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MECANISMOS DE IMPLEMENTAÇÃO, ACOMPANHAMENTO E GESTÃO

5. Mecanismos

de implementação,

acompanhamento e

gestão

5. Mecanismos de implementação, acompanhamento e gestão

Para a materialização deste Plano, importa definir o enquadramento normativo adequado, que resulte transparente e de fácil compreensão para os diferentes actores do ecossistema do empreendedorismo da Região.

Atendendo à relevância transversal do empreendedorismo como impulsionador da competitividade, do crescimento económico e do emprego de uma Região, propõe-se que este enquadramento possa ser definido num diploma legal, que permita considerar as diferentes iniciativas de promoção do empreendedorismo, em curso e previstas, promovidas por diferentes tipos de entidades.

Note-se que este enquadramento poderá com vantagem consubstanciar-se na definição de um Sistema de Incentivos ao Empreendedorismo, cujas condições de acesso e respectivas regras gerais de atribuição sejam objecto de decreto regulamentar regional próprio.

Assim, é proposto desde já que este Sistema de Incentivos se organize em Eixos, Medidas e Tipologias de apoio alinhados com a Estratégia de intervenção definida neste documento. Deste modo, os “Eixos” estarão alinhados com as Linhas de Orientação estratégica preconizadas, da mesma forma em que as “Medidas” deverão cobrir de uma forma abrangente os objectivos estratégicos estabelecidos e as “Tipologias de apoio” deverão procurar abranger as diferentes iniciativas, propostas ou existentes, a levar a cabo para implementação deste Plano.

Assim, tendo em consideração a tipologia de iniciativas consideradas no âmbito deste Plano, e de uma forma sintética, é possível adiantar a seguinte proposta de estruturação deste Sistema de Incentivos (Tabela 3).

Tabela 3. Síntese da proposta de Sistema de Incentivos ao Empreendedorismo.

Eixos Medidas Tipologias de apoio

I Cultura empreendedora I.1 Promover a familiarização com a actividade empreendedora A

Apoio à realização de acções de promoção do empreendedorismo nas escolas

B

Apoio à realização de acções de formação especializada em temáticas relacionadas com o empreendedorismo I.2 Aumentar o reconhecimento da actividade empreendedora A

Apoio à realização de eventos de divulgação da cultura

empreendedora

B Apoio à realização de concursos de empreendedorismo

II Infra-estruturas e serviços de apoio

II.1

Fomentar a qualidade e a variedade dos serviços de aconselhamento e de consultoria aos empreendedores

A

Apoio ao reforço das

competências das estruturas de apoio ao empreendedorismo

B

Apoio à participação em redes internacionais de apoio ao empreendedorismo

C Apoio técnico à criação de novos projectos empresariais

II.2

Consolidar a rede de infra- estruturas de apoio aos empreendedores

A Apoio à criação de estruturas de apoio ao empreendedorismo III Financiamento III.1 Assegurar a existência de formas de financiamento associadas à actividade empreendedora A

Apoio à criação de entidades- veículo na área dos Business Angel

B Apoio à disponibilização de fundos de capital de risco

C Apoio à disponibilização de microcrédito bancário

III.2

Promover a existência de apoios financeiros públicos à actividade empreendedora

A Apoio financeiro à criação de novos projectos empresariais

B

Apoio à aquisição de serviços de apoio à actividade

Deste modo, o Sistema de Incentivos proposto prevê a existência de quatro eixos (três considerados estruturantes11 e um de assistência técnica), oito medidas e quinze tipologias de apoio.

É possível relacionar estas tipologias de apoio com as iniciativas (propostas e em curso) de acordo com a seguinte Tabela (Tabela 4).

Tabela 4. Relação entre as iniciativas propostas e existentes e as tipologias de apoio previstas no Sistema de Incentivos proposto.

Medida

Projectos I.1.A I.1.B I.2.A I.2.B II.

