma forma no processo produtivo. Para que estes resíduos sejam gerados são necessárias algumas autorizações conforme a Agência Nacional de Vigilância Sanitária descreve na Portaria 344/1998.

Para a manipulação, fabricação, distribuição, ou até mesmo embalar ou dar qualquer fim, às substâncias desta portaria é obrigatória a obtenção de Autorização Especial concedida pela Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde. Esta Autorização Especial deverá ser protocolizada pelos responsáveis dos estabelecimentos da empresa, onde procederá a inspeção da empresa em questão e logo após será emitido o parecer para autorizar ou não, para a manipulação do produto controlado, conforme o Certificado de Autorização Especial logo após a publicação no Diário Oficial da União.

Os resíduos Não – Controlados: são aqueles que não seguem alguma exigência da Agência de Vigilância Sanitária, mas são classificados como resíduos provenientes de indústria, assim deverão ser quantificados e destinados adequadamente conforme legislação vigente.

No que se refere aos procedimentos e critérios para funcionamento de sistemas de tratamento térmico dos resíduos a Resolução CONAMA nº. 316 de 29 de outubro de 2002 e suas alterações determina alguns cuidados em seu manuseio.

No sentido de mapear os resíduos gerados pelas diferentes indústrias a Resolução CONAMA nº. 313 de 2002 estabeleceu regras para inventariar os mesmos, com isso os

49 órgãos ambientais podem controlar um pouco mais tais resíduos (CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE, 2008).

A fim de trabalhar formas mais específicas de tratamento dos resíduos industriais e aqueles ligados a indústria farmacêutica a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, regulamentou as disposições técnicas das Boas Práticas para a Fabricação de Medicamentos, nº. 210/2003 descrevendo sobre a necessidade dos procedimentos operacionais padrões sobre auto - inspeção, a fim de que haja uma “padronização mínima no tratamento interno”, do estabelecimento em questão, para controle e descarte dos resíduos de produção, e que seja no mínimo anual.

Em complemento a RDC 210/2003 surgiu um trabalho também específico para os resíduos farmacêuticos na Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) da ANVISA, regulamentando assim, para o Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde, nº. 306/2004, propondo em seu texto sobre os cuidados devidos para as diferentes etapas de: manejo, segregação, acondicionamento, identificação, transporte interno, armazenamento temporário, tratamento, armazenamento externo, coleta e transporte externos e disposição final, mapeando assim, desde o processo de sua origem até sua disposição final.

Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº. 210, de 4 de agosto de 2003 – determina a todos os estabelecimentos fabricantes de medicamentos, o cumprimento das diretrizes de Boas Práticas de Fabricação, considerando as recomendações da Organização Mundial de Saúde – OMS.

Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº. 306, de 7 de dezembro de 2004 – aprova o regulamento técnico para gerenciamento de resíduos de serviço de saúde, a ser observado em todo território nacional, na área pública e privada.

Na Resolução CONAMA nº. 358 de 29 de abril de 2005 tratam dos resíduos sólidos oriundos dos serviços de saúde, norteando as etapas dos processos de manuseio, segregação, armazenamento e destinação final e dá outras providências.

Em 2006 a Resolução CONAMA n°. 382, de 26 de dezembro, estabelece os limites máximos de emissão de poluentes atmosféricos para fontes fixas.

50 Em 2010, após 20 anos, o Projeto de Lei do Senado Federal 354 / 1989 (projeto de Lei 203 / 1991) foi aprovado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal e sancionado pelo Presidente da República, dando origem à Lei nº. 12.305, de 2 de agosto de 2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Essa lei obriga os geradores de resíduos de forma geral, a serem mais responsáveis por sua destinação final, sendo que, algumas formas de tratamento como soluções mais viáveis, vêm sendo abordadas na logística reversa, incentivos fiscais, co – processamentos e outras tecnologias de destinação, segregação e tratamento final que auxiliarão as grandes empresas.