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Solventes de limpeza

Antes de fazer qualquer reparo em uma estrutura de colmeias coladas, deve-se limpar uma área estendendo-se algumas polegada ao redor do dano, removendo-se toda a pintura e revestimento superficial.

A melhor maneira de fazer isso é usando um removedor de tinta ou MEC (Methil-Etil- Cetona). Em alguns casos, o Alconox, um po- deroso solvente e detergente, pode ser usado para uma limpeza final, e remover quaisquer re-

síduos ou óleos remanescentes após a aplicação do removedor ou do MEC.

Os removedores são aplicados com um pincel de tamanho adequado. Quando a tinta ou revestimento protetor se soltarem, elas são reti- radas com uma flanela limpa ou com um raspa- dor não abrasivo. O removedor não pode pene- trar na área danificada, ou ser usado próximo a uma junta colada, porque sua ação química dis- solverá o adesivo. Essas áreas devem ser cober- tas e a limpeza final deve ser feita com MEC ou uma tela de brunir. O MEC e o Alconox podem ser aplicados com uma esponja limpa.

Depois da área danificada ter sido com- pletamente removida, as superfícies adjacentes devem ser novamente limpas. Isso é feito usan- do-se o MEC e esponjas de gaze. O MEC é a- plicado à área com uma esponja e, imediata- mente removido com outra, antes de secar na superfície. Esse processo de limpeza deve ser feito até que a superfície fique bem limpa e livre de qualquer corpo estranho.

Para verificar se uma área está bem lim- pa, testamos com água. Esse teste é uma simples aplicação de um fino filme de água destilada sobre a área limpa. Qualquer interrupção do filme de água aplicado indicará que a área não está bem limpa, e o processo de limpeza deverá ser repetido.

Deve-se observar atentamente os proce- dimentos de segurança que ocorrem durante o trabalho com os solventes acima, especialmente quando o trabalho é realizado sobre a cabeça ou em área confinadas. Para a proteção pessoal deve-se usar sempre luvas de borracha, proteto- res para o rosto, ventilação adequada e respira- dores. Um extintor de CO2 deverá estar sempre à mão e pronto para uso se necessário.

Bases (Primers)

A tinta base é aplicada à superfície lim- pa, primeiramente para assegurar uma boa ade- são dos reparos de colmeia. A base é aplicada com uma esponja de gaze limpa ou um pincel adequado. Recomenda-se que a tinta seja apli- cada rapidamente, pois começa a aderir em ape- nas 10 a 15 segundos, e será estragada se qual- quer pincelada for dada após esse período. A base irá curar em aproximadamenre 1 hora à temperatura ambiente; contudo, esse tempo po- de ser reduzido através da aplicação de calor controlado.

Adesivos e resinas

Dois tipos de adesivos, atualmente utili- zados no reparo de estruturas de colmeia colada em algumas aeronaves, são conhecidos como tipo 38 ou “Potting”. O adesivo tipo 38 é apli- cado em reparos de fibra de vidro, e o tipo “Po- tting”, como o nome diz, é utilizado para encher buracos. Além disso, o tipo 38 pode ser usado como alternativa para o “Potting” adicionando- se micro esferas (fenóis microscópicos). Os ade- sivos ou “Pottings” são preparados de acordo com uma fórmula proporcional à quantidade preparada. Essa mistura deve ser dosada por peso.

Uma mistura precisa dos ingredientes do adesivo por dosagens é considerada um dos pas- sos mais importantes no reparo de estruturas de colmeia. As proporções corretas dos epoxis, resinas e microesferas a serem misturados por porção, tanto por peso como por volume, são fornecidas na seção aplicável do manual de re- paro estrutural para a aeronave específica.

Material do miolo

Os materiais usados no miolo de colmei- as de fibra de vidro (tamanho 3/16 da polegada) são geralmente usados para substituir os miolos de alumínio danificados das estruturas de col- meias metálicas.

O miolo de alumínio nem sempre é satis- fatório para o reparo, devido à sua estrutura frá- gil e delgada. Nessa condição, é impraticável cortar o miolo de alumínio com a precisão ne- cessária ao reparo. Os miolos de fibra de alu- mínio estão disponíveis em várias espessuras e, são facilmente cortados no tamanho exato, u- sando-se ferramentas comuns de oficina.

Fibras de vidro

A fibra de vidro usada em reparos por sobreposição em estruturas de colmeia é feita de vidro. O vidro é transformado em fibras, que por sua vez, são entrelaçadas em um tecido de vidro com uma grande variedade de tramas.

O tecido de fibra de vidro deve ser ma- nuseado com cuidado, estocado adequadamente, e deve estar perfeitamente limpo (livre de qual- quer sujeira, umidade, óleo ou outro contami- nante que possa causar uma adesão imperfeita dos adesivos com os quais ele é impregnado).

Protuberâncias e dobras agudas podem provocar o rompimento das fibras da trama, resultando num enfraquecimento local no reparo. A expo- sição ou o contato com o pó do tecido de vidro pode causar coceiras e irritações no corpo.

Proteções contra erosão e corrosão

Duas proteções são aplicadas aos reparos de colmeias para evitar erosão e corrosão. A primeira são duas demãos de cromato de zinco, preferivelmente pulverizadas sobre a área repa- rada. A segunda são duas demãos de Corrogard (EC 843) com pigmentos de alumínio, ou produ- to equivalente, pulverizado ou pincelado com um intervalo de secagem de 30 minutos entre cada demão. Ambas são inflamáveis e, por isso, as precauções quanto a incêndios devem ser observadas.