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Começamos por dar a conhecer, de maneira sucinta, as características gerais da população da cidade de Lisboa, onde realizámos o nosso trabalho e de onde recolhemos o nosso material de estudo. A cidade de Lisboa, concelho e área urbana, capital do país mais ocidental da União Europeia, tem 564 657 habitantes residentes(233), dos quais 70 620 (12,51%) com idade igual ou inferior a quinze anos, sendo 36 114 rapazes (6,4%) e 34 506 raparigas (6,11%).

Nas faixas etárias consideradas no nosso estudo, existem:

•dos 3 aos 5 anos (fase de dentição decídua): 12 191 crianças (2,16%) – 6178 rapazes (1,09%) e 6013 raparigas (1,07%).

•dos 6 aos 9 anos (fase de dentição mista inicial e estável): 17 153 crianças (3,04%) – 8815 rapazes (1,56%) e 8338 raparigas (1,48%).

•dos 10 aos 12 anos (fase de dentição mista tardia): 13 847 crianças (2,45%) – 7084 rapazes (1,25%) e 6763 raparigas (1,2%).

•dos 13 aos 15 anos (fase de dentição permanente): 14 351 crianças (2,54%) – 7327 rapazes (1,3%) e 7024 raparigas (1,24%).

Podemos constatar tratar-se duma taxa de população infantil baixa, característica duma população envelhecida, pese embora o nosso estudo se tenha realizado em áreas periurbanas renovadas, como a de Telheiras e a de Benfica.

O nosso material de estudo é constituído por um universo de 626 crianças saudáveis, de ambos os sexos e com idades compreendidas entre os 3 e os 15 anos, inclusive.

A sua distribuição é apresentada no Gráfico 1.

De seguida, o Gráfico 2 mostra-nos a proporção relativa entre as populações masculina e feminina. Fazem parte do universo considerado um grupo de 250 crianças submetidas a um estudo clínico na Consulta de Estomatologia Pediátrica do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, enquanto as restantes 376 foram objecto dum estudo epidemiológico na comunidade escolar da área de saúde coberta pelo mesmo hospital.

Das crianças admitidas para o estudo comunitário, no ano lectivo de 2003/2004, 58 frequentavam o Infantário Público de Benfica, 120 a Escola Básica do 1.º Ciclo do Parque Silva Porto, em Benfica, e 198 a Escola Pública n.º 1 do 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico de Telheiras.

Ivo da Piedade Álvares Furtado

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O Gráfico 3 mostra-nos a frequência etária do recurso à Consulta de Estomatologia Pediátrica durante o período de admissão das 250 crianças, com valores que correspondem à sua distribuição. A relação numérica e percentual entre crianças de ambos os sexos é demonstrada no Gráfico 4. O Gráfico 5 mostra-nos a distribuição destas crianças, de acordo com os diferentes níveis sócio- -económicos encontrados. Para a sua determinação considerámos a profissão mais representativa de entre os pais da criança ou seus representantes legais, que na maior parte dos casos correspondia à profissão do pai, já que em muitas famílias a mãe ainda desempenha funções domésticas. A profissão do segundo elemento de referência (mãe ou pai) serviria para confirmação do estrato social (ex: médio) ou integração no estrato imediatamente mais próximo (ex: médio-baixo ou médio-alto). Tivemos como referência económica para a inclusão no 1º nível (baixo) o facto de o casal auferir um valor igual ou inferior a dois salários mínimos nacionais (aproximadamente 750 euros); no 2º nível (médio-baixo) quando este valor fosse até 1250 euros; no 3º nível (médio) até 2500 euros e no 4º nível (médio-alto e alto), acima deste valor.

Gráfico 2 – Relação numérica e percentual das crianças de ambos os sexos do universo estudado. Gráfico 1 – Distribuição do universo de crianças estudadas, por idade e sexo.

