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AS MÍDIAS SOCIAIS E O OCCUPY WALL STREET

No documento As mídias sociais e o Occupy Wall Street (páginas 57-81)

Nos últimos anos, o número de cidadãos de todas as idades, especialmente os jovens, que rejeitam estruturas políticas convencionais como partidos e sindicatos aumentou: eles preferem estruturas menos hierárquicas e um sistema participativo voltado de diferentes maneiras para a cultura da Internet (KULISH, 2011). De acordo com Yochai Benkle, diretor do Centro Internacional de Internet e Sociedade Berkman da Universidade de Harvard, “a sociedade está vendo uma geração de jovens entre vinte e trinta anos que estão acostumados a se auto organizarem”. Segundo Benkle, esses jovens acreditam que a vida pode ser mais participativa, mais descentralizada e menos dependente dos modelos tradicionais de organização, tanto na esfera pública quanto na privada: esses meios eram utilizados na economia industrial e já não servem mais para os dias de hoje (KULISH, 2011).

No início do século XXI, a internet, a telefonia celular integrada e a convergência digital representaram plataformas propícias para que houvesse condições de democracia, organização e articulação na sociedade da comunicação (VIZER, 2007). Ferramentas simples como o Facebook e o Twitter, construíram redes de indivíduos que levaram as suas ideias para as ruas: aconteceu no Egito, na Espanha, na Grécia e também nos Estados Unidos. Foi pelo conteúdo dessas mídias sociais que a mainstream media se interessou pelos movimentos. Muitos cidadãos reunindo-se em redes sociais conseguiram a atenção dessas grandes mídias, tendo assim, grande potencial para uma possível mudança (KANALLEY, 2011).

A conexão do OWS com as mídias sociais é muito forte. Elas se tornaram as principais plataformas de disseminação de informação do movimento; com uma simples conta em uma rede social, qualquer usuário em qualquer lugar do planeta era capaz de se conectar rapidamente com os acontecimentos e fatos do dia (BLUME, 2011, p.13). Segundo Sandivk (2012) “o movimento é um exemplo de como essas mídias, com o seu poder de democracia e comunicação, são capazes de protestar contra o poder financeiro do mundo e contra o seu papel na crise financeira global”. Entretanto, para Sandivk (2012), é ingênuo pensar que as mídias

sociais em si provocam mudanças: elas facilitam os movimentos sociais e políticos uma vez que aplicam a colaboração, a participação e a criação conjunta que são algumas das vantagens da comunicação via mídia social, todavia não mudam o sistema por si sós.

Para auxiliar na dispersão das informações, os manifestantes criaram um jornal da ocupação online, chamado de The Occupied Wall Street Journal. De acordo com a página do The Occupied Wall Street Journal:

The Occupied Wall Street Journal, membro do grupo de afinidade do OWS, é um dos muitos projetos de mídia que participam no movimento Occupy. The Occupied Wall Street Journal é possível graças a dezenas de pessoas brilhantes e talentosas que se ofereceram para trabalhar. O jornal saiu do papel graças às 1.600 generosas doações para uma festa beneficente. O OWSJ não representa ninguém, exceto seus participantes. As opiniões dos autores são deles próprios (THE OCCUPIED WALL STREET JOURNAL, 2013, tradução nossa)22.

Além do The Occupied Wall Street Journal há outras publicações com o mesmo viés do OWSJ, são elas: The Boston Occupier, The Occupy Harvard Crimson, The Occupied Times of London, Occupied Los Angeles Times, Occupy Pittsbugh Now e The Occupied Washington Post (THE OCCUPIED, 2013)

Na figura 8 é possível observar a conexão entre o movimento e a internet: quando os dois diagramas se juntam é possível verificar palavras como: livestream, mídia, grupos de trabalho, grupos de afinidades, occupy wall street journal, etc.

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The Occupied Wall Street Journal, an OWS affinity group, is one of many media projects participating in the Occupy movement. The Occupied Wall Street Journal is made possible by dozens of bright and talented people who have volunteered their work. The paper got off the ground thanks to over 1,600 generous donations to a kickstarter.com fundraiser. The OWSJ does not (and could not) represent anyone except its participants. The views of the authors are their own.

Figura 8 – a conexão entre o OWS e a internet.

