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Ligações aparafusadas e rebitadas

12.5.1 Inspecção de ligações aparafusadas não pré esforçadas

Todas as ligações aparafusadas e rebitadas não pré esforçadas devem ser visualmente verificadas depois de estarem aparafusadas com a localmente alinhada estrutura.

As ligações identificadas durante remoçao que não têm uma gama completa de parafusos devem ser verificadas para aplicação depois de os parafusos em falta serem instalados.

Os critérios de aceitação e as acções para corrigir a não conformidade deverão estar de acordo com o ponto 8.3 e 9.6.5.3.

Se a não conformidade se deve a diferentes camadas de espessura que ultrapassa os critérios especificados no ponto 8.1, a ligação deve ser refeita. Caso contrário a não conformidade deve ser corrigida, se possível, ajustando o alinhamento local do componente.

Se um sistema de isolamento é requerido nas junções entre aço inoxidável e outros metais, os requisitos para verificar a instalação devem também ser específicado.

12.5.2 Inspecção e ensaios de ligações aparafusadas pré esforçadas 12.5.2.1 Inspecção das superfícies de fricção

Se as ligações incorporam superfícies de fricção estas devem ser verificadas visualmente imediatamente antes da montagem. O critério de aceitação deve estar de acordo com o ponto 8.4. As não conformidade deverão ser corrigidas de acordo com o ponto 8.4.

Se são utilizados parafusos pré -sforçados para ligações de aço inoxidável, os requisitos para inspecção e ensaios devem ser especificados.

12.5.2.2 Inspecção prévia ao aperto

Todas as ligações com fixadores mecânicos pré esforçados devem ser visualmente verificadas depois de serem inicialmente aparafusadas com a localmente alinhada estrutura e antes do inicio do pré esforço. Os critérios de aceitação devem ser de acordo com o ponto 8.5.1.

Se a não conformidade se deve a diferentes camadas de espessura que ultrapassa os critérios especificados no ponto 8.1, a ligação deve ser refeita. Caso contrário a não conformidade deve ser corrigida, se possível, ajustando o alinhamento local do componente.

Se forem aplicadas anilhas biseladas estas devem ser verificadas visualmente de modo a garantir que a montagem está de acordo com o ponto 8.2.4 e Anexo J.

As ligações corrigidas devem ser novamente verificadas após conclusão.

Para as classes de execução EXC2, EXC3 e EXC4, o procedimento de aperto deve ser verificado. Se o aperto for realizado pelo método do momento de aperto ou o método combinado, os certificados de calibração da chave de dinanométrica devem ser analisados de modo a verificar a precisão segundo o ponto 8.5.1.

12.5.2.3 Inspecção durante e depois do aperto

Para além dos seguintes requisitos gerais para inspecção que se aplicam a todos os métodos de aperto excepto para o método HRC, os requisitos particulares são fornecidos nos pontos 12.5.2.4 até 12.5.2.7. Para as classes de execução EXC2, EXC3 e EXC4, a inspecção durante e após aperto devem ser realizadas da seguinte forma:

a) a inspecção de ligadores instalados e/ou métodos de instação deverá ser delineada dependendo do método de aperto utilizado. Os locais serão escolhidos de forma aleatória assegurando-se que a amostra sobre as seguintes variáveis de forma apropriada – tipo de ligação, esquema de aparafusamento, lot de ligadores, tipo e tamanho; equipamento e métodos utilizados;

b) para os propósitos de inspecção, um esquema de aparafusamento é definido como um conjunto de parafusos da mesma origem em ligações similares com o conjunto de elementos de aparafusamento do mesmo tamanho e classe. Um esquema de ligação de grandes dimensões pode ser subdividido num número de subgrupos para propósitos de inspecção;

c) o número total de aparafusamentos inspecionados numa estrutura será a seguinte:

– EXC2: para a segunda etapa do método de momento de aperto ou do método combinado e para o método DTI 5 %;

– EXC3 e EXC4:

i. para a primeira etapa 5 % e 10% para a segunda etapa do método combinado; ii. para a segunda etapa do método de momento de aperto e para o método DTI, 10%;

d) a menos que especificado, a inspecção deverá ser efectuada utilizando um plano de amostragem sequencial de acordo com o Anexo M, para um número suficiente de ligações aparafusadas até que as condições de aceitação ou a rejeição (ou todas as montagens tenham sido testadas), para o correspondente tipo sequencial são preenchidas pelos critérios relevantes. Os tipos sequenciais deverão ser os seguintes:

– EXC2 e EXC3: Tipo sequencial A; – EXC4: tipo sequencial B;

e) a etapa de pré-aparafusamento deverá ser verificada através de inspecção visual de modo a garantir que as ligações estão totalmente encostadas;

f) para a inspecção final de aperto definitivo o mesmo conjunto de aparafusamento deverá ser usado para verificar a falta de aperto, e se especificado, o excesso de aperto;

g) para a inspecção do pré-aparafusamento apenas o critério de falta de aperto deverá ser verificado;

h) os critérios de definição de uma não conformidade e requisitos para a acções correctivas são especificadas a seguir para cada método de aperto;

i) se a inspecção conduz a uma rejeição, todas a ligações aparafusadas no subgrupo de aparafusamento deverão ser verificadas e resultantes acções correctivas devem ser tomadas. Se o resultado de uma inspecção quando utilizada uma sequencia tipo A é negativo, a inspecção pode ser alargada a sequencia tipo B;

j) depois de concluída uma nova inspecção é necessária.

Se os ligadores não são aplicados de acordo com o método definido, a remoção e re-instalação de todo o esquema de aparafusamento deverá ser testemunhado.

12.5.2.4 Método de momento de aperto

A inspecção do conjunto de aparafusamento deverá ser realizada, utilizando o Quadro 25, pela aplicação de um binário de aperto à porca (ou a cabeça do parafuso se especificado) utilizando uma chave dinanométrica calibrada. O objectivo é de verificar que o binário de aperto necessário para iniciar a rotação é igual ou pelo menos 1,1 vezes o valor do binário de aperto Mr,j (i.e Mr,2 ou Mr,ensaio). Devem ser tomadas precauções de

modo a garantir o mínimo de rotação. As seguintes condições são aplicavéis:

a) a chave dinanométrica utilizada para as inspecções deverá estar correctamente calibrada com uma precisão de  4%;

b) a inspecção deverá ser realizada entre 12 h a 72 h após a conclusão de aperto do subgrupo de aparafusamento respeitante:

NOTA 1: Se os conjuntos de aparafusamento a ser inspecionados são de diferentes lotes de montagem e com valores de

inspecção de binário de aperto diferentes, os locais de cada um dos lotes deve ser estabelecido.

NOTA 2: Se as superfícies de contacto são revestidas para protecção, em particular pintadas, a perda de pré-esforço pode ser

tal que não é possível o cumprimento critério especificado. Os procedimentos especiais de inspecção, tais como o continuo supervisionamento do aperto, podem ser necessários nestas circunstancias.

c) se o resultado é a rejeição, a precisão da chave de calibração deverá ser verificada. Quadro 25 – Inspecção do aperto através do método de momento de aperto Classe de

execução No início do aperto Depois do aperto

conjunto de aperto

EXC3 e EXC4

– Identificação da localização do lote de conjunto de aperto

– Verificação do procedimento de aperto para cada esquema de aparafusamento

Inspecção da segunda etapa de aperto

NOTA: Para definição do lote de conjunto de aparafusamento ver EN 14399-1.

Um conjunto de aparafusamento para o qual a porca gire mais de 15º pela aplicação da inspecção ao binário de aperto é considerada com falta de aperto (<100%) e deverá ser reapertada até 100% do binário requerido. 12.5.2.5 Método combinado

Para as classes de execução EXC3 e EXC4 a primeira etapa deverá ser controlada antes da marcação utilizando as mesmas condições de binário de aperto utilizadas para atingir a condição de 75%. Um parafuso que gire mais de 15º pela aplicação da inspecção ao binário de aperto é considerado defeituoso e deverá ser reapertado.

Se as ligações não estão totalmente encostadas, de acordo com o ponto 8.3 e 8.5.1, a calibração das chaves dinanométricas em combinação com as forças aplicadas deverão ser controlados através de ensaios suplementares de modo atingir a correcta tensão de pré-aperto. Se necessário, a primeira etapa deve ser repetida com os valores de binário de aperto corrigidos.

Se ainda não encostadas, a espessura e as folgas das ligações montadas deverão ser inspecionadas e ajustadas.

Antes do incio da segunda etapa, as marcações das porcas relativamente a rosca dos parafusos deverá ser visualmente inspecionada. Qualquer marcação em falta deverá ser corrigida.

