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PROCEDIMENTOS DE REPARO DE UM REVESTIMENTO E DO MIOLO.

Dois métodos típicos de reparos de da- nos em materiais de revestimento e miolo de colmeias de aeronaves são:

Figura 5-92 Reparo de face e núcleo.

1) Reparo de face simples com danos esten- dendo-se através do material do miolo até a linha de cola, no revestimento oposto; e 2) Reparo da área de transição.

Quando o dano à estrutura de colmeia é inspecionado e avaliado como dano a um dos revestimentos e ao miolo (figura 5-92), os pro- cedimentos discutidos nos próximos parágrafos podem ser usados.

Esses procedimentos são típicos, mas podem não se aplicar a todas as aeronaves. Con- sulta o manual de reparos do fabricante da aero- nave em questão, e siga as instruções aplicáveis ao tipo de reparo.

Remoção da área danificada

Uma fresadora e o gabarito aplicável devem ser usados para remover o material dani- ficado.

A profundidade da ponta da fresadora é determinada aumentando-se gradualmente a profundidade do corte até remover toda a área danificada.

Se o miolo estiver apenas parcialmente danificado, o desbastamos até a camada inferior de adesivo.

Preparo da substituição do miolo

A parte substituta deve ser fabricada de colmeia de fibra de vidro. Se a espessura correta não estiver disponível, a peça pode ser des- bastada com uma lixa até o tamanho correto. O plug de reparo deverá ficar bem nivelado, com uma tolerância de + 0,010 polegada.

Potting.

Prepara-se o Potting como a seguir: 1) Selecionar a mistura desejada para o reparo.

Usa-se uma mistura viscosa em reparos so- bre-cabeça ou para a fixação do miolo. A mistura média ou fina é usada em superfícies superiores.

2) Adicionar micro-esferas à resina e misturar de 3 a 5 minutos.

3) Adicionar o endurecedor à mistura anterior. Mexer por 3 a 5 minutos.

4) Aplicar o potting às bordas do miolo e ao redor das bordas da área danificada na es- trutura.

Introdução do miolo (plugue)

Coloca-se o miolo na área danificada como segue:

1) Inserir o miolo na área do reparo.

2) Remover a cola em excesso com um raspador plástico, e limpar a área do reparo mi- nuciosamente.

3) Deixar a cola secar no mínimo por 1/2 a 1 hora à temperatura ambiente, (72ºF) para ga- rantir que o miolo está firme no lugar.

Aplicação de Laminados de Tecido de Vidro.

1) A preparação e a aplicação das seções lami- nadas de tecido de fibra de vidro necessárias para completar o reparo, devem ser feitas como a seguir.

2) Secar a superfície com o tecido absorvente umedecido em MEC, até que nenhum vestí-

gio de material estranho seja encontrado. Não deixar o MEC secar, removê-lo com uma flanela limpa.

3) Aplicar a base adesiva EC-776R (ou igual) com um pincel de 1 polegada limpo na super- fície de contato e deixar secar. O tempo de secagem é de aproximadamente 1 hora em temperatura ambiente de 72ºF. A secagem pode ser acelerada pela aplicação de calor, não excedendo 150ºF. A base deve ser apli- cada em um filme fino e contínuo. Não dis- solver a base. A base deverá estar seca para uma adesão dos laminados de tecido de vi- dro.

4) Preparar uma área de trabalho limpa, livre de toda a matéria estranha. Isto geralmente é fei- to colocando-se uma folha de papel limpo sobre a bancada.

5) Escolher e cortar duas folhas de polietileno aproximadamente 5 polegadas maiores que o tamanho da área danificada.

6) Preparar dois discos de gabarito de chapa de metal fina no tamanho correto das sobreposi- ções laminadas, ou 3 polegadas maior que o dano.

7) Preparar uma mistura de adesivo tipo 38 de acordo com os procedimentos previamente discutidos no texto.

8) Colocar uma folha de polietileno sobre as folha de papel na bancada. As pontas dessas folhas devem ser coladas com fita adesiva à bancada.

9) Despejar um pouco de adesivo tipo 38 sobre a folha de polietileno. Com um raspador plástico, espalhar o adesivo unifomermente sobre o polietileno.

10) Colocar uma camada de tecido de fibra de vidro sobre a área coberta pelo adesivo. 11) Colocar uma quantidade adequada de ade-

sivo tipo 38 sobre a primeira camada de te- cido de fibra de vidro para cobrir e penetrar toda a área. Espalhar o adesivo uniforme- mente sobre a área com um raspador plásti- co.

12) Aplicar a segunda camada de tecido de vi- dro da mesma maneira que a primeira. 13) Aplicar uma quantidade suficiente de ade-

sivo tipo 38 sobre a segunda camada, como na primeira.

14) Colocar a folha central e a segunda folha de filme de polietileno sobre as camadas de fi- bra de vidro impregnadas de adesivo.

15) Com um raspador plástico, remover todas as bolhas de ar em direção às bordas das lâminas, ou camadas. Virar as camadas co- mo necessário na retirada das bolhas.

16) Com uma tesoura, cortar o sanduíche de laminado com polietileno, 1/2 pol a 3/4 pol maior que o tamanho previsto para o reparo. 17) Colocar o sanduíche de laminado/po-

lietileno entre os dois gabaritos que foram previamente fabricados para o reparo.

