• Nenhum resultado encontrado

CAPÍTULO V – ANÁLISE DO “CORPUS”

5.3. Manual do professor

O manual do professor3 é uma “carta” de apresentação da AE sobre suas orientações didático-metodológicas desenvolvidas no processo de ensino e aprendizagem. Nós o analisamos a fim de comparar se sua proposta de ensino corresponde ao modo como são desenvolvidas as atividades.

Na seção “Projeto pedagógico”, é explicado que a concepção de língua e ensino está centrada “em práticas reflexivas e sociais efetivas, em consonância com a orientação dos Parâmetros Curriculares Nacionais” (p. 1). Portanto, o estudo da língua irá considerar situações reais de uso.

3 Na obra analisada, a denominação é “Livro do Professor”, mas optamos por “manual do

Para que o ensino possa contemplar as diversas situações de uso, são desenvolvidas práticas pedagógicas que contemplam os quatro eixos norteadores dos PCNs (1998): prática de leitura; prática de análise e reflexão sobre a língua; prática de oralidade; prática de produção de textos. Essas propostas coincidem com as pedagogias da EL.

O estudo dos aspectos linguísticos está articulado com diferentes áreas de estudo como: fonética, morfologia, sintaxe, semântica, prosódia e pragmática. E, para todos esses conhecimentos serem desenvolvidos sem se tornarem um ensino transmissivo e descontextualizado, explica-se: “Isso significa trabalhar com configurações (forma/estrutura) relativamente estáveis de textos que circulam na sociedade (...)” (p. 1).

A prática de análise linguística é desenvolvida junto com a gramática textual e a gramática normativa, com os objetivos de sistematizar o conhecimento da língua e desenvolver estruturas cognitivas. Podemos imaginar, então, que o processo de análise parte de situações de uso (identificação de determinada utilização linguística presente em um gênero textual ou na produção textual dos aprendentes); reflexão (estudo de determinado conteúdo léxico-gramatical a ser dominado pelo aprendente presente no gênero textual); uso (no final, o aprendente desenvolve uma produção).

A AE propõe que o ensino de “regras gramaticais” não siga o modelo transmissivo, mas servirá para a “reflexão sobre o funcionamento da linguagem, tanto na modalidade oral quanto na escrita” (p. 2). Esse aspecto é importante para esta pesquisa, pois verificamos de que modo o ensino da gramática se articula com outros conhecimentos sobre o gênero textual.

As atividades de leitura apresentam propostas que levem em consideração a importância das condições de produção e a ativação de conhecimentos de mundo para gerar significados no texto, cujo objetivo é estimular um repertório de leitor competente. Na análise, verificamos se esse

aspecto está inserido nas propostas de leitura na AE, ou nas “Orientações Metodológicas”, ou se cabe simplesmente ao professor intervir nesse processo.

Na “Organização didática”, são explicados quais os aspectos da língua que são contemplados para o ensino: leitura, análise linguística e produção escrita. Os gêneros textuais selecionados para aprendizagem em cada unidade seguem as sugestões dos PCNs, como vimos. No entanto, a seleção dos gêneros textuais a serem contemplados na escola também necessita ser significativo para a vida do aprendente com o objetivo de prepará-lo para interagir socialmente e exercer sua cidadania. Seria importante que o gênero textual reportagem também envolvesse outro que não estivesse relacionado ao domínio discursivo jornalístico como a carta do leitor. Essa aprendizagem é justificada, pois está relacionada à vida do aprendente, estimulando-o a assumir seu papel social e opinar diante de assuntos relacionados a ele.

Como foi apresentado anteriormente, Bazerman (2009) apresenta a importância da carta e sua adaptação, ao longo do tempo, devido às necessidades de uso. Queremos com isso dizer que os aspectos de conteúdo, composição e estilo, além de aspectos cognitivos e pragmáticos exigidos para sua produção, permitem transpô-los a outros gêneros textuais.

A organização das atividades é sequenciada a partir da progressiva complexidade e aprofundamento no tratamento dos gêneros textuais, ou seja, os conhecimentos exigidos seguem um nível de exigência crescente e existe relação entre um conhecimento já desenvolvido e o seguinte. De acordo com essa proposta de ensino, concluímos que está de acordo com as orientações dos PCNs (1998) e do PNLD.

