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O Regulamento em causa, aposta muito na qualidade dos equipamentos energéticos e das respectivas equipas de instalação. Assim sendo os equipamentos terão que possuir um certificado de conformidade de forma a comprovar que a qualidade dos equipamentos não será um factor inviabilizador da aplicação do SCE. Por outro lado, é importante ressalvar a questão informativa relativamente aos equipamentos, particularmente a obrigatoriedade de apresentação de documentos técnicos instrutivos em língua portuguesa e da placa identificativa. Desta forma, apostasse numa política de transparência em que o consumidor sai beneficiado. No seguimento desta politica, foi também implementado a necessidade de ensaios para a instalação dos equipamentos energéticos. Em termos de manutenção, as instalações e equipamentos devem ter um Plano de Manutenção preventiva que estabeleça claramente as tarefas de manutenção previstas, tendo em consideração a boa prática da profissão, as instruções dos fabricantes e a regulamentação existente para cada tipo de

47 equipamento constituinte da instalação. Para isso, será necessário que os equipamentos energéticos possuam as condições necessárias que assegurem a correcta manutenção dos mesmos, particularmente, as portas de visita para inspeccionar e limpar a rede de condutas. Mais uma vez, a informação deverá ficar disponível, particularmente na Casa das Máquinas, onde deverá estar afixado o diagrama dos sistemas de climatização e o projecto de instalação, para se usar em casos de emergência. Existem, no entanto, dois casos particulares de equipamentos que possuem requisitos próprios: Caldeiras e os equipamentos de Ar Condicionado.

Efectivamente, o crescimento de utilização deste tipo de Sistemas de Climatização tornou bastante imperativo as auditorias periódicas a estes dois tipos de equipamentos. Para isso foram estabelecidos limiares de potência instalada por função do Edifício que terão que ser auditadas para verificar o seu cumprimento ou, caso contrário, averiguar a possibilidade de substituição. Desta forma, assegura-se, pontualmente o conceito de melhoria contínua anteriormente referido. A periodicidade destas auditorias fica dependente do tipo de equipamento e do combustível utilizado.

Se focalizarmos a QAI, veremos que também existem requisitos importantes de mencionar, no que diz respeito à sua manutenção. Desta forma, verificamos o grau de exigência e rigor presente no Regulamento Térmico. Assim sendo, a periodicidade das auditorias de QAI variam conforme a utilidade do Edifício. Caso seja um edifício com fins educativos, de saúde ou similares, terá auditorias de 2 em 2 anos. Se pelo contrário, tiver fins comerciais, culturais, transporte, escritórios, ou similares terão auditorias de 3 em 3 anos. Todas as restantes tipologias de Edifícios seguem a regra geral de terem manutenção de QAI de 6 em 6 anos.

No contexto geral das auditorias realizadas aos Edifícios, estas terão que ter uma periodicidade de 6 anos, confirmando, se os dados recolhidos se mantém em conformidade regulamentar, quer sejam em termos energéticos ou na QAI e actualizando com as novas metodologias e recentes descobertas para que se assegure a evolução dos Edifícios, em ambos os critérios.

Outros dos pontos fundamentais na aplicação do SCE é a responsabilização pelas diversas funções inerentes ao Sistema de Certificação. Assim sendo, na fase de funcionamento do Edifício existem três funções criadas pelo SCE e que são obrigatórias afixar para a emissão do respectivo Certificado. Concretizando, deverá existir um responsável pela instalação e manutenção dos equipamentos de climatização instalados e um responsável técnico pela Qualidade do Ar Interior do Edifício. Hierarquicamente superior deverá existir um Técnico Responsável pelo funcionamento de todo o Edifício. Em termos de projecto mantém-se a

48 responsabilização do Engenheiro ou do Engenheiro Técnico que deverá assegurar o cumprimento do referido Regulamento. Ao perito Energético cabe apenas auditar e confirmar a regulamentação.

Em suma, o RSECE trouxe em quanto Regulamento Térmico uma série de alterações a nível dos requisitos mínimos de desempenho energético, de sistemas de climatização e de Qualidade de Ar Interior, contribuindo para Edifícios energeticamente mais sustentáveis, com uma qualidade de ar comportável com a sua frequência e com uma climatização adequada. Duas questões fundamentais ficam retidas deste Regulamento: Informação e Licenciamento. É nesta dicotomia, aliada ao rigor técnico que irão ser definidas as variáveis do Estudo presente nesta Tese.