18) Com uma tesoura, cortar o reparo no tama- nho dos gabaritos.

19) Retirar os gabaritos e guardá-los.

20) Remover uma camada de filme de polietile- no do sanduíche laminado. Jogar fora. 21) Colocar o reparo laminado do lado com o

adesivo para baixo sobre a área ser repara- da.

22) Retirar a outra folha de filme de polietileno do topo do reparo laminado. Jogar fora. 23) Cortar outra folha de filme de polegadai-

etileno, de 3/4 pol a 1 pol maior que o repa- ro laminado.

24) Posicionar e centralizar essa folha de filme de polietileno sobre o reparo laminado so- breposto.

25) Com um raspador plástico liso, remover qualquer excesso de resina ou bolhas de ar que possam estar presentes dentro do reparo laminado. Esse passo é de extrema impor- tância para a qualidade geral do reparo. Por isso, ele deve ser feito com o maior cuidado e paciência.

26) Limpar a área adjacente ao reparo com me- til-etil-cetona. Não deixar que o solvente penetre na junção do reparo.

27) Deixar o reparo curar por pelo menos 12 horas em temperatura ambiente (72ºF), an- tes de remover a última folha de filme de polietileno.

Reparo em áreas de transição

Alguns painéis colados de colmeia são construídos com um dobrador, separando o re- vestimento superior do inferior, seccionado em áreas de miolo de colmeia. (Ver figura 5-93). A borda entre essa "ilha" de colmeia e a área lami- nada é chamada de "área de transição". Os repa- ros de áreas de transição são particularmente importantes por causa da transferência local de esforços.

A preparação dos materiais e, a monta- gem e cura dos miolos de reparo, são basica- mente as mesmas aplicadas ao revestimento e ao

miolo de estruturas em colmeia. Contudo, devi- do à forma e o contorno da área de transição, especialmente nas bordas das ilhas, deve-se ter especial atenção no corte do miolo da colmeia dessas áreas.

Nesse reparo, quatro camadas de tecido de fibra de vidro impregnado, número 181, são as mais recomendadas para o reparo. A prefe- rência pelo nº 181 é devido à sua flexibilidade e fácil aplicação, particularmente na confecção de reparos para um dos cantos de uma ilha, onde um contorno duplo é encontrado.

Figura 5-93 Construção típica de painel de colméia colado.

Procedimentos de reparo

Os passos a serem seguidos no reparo de uma área de transição são os seguintes:

1) Esboçar o reparo em formato circular (não excedendo em mais de 2 pol o diâmetro) que abranja toda a área danificada.

2) Usando uma router, remover a área danifica- da até o revestimento inferior. A pro- fundidade do corte da router é determinada pelo aumento gradual da profundidade do corte até alcançar a camada de adesivo.

3) -Fazer um miolo de colmeia de fibra para substituir o miolo removido. O contorno e a espessura corretos da área de transição po- dem ser obtidos com lixamento manual ou serragem manual. O plugue de miolo deve ser modelado a fim de encaixar-se perfeita- mente, ou com tolerância de + 0,010 polega- da.

4) Preparar o adesivo para o "potting".

5) Besuntar as bordas do plugue de colmeia de fibra com o adesivo. (Ver figura 5-94)

6) Instalar o plugue na área a ser reparada. 7) Preparar o adesivo para o tecido de vidro.

8) Preparar quatro laminados de tecido de vidro - o primeiro com tamanho suficiente para co- brir adequadamente a área danificada sem sobreposição das bordas - os outros 0,25 pol em todos os lados. Os laminados não devem se sobrepor aos prendedores. Se os laminados se estenderem sobre os prendedores (rebites) ou seus furos, corta-se ao redor dos mesmos como mostrado na figura 5-94.

9) Aplicar os quatro laminados à área de reparo como mostrado na vista em corte do reparo, na figura 5-94.

10) Deixar o reparo curar adequadamente.

11) Aplicar a base antierosão/corrosão como especificado.

Figura 5-94 Reparo na área de transição.

PLÁSTICO

De acordo com sua origem química, os plásticos classificam-se em 4 grupos gerais: (1) resinas naturais, (2) resinas sintéticas, (3) prote- ínas, e (4) celuloses. As resinas naturais incluem materiais como goma-laca (shellac), breu, âm- bar, asfalto e resina. Esse materiais requerem um enchimento para sua moldagem.

As resinas sintéticas são à base de petró- leo, glicerol, nafta, cianamido de cálcio, ben-

zeno, uréia, etileno, fenol e formaldeído. Os produtos feitos à base de resinas sintéticas in- cluem os acrílicos, o nylon, o vinil, o estireno, o polietileno, o formaldeído de uréia e outros.

Os plásticos à base de proteína são fa- bricados sobre a variedade de produtos da agri- cultura, como o amendoim, castanhas, leite, grãos de café e soja.

Os plásticos de celulose são a categoria mais antiga, e incluem o celuloíde.

Outros plásticos que se enquadram nessa classe são o acetato, o nitrato, a etil-celulose, o butirato e o propionato.

Quase todos os plásticos modernos são moldados. Contudo, hoje, uma grande porcenta- gem dos plásticos que conhecemos e usamos são fundidos, trabalhados à máquina, laminados, aplanados, ou moldados por outros métodos.