5.4. Avaliação

A avaliação constitui uma parte importante do processo de ensino e aprendizagem. O modo como é concebida auxilia a identificar se a concepção

de ensino é transmissiva ou construtivista. A AE analisada propõe que a avaliação seja um processo contínuo, diagnóstico e processual, ou seja, sua finalidade não é apenas a mensuração do “desempenho” do aluno, e sim um instrumento para orientar o professor sobre o aproveitamento dos aprendentes e intervir no processo. Conforme nossa análise, segue exatamente as orientações presentes nos PCNs (1998, p. 93):

Deve funcionar, por um lado, como instrumento que possibilite ao professor analisar criticamente sua prática educativa; e, por outro, como instrumento que apresente ao aluno a possibilidade de saber sobre seus avanços, dificuldades e possibilidades. Nesse sentido, deve ocorrer durante todo o processo de ensino e aprendizagem, e não apenas em momentos específicos caracterizados como fechamento de grandes etapas de trabalho.

O manual do professor sugere diferentes instrumentos para avaliar o aprendente, tais como: trabalhos e pesquisas individuais, provas semanais ou mensais etc. Propõe também considerar as produções textuais nesse processo, utilizando-se como critérios de correção uma tabela contendo a tradicional norma-padrão: “uso de maiúsculas e minúsculas, concordâncias verbal e nominal, pontuação, escolha lexical, uso de pronomes, complementos, tempos e modos verbais, estruturas coordenadas e subordinadas, etc.” (p. 5).

Constatamos que o manual do professor reúne recortes e paráfrases de diferentes fontes teóricas, incluindo os PCNs (1998) e a LDB. Não constitui material para a fundamentação teórica da práxis do professor, pois não se aprofunda nos conceitos transmitidos. A proposta didático-metodológica apresentada na AE pressupõe conhecimento prévio do leitor para compreensão e desenvolvimento da proposta. Mas caso seja necessário suprir possíveis limitações teóricas, ao final das “Orientações Metodológicas” de cada unidade de trabalho, é apresentada uma sugestão bibliográfica sobre as fontes teóricas pesquisadas com um pequeno resumo para o professor.

Assim, o manual do professor serve para justificar que o ensino proposto corresponde às propostas oficiais de ensino da língua, ou seja, deve considerar diferentes situações sociais de uso, tendo os gêneros textuais como o princípio gerador do estudo. Não parece ser intenção da AE conceber o “Manual” como

fonte teórica para a formação do professor, pois o texto produzido exige formação teórica e parece ter como objetivo formalizar a proposta didática.

5.5. Análise do “corpus”

A análise da AE irá considerar que o ensino de gramática não deve ser feito isoladamente, mas de modo contextualizado e relacionado ao gênero textual. Também será considerado ao longo da análise se tal ensino contempla as quatro pedagogias: ouvir/falar; ler/escrever, a fim de obter um caráter transversal da pedagogia gramatical.

Desenvolvemos a seguinte sequência para a análise: primeiro, verificamos quais são as “Orientações Metodológicas” e quais os objetivos desenvolvidos na atividade; segundo, analisamos de que modo a atividade é desenvolvida na AE com base nos enunciados propostos; terceiro, comentamos se as “Orientações” contribuem para o desenvolvimento da atividade; quarto, sugerimos, se necessário for, possibilidades de intervenção do professor para explorar melhor a atividade.

Pretendemos identificar se existe coerência entre a proposta de ensino apresentada no “Manual do Professor” e o modo como as atividades são desenvolvidas na AE.

Escolhemos, como já dito, o gênero textual estudado na Unidade 3, a reportagem. O título da unidade é “Em busca do corpo perfeito”, cujo tema é o culto ao corpo através da prática excessiva de atividades físicas nas academias.

Nas “Orientações Metodológicas”, há um texto da psicanalista Maria Rita Kehl sobre isso, que pode ser empregado pelo professor para introduzir o assunto aos alunos. Para facilitar a fundamentação teórica do professor, são apresentadas algumas diferenças entre reportagem (mais extensa e mais

detalhada) e notícia (mais objetiva). No entanto, foi verificado que não existem explicações nem mesmo sugestão de discussão sobre o lide, pois é um conhecimento prévio necessário para o desenvolvimento dos estudos propostos para a reportagem.