Seria interessante comparar as Estatísticas de Certificação Energética nos vários Países que implementaram a Directiva 91/2002/CE. No entanto, não será possível devido à inacessibilidade dos dados necessários. Assim sendo, seguidamente far-se-á uma sucinta análise dos valores de CE em Portugal.

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Estatísticas de Aplicação do SCE e de QAI em Portugal

Tal como se pode verificar pela introdução desta Tese, Portugal adoptou a Directiva Europeia: a 4 de Abril de 2006, o Governo adoptou três graus que, em conjunto, constituem a transposição para a Lei nacional. A certificação de novos edifícios começou em Julho de 2007 e no total foram certificados 176821 edifícios até ao final do mês de Outubro de 2009. Será interessante abordar alguns dos valores da aplicação do SCE no geral e do RSECE de forma mais particular.

Assim sendo, segundo as tipologias de edifício existente no regulamento, o gráfico seguinte demonstra como se têm distribuído o nº de certificações. As declarações de conformidade regulamentar (DCR) representam os edifícios novos que foram certificados em projecto, enquanto os Certificados Energéticos representam os edifícios existentes. A terceira classe, CE/DCR, diz respeito aos certificados de edifícios que já possuem DCR e obtêm o 1º certificado após terminar a construção dos mesmos.

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Gráfico 2 – Nº de Certificados Energéticos em Portugal por tipologia de edifício até Outubro de 2009. Fontes: Site oficial da Agência Nacional para a Energia (ADENE), 2009[18]

O gráfico demonstra a clara preponderância dos Edifícios de Habitação, como seria de esperar. Consegue-se aferir a adesão do mercado ao SCE e de QAI e verificar que existem já valores bastante razoáveis. A tipologia menos representada é os Pequenos Edifícios de Serviços com Sistema de Climatização.

Na análise desenvolvida nesta Tese de Mestrado o objecto de análise será os Grandes Edifícios de Serviços (GES). Nesta tipologia específica existem perto de 1,300 edifícios certificados, sendo que, não existe ainda valores significativos quando classificamos por sector de actividade.

No gráfico seguinte é possível averiguar a evolução das certificações ao longo dos anos 2007, 2008 e 2009, em valor absoluto. 44.928 132.618 285 39 719 1 2.845 12.387 44 279 166 14 879 419 76 0 20.000 40.000 60.000 80.000 100.000 120.000 D C R CE C E /D C R D C R CE C E /D C R D C R CE C E /D C R D C R CE C E /D C R D C R CE C E /D C R Habitação s/ climatização Habitação c/ climatização Serviços s/ Climatização Serviços c/ Climatização Grande Edificio de Serviços Nº de Certificados Energéticos

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Gráfico 3. – Evolução do Nº de Certificados ao longo dos anos 2007,2008 e 2009. Fontes: Site oficial da Agência Nacional para a Energia (ADENE), 2009[18]

A evolução crescente é visível todavia os valores numéricos reflectem a profunda transformação que houve ao longo destes três anos de aplicação do regulamento. Estes valores não deixam dúvidas sobre a campanha realizada pelas entidades responsáveis foi um sucesso, já que actualmente a grande maioria dos players de mercado sabem da obrigatoriedade de requer um certificado energético e de QAI.

Para se compreender mais detalhadamente esta evolução durante o último ano, optou-se por apresentar o gráfico seguinte.

162142 28991 132830 321 0 20000 40000 60000 80000 100000 120000 140000 160000 180000 2007 2008 2009 total dcr ce ce/dcr

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Gráfico 4 – Evolução do Nº de Certificados ao longo do ano 2009. Fontes: Site oficial da Agência Nacional para a Energia (ADENE), 2009[18]

Através do gráfico anterior é possível verificar a tendência de estabilização ao longo deste último ano. Uma ligeira quebra no segundo semestre do ano que poderá ser atribuído aos ciclos de mercado de construção, já que as vendas se concentram preferencialmente no primeiro semestre.

