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SUMÁRIO

4 MATERIAL E MÉTODOS

4.1 MATERIAL ... 83 4.1.1 Amostra ... 83 4.1.2 Critérios para a seleção das amostras ... 85 4.1.2.1 Grupo MARA ... 85 4.1.2.2 Grupo Bionator ... 87 4.2 Descrição dos aparelhos utilizados ... 88 4.2.1 MARA e o aparelho fixo ... 88 4.2.2 Bionator e o aparelho fixo ... 94 4.3 MÉTODOS ... 96 4.3.1 Método radiográfico ... 96 4.3.2 Traçado anatômico ... 98 4.3.3 Demarcação dos pontos cefalométricos de

referência... 98 4.3.4 Linhas e planos de referência ... 102 4.3.5 Grandezas cefalométricas esqueléticas ... 104 4.3.6 Grandezas cefalométricas dentárias ... 107 4.3.7 Relações dentárias ... 110 4.4 Análise estatística ... 111 4.4.1 Erro do método ... 111 4.4.2 Comparação intra e intergrupos ... 111

5 RESULTADOS ... 113

5.1 Teste de Kolmogorov-Smirnov ... 117 5.2 Resultados do erro intra-examinador ... 118 5.3 Avaliação da compatibilidade entre os grupos ... 120 5.4 Comparação intra e intergrupos ... 122

6 DISCUSSÃO ... 131

6.1 Seleção da amostra ... 133 6.2 Considerações da metodologia ... 135 6.3 Precisão da metodologia empregada (erro do método) ... 136 6.4 Compatibilidade da amostra ... 138 Compatibilidade das idades iniciais ... 139 Compatibilidade do tempo total de tratamento ... 140 Compatibilidade da severidade inicial da má oclusão ... 141 Compatibilidade da distribuição dos gêneros ... 144 Compatibilidade cefalométrica inicial ... 145 6.5 Resultados das comparações intragrupos das fases inicial e

final... ... 148 6.6 Comparação intergrupos da fase final ... 156 6.7 Comparação das alterações cefalométricas ... 161 6.8 Considerações clínicas ... 178

7 CONCLUSÕES ... 183

REFERÊNCIAS ... 187

APÊNDICE ... 211

Introdução 31

1 INTRODUÇÃO

A má oclusão de Classe II apresenta uma etiologia diversificada, caracterizada por um relacionamento deficiente entre os arcos superior e inferior, tanto por alterações esqueléticas, como por alterações dentárias ou, ainda, por uma combinação desses fatores (MCNAMARA, 1981; PFEIFFER; GROBETY, 1975; SASSOUNI, 1969). As discrepâncias maxilomandibulares podem relacionar-se à presença isolada ou à combinação de prognatismo maxilar, retrognatismo mandibular, protrusão dos dentes superiores e retrusão dos inferiores (SASSOUNI, 1969).

Trata-se de uma má oclusão que apresenta aspectos antiestéticos e funcionais em diversos graus, variando com a intensidade da sobressaliência dentária e de sua interação com os tecidos moles adjacentes, interferindo, desta maneira, no perfil do paciente (URSI, W. J. S., 1993). São facilmente percebidas pelos pacientes e, por isso, provocam maior afluxo destes aos ortodontistas em busca de correções estéticas e funcionais decorrentes desta má oclusão (GURGEL, J.A.; ALMEIDA; PINZAN, 2001).

Ela, ainda, pode vir acompanhada de uma função anormal dos lábios e de alguma forma de obstrução nasal e respiração bucal (ANGLE, 1907). Então, as variações individuais desses fatores devem ser levadas em consideração, durante o planejamento ortodôntico, para o correto diagnóstico e plano de tratamento da má oclusão (LAGERSTROM et al., 1990).

Dentre os dois tipos de má oclusão de Classe II, a 1ª divisão consiste na mais frequente no consultório ortodôntico (FREITAS, M. et al., 2002; GURGEL, J.A.; ALMEIDA; PINZAN, 2001) sendo causada, na maioria das vezes, pela retrusão da mandíbula (MCNAMARA, 1981). Assim, torna-se bem indicada a utilização dos aparelhos ortopédicos funcionais, que redirecionam o crescimento mandibular e atuam durante a fase de crescimento e desenvolvimento craniofacial, propiciando a uma boa oclusão e harmonia do perfil facial (OLIVEIRA JR, J. N., 2002; OLIVEIRA JR, J. N.; ALMEIDA, 2004).