Ao final das “Orientações”, há sugestões de leitura para aprofundamento teórico do professor e também para o aluno, acompanhadas de um pequeno resumo. Propõe-se uma atividade interdisciplinar com o professor de História, para que pesquise sobre padrões de beleza em diferentes períodos. Consideramos importante essa iniciativa, porém aventamos também que seria interessante discutir conceitos de beleza nas obras de arte com a disciplina de Educação Artística (fala-se da Renascença), e sobre saúde do corpo com Educação Física. Desse modo, o tratamento do assunto tornar-se-ia mais amplo e de caráter interdisciplinar.

A seção “Leitura e análise da linguagem” abre a unidade com a subseção “Ouvindo e expondo ideias”. É apresentado um pequeno texto, sem título, que se apresenta como elemento motivador para o processo ensino e aprendizagem, posto que são ativados os conhecimentos de mundo. Os assuntos desenvolvidos no texto são a saúde através da prática de atividades físicas e a diferença nos padrões de beleza no período da Renascença e, hoje, em diferentes culturas como em países como Índia, Japão e Tailândia.

Consideramos positivas as “Orientações Metodológicas” para essa atividade, entretanto, são insuficientes para o desenvolvimento proveitoso das atividades. É importante, no início da unidade, ser apresentado ao aprendente que será desenvolvido o estudo do gênero textual reportagem e quais os objetivos. Destacamos a relevância de o docente iniciar a atividade a partir da discussão oral com o grupo a respeito do título “Em busca do corpo perfeito” para assim mobilizar conhecimentos de mundo e acionar aspectos cognitivos como os “frames”. Estimulam-se, com isso, estratégias de leitura que devem se diversificar de acordo com o gênero textual ou com o objetivo da leitura (estudar, informar-se, entre outros), por exemplo.

Após o texto, há um conjunto de questões apresentadas para estimular a discussão coletiva e a oralidade:

Para a atividade de leitura da reportagem “É melhor pegar leve”, a única orientação é que se faça a discussão oral sobre o assunto do texto. Em seguida, são apresentadas algumas questões relacionadas à localização de informações explícitas no texto como: nomes de pessoas, opiniões sobre atividades físicas, por exemplo. Ressalvamos que, como foi apresentado anteriormente, existe a pedagogia do oral na AE, a fim de ativar conhecimentos de mundo, porém sem o estudo do gênero textual de tradição oral.

A reportagem é apresentada acompanhada de fotos de jovens se exercitando em academias. No entanto, não há nem legendas, nem o nome da(o) repórter nas fotos, ou seja, não segue a padronização das reportagens. No final, é indicado apenas o título, a fonte e a data de publicação do texto. Nas “Orientações Metodológicas”, não há nenhuma instrução sobre o uso de contextualizadores imediatos para ativar conhecimentos.

Conforme nossos estudos, sugerimos que o professor inicie por questionar os alunos se eles conhecem: o que é uma reportagem; o que é a revista “Veja jovens”; de quais assuntos costuma tratar; quem são seus possíveis leitores; de que modo o suporte costuma circular.

É importante educar o olhar do aprendente para identificar algumas informações sobre a composição do gênero textual como: legendas, fotos, gráficos etc. Pode-se discutir com os alunos que a variedade linguística pode estar presente na seleção a partir do suporte e do público leitor e verificar se isso se confirma no próprio texto.

• Quais são os padrões atuais de beleza em nossa cultura? • Eles são diferentes para o homem e para a mulher?

• Em sua opinião, é importante ter um corpo “malhado”? Por quê? • Com que objetivo você pratica atividade física?

As atividades apresentadas após a reportagem estão inseridas na subseção “Construindo o sentido do texto”, nas quais são desenvolvidas atividades com vocabulário como podemos comprovar a seguir:

1. Consulte no dicionário e transcreva o significado que melhor se adapta a cada um dos termos destacados nos trechos a seguir:

a) Os garotos querem ficar tão musculosos quanto os veteranos do local. b) As garotas almejam ter a silhueta esbelta das mulheres.

c) No caso dos garotos, o chamariz é a musculação. (p. 4)

2. Assinale com um x a opção que pode substituir a palavra em destaque, sem alterar o sentido das orações:

a) Quando observam os mais crescidos pegarem pesado nos halteres, muitos tendem a imitá-los – e isso pode ter consequências graves.

( ) Pesos ( ) Remédios ( ) Esforços

b) A prática precoce pode prejudicar o crescimento do adolescente. ( ) Atrasada ( ) Prematura ( ) Recorrente

c) Há riscos de lesões e de atrofia dos músculos.