Por fim, será necessário apresentar os valores associados aos grandes edifícios de serviços. O próximo gráfico demonstra a evolução do nº de certificados ao longo dos anos 2007, 2008 e 2009. 0 5000 10000 15000 20000 25000

jan fev mar abr mai jun jul ago set out Evolução dos Certificados em 2009

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Gráfico 5 – Evolução do Nº de Certificados dos GES ao longo dos anos 2007,2008 e 2009. Fontes: Site oficial da Agência Nacional para a Energia (ADENE), 2009[18]

Como já foi referido esta tipologia será onde irá incidir a análise desta Tese. Será importante ter uma análise superficial das classificações energéticas atribuídas. Esta análise está representada na tabela seguinte:

Distribuição das Certificações de GES por Classe Energética A+ 22 A 137 B 197 B- 433 C 38 D 10 E 0 F 3 G 5

Tabela 2 – Distribuição das Certificações de GES por Classe Energética Fontes: Site oficial da Agência Nacional para a Energia (ADENE), 2009[18]

646 434 165 47 0 100 200 300 400 500 600 700 2007 2008 2009 total dcr ce ce/dcr

54 Verifica-se através da análise que a classe regulamentar (B-) é a classe modal da distribuição. Este facto poderá dever-se ao elevado número de DCR cuja classe mínima para obter licença de construção é a classe B-. De qualquer forma, seria necessário dar atenção a esta recorrência ao mínimo regulamento já que se poderá perder o conceito de melhoramento contínuo que está na base da criação do regulamento.

Seria interessante comparar as estatísticas portuguesas com os restantes países que incorporaram a Directiva 91/2005 CE nas suas legislações nacionais. No entanto, não existem acesso aos dados. Fica a sugestão para futuros trabalhos.

55 Análise SWOT

De modo a clarificar as potencialidades e dificuldades inerentes à aplicação do regulamento e face à falta de bibliografia, optou-se por desenvolver uma análise SWOT com base na experiência profissional dos formadores de Peritos da Agência Nacional de Energia:

Forças:

 Redução do consumo energético no sector dos edifícios.

 Diminuição do impacte ambiental, nomeadamente no que diz respeito às emissões de gases com efeito de estufa, no secto dos edifícios.

 Melhoria de qualidade de concepção das instalações de climatização dos edifícios.  Melhoria da manutenção dos sistemas energéticos e do seu tempo de vida útil.  Melhoria da qualidade do ar interior nos edifícios.

 Edifícios dotados de sistemas de monitorização e gestão de energia, permitindo uma melhor utilização em termos de eficiência energética e uma maior facilidade de implementação de planos de racionalização energética.

 Definição de competências de todos os técnicos envolvidos nos sistemas

energéticos dos edifícios desde a sua concepção passando pela instalação, até à manutenção.

 Definição de critérios de avaliação do desempenho energético dos edifícios de uma forma harmoniosa entre todos os estados membros da U.E.

 Possibilidade de qualquer pessoa conhecer a classe de eficiência energética de qualquer edifício.

 Promoção do mercado dos materiais de revestimento ecologicamente limpos.  Permitir uma cadeia de responsabilização no desempenho energético dos edifícios.  Promover a reabilitação energética e da qualidade do ar interior dos edifícios

existentes.

Fraquezas:

 Entidade gestora com recursos limitados para responder à complexidade da fase inicial de implementação.

 Informação e formação limitada relativamente a certas entidades tais como as responsáveis pelos licenciamentos de edifícios.

56  Definição deficiente de alguns critérios, necessitando de posteriores clarificações, de

forma continuada.

 Tempo de formação dos peritos relativamente curto para as exigências pedidas.  Pouca informação transmitida para os proprietários, promotores e construtores de

edifícios sobre o sistema.

Oportunidades:

 Vários proprietários interessados em classificar energeticamente o edifício e reduzir a facturação energética.

 Várias empresas interessadas em penetrar no mercado da eficiência energética e das energias renováveis no sector dos edifícios.

 Um conjunto de critérios que irá ajudar os projectistas a tornar os projectos mais adequados e rigorosos.

 Várias empresas a querer actuar no mercado das auditorias e peritagens.

Ameaças:

 Sistema completamente novo e complexo necessitando de um período de adaptação relativamente longo e um esforço elevado das partes envolvidas.

 Falta de técnicos com formação adequada e suficiente em algumas vertentes para constituir um conjunto de peritos suficiente.

 Dificuldade das entidades responsáveis pelo licenciamento de perceberem o funcionamento do sistema naquilo que respeita às suas responsabilidades.  Deficiência de técnicos competentes em algumas áreas, nomeadamente para a

manutenção dos edifícios.