Depois da segunda etapa, as marcas deverão ser inspecionadas com base nos seguintes requisitos:

a) se o ângulo de rotação é superior a 15º abaixo do valor especificado, este ângulo deverá ser corrigido; b) se o ângulo de rotação é superior a 30º sobre o valor especificado ou o parafuso ou porca tiverem

falhado, a ligação deve ser substituída por uma nova. 12.5.2.6 Método HRC

A inspecção deverá ser realizada a 100% dos conjuntos aparafusados através de inspecção visual. Conjuntos de aparafusamento totalmente apertados são identificados como aqueles que as estrias estão aparadas. Os conjuntos de aparafusados para os quais a estria se mantém são considerados com falta de aperto.

Se o aperto de conjuntos aparafusados HRC é completo utilizando o método de momento de aperto de acordo com os pontos 8.5.3 ou pelo método DTI, estes serão inspecionados de acordo com os pontos 12.5.2.4 ou 15.5.2.7.

12.5.2.7 Método do indicador de tensão directa

Depois da etapa de pré-aperto, as ligações deverão ser inspeccionadas de modo a garantir que elas são devidamente encostadas de acordo com o ponto 8.3. O alinhamento local das ligações não conformes deverá ser corrigido antes que aperto final se inicie.

Depois do aperto final, as uniões seleccionadas para inspecção de acordo com o ponto 12.5.2.3 deverão ser verificadas de modo a estabelecer que os parâmetros do indicador final estão de acordo com os requisitos especificados no Anexo J. A inspecção visual deverá incluir uma verificação para identificar qualquer sinal da totalidade de compressão do indicador. Não mais de 10% dos indicadores num esquema de ligação aparafusada deve apresentar compressão completa do indicador.

Se os ligadores não estão instalados de acordo com o Anexo J ou se os parâmetros do indicador final não se encontram dentro dos limites especificados, a remoção e re-instalação da união não conforme deverá ser supervisionada e todo o esquema de aparafusamento deverá ser inspecionado. Se o indicador de tensão directa não foi apertado aos limites de especificação, a união pode ser ainda mais apertada até que o seu limite seja atingido.

12.5.3 Inspecção, ensaios e reparações de rebites instalados a quente 12.5.3.1 Inspecção

O número global de rebites inspeccionados numa estrutura deverá ser de pelo menos 5% com um mínimo de 5.

As cabeças dos rebites aplicados deverão ser visualmente inspecionados e devem cumprir os critérios de aceitação do ponto 8.7.

A inspecção de contacto satisfatório deverá ser realizada com um toque leve na cabeça do rebite com um martelo de 0,5 Kg. A inspecção é realizada utilizando um plano de amostragem sequencial de acordo com o Anexo M, para um número suficiente de rebites até que as condições de aceitação ou a rejeição (ou todas as montagens tenham sido testadas), para o correspondente tipo sequencial são preenchidas pelos critérios relevantes. Os tipos sequenciais deverão ser os seguintes:

– EXC2 e EXC3: Tipo sequencial A; – EXC4: tipo sequencial B;

Se a inspecção conduz a uma rejeição, todos os rebites deverão ser verificados e as devidas acções correctivas devem ser tomadas.

12.5.3.2 Reparações

Se for necessário substituir um rebite defeituoso, deverá ser realizado antes da estrutura ser solicitada. O corte deverá ser realizado através de cinzelamento ou por corte.

Depois da remoção do rebite, a furação do mesmo será inspecionada cuidadosamente. No caso de fissuras, concavidades ou distorção da furação esta será fresada. Se necessário, o rebite de substituição deverá ser de diâmetro superior ao removido.

12.5.4 Inspecção de componentes conformados a frio e ligação de chapas 12.5.4.1 Parafusos auto-roscantes e auto-perfurantes

Se utilizados parafusos auto-roscantes, os buracos de amostra deverão ser medidos periodicamente através de visitas ao estaleiro de obra de modo a garantir que estão de acordo com as especificações dos fabricantes. Se utilizados parafusos auto-perfurantes em obra, parafusos de amostra deverão ser verificados no local periodicamente de modo a garantir a integridade da rosca após aplicação. Este método é aconselhado para cada aplicação distinta, ligadores que demonstrem valores fora dos limites de tolerância fornecidos pelos fabicantes para deformação na forma rosca, devem ser considerados como não conformes e substituídos por ligadores novos.

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