Tese de Doutoramento – Medicina – Anatomia

Há neste grupo de crianças da Consulta de Estomatologia Pediátrica do Hospital de Santa Maria 81,6% de raça caucasiana, 11,6% de raça negra e 6,8% incluem o somatório de outras raças.

O Gráfico 6 apresenta-nos a distribuição destas crianças de acordo com a fase de dentição em que se encontravam à data de admissão.

Gráfico 4 – Relação numérica e percentual de crianças de ambos os sexos estudadas na Consulta de Estomatologia Pediátrica. Gráfico 3 – Distribuição das

crianças estudadas na Consulta de Estomatologia Pediátrica, por idade e sexo.

Gráfico 5 – Distribuição das mesmas crianças de acordo com os diferentes níveis sócio-económicos encontrados.

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As crianças do Infantário Público de Benfica, representadas na sua totalidade (58), de ambos os sexos, tinham entre 3 e 5 anos e eram dum nível sócio-económico médio-baixo, residentes em área urbana periférica, contemplando zonas de realojamento social. Havia 6,9% de crianças de raça negra e 5,17% constituíam o somatório de outras raças não caucasianas. A sua distribuição é expressa no

Gráfico 7 e a percentagem relativa de ambos os sexos no Gráfico 8.

As crianças da Escola Pública do 1.º Ciclo do Ensino Básico do Parque Silva Porto, em Benfica, também constituíam a totalidade das que frequentavam aquele estabelecimento de ensino (120), de ambos os sexos e com idades compreendidas entre 5 e 12 anos. Esta escola situa-se num espaço contíguo ao do Infantário Público de Benfica e integra o mesmo tipo de população de nível sócio-

Gráfico 6 – Distribuição das crianças da Consulta de Estomatologia Pediátrica, nas diferentes fases de dentição, por idade e sexo.

Gráfico 7 – Distribuição das crianças do Infantário Público de Benfica, por idade e sexo.

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-económico médio-baixo, havendo 9,17% de crianças de raça negra e em que 6,67% constituíam o somatório de outras raças não caucasianas.

Os Gráficos que se seguem, 9 e 10, demonstram respectivamente a distribuição das crianças deste estabelecimento de ensino e, bem assim, a proporção relativa de ambos os sexos.

Gráfico 8 – Relação numérica e percentual entre crianças de ambos os sexos neste grupo.

Gráfico 9 – Distribuição das crianças da Escola do Parque Silva Porto – Benfica, por idade e sexo.

Gráfico 10 – Relação numérica e percentual entre crianças de ambos os sexos desta escola.

Ivo da Piedade Álvares Furtado

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As crianças da Escola Pública do 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico n.º 1 de Telheiras, em número de 198, de ambos os sexos, representam uma amostra recolhida dum total de 558 que frequentavam a referida escola. Traduz a expressão da totalidade das crianças em fases de dentição mista tardia e de dentição permanente que obtiveram autorizações dos pais ou encarregados de educação para participarem no nosso estudo.

Os Gráficos 11 e 12 apresentam a distribuição respectivamente da totalidade das crianças da escola e a da amostra de estudo.

Gráfico 11 – Distribuição da totalidade de crianças da Escola nº 1 de Telheiras, por idade e sexo.

Gráfico 12 – Distribuição das crianças da amostra de estudo, por idade e sexo.

De seguida, os Gráficos 13 e 14 expressam a relação numérica e percentual entre rapazes e raparigas da mesma escola.

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Esta é uma população escolar de nível sócio-económico médio-alto, residente em área urbana de construção de qualidade, de edificação recente e dotada das melhores infra-estruturas, havendo 4,55% de crianças de raça negra e em que 4,04% incluem o somatório de outras raças não caucasianas.

Gráfico 13 – Relação numérica e percentual entre crianças de ambos os sexos, no total referido.

Gráfico 14 – Valores relativos numéricos e percentuais de crianças de ambos os sexos, na amostra de estudo.