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Análise Comparativa com Aplicação de Programas Semelhantes

Na elaboração dos objectivos desta Tese de Mestrado, foi considerado interessante abordar as problemáticas recorrentes na introdução de Sistemas de Certificação no Mercado Português. Assim sendo, procurou-se trabalhos bibliográficos que corroborassem esta análise comparativa entre o SCE em Portugal e a Norma NP EN 14001:2004 que possibilita às empresas a Certificação Ambiental. Estando esta Norma em vigor desde 1998, existem já estatísticas e análises suficientemente fiáveis para puderem servir de comparação ao SCE. Ao contrário da Norma 14001, o SCE é bastante recente e requer mais estudos e dados para se averiguar ao certo o grau de sucesso da sua implementação. No entanto, é possível já averiguar se as problemáticas existentes na aplicação da Norma 14001 se mantêm para o SCE. Desta forma, poder-se-á identificar situações recorrentes e pedir às entidades competentes, que as tenham em linha de conta, na elaboração de futuros regulamentos.

Seguidamente, dever-se-á proceder a uma descrição sucinta do trabalho comparativo[1]. Por motivos de escassez de tempo e extensão do trabalho, não foram introduzidos os conceitos base, referentes aos Sistemas de Gestão Ambiental e a sua implementação. A descrição que se segue diz respeito aos objectivos, métodos e resultados obtidos no trabalho. Sugere- se que se recorrera à Tese referida, para complementar os conhecimentos relacionados com esta temática.

Objectivos do Trabalho para Análise Comparativa

Os objectivos delineados[1] foram divididos em quatro grandes itens:

 Primeiramente procurou com esta Tese de Mestrado, compreender a evolução da aplicação dos Sistemas de Gestão Ambiental (SGA) e a Certificação Ambiental em Portugal. Esta avaliação foi realizada em seis sectores de actividade;

58  Em conjunto com item anterior, a autora procurou averiguar a existência de

diferenças nas aplicações dos SGA nos seis sectores de actividade analisados;

 Posteriormente, foram analisadas as dificuldades de implementação e manutenção de um SGA, através do número de “Não conformidades” existente na terceira parte e a sua incidência por requisito normativo;

 Por fim, foram também tidos em conta, os aspectos para futuro da aplicação da Norma. Assim sendo, a autora procurou identificar tendências futuras, particularmente nos Sectores considerados Emergentes. Estes serão os sectores onde as análises do SCE e da Norma 14001 se sobrepõem. Os resultados destes sectores serão analisados com maior detalhe já que aqui reside a chave da comparação entre as duas análises.

Baseado nestes objectivos, foi definido uma metodologia para alcançar os resultados pretendidos [1].

Metodologia do Trabalho para Análise Comparativa

O trabalho desenvolvido[1] teve uma base metodológica tripartida, assente nos objectivos acima definidos e em pesquisa bibliográfica:

Numa primeira fase, a autora definiu a amostra de acordo com critérios de expressividade na economia Nacional, Criticidade ou Relevância Ambiental e o seu relevo no Universo das Empresas Certificadas. Tendo como base a Análise das Quotas de Mercado da Certificação de SGA em Portugal, a autora focou o seu estudo nas empresas certificadas pela APCER, líder de mercado de Certificação. Consequentemente, foram seleccionados sectores que apresentaram uma expressão significativa em termos de Certificação, revelaram importância no tecido económico nacional e uma elevada relevância ambiental.

59 Os sectores seleccionados foram os seguintes: Sector Têxtil, Sector Químico, Sector Cimenteiro, Tratamento e Fornecimento de Água, Sector da Construção e Gestão de Resíduos.

Das 246 Empresas Certificadas pela APCER, até Dezembro de 2006, a autora seleccionou uma amostra de 57 Empresas: 19 do Sector Têxtil, 13 do Sector Químico, 5 da Indústria Cimenteira, 4 do Fornecimento e Tratamento de Água, 9 do Sector da Construção e 7 da Gestão de Resíduos.

Sobre cada uma das empresas seleccionadas a autora analisou a totalidade dos relatórios de auditoria da terceira parte, desde a concessão até ao ano de 2006, recolhendo a informação referente a: sector económico, ano de certificação, fase do ciclo, número de NC e quais as cláusulas não conformes. Foram analisados 178 relatórios.