( ) Diminuição ( ) Paralisação ( ) Endurecimento

3. Tente, agora, imaginar “uma chuva de sentidos”. Analise cada trecho do texto nos quadros a seguir e ligue-os à gota de chuva que expressa o sentido mais adequado para a expressão em destaque em cada um deles: (...)

As atividades anteriores estão contextualizadas, pois relacionam o uso de palavras a partir de trechos selecionados no texto em análise, e não de frases artificiais ou descontextualizadas. As “Orientações” apenas propõem o uso do dicionário para desenvolver a atividade e indicam como objetivos: ampliar o vocabulário e estimular a pesquisa.

Vemos que na próxima atividade o aprendente precisa diferenciar palavras parecidas, mas com sentidos diferentes:

Constitui também uma atividade contextualizada, já que está relacionada à reportagem. É importante destacar que além da reflexão sobre o sentido da palavra, o aprendente também deve produzir um pequeno texto para justificar suas conclusões nas atividades “b” e “c”.

Nas questões 5 e 6, é apresentado o ponto de vista do autor ou da autora sobre o assunto como podemos ver:

5. O que o texto afirma a respeito da prática da musculação pelos garotos?

6. A análise dos comentários feitos no texto É melhor pegar leve revela um posicionamento:

( ) radical, porque apresenta sempre o lado negativo do exercício físico para os adolescentes;

( ) cauteloso, porque mostra os riscos da prática excessiva de exercícios sem negar a importância da atividade física nessa idade.

A próxima subseção, “Nas malhas do texto”, inicia-se na página 7 e desenvolve atividades de análise dos elementos que compõem o gênero textual estudado. Foram selecionados suporte, reportagem, título, versão e opinião. As instruções apresentadas nas “Orientações” são muito semelhantes

4. Releia os trechos a seguir, observando as expressões em destaque: “Os especialistas julgam que esse cultivo do corpo é positivo, porque se trata de um contraponto a práticas como a alimentação à base de fast-food e o hábito de gastar horas diante do computador.”

“Ao frequentarem esses ambientes de culto ao físico, os adolescentes têm de tomar cuidado para não entrar numa espiral de neuroses.”

a) Pesquise, no dicionário, e transcreva a acepção com que foram utilizados os termos em destaque:

• Cultivo: __________________________________________________ • Culto: ___________________________________________________ b) Qual das expressões sugere uma ideia positiva? Por quê?

c) No trecho, a palavra contraponto foi utilizada como “reação, oposição” a alguma atividade. Com base nessa ideia, responda quais seriam os contrapontos aos seguintes acontecimentos:

Atividade física em excesso: ____________________________________ Dormir pouco: _______________________________________________

às contidas nas atividades da AE. Não há informações teóricas complementares para o professor desenvolver a atividade e são apresentados apenas os objetivos de cada atividade. Vamos verificar como a atividade é apresentada:

Nas malhas do texto

Características da reportagem Suporte e função

O texto É melhor pegar leve é uma reportagem, gênero jornalístico que exibe maior detalhamento e interpretação dos fatos que a notícia. Por isso, é, em geral, mais extensa. A maioria das reportagens não se restringe ao acontecimento imediato, mas apresenta diversos aspectos do assunto que aborda, muitas vezes, por meio do acréscimo de opiniões, citações, entrevistas, gráficos e outros recursos que possam complementar o assunto.

A primeira atividade inicia-se com a definição de reportagem: “(...) gênero jornalístico que exibe maior detalhamento e interpretação dos fatos que a notícia”. Outros conteúdos importantes que costumam caracterizar esse gênero textual são apresentados, como o uso de citações, entrevistas e gráficos. Mas essa é uma forma transmissiva de ensino, ou seja, primeiro é apresentado o conceito, em seguida, as atividades relacionadas ao conceito. Uma situação didática necessita de um desequilíbrio inicial, pelo menos uma ativação de conhecimentos prévios. Outra questão importante nessa subseção é que o gênero textual notícia só é estudado no “Volume 4”, na Unidade 8. Desse modo, o aprendente não pode comparar reportagem com notícia.