1.A II. 1.B II. 1.C II. 2.A III .1.A III .1.B III .1.C III .2.A III .2.B IV. 1. A IV.2.A In ici at iv as p ro p o sta s Start-up Azores           Empreende Açores    Incuba Açores    BIC Azores   Observatório do Empreendedorismo  Azores Angels  Enterprise Azores    Prin cipa is in ici at iv as e m cu rs o Programa Educação Empreendedora  Centro de Empreendedorismo na

Universidade dos Açores    Concurso Regional de

Empreendedorismo 

Nonagon   

Rede de Gabinetes do

Empreendedor 

Rede Prestige Azores 

Empreende Jovem   

Regime de Apoio ao

Microcrédito Bancário 

FIAEA 

11 De forma a simplificar a Estrutura do Sistema de Incentivos e a facilitar a sua aplicação e a sua compreensão pelos potenciais beneficiários foram apenas considerados três eixos, correspondentes aos domínios do Ecossistema com maior potencial de definição de intervenções autónomas de incentivo ao empreendedorismo: Cultura empreendedora, Infra-estruturas e serviços de apoio e Financiamento.

Note-se que o Sistema de Incentivos foi desenhado por forma a prever a sua abertura à participação dos diferentes actores do ecossistema do empreendedorismo da Região, permitindo o seu envolvimento de forma activa na materialização deste Plano. Procura-se assim optimizar a utilização dos recursos públicos na consecução dos objectivos deste Plano Estratégico.

Estrutura de acompanhamento e gestão

Independentemente da definição, ou não, do quadro normativo e do Sistema de Incentivos proposto, a implementação do Plano Estratégico para o Fomento do Empreendedorismo na Região Autónoma dos Açores deve ser avaliada permanentemente. Só desta forma é possível aferir os resultados e impactos das iniciativas colocadas em prática e identificar aspectos que possam contribuir para eventuais melhorias da estratégia proposta.

No sentido de operacionalizar a estratégia, implementar os mecanismos de monitorização e fazer o necessário acompanhamento, será aconselhável criar uma estrutura de acompanhamento e gestão adequada. Pela natureza transversal das estratégias para o fomento do empreendedorismo, o seu acompanhamento requer uma forte articulação entre os vários órgãos de Governo e uma coordenação ao mais alto nível. Será também necessário promover o envolvimento da sociedade nas diferentes vertentes da implementação do Plano. Sugere-se assim que a estrutura a criar possa vir a apresentar a seguinte configuração:

- Coordenação Executiva: Órgão responsável pela coordenação do Plano. Composição a indicar pelo Governo Regional. Deverá ser suportado pelo Grupo de Trabalho; - Grupo de Trabalho: Órgão executivo responsável pela implementação do Plano

Estratégico, em particular pela dinamização dos projectos definidos. Poderá ter como base o Grupo de Trabalho responsável pelo acompanhamento do presente trabalho;

- Conselho Regional para o Empreendedorismo: Órgão com carácter consultivo. Deverá envolver membros do Governo Regional e personalidades reconhecidas do mundo empresarial e académico. Sugere-se que possa ser presidido pelo Presidente do Governo Regional. Este Conselho será particularmente importante no acompanhamento estratégico do Plano e na avaliação da evolução do ecossistema empreendedor da Região.

Indicadores de acompanhamento do Plano

No sentido de monitorizar a implementação do Plano, é sugerido um conjunto de indicadores que deverá ser acompanhado de forma continuada. Pretendeu-se que este conjunto de indicadores fosse limitado e abrangesse de forma integrada os domínios estruturantes do ecossistema do empreendedorismo (Tabela 5).