A autora considerou a variável dependente “Número de NCs” como um replicado associado ao número de empresas analisadas, para as variáveis “sector económico” e “fase do ciclo de certificação”. Para além disso, acrescentou a variável “requisitos não conformes” para compreender mais profundamente quais as dificuldades de manutenção dos SGA. Por haver diferenças no número de empresas por sector, a autora apresentou valores relativos de NCs e não valores absolutos.

Para cada sector foram descritas as suas características específicas e o papel que desempenha na economia nacional. Foi dada ênfase, à representatividade percentual de cada um dos sectores na sua classe produtiva e aos impactos ambientais associados à actividade. Posteriormente, a autora descreveu as soluções de tratamento, para cada impacto, nas suas diversas fases processuais. Desta forma, a autora esclareceu os critérios de escolha para os sectores tradicionais.

Com base nos Sectores Tradicionais seleccionados, a autora realizou a análise à evolução da implementação/certificação da Norma. Esta análise foi realizada através da percentagem relativa de “Não Conformidades” por Requisito Normativo, para cada sector económico e fase do ciclo de certificação. Desta forma, foi possível ficar a conhecer as dificuldades inerentes a cada fase do ciclo de certificação, por cada sector económico analisado. Estes resultados foram representados graficamente e a posteriori foi realizada uma análise crítica. Numa segunda fase, foram analisados o número médio de “Não Conformidades” por Sector e por auditoria. Através desta análise, foi possível verificar se existem diferenças no número de Não Conformidades por Sector Económico e por Fase do Ciclo de Certificação. Os sectores analisados foram os já referidos e os resultados obtidos foram apresentados por gráficos e posterior análise crítica.

60 No que diz respeito à análise estatística, nos dois primeiros pontos, a autora recorreu a testes de inferência estatística, utilizando o software StatSoft STATISTICA v.8.0. conforme a situação a aplicar, a autora utilizou vários testes, nomeadamente, Análise de Variância ANOVA, Teste Não Paramétrico Kruskall-Wallis e o Teste de Mann-Whitney,

Por fim, a última parte da Metodologia[1], diz respeito à identificação de tendências futuras para a aplicação da Norma. Para isso foram seleccionados sectores com importância no tecido económico português e relevância ambiental. Contudo, ao contrário do primeiro objectivo, estes sectores têm pouca expressividade em termos de Certificação. São por isso, consideradas pela autora, como Sectores Emergentes.

Mais uma vez, a autora descreve a importância relativa destes sectores na economia nacional. Para além disso, elucida sobre os impactos ambientais decorrentes da sua actividade, contribuindo para a nossa percepção do criticismo ambiental dos sectores. Assim sendo, os dois Sectores Emergentes seleccionados são: Turismo e a Saúde.

No Sector Turístico a autora reforçou a sua importância crescente na globalização e a sua influência nas políticas sociais, económicas e ambientais recentes. Analisou o posicionamento de Portugal em 2004, referente a este Sector. Indicou que, este sector representava 7 a 8% do PIB nacional e 10% do emprego. Por outro lado, referiu que em 2004, Portugal recebeu 11,6 milhões de turistas, originando uma receita de 6,3 mil milhões de euros. Com esta caracterização foi possível perceber as repercussões deste sector na restante economia nacional.

Por fim, a autora refere o conceito de Turismo Sustentável, como uma nova tendência de prestação de serviço turístico de qualidade, baseado na autenticidade cultural, conservação do meio ambiente, inclusão social e criação de emprego.

No que diz respeito ao Sector da Saúde, a autora refere a problemática do destino dos Resíduos Hospitalares (RH), indicando a criação da legislação específica para fazer face ao seu aumento.

Posteriormente, são descritas as classes de perigosidade dos RH com os respectivos tratamentos diferenciados. Compara-se os tratamentos por Incineração e Autoclavagem, referindo as suas vantagens e inconvenientes.

Através destas breves caracterizações a autora contextualiza os sectores quanto a sua importância económica, social e ambiental.

61 Esta análise foi realizada por dois Casos de Estudo – Hotel Villa Park e Somos Ambiente SUCH. No primeiro caso, a empresa já se encontrava Certificada; no segundo caso, a empresa encontrava-se em processo de Certificação. A autora recorreu a entrevistas para relatar a experiência vivida nestes dois Casos.

Resultados e Discussão do Trabalho Comparativo

Sectores Tradicionais

A autora começa por caracterizar a evolução histórica da certificação para os vários

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