Fonte: MURIENTE, Sofia Gallisa. Ampliando la conversación, 2012. Disponível em: < http://www.indig-nacion.org/ampliando-la-conversacion/ > Acesso em: 18 abr. 2013.

De acordo com Chayka (2011, tradução nossa):

Mais do que a habilidade de compartilhar fotos com amigos, ou de manter todos informados de seus hábitos alimentares, os protestos e o resultado da mudança política na Primavera Árabe trouxeram a tona o fato de que a mídia social está definindo a realidade da nossa era [...].23 Os manifestantes do OWS criaram uma central de mídia no centro do parque – não para encontrar a imprensa, mas para oferecer uma infraestrutura em que os manifestantes pudessem difundir as suas motivações, criticas e causas. O protesto está ocorrendo em um espaço digital e físico simultaneamente, assim como os que aconteceram no Egito, Líbia e Inglaterra, e em outras manifestações ao redor do mundo como na Espanha, Índia, Grécia e Israel – essa é a revolução 2.0.24

A estrutura on-line do Twitter e do Facebook facilitou a disseminação dessas informações entre os manifestantes. Os protestos eram continuamente documentados pelos próprios participantes: era difícil identificar quem eram os manifestantes, quem eram os repórteres e quem eram os turistas (CHAYKA, 2011).

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More than the ability to share photos with friends or keep everyone posted on your eating habits, the massive protests and resulting political change of the Arab Spring has driven home the point that online social media is the defining reality of our era.

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Protesters have created a media hub in the park's center — not to meet with press, but to provide the infrastructure for protesters to broadcast their own motivations, critiques, and causes. The protest is occurring in digital and physical space simultaneously, as it has in Egypt, Libya, and Britain, as well as in youth-driven protests currently in progress all around the world, in Spain, in India, in Greece, and in Israel — this is revolution 2.0.

Eles se fizeram conhecer on-line criando essa grande presença nas tradicionais mídias sociais. Uma conta no Twitter chamada @occupywallst, em Setembro de 2011, mês do inicio do movimento, já tinha 18.133 seguidores, enquanto o hashtag #occupywallstreet forneceu um foro ativo para que pessoas dentro e fora de Nova York pudessem participar dos protestos (na época, o twitter foi acusado de censurar os principais tópicos do hashtag #occupywallstreet) (CHAYKA, 2011). Já no Facebook, mais de 450 mil usuários aderiram a pagina do OWS nos meses de Setembro e Outubro de 2011 (KANALLEY, 2011). Nas duas primeiras semanas de manifestação, utilizando imagens de encorajamento, frases inspiradoras e vídeos das coberturas da imprensa, outra página do OWS no Facebook tinha 29,563 membros (CHAYKA, 2011).

O Twitter foi útil para disseminar informações a respeito das assembleias gerais, das ações diretas e de ações de confronto não planejadas com a policia. Além dessas informações, o Twitter possuiu uma grande importância na transmissão ao vivo dos acontecimentos. Essa plataforma foi uma importante ferramenta de auxilio para garantir justiça e responsabilidade em face de irregularidades, como os confrontos com a policia (BLUME, 2012, p.17).

Na figura 8 é possível verificar a utilização das mídias sociais com postagens a respeito do Occupy Wall Street entre os dias de 17 de Setembro de 2011 e 17 de Outubro de 2011 nos Estados Unidos.

Figura 9 – Utilização das mídias sociais entre Setembro e Outubro de 2011 – EUA.

Fonte: POSITION. Social Media Helps Spur #OccupyWallStreet Protests. Disponível em: < http://blogs.position2.com/social-media-helps-spur-occupywallstreet-protests> Acesso em: 27 maio 2013.

Segundo Chayka (2011), placas feitas em casa pelos próprios manifestantes com fotos e sinais forneceram às pessoas uma plataforma direta. Alguns manifestantes escreveram “Graças a Deus que o YouTube existe, por que a

minha mãe não tem dinheiro para pagar uma boa universidade”, “Essa rua é a nossa rua” e também “Parece que eu gosto das corporações?”. Outros manifestantes utilizaram a famosa mascara do filme V de Vingança e levavam placas que diziam “OCUPEM OS RICOS”. Vídeos no YouTube eram carregados e documentados diariamente, assim como imagens e pôsteres. Esses vídeos e imagens eram um dos veículos que possibilitava que as informações se disseminem entre as pessoas, muito mais do que a mainstream media (CHAYKA, 2011).

