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Várias áreas da estrutura da célula são compartimentos selados onde combustíveis ou ar devem ser confinados. Algumas dessas áreas contêm tanques de combustível; outras consis- tem de compartimentos pressurizados, tais como a cabine. Sendo impossível selar essas áreas completamente, apenas com juntas rebitadas, faz-se necessário o uso de um selante. Os selan- tes são também usados para adicionar suavidade aerodinâmica às superfícies expostas, tais como uniões e juntas nas asas e fuselagem.

Normalmente são usados 3 tipos de se- los. Os selos de borracha são usados em todos os pontos onde é necessário um rompimento freqüente da selagem, tal como nas saídas de emergência e portas de entrada. Os selantes são usados em pontos onde a selagem é raramente rompida, exceto para manutenção estrutural ou substituição de peças, tal como em dobras rebi- tadas e juntas de topo. São necessários selos especiais para a passagem de cabos, tubos, liga- ções mecânicas, ou fios, pelas áreas pressuriza- das ou seladas.

Os fios e tubos são passados através de paredes pressurizadas, utilizando-se acoplamen- tos para as tubulações e plugs de borracha para os fios. Essas fixações são seladas à parede e os fios e tubos são presos a elas por ambos os la- dos.

Todos os selos dos componentes móveis, tais como controles de vôo, estão sujeitos a des- gastes e requerem cuidados especiais quando da sua instalação. Além disso, eles devem ser che- cados regularmente.

Defeitos em selantes

O estanqueamento de uma área, ou se- ção, é checado antes e depois de executar um re- paro. A pressurização no solo é feita enchendo-

se a seção com ar, oriundo de uma fonte exter- na, através de conexões para teste de pressão.

Com as seções pressurizadas, localiza- mos os vazamentos pelo lado externo da aero- nave, aplicando uma solução borbulhante sem sabão em todas as juntas e uniões na área sus- peita. As bolhas indicarão a área do vazamento. Um vazamento específico é, então, isolado no interior da aeronave, passando um estetoscópio ou dispositivo semelhante ao longo das juntas na área de vazamento. O vazamento pode ser detectado pela mudança no ruído quando o ins- trumento passa sobre ele. Depois do teste, re- movemos a solução borbulhante do exterior da aeronave, aplicando água limpa para evitar a formação de corrosão.

Aqui estão algumas medidas de precau- ção a serem seguidas durante os procedimentos de teste discutidos. Com pessoas no interior da aeronave, a área nunca deve ser pressurizada com uma pressão maior que àquela previamente estabelecida durante testes com a seção vazia. Nenhuma pessoa resfriada e que tenha tido res- friado recentemente, ou cujas fossas nasais este- jam obstruídas de alguma forma, deverá estar presente ao controle do equipamento de pressu- rização durante todo o teste.

A pressurização nem sempre é necessá- ria para determinar uma área selada com defeito. Os selantes devem ser reparados quando:

1) O selante está descascando.

2) As juntas estão expostas através do cordão de selante.

3) O cordão de selante ou o enchimento de furo estiver exposto através do revestimento. 4) O selante foi danificado pela remoção e re-

instalação de prendedores, portas de acesso ou outras partes seladas.

5) Houver rachaduras ou abrasões no selante.

Reparo de selantes

Todas as superfícies a serem seladas de- vem ser limpas para assegurar a máxima adesão entre o selante e a superfície. Partículas soltas no exterior podem ser removidas por um aspi- rador a vácuo.

Raspamos todo o selante velho da área a ser raspada com um bloco pontudo de plástico, fenol, ou madeira dura, para evitar arranhões, e aplicamos um decapante e um limpador.

O limpador não pode secar sobre a su- perfície metálica, deve ser enxugado com flane- las secas.

Não removemos o limpador (xampu) com flanelas sujas, uma vez que a superfície do metal deve estar livre de toda sujeira, graxa, pó e etc. A superfície pode ser checada, quanto à limpeza, derramando-se água sobre ela depois de ter sido enxugada. Se a superfície ainda con- tiver óleo, a água formará pequenas gotas.

Não devemos esquecer de proteger os selantes e as partes de acrílico contra o decapan- te. Se for usada iluminação artificial durante o reparo, ela deve ser à prova de explosão.

Usamos roupas que nos protejam contra o decapante e o limpador para que eles não en- trem em contato com a pele. Providenciamos uma ventilação adequada na área de trabalho. O pessoal envolvido deverá usar um respirador durante o serviço em uma área enclausurada.