Tabela 5. Principais indicadores de acompanhamento do Plano. Domínio Indicador

Capital humano

Número de empreendedores oriundos do exterior da Região apoiados pelo programa Start-Up Azores

Número de empreendedores apoiados pelo BIC Azores Número de empreendedores que recebem apoio (formação ou consultoria) no âmbito do projecto Empreende Açores

Empresas e mercados

Número de PME apoiadas pelo BIC Azores

Número de especialistas integrados na Rede de Mentores Número de empresas criadas no âmbito do projecto Empreende Açores

Número de redes internacionais integradas pela incubadora Número de redes internacionais integradas pelo BIC Azores Número de candidaturas ao programa Start-up Azores

Apoio financeiro

Número de solicitações de apoio recebidas pela Associação de Business Angels

Número de projectos apoiados pela Associação de Business Angels Número de investidores atraídos para a Associação de Business Angels

Cultura

empreendedora

Afluência a eventos de promoção do empreendedorismo

Número de eventos organizados pela Associação de Business Angels Número de participantes nos concursos regionais de

empreendedorismo e ideias

Número de referências a actividade empreendedora na comunicação social local

Infra-estruturas e serviços de apoio

Número de candidaturas à incubadora recebidas Número de empresas incubadas

Nível de satisfação dos utilizadores dos serviços do BIC Nível de satisfação dos utilizadores da incubadora Número de solicitações recebidas pelo Observatório do Empreendedorismo para prestação de serviços

Número de relatórios/publicações editados anualmente pelo Observatório do Empreendedorismo

Indicadores de evolução do ecossistema do empreendedorismo na Região Autónoma dos Açores

No sentido de avaliar o impacto do Programa no ecossistema do empreendedorismo, é sugerido o seguimento de um conjunto de indicadores de evolução (Tabela 6).

De referir que o ecossistema do empreendedorismo se constitui como um sistema dinâmico, afectado não só pelas medidas directas de promoção do empreendedorismo mas também por um vasto conjunto de políticas governamentais (entre as quais políticas na área da educação e formação, ciência e tecnologia, cultura, juventude, trabalho, etc.) e de factores (entre os quais merece destaque o panorama económico internacional).

Tabela 6. Principais indicadores de evolução do ecossistema do empreendedorismo na Região Autónoma dos Açores

Domínio/ Indicador Fonte Valor de base Período de referência

Indicadores globais

Taxa de Actividade Empreendedora GEM Açores 3,5% 2010

Taxa de Actividade Empreendedora

feminina GEM Açores 1,0% 2010

Taxa de Actividade Empreendedora

18-24 anos GEM Açores 4,9% 2010

Taxa de Actividade Empreendedora

25-34 anos GEM Açores 4,8% 2010

Capital humano

Proporção da população com

ensino secundário completo INE 10,% 2011

Proporção da população com

ensino superior completo INE 8,4% 2011

Nível de educação e formação GEM Açores -0,5712 2010

Empresas e mercados

Taxa de desemprego INE 11,6 % 3.º Trim. 2011

N.º total de empresas SREA 19.803 2009

Domínio/ Indicador Fonte Valor de base Período de referência

Taxa de natalidade das empresas SREA 19,04 % 2009

Taxa de sobrevivência das

empresas (a 2 anos) SREA 46,06 % 2009

Proporção do VAB das empresas em sectores de alta e média-alta tecnologia

SREA 1,36 % 2009

Proporção dos nascimentos de empresas em sectores de alta e média-alta tecnologia

SREA 1,83 % 2009

Peso das empresas nas despesas

em ID da Região SREA 14,8% 2008

N.º de postos de trabalho criados

nas novas empresas - N.D.

% de empreendedores early-stage

que têm clientes internacionais GEM Açores 65,8 % 2010 Nível de abertura do

mercado/barreiras à entrada GEM Açores -0,80 12

2010

Políticas e programas

N.º de empresas criadas, apoiadas por sistemas de incentivos (SIDER, PRORURAL, PROPESCAS, …)

N.D.

N.º candidaturas SIFIDE N.D.

Investimento elegível candidaturas

SIFIDE N.D.

Nível das políticas governamentais GEM Açores -0,4212 2010 Nível dos programas

governamentais GEM Açores -0,04

12

2010

Apoio financeiro

Montante concedido ao abrigo do

sistema de microcrédito N.D.

N.º de projectos apoiados por

fundos de capital de risco N.D.

Domínio/ Indicador Fonte Valor de base Período de referência Crédito privado concedido a

empresas (% PIB) N.D.

Nível de apoio financeiro GEM Açores -0,5012 2010

Cultura empreendedora

N.º de participantes em iniciativas

dirigidas ao ensino básico N.D.