As mídias digitais, em especial as mídias sociais vem sendo apontadas como mídias capazes de mudar sociedades e de enriquecer movimentos democráticos. (SANDIVK, 2012). O aumento das mídias sociais vem mudando o discurso político ao redor do mundo estendendo o potencial para outras vozes e criando oportunidades para coordenação de grandes grupos e ações. Movimentos da Primavera Árabe demonstraram o inicio do poder político dessas novas mídias (Chang; Pimentel; Svistunov).

De acordo com Griffith (2012, tradução nossa):

Uma força notável do movimento Occupy Wall Street é o uso de tecnologias modernas e correntes populares para disseminar informações. O movimento se disseminou via Twitter hashtags, grupos no Facebook, fluxos de foto do Flickr e outros canais de mídia de massa. O Christian Science Monitor explicou em 12 de Outubro de 2011 que “todos os dias, milhões de tweets, posts e textos intensificam a conversa global em torno do assunto principal, criando, na sua essência, um banco de dados envolvente e vivo de informações sobre os protestos, o movimento e sobre seus possíveis objetivos”.25

As organizações de mídia de massa responderam ao OWS com “uma malévola negligencia”: o movimento que começou no dia dezessete de setembro, foi notado apenas oito dias depois, antes disso foi um completo “blecaute” das mídias tradicionais. A invisibilidade do movimento também foi sentida nas principais redes televisivas do país: somente dez dias depois do seu inicio é que o OWS virou manchete das grandes mídias (DE LUCA et al, 2012). O movimento ganhou apenas pequenas menções nos grandes jornais somente quando os manifestantes

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One noteworthy strength of the Occupy Wall Street movement is its use of modern day technology and popular currents for spreading information. Awareness of the movement spread via Twitter hashtags,Facebook groups, Flickr photo streams, and other channels of mass media. The Christian Science Monitor explained on October 12, 2011, “Every day, millions of tweets, posts, and texts swell the global chat around the topic, creating, in essence, a living and evolving database of raw information about the protest movement, its supporters, and its possible goals.

estavam transportando tendas para Zuccotti Park e quando deram início ao acampamento. Câmeras e vans de notícias não eram comuns nas primeiras semanas do OWS: em vez disso, a notícia da ocupação se espalhou pela blogosfera, “de boca em boca” (BAUER et al, 2011, p.168).

O fato de não haver cobertura televisiva no local dos protestos irritou não apenas os ativistas, mas também a população de um modo geral, que havia descoberto o movimento a partir de fontes não convencionais, como a internet. Dessa maneira, os hashtags #OWS e #occupywallst proliferaram no Twitter, criticando a falta de cobertura, com queixas de que as mídias convencionais estavam ignorando a ocupação: o fato da mainstream mídia não estar presente no OWS tornou-se uma história por si só (BAUER et al, 2011, p.168)

De acordo com De Luca et al (2012, tradução nossa):

Ainda que o poder das mídias tenha mudado com o crescimento da internet e das mídias sociais, as mídias tradicionais continuam cruciais para determinar a presença e a percepção de grupos ativistas. Não é de surpreender, eles têm um grande interesse em preservar o mundo como ele é, perpetuando o status quo. Como resultado, grupos ativistas buscando por mudanças sociais têm estremecido suas relações com as tradicionais mainstream mídias. Essas mídias se utilizam de duas estratégias predominantes para marginalizar esses grupos ativistas. A primeira é ignorando eles, condenando-os a invisibilidade e não existência. Já a segunda, é conceituar esses grupos negativamente. Essas duas estratégias foram implantadas no primeiro mês de existência do Occupy Wall Street.26

Após o inicial blecaute, veio uma grande confusão nos canais da mainstream mídia norte americana: com sensacionalismo, cada canal rotulou o OWS de maneira distinta, dificultando assim aos telespectadores a compreensão a respeito do movimento (BAUER et al, 2011, p.167).

