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A maioria dos reparos em revestimentos podem ser feitos usando ou o remendo de su- perfície, ou cobertura, o remendo chanfrado, o remendo de encaixe ou o remendo de escarva. Provavelmente o mais fácil é o remendo de su- perfície. Remendos de superfícies não devem ser usados em revestimentos com mais de 1/8 pol de espessura. Para reparar um furo através deste método, apara-se a superfície danificada em forma de retângulo ou triângulo, dependen-

do da loca lização do furo em relação à estrutu- ra do avião. (figura 5-113).

Figura 5-113 Formas típicas para remoção de danos.

Onde a estrutura formar um canto qua- drado e o furo não se estender até o próximo membro paralelo, deve-se fazer um corte trian- gular. As arestas do corte devem ser arredonda- das com um raio de pelo menos 5 vezes a espes- sura do revestimento.

Dobradores, feitos de compensado pelo menos da espessura do revestimento, são refor- ços sob as bordas do furo pelo lado interno do revestimento. Os dobradores são pregados e colados no lugar.

Eles se estendem desde um membro até outro e são reforçados nas bordas por cantonei- ras em forma de sela, presas aos membros estru- turais.

Um remendo pelo menos 12 vezes a es- pessura do revestimento, além das bordas do furo, é cortado de material do mesmo tipo e es- pessura do painel original. As bordas do remen- do são chanfradas, como mostrado na figura 5- 114.

Geralmente é impossível usar grampos durante a colagem de um reparo externo; por isso a pressão deve ser aplicada por outro meio. Geralmente ela é feita aplicando-se peças pesa- das sobre o reparo até que esteja seco. Dois ou três preguinhos ajudarão a evitar que o remendo deslize durante a colagem.

Depois que o reparo de superfície secar, ele deve ser coberto com tela. A tela deverá ul- trapassar as bordas do remendo pelo menos 2 polegadas.

Reparos de superfície localizada total- mente atrás da linha de 10% da corda, ou que ficam curvados no bordo de ataque e terminam atrás da linha de 10% da corda são permitidos. O bordo de ataque de um reparo de superfície deve ser chanfrado com um ângulo de pelo me- nos 4 vezes a espessura do revestimento. Repa- ros de superfície podem ter um perímetro tão grande quanto 50 polegadas, e podem se esten- der de uma nervura a outra.

A direção da fibra do reparo deve ser a mesma da fibra do revestimento original. Não se deve fazer este tipo de reparo em chapas com mais de 1/8 pol de espessura.

Remendos embutidos

Em lugares onde não se deva aplicar um remendo externo, tais como a cambra de uma asa ou o revestimento externo da fuselagem, pode-se usar o reparo embutido.

Remendos de encaixe

Em revestimentos de compensado pode- se usar dois tipos de reparos de encaixe: oval e redondo. Uma vez que este é estritamente um reparo de revestimento, ele deve ser aplicado apenas a danos que não envolvam a estrutura de suporte sob o revestimento. As bordas do reparo são cortadas em ângulo reto. O revestimento é cortado em formato redondo ou oval com as bordas quadradas. O reparo é cortado no tama- nho exato da abertura e, quando instalado, for- ma uma junta com a borda do furo. Um reparo de encaixe redondo, mostrado na figura 5-115, pode ser usado onde a abertura não for maior que 6 pol de diâmetro. Reparos circulares gran- des e pequenos foram desenhados para furos de 6 e 4 pol de diâmetro. Os passos para o preparo de um reparo de encaixe circular são:

(1) Cortar o remendo no tamanho do furo. Ele

deverá ser do mesmo material e ter a mesma es- pessura que o revestimento. Não é necessário orientar as fibras do reparo de acordo com as do revestimento, uma vez que o reparo poderá ser girado no local para este fim.

(2) Colocar o remendo sobre o local a ser con-

sertado e desenhar um círculo do mesmo tama- nho.

(3) Cortar o revestimento de forma que o re-

mendo se encaixe bem justo no furo.

(4) Cortar um dobrador (reforço) de compensa-

do de 1/4 pol, de forma que seu raio externo seja 5/8 pol maior que o furo a ser tamponado, e o raio interno seja 5/8 polmenor. Para um reparo grande, essas dimensões serão de 7/8 pol cada. Este dobrador deve ser de um compensado ma- cio.

(5) Cortar um dos lados do dobrador de forma que ele possa ser inserido através do furo para a parte interior do revestimento. Aplicar uma camada de cola à superfície do dobrador que vai ficar aderida à face interna do revesti- mento.

(6) Instalar o dobrador de forma que ele e o furo fiquem exatamente concêntricos. Fixá-lo no lugar através de grampos. Usar papel encerado entre os grampos e o revestimento.

(7) Assim que a cola secar, aplicá-la na super-

fície onde o reparo será assentado. Inserir o re- paro no furo.

(8) Aplicar pressão no remendo por meio de uma

chapa e parafusos nº 4 para madeira, a intervalos aproximados de 1 pol. Um papel encerado entre a chapa e o reparo evita que o excesso de cola fixe um ao outro.

Figura 5-115 Remendo de encaixe redondo.

(9) Quando a cola estiver seca, remover os

pregos e parafusos. Preencher os furos, lixar e dar o acabamento para ficar como o original Os passos para a realização de um reparo de encai- xe oval, figura 5-116, são idênticos. As dimen-

sões máximas devem ser de 7 pol de com- primento por 5 pol de largura. Os reparos ovais devem ser feitos com as fibras cuidadosamente orientadas na mesma direção do revestimento original.

Figura 5-116 Reparo oval.