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PARTES INTERNAS E EXTERNAS DO GABINETE DA PIA E PIA:

7.4 LIMPEZA NO AMBIENTE OPERATÓRIO - RECOMENDAÇÕES PRÁTICAS BASEADAS EM EVIDÊNCIAS

7.4.1 Limpeza de Salas de Cirurgias

A limpeza e a desinfecção das superfícies em ambiente operatório são fundamentais para prevenir a propagação de microrganismos patogênicos, principalmente os multirresistentes, garantindo a limpeza e segurança. A literatura aponta que este ambiente é de alto risco de transmissão de patógenos. Isso se deve ao fato de haver alto grau de contato entre pacientes, profissionais de saúde e superfícies do ambiente (BRASIL, 2012).

Para minimizar a exposição e o risco de pacientes e profissionais aos patógenos presentes nas superfícies do ambiente operatório, o conselho consultivo da Associação de Enfermagem Perioperatória (AORN) aprovou um documento que reúne as melhores práticas recomendadas para limpeza ambiental. O documento é baseado nas melhores evidências disponíveis na literatura entre 2008 e 2013, sendo a força da evidência classificada pela AORN (AORN, 2017).

7.4.2 Atribuições

As definições de responsabilidades por tarefas e frequências que envolvem a limpeza e/ou desinfecção de diferentes superfícies, assim como o gerenciamento de resíduos no ambiente cirúrgico deverão ser definidos, preferencialmente, por uma equipe multidisciplinar, cujos membros atuem direta ou indiretamente no centro cirúrgico e conheçam suas especialidades (AORN, 2017).

7.4.2.1 Limpeza Preparatória

A limpeza e a desinfecção devem ser realizadas antes do início das cirurgias programadas do dia, independente do centro cirúrgico ou centro obstétrico tenham sido submetidos anteriormente a uma limpeza terminal. Esta medida garante a eliminação de partículas depositadas por ação da gravidade nas superfícies (AORN, 2017).

As Superfícies envolvidas na limpeza preparatória são mesas auxiliares, bancadas e equipamentos.

Elas devem passar por limpeza e desinfecção (BRASIL, 2012).

Para retirar as partículas que se depositaram durante a noite por ação da gravidade, a limpeza deverá ser realizada antes da desinfecção, com pano de limpeza manual umedecido com solução detergente que dispense o enxágue. O pano deverá fazer fricção mecânica em sentido unidirecional na superfície a ser limpa. Um cuidado importante é mudar a face do pano sempre que apresente sujidade visível, umedecendo sempre que necessário, até que todas as faces sejam utilizadas (BRASIL, 2012).

Após a limpeza, realizar a desinfecção das superfícies com um novo pano embebido em desinfetante padronizado na instituição, repetindo a mesma técnica empregada para a limpeza (BRASIL, 2012).

Caso o produto padronizado seja composto por detergente e desinfetante, a operação de limpeza e desinfecção será realizada em um único passo (BRASIL, 2012).

7.4.2.2 Limpeza Concorrente

É realizada diariamente entre as cirurgias, não envolve o uso de máquinas, mas mops e saneantes.

Passo a passo:

1. Recolher os resíduos e depositá-los no hamper do carro funcional ou diretamente no carro de coleta interna I, se estiver próximo;

2. Lavar o recipiente de resíduo em local destinado para esse fim;

3. Observar se há matéria orgânica em qualquer superfície da sala. Caso haja presença, remover, limpar e desinfetar as superfícies comprometidas;

4. Realizar a limpeza de bancadas, mesas auxiliares, mesa cirúrgica, foco, maçaneta de porta com pano descartável ou pano de limpeza manual umedecido com solução detergente que dispense o enxágue;

5. Realizar a desinfecção das mesmas superfícies do item anterior com um novo pano descartável ou pano de limpeza manual umedecido em desinfetante padronizado pela instituição;

6. Passar o mop pó em todo o piso, recolh endo partículas maiores e poeira. Obedecer ao sentido final da sala em direção à porta. Caso seja utilizado o mop plano com fibras descartáveis, proceder o descarte da fibra utilizada no piso no saco hamper do carro funcional.

Em caso de mop pó ou plano com cabeleira ou fibras reutilizáveis, retirá-las e colocá-las em saco plástico e após a limpeza da sala, encaminhá-las para o reprocessamento;

7. Passar o mop úmido com solução detergente ou desinfetante no piso em sentido unidirecional, do final da sala em direção à porta. Após o “mopeamento” úmido, descartar ou encaminhar as fibras ou cabeleiras utilizadas no piso ao reprocessamento;

8. Repor os sacos plásticos para resíduos no(s) recipiente(s);

9. Lavar as luvas, removê-las com técnicas adequadas e higienizar as mãos;

10. Comunicar a liberação da sala;

11. Limpar e desinfetar materiais e equipamentos utilizados e reabastecer o carro funcional.

12. Superfícies verticais como parede será higienizada apenas na presença de matéria orgânica sendo realizado sua limpeza e desinfecção durante a limpeza terminal (BRASIL, 2012).

7.4.2.3 Limpeza Terminal

Na execução da limpeza terminal os seguintes passos são imprescindíveis:

• Recolher os resíduos e depositá-los no hamper do carro funcional ou diretamente no carro de coleta

• interna, se estiver próximo;

• Lavar o recipiente de resíduo em local destinado para esse fim;

• Observar se há matéria orgânica em qualquer superfície da sala. Caso haja presença, remover, limpar e desinfetar as superfícies comprometidas;

• Limpar o teto em sentido unidirecional com kit para limpeza de teto;

• Limpar com equipamento próprio ou pano de limpeza manual umedecido em solução detergente que

• dispense o enxágue: luminárias (parte externa), suporte do foco, escadinha e demais acessórios;

• Limpar paredes (de cima para baixo) e rodapés, portas e vidros;

• Realizar a limpeza de bancadas, mesas auxiliares, mesa cirúrgica, foco, maçaneta de porta com pano

• descartável ou pano de limpeza manual umedecido com solução detergente que dispense o enxágue;

• Realizar a desinfecção das mesmas superfícies do item anterior com um novo pano descartável ou pano de limpeza manual umedecido em desinfetante padronizado pela instituição;

• Lavar o piso com máquina utilizando solução detergente ou desinfetante;

• Aspirar líquidos do piso com aspirador próprio ou com a própria máquina;

• Repor os sacos nos recipientes para resíduos;

• Lavar as luvas, removê-las com técnicas adequadas e higienizar as mãos;

• Comunicar a liberação da sala;

• Limpar e desinfetar materiais e equipamentos utilizados e reabastecer o carro funcional (BRASIL, 2012).

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