Segundo BAUER et al (2011, p.167, tradução nossa):

A maioria das mídias se esforçou para encontrar uma narrativa clara para construir em torno de OWS, enquanto programas da televisão a cabo, conservadores e especialistas de rádio não perderam tempo atacando o movimento.Repórteres foram rotineiramente espancados, presos ou

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Although media power dynamics have changed with the emergence of the Internet and social media, traditional mass media organizations remain consequential in determining the presence and the reception of activist groups. Not surprisingly, they have a vested interest in preserving the world as it is, in perpetuating the status quo. As a result, activist groups advocating social change have strained relations with traditional mainstream mass media. Such organizations use two predominant strategies to marginalize activist groups. The first is ignoring them, dooming them to invisibility and nonexistence. The second is to frame them negatively. Both strategies were widely deployed in the first month of OWS’s existence.

impedidos de fazer o seu trabalho e um número expressivo de jornalistas perderam os seus empregos no processo, evidentemente, por que estavam muito perto do ativismo para o gosto de seus empregadores. Em outras palavras, o movimento tem feito nada menos do que testar os padrões de como o jornalismo objetivo deve ser em uma sociedade livre moderna27.

Algumas celebridades como o cineasta Michel Moore visitaram o Zuccotti Park para apoiar os manifestantes, entretanto, não foi esse fato que finalmente chamou a atenção da mainstream mídia: foi a brutalidade policial. A notícia de que 80 manifestantes haviam sido detidos em uma marcha pacífica para a Union Square e um vídeo chocante de quatro jovens mulheres que foram casualmente e atingidas por sprays de pimenta enquanto eram encurraladas pela polícia foi o que, finalmente, empurrou Occupy Wall Street para o ciclo de notícias nacionais (BAUER et al, 2011, p.169).

Segundo Cissel (2012), pode-se fazer duas analises a respeito da disseminação da informação do OWS. Enquanto a mídia tradicional fazia uso de informações confusas a respeito do movimento, as mídias alternativas, como o Facebook e o Twitter, focavam naquilo que os manifestantes realmente estavam tentando alcançar. Para Cissel (2012), os dois tipos de fontes destacaram os diversos conflitos em torno do OWS, todavia o fizeram também de maneira diferente. A mídia tradicional colocou os manifestantes em uma posição de violência, já as mídias alternativas focaram na brutalidade dos policiais contra os manifestantes pacíficos. Segundo Stafle (2011, p.50):

Atualmente, boa parte da imprensa mundial gosta de transforma-los (os manifestantes) em caricaturas, em sonhadores vazios sem dimensão concreta dos problemas. Como se esses arautos da ordem tivessem alguma ideia realmente sensata de como sair da crise atual.

Para Cissel (2012), o Occupy Wall Street conseguiu demonstrar a diferença das abordagens nos dois tipos de mídia. Por um lado, a mídia reportou o OWS como um movimento sem direção e confuso. Já as mídias alternativas focaram em como a policia, as corporações, o governo e a mídia os reprimiram por querer ter uma voz.

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Most outlets struggled to find a clear narrative to build around OWS, while conservative cable shows and radio pundits wasted no time attacking it. Reporters were routinely roughed up, arrested, or barred from doing their jobs, and a number have lost those jobs in the process, evidently skewing too close to activism for their employers’ tastes. In other words, the Occupy movement has done nothing less than test the very standards of what objective journalism should look like in a modern, free society.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A necessidade de pesquisar sobre a ligação das mídias sociais com os movimentos sociais que decorreram no ano de 2011 se faz imperativa uma vez que esses movimentos juntamente com o uso das mídias sociais modificaram o curso da história presente: no Egito, após a Primavera Árabe de Janeiro de 2011, o ditador Husni Murabak caiu; na Espanha, um movimento que começou primordialmente na capital Madrid se espalhou pelo país espanhol e pelo continente europeu e em seguida inspirou os americanos a darem inicio ao Occupy Wall Street.

A importância dessas mídias sociais na atualidade é mister, uma vez que é possível verificar a ameaça que elas são para os governos: no Egito os sites das mídias sociais foram bloqueados, e mais tarde a internet foi cortada. E também a possibilidade de utilizá-las não apenas para entretenimento e network, mas para reunir um grande número de pessoas, disseminar informações e fazer protestos pacíficos.