N.º de participantes em iniciativas

dirigidas ao ensino secundário N.D.

N.º de alunos inscritos em cadeiras de empreendedorismo no ensino superior

N.D.

Nível de normas sociais e culturais GEM Açores -0,7812 2010

Infra-estruturas e serviços de apoio

Número de empresas instaladas em

Parques de Ciência e Tecnologia N.D.

Número de empresas incubadas

em incubadoras de empresas N.D.

% de empresas com acesso a banda

larga N.D.

Nível de acesso a infra-estruturas

físicas GEM Açores 0,62

12 2010

Nível de infra-estrutura comercial e

profissional GEM Açores -0,32

12 2010

BIBLIOGRAFIA

Bibliografia

Documentos, livros e artigos

Centro de Empreendedorismo, SPI Ventures e Governo dos Açores (2011). GEM Açores 2010 – Estudo sobre o Empreendedorismo.

Decreto Legislativo Regional n.º 25/2010/A, de 2 de Julho - Regulamento do Empreende Jovem

Direcção Regional de Apoio ao Investimento e à Competitividade. Revista Empreender. Números de 1 a 11.

Direcção Regional de Apoio ao Investimento e à Competitividade (2007). Manual do Empreendedor.

Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação e Associação Portuguesa de Capital de Risco e de Desenvolvimento (2006). Guia Prático do Capital de Risco.

Instituto Nacional de Estatística (2011). Censos 2011 - Resultados Provisórios. Instituto Nacional de Estatística (2011). Estatísticas do Comércio Internacional 2010.

Instituto Português da Qualidade (2007). NP 4456: 2007 - Gestão da Investigação Desenvolvimento e Inovação (IDI). Terminologia e definições das actividades de IDI

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Kelley, Donna, Bosma Niels e Amorós, José Ernesto (2011). Global Entrepreneurship Monitor 2010 Global Report.

Lei 40/2005, de 3 de Agosto. Cria o SIFIDE, sistema de incentivos fiscais em investigação e desenvolvimento empresarial.

Observatório do Emprego e Formação Profissional (2011). Inquérito aos estudantes da Universidade dos Açores, Ano lectivo 2010/2011.

Programa Estratégico para o Empreendedorismo e a Inovação +E +I. Resolução de Conselho de Ministros n.º 54/2011, de 16 de Dezembro, e Declaração de Rectificação n.º 35/2011, de 21 de Dezembro.

Saraiva, Pedro (2011). Empreendedorismo: do Conceito à Aplicação, da Ideia ao Negócio, da Tecnologia ao Valor. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra.

Tom Fleming Creative Consultancy, Horwath Parsus, Opium Lda, Gestluz e Comedia (2008). Estudo Macroeconómico - Desenvolvimento de um Cluster das Indústrias Criativas na Região Norte. Promotores: Fundação de Serralves, em parceria com a Junta Metropolitana do Porto, a Casa da Música e a Sociedade de Reabilitação Urbana da Baixa Portuense.

Universidade dos Açores (2011). Relatório e Contas, 2010.

Sites Consultados

Agência para a Promoção do Investimento dos Açores: http://www.investinazores.com/

Aicep Portugal Global: http://www.portugalglobal.pt/

Associação Nacional de Direito ao Crédito: http://www.microcredito.com.pt/

Associação Portuguesa de Business Angels: http://www.apba.pt/

Babson College - http://www.babson.edu/

Babson College, Babson Entrepreneurship Ecosystem Project (BEEP): http://entrepreneurial- revolution.com/

Câmara de Comércio de Angra do Heroísmo: http://www.ccah.eu/

Câmara de Comércio e Indústria de Ponta Delgada: http://www.ccipd.pt/

Câmara Municipal da Praia da Vitória: http://www.cmpv.pt/

Câmara Municipal de Ponta Delgada: http://cm-pontadelgada.azoresdigital.pt/

Centro de Empreendedorismo da Universidade dos Açores:

http://www.empreendedorismo.uac.pt/

Direcção Regional da Educação e Formação:

http://www.azores.gov.pt/Portal/pt/entidades/sref-dref

Direcção Regional da Juventude: http://www.azores.gov.pt/Portal/pt/entidades/srp-drj/