O protocolo de tratamento da Classe II depende da idade do paciente, do comprometimento estético e oclusal. A interceptação desta má oclusão é, ainda, um

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dos assuntos mais estudados e controversos em função dos diferentes tipos de aparelhos disponíveis e da época ideal para o início do tratamento.

Os aparelhos ortopédicos funcionais referem-se a uma variedade de aparelhos fixos ou removíveis que visam corrigir a discrepância maxilomandibular nos sentidos anteroposterior, vertical e transverso, contribuindo para uma melhora na relação das bases apicais, obtendo-se uma oclusão estável e harmonia do perfil facial. O tratamento com os aparelhos ortopédicos deve ser indicado para jovens em fase de crescimento e desenvolvimento craniofacial, com a finalidade de alterar o posicionamento das bases ósseas, redirecionando o crescimento da maxila e liberando o da mandíbula, gerando uma nova situação mais equilibrada.

Entretanto, os efeitos dos diferentes aparelhos funcionais no crescimento de pacientes com a má oclusão de Classe II têm sido relatados em estudos científicos, geralmente, com controvérsias. Os defensores de aparelhos funcionais citam a estimulação do crescimento mandibular causado pelo posicionamento anterior da mandíbula (CHANG et al., 1989; MCNAMARA; BOOKSTEIN; SHAUGHNESSY, 1985; MEACH, 1966). Outros autores discordam, propondo que a correção da Classe II obtida com aparelhos funcionais foi decorrente do efeito de restrição do crescimento maxilar (CREEKMORE; RADNEY, 1983) com uma combinação de alterações dentárias tais como a inclinação para lingual dos incisivos superiores e a inclinação para vestibular dos incisivos inferiores (BISHARA; ZIAJA, 1989).

Os efeitos dentários e esqueléticos induzidos pelos aparelhos funcionais são intensamente discutidos na literatura e alguns estudos concordam em afirmar que os aparelhos funcionais promovem a correção da má oclusão de Classe II pelo aumento do comprimento mandibular, restrição do crescimento maxilar, lingualização dos incisivos superiores e vestibularização dos incisivos inferiores (BISHARA; ZIAJA, 1989; HIRZEL; GREWE, 1974; WOODSIDE; METAXAS; ALTUNA, 1987).

Vários aparelhos ortopédicos funcionais e mecânicos são apresentados na literatura e utilizados rotineiramente pelos ortodontistas para a correção da má oclusão de Classe II. A falta de sucesso dos aparelhos funcionais é atribuída, em algumas circunstâncias, à falta de colaboração dos pacientes no uso do aparelho e o grau de severidade da má oclusão (CLEMMER; HAYES, 1979; CURETON; REGENNITTER; ORBELL, 1991; KLOEHN, 1953). Nos protocolos de tratamento,

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com aparelhos ortopédicos funcionais removíveis, a cooperação do paciente é fundamental (CLEMMER; HAYES, 1979; DORSEY; KORABIK, 1977). Dentre os aparelhos ortopédicos funcionais removíveis, destacam-se o Ativador de Andresen, o Bionator de Balters, o Bite Block, o Fränkel e outros, podendo ainda estar associados à força extrabucal. Já, os aparelhos funcionais fixos dispensam a colaboração do paciente, proporcionando resultados mais favoráveis. Porém, alguns aparelhos funcionais fixos rígidos acarretam algumas dificuldades relatadas pelos pacientes, durante a mastigação, fonação e higienização. O uso do aparelho ortodôntico fixo associado ao tratamento funcional conduz a um tratamento mais eficiente. Exemplos de aparelhos funcionais fixos são: o Herbst, o APM (Aparelho de Protração Mandibular), o Jasper Jumper, o Twin Force, o Universal Bite Jumper, o MARA (Mandibular Anterior Repositioning Appliance), entre outros.

Desse modo, o objetivo desta pesquisa é comparar cefalometricamente, por meio de telerradiografias em norma lateral, as alterações dentoesqueléticas decorrentes do tratamento da má oclusão de Classe II com o aparelho MARA e Bionator seguidos do aparelho ortodôntico fixo.

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