Pode ser necessário substituir os selos de borracha periodicamente para assegurar o fe- chamento correto da porta. Os selos desse tipo devem ser substituídos sempre que houver qual- quer grau de dano. Tal selo não é reparável, porque precisa ser contínuo ao redor da abertu- ra.

Para remover o selo antigo, removemos todos os retentores do selo na moldura, e então arrancamos o selo antigo. Usamos nafta alifática e flanelas limpas para limpar a estrutura sobre a qual o novo selo será colado. A limpeza deve ser feita imediatamente antes da instalação do selo. Depois, usando um pincel limpo, aplica- mos uma camada uniforme de cola para borra- cha sobre as partes de metal e as superfícies do selo a serem coladas.

Deixamos a cola secar até ficar pegajosa, então juntamos o selo ao metal, pressionando firmemente ao longo de todos os pontos de con- tato. Instalamos os retentores do selo, e deixa- mos a cola curar durante 24 horas antes do uso.

Pode-se usar tolueno para limpar os pin- céis e outros equipamentos usados na aplicação da cola. Se a cola precisar de um solvente, usa- se nafta alifática.

Os selos ou seções pressurizadas devem ser capazes de suportar uma certa quantidade de pressão. Por isso, danos aos selos no com- partimento ou na seção devem ser reparados com esta pergunta em mente: Ela vai suportar a pressão requerida ? A selagem deve ser reali- zada pelo lado pressurizado da superfície.

É aconselhável nos certificarmos de que todas as áreas estejam seladas antes de comple- tarmos as operações de montagem que tornari- am a área inacessível.

Os selantes só devem ser aplicados quando as superfícies de contato estiverem per- feitamente limpas. O selante deve ser aplicado em um movimento contínuo para a frente, no lado da junta que sofre a pressão. É importante começar a espalhar o selante 3 polegadas antes da área do reparo e continuar 3 polegadas além dessa área. E, se possível aplicá-lo com uma pis- tola de pressão. Geralmente são requeridas duas camadas de selante. Se isso for necessário, dei- xamos que a primeira camada cure antes de apli- car a segunda. Deixamos o selante curar até se tornar como borracha antes de unir as superfí- cies.

O tempo de cura varia com a tempera- tura. Altas temperaturas reduzem o tempo de cura, e baixas temperaturas prolongam-no. Uma fonte artificial de calor pode ser usada para en- curtar o tempo de cura, porém deve-se ter o cui- dado para não danificar o selante com uma tem- peratura muito alta. Uma circulação de ar quen- te, sem exceder 120º F, ou lâmpadas infra- vermelhas a 18 polegadas ou mais do selante são fontes satisfatórias de calor. Se forem usa- das lâmpadas de infra-vermelhas, deverá haver ventilação adequada para arrastar os solventes evaporados.

Os selantes são geralmente usados em juntas, mas também podem ser usados para pre- encher furos e espaços até 1/16 pol de largura.

Fita impregnada com cromato de zinco é às vezes, utilizada entre juntas. A fita de sela- gem é, também usada como tapa furos e em frestas de 1/16 a 1/2 pol de largura. A fita é a- plicada sobre a abertura, pelo lado com pressão, e um filme de selante é aplicado sobre a fita. Furos e frestas maiores que 3/16 pol de largura são geralmente enchidos com madeira, tampas de metal ou plugs de metal pelo lado com pres- são; depois, a fita impregnada e o selante são aplicados sobre o reparo.

Devemos nos certificar de que toda a moldagem, montagem e furação estejam com- pletas antes de aplicar a fita.

Depois de limpar a superfície a ser repa- rada, desenrolamos a fita; mantendo a branca interna longe da superfície do metal. Não reti- ramos a fita protetora até a hora da colagem. Não devem ficar rugas na fita, e as partes devem

ser reunidas com o mínimo movimento lateral possível.

A aplicação de massa selante é seme- lhante à de selante. Uma espátula ou um bloco pontudo de plástico, fenol ou madeira é, às ve- zes, usado para forçar e enfiar o selante nas fres- tas ou emendas. Limpamos a fresta ou junta com ar comprimido, antes de aplicar a massa pelo lado pressurizado.

Rebites e parafusos nem sempre vedam adequadamente quando usados nestas áreas crí- ticas ou seções.

Quando ocorre vazamento de pressão ao redor desses prendedores, eles devem ser remo- vidos e substituídos. Os furos devem ser enchi- dos com selante, e novos prendedores devem ser instalados.

Removemos o excesso de selante logo que possível para evitar as dificuldades encon- tradas após seu endurecimento.

COLMÉIA METÁLICA COLADA ( HO-