Identificamos dois pontos a serem superados e sugerimos duas sequências didáticas que podem ser desenvolvidas: o primeiro é acionar os conhecimentos prévios para a construção da definição de reportagem, para isso, aventamos perguntas e o registro das respostas como: qual a função social da reportagem, quais assuntos podem conter, por exemplo; o segundo ponto está relacionado aos conhecimentos prévios necessários, no caso não foi estudado o lide; percebe-se que a atividade não foi planejada, considerando a progressão sequencial é essencial trabalhar isso. Portanto, nessa atividade, é necessária a intervenção docente.

As atividades seguintes também desenvolvem um processo transmissivo, iniciando pela apresentação da definição do que é texto e suporte. Não há “Orientações” específicas para o desenvolvimento das atividades. Discordamos dos conceitos apresentados. Não há nenhuma contextualização e, mais uma vez, o aprendente permanece passivo. Consideramos relacionar o conceito de texto a condições de situacionalidade, pois em certas situações uma simples palavra pode ser um texto como em: “Fogo!”, que, diante de um incêndio, tem sentido completo.

Com relação ao conceito de suporte apresentado, temos a impressão de que é apenas o lugar onde o texto está impresso, na verdade é mais que isso, ele interfere no texto, pois o contextualiza.

Como apresentamos anteriormente, no início da leitura da reportagem, muitas das questões seguintes poderiam ter sido discutidas, e repeti-las durante as atividades não constitui perda de tempo, pelo contrário, é a oportunidade de desenvolver aspectos cognitivos:

[Definição de suporte]

“(...) Lembre-se de que há uma diferença importante entre texto e suporte. O texto é o conjunto de palavras e/ou imagens que veicula uma ideia com sentido completo. Já o suporte é o veículo onde o texto é apresentado e no qual ele circula, como, por exemplo, revista, livro, folheto, jornal, etc.”

1. Em que suporte foi publicada a reportagem É melhor pegar leve? 2. Em que outros suportes podemos encontrar textos como esse?

3. De maneira geral, pode-se dizer que esse texto se destina a dois grupos de pessoas diferentes: aos adolescentes e aos responsáveis (pais, professores, instrutores, etc.). Encontre exemplos, no texto, que confirmem essa afirmação: __________________________________________________ 4. Qual a principal função desse texto?

( ) Narrar um acontecimento. ( ) Emocionar, comover. ( ) Informar, esclarecer.

As questões não auxiliam na construção dos conceitos de texto e suporte. Desse modo, cabe ao professor reflexivo intervir. Pode-se formar o conceito de suporte junto com o uso da reportagem, para isso, é preciso estabelecer relação entre o perfil do leitor (social, escolar, faixa etária etc.), meios de circulação etc., para isso, sugerimos uma sequência didática na qual os aprendentes irão a uma banca de jornais pesquisar títulos de revistas, assuntos veiculados, perfil dos leitores, período de distribuição (mensal, semanal, quinzenal); observarão a capa (fotos, textos, preço etc.), como cada revista está exposta na banca, entre outras questões que podem ser discutidas com os aprendentes. O resultado da pesquisa será discutido em sala sob a coordenação do docente. O objetivo da atividade é formar o conceito de que o suporte está relacionado a: função social de circulação do texto, perfil do leitor, assunto, seleção lexical, diagramação etc. Ao final, seria feito o registro sobre as conclusões de suporte.

A atividade abaixo também está relacionada a um elemento contextualizador imediato, o título, que tem como função ativar conhecimentos:

Título

5. No título do texto, o que significa a expressão “pegar leve”?

Esperávamos que o título despertasse uma discussão sobre variedade linguística, relacionada ao perfil do público-alvo, principalmente os jovens, mas é apenas para desenvolver o conhecimento de vocabulário. É necessária uma intervenção para que o aprendente possa perceber a relação entre leitor e seleção lexical.

A próxima atividade também está relacionada à linguagem, só que desta vez o significado da expressão será determinado pela situacionalidade:

6. Que outras expressões você conhece nas quais o verbo pegar não está sendo utilizado em seu sentido original? O que significa cada uma delas? [São sugeridos que o aluno apresente três exemplos.]

7. Compare as orações nos contextos a seguir: “Estou cansado de fazer academia!”

[Há a ilustração de um pedreiro assentando tijolos que diz a frase.] “Estou cansado de fazer academia!”

[Quem fala é um homem levantando halteres.]

a) Que sentidos a expressão “fazer academia” adquire em cada um dos contextos?

b) Qual dos sentidos foi usado na linha-fina da reportagem?

c) Reescreva as orações, substituindo a expressão “fazer academia” por

Documentos relacionados