A presente pesquisa serviu para analisar o uso das mídias sociais no movimento norte americano Occupy Wall Street, mostrando o quão relevante essas mídias foram para disseminar as informações do movimento e apontando também a importância do OWS para o cenário mundial atual.

Objetivando caracterizar a crise econômica de 2008, que foi uma das grandes causas de existir do Occupy, foram explanadas as suas principais causas e consequências, como a bolha imobiliária e a quebra do banco Lehman Brothers e em decorrência desses fatos, o inicio dos protestos nos Estados Unidos.

Com a finalidade de apontar a ligação das mídias sociais com dois movimentos sociais que decorreram em 2011 os quais inspiraram o Occupy Wall Street, a Primavera Árabe no Egito e os Indignados na Espanha, foram explicados a formação desses dois movimentos e suas causas mostrando por fim o uso das mídias sociais na disseminação das informações, tanto no Egito como na Espanha.

Para compreender o movimento Occupy Wall Street, foi necessário descrevê-lo desde sua origem e inspiração. Originalmente formado para combater o status quo das grandes corporações norte americanas, o OWS se tornou um símbolo da revolução contemporânea nos Estados Unidos. Utilizando-se de práticas anarquistas, sem líderes e inspirados tanto nos Indignados como na Primavera Árabe no Egito, os manifestantes conseguiram reunir no coração financeiro de

Manhattan em Setembro de 2011 milhares de pessoas vindas de todos os cantos do País, quiçá do mundo todo.

Por fim, foi descrita a ligação das mídias sociais com o movimento Occupy Wall Street, respondendo assim a pergunta de pesquisa. Foi mostrado que a mainstream mídia só começou a cobrir o movimento mais de uma semana após o inicio dos acampamentos no Zuccotti Park e que o uso do Facebook, do Twitter e do YouTube foram imprescindíveis para a realização e concretização do OWS: sem essas plataformas online o movimento não teria conseguido atingir tamanha proporção e tamanha organização. Dessa forma, cumprem-se os objetivos específicos pré-estabelecidos e consequentemente o objetivo geral deste trabalho.

A realização desta pesquisa foi de suma relevância para a pesquisadora, uma vez que entender a complexidade desses movimentos sociais e suas ligações com as mídias sociais é importantíssimo de modo que todos os três movimentos estudados neste trabalho ainda não terminaram bem como a crise econômica que teve seu início de 2007 para 2008 ainda assombra os países europeus e os Estados Unidos.

A pesquisadora espera que este trabalho desafie outros acadêmicos a analisarem a complexidade do atual cenário internacional, em especial das mudanças que advém com a tecnologia e que estão mudando o dia a dia das pessoas por todo o mundo e dos movimentos sociais que estão se alastrando pelo planeta nas suas mais diferentes formas e origens. E que este material sirva como fonte para estudiosos e admiradores das Relações Internacionais contemporâneas e para aquelas pessoas interessadas em compreenderem o Occupy Wall Street bem como o seu principal motivo de existir e seus dois principais movimentos de inspiração.

REFERÊNCIAS

AL HUSSANI, Amira. Egypt: Netizens rise for the support of Egyptians on their Day of rage. Disponível em: < http://globalvoicesonline.org/2011/01/28/egypt-netizens- rise-for-the-support-of-egyptians-on-their-day-of-rage/ > Acesso em: 21 abr. 2013.

ALI, Tariq. O espírito da época. In: ALI, Tariq et al. Occupy: movimentos de protesto que tomaram as ruas. São Paulo. Editora Boitempo, 2012 p. 65 - 71.

ALVES, Giovanni. Occupy Wall Street... E depois? In: ALI, Tariq et at. Occupy: movimentos de protesto que tomaram as ruas. São Paulo. Editora Boitempo, 2012 p. 31 - 38.

AMR, Tarek. Mundo Árabe: novas mídias e manifestações no Egito. Disponível em: < http://pt.globalvoicesonline.org/2011/01/29/mundo-arabe-novas-midias-e-

manifestacoes-no-egito/ > Acesso em: 21 abr. 2013.

ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho científico. 3. ed. São Paulo: Altas S.A., 1998.

BARROS, Aidil Jesus da Silveira; LEHFELD, Neide Aparecida de Souza.

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