Direcção Regional de Apoio ao Investimento e à Competitividade:

http://www.azores.gov.pt/portal/pt/entidades/sre-draic/

Direcção Regional de Ciência, Tecnologia e Comunicações:

http://www.azores.gov.pt/Portal/pt/entidades/srcte-drctc/

Dublin Business Innovation Centre: http://www.dbic.ie/

Enterprise Ireland: http://www.enterprise-ireland.com/en/

European Business & Innovation Centre Network:http://www.ebn.be/

Federação Nacional de Associações de Business Angels: http://www.fnaba.org/

FINICIA Açores: http://www.azores.gov.pt/Portal/pt/entidades/sre- draic/textoTabela/FINICA.htm

Fundo de Investimento de Apoio ao Empreendedorismo dos Açores:

http://www.inovcapital.pt/fiaea/

Global Entrepreneurship Monitor: http://www.gemconsortium.org/

Instituto Nacional de Estatística: http://www.ine.pt/

IPN-Incubadora: www.ipn-incubadora.pt/

National Business Incubation Association: http://www.nbia.org/

Observatório do Empreendedorismo Jovem, Instituto de Tecnologia de Kavala:

http://www.teikav.edu.gr/teikav/

Observatório do Empreendedorismo, Eslovénia: http://www.epfip.uni- mb.si/raziskovanje/slovenski-podjetniski-observatorij/

ParcBIT: http://www.parcbit.es/

PRO-EMPREGO- Programa Operacional do Fundo Social Europeu para a Região Autónoma dos Açores 2007-2013: http://proemprego.azores.gov.pt/

Programa Compete, Constituição de Entidades Veículo: http://www.pofc.qren.pt/faqs?temaid=62

Programa de Fomento Cultura Emprendedora: http://www.emprendeastur.es/

Programa EXIST – Start-ups de Base Universitária: http://www.exist.de/

Programa Start-Up Chile: http://www.startupchile.org/

PROPESCAS – Programa Operacional das Pescas para a Região Autónoma dos Açores 2007- 2013: http://www.azores.gov.pt/Portal/pt/entidades/sram-

ssrp/textoTabela/PROPESCAS.htm

PRORURAL – Programa de Desenvolvimento Rural da Região Autónoma dos Açores 2007- 2013: http://prorural.azores.gov.pt/

Rede Canária Rural: http://www.redcanariarural.org/

Rede de Lojas Aldeias do Xisto: http://www.aldeiasdoxisto.pt/

SIDER - Sistema de Incentivos para o Desenvolvimento Regional dos Açores:

http://www.proconvergencia.azores.gov.pt/SistemaIncentivos.html

UNIEMPRENDE: http://www.uniemprende.es/

ANEXO – ESTUDOS DE CASO

Anexo – Estudos

de Caso

Estudo de caso 1 – EXIST

Iniciado em 1997, o Programa EXIST – Start-ups de Base Universitária é uma iniciativa do Ministério Federal de Economia e Tecnologia da Alemanha, destinada à melhoria do ambiente empreendedor em universidades e instituições de investigação e ao aumento do número de start-ups de base tecnológica e intensivas em conhecimento.

O Programa enquadra-se na “Estratégia Hightech para a Alemanha” do Governo e é co- financiado pelo Fundo Social Europeu.

O EXIST assenta, fundamentalmente, em três eixos: a promoção de uma cultura empreendedora, o financiamento de start-ups e a facilitação da transferência de tecnologia. Tendo em conta estes aspectos-chave do Programa, conclui-se que se enquadra num dos critérios apresentados no capítulo anterior, nomeadamente o facto de abordar políticas/programas/acções/medidas de apoio à actividade empreendedora, com sucesso comprovado.

Objectivos

O Programa EXIST tem quatro objectivos principais:

Criar uma “cultura empreendedora” permanente no ensino, investigação e administração, nas instituições do ensino superior;

Externalizar o conhecimento para a economia – de acordo com a responsabilidade em temos de transferência de tecnologia por parte das instituições do ensino superior;

Promover o enorme potencial existente em instituições do ensino superior e centros de investigação para criar negócios ou empreendedores;

Aumentar significativamente o número de start-ups inovadoras, o que resultará na criação de novos e mais seguros empregos.

Enquadramento regional/nacional/internacional

Se de início o Programa se focava apenas em redes universitárias em cinco regiões alemãs, a sua extensão foi crescendo, abrangendo agora todo o País e a maioria das universidades e

Por outro lado, o enfoque do Programa continua a ser um modelo de cooperação regional, onde universidades, centros de investigação e empresas colaboram para levar a bom porto a iniciativa, o que garante a visibilidade de projectos de menor dimensão, que poderiam passar despercebidos caso o enfoque do Programa fosse exclusivamente nacional.

Recursos físicos e humanos

Em termos de recursos humanos, além de uma equipa de apoio altamente experiente e da colaboração com diversas entidades externas (empresas, ministérios, câmaras de comércio, autarquias, entre outras), o Programa inclui um conselho de consultores com onze membros, provenientes do mundo empresarial e financeiro, universitário e científico. Este conselho apoia não só as redes regionais no desenvolvimento e implementação dos seus planos, mas também o Ministério da Economia e Tecnologia em tarefas transversais, como a identificação de fontes de financiamento para as actividades do Programa.

Quanto aos recursos físicos, estes dizem respeito, como é natural, às infra-estruturas de todas as entidades envolvidas no Programa que, como referido, são numerosas a nível nacional e internacional. Adicionalmente, existem ainda os recursos materiais disponíveis para os vários empreendedores e start-ups.

Áreas de actividade e serviços

O Programa EXIST assenta em três eixos complementares: a promoção de uma cultura empreendedora, o financiamento de start-ups e a facilitação da transferência de tecnologia.

Os três eixos do Programa EXIST.

Promoção de

uma cultura

empreendedora

Financiamento

de startups

Facilitação da

transferência de

tecnologia

Primeiro eixo: promoção de uma cultura empreendedora

Este eixo subsidia projectos nas universidades que permitam desenvolver uma infra- estrutura de apoio a empreendimentos inovadores de base tecnológica e intensivos em conhecimento. Os projectos podem receber um apoio financeiro do Ministério da Economia e Tecnologia durante três anos e devem ter como principais objectivos:

Estabelecer uma “cultura empreendedora” duradoura nas universidades e centros de investigação;

Apoiar a transferência e comercialização de conhecimento científico;

Promover, de forma organizada, o enorme potencial de negócio e de ideias empreendedoras em universidades e centros de investigação;

Aumentar o número e as hipóteses de sucesso de start-ups inovadoras.

Segundo eixo: financiamento de start-ups

Este eixo procura apoiar a criação de start-ups inovadoras, desenvolvidas através de projectos nas universidades e centros de investigação, mediante a concessão de bolsas aos empreendedores.

Estas bolsas destinam-se assim a cientistas, licenciados e estudantes universitários e têm como objectivo a transformação de ideias de negócio em produtos e serviços comercializáveis. Para cobrir as suas despesas, os empreendedores recebem bolsas entre os 800 e os 2.500 EUR por mês, dependendo do seu grau de formação, por um período máximo de 12 meses. Além disso, recebem ainda materiais e equipamentos (no valor de 10.000 EUR para projectos individuais e 17.000 EUR para projectos em equipa), financiamento para formação (5.000 EUR) e, caso necessário, 100 EUR por mês por cada criança à responsabilidade dos empreendedores. As universidades e os centros de investigação oferecem as infra-estruturas durante a fase pré-start-up e apoio técnico e administrativo.

Terceiro eixo: facilitação da transferência de tecnologia

Este eixo promove negócios de base tecnológica, nas fases pré-start-up ou start-up, complementando o eixo anterior, mais amplo e não centrado apenas nas empresas de alta