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As medidas de acção, entendidas como grandes áreas de actuação e intervenção no âmbito da presente dissertação, assumem um carácter importante na perspectiva de resolução dos problemas inerentes à poluição das massas de água causados pelas cargas poluentes provenientes das explorações suinícolas inseridas na RH do Tejo e BH das ribeiras do Oeste em conformidade com as orientações decorrentes da DQA.

Na Tabela 8.1 enumeram-se algumas medidas implementadas para a actividade suinícola a nível regional, segundo bibliografia da especialidade, das quais se destacam: o PNA, PBH-Tejo e Ribeiras do Oeste, ENEAPAI.

Tabela 8.1 - Medidas de acção para a actividade suinícola

Medidas de acção

Promover a recuperação e controle da qualidade dos meios hídricos superficiais e subterrâneos, no cumprimento da legislação nacional e comunitária, nomeadamente através do tratamento e da redução das cargas poluentes e da poluição difusa

Promover a aplicação do CBPA, com carácter obrigatório nas zonas vulneráveis à poluição de nitratos de origem agrícola

Adopção de soluções conjuntas, ou complementares, que se demonstrem como as tecnicamente mais adequadas às características do sector e de cada região e sustentáveis, que promovam economias à escala regional, permitindo um efectivo controlo das descargas nos meios receptores.

A sustentabilidade dos modelos de gestão e a gestão eficiente dos recursos financeiros deverão ser suportados e reflectir-se em modelos de viabilidade económica-financeira que contemplem todas as fases da vida útil do projecto

Optar por soluções colectivas de pré-tratamento dos efluentes de suinicultura que sejam alternativa às soluções individuais, uma vez que são mais versáteis e robustas face às naturais oscilações do sector suinícola, com um aumento da qualidade associada à capacidade de gestão

Implementação de modelos de gestão integrada (preferencialmente empresariais), para a concepção, construção e exploração das infra-estruturas, como por exemplo a TREVOESTE, executando soluções colectivas de pré-tratamento dos efluentes de suinicultura com posterior ligação a sistemas de tratamento de águas residuais urbanas

Potenciação da utilização da capacidade de tratamento das infra-estruturas dos sistemas supra-municipais ou municipais de saneamento de águas residuais, após um pré-tratamento adequado, optimizando o investimento já realizado

Tabela 8.2 - Medidas de acção para a actividade suinícola (continuação)

Medidas de acção

Escolha de soluções de tratamento dos efluentes que permitam a valorização de todos os seus subprodutos, tendo em conta todas as particularidades da actividade na respectiva região e respeitando o CBPA, designadamente através de planos de gestão de nutrientes e de matéria orgânica

Soluções técnicas para o transporte e armazenamento de efluentes e subprodutos quando se trate de soluções de tratamento colectivas. Será necessário proceder ao transporte dos efluentes desde a unidade produtiva até à instalação de tratamento, o que poderá ser realizado através de colector ou por via rodoviária. Deste modo, será necessário transportar os subprodutos até aos locais de espalhamento, em equipamento adequado.

Escolha de soluções de valorização energética das lamas através da produção de biogás Níveis de qualidade de descarga definidos em função dos meios receptores

Ampliação/Remodelação de instalações de tratamento existentes, privilegiando as soluções colectivas e de sistemas supra-municipais ou municipais em detrimento de soluções individuais

Ampliação dos sistemas de drenagem até às instalações de tratamento final, com vista a aumentar o grau de integração das soluções técnicas e como forma de controlo e minimização de fontes emissoras

Assegurar a nível de atendimento nos sistemas de drenagem e tratamento dos efluentes, nomeadamente suinícolas, com soluções técnica e ambientalmente adequadas

Promover a monitorização do estado quantitativo e qualitativo das massas de água superficiais e subterrâneas em zonas poluídas ou de risco específico de poluição

Promover a obtenção contínua de informação sistemática actualizada relativa a identificação do meio receptor e promover a estruturação e calibração do modelo geral de qualidade da bacia portuguesa, integrando a poluição pontual e difusa assim como toda a rede hidrográfica principal, os aquíferos e as albufeiras

Diminuir a carga poluente com origem nas suiniculturas PCIP através de um Programa de Acção que contemple estas instalações. Para tal, deverá ser efectuado um estudo que defina as soluções técnica e economicamente mais viáveis, tendo em conta as diferentes situações ocorrentes

Aprofundar o conhecimento relativo à poluição dos meios hídricos de suiniculturas de menor dimensão (abaixo do limite para ser abrangida pela Directiva PCIP), sobretudo nas zonas com maior concentração deste tipo de instalações

Controlo das descargas directas nas águas subterrâneas

Cessação ou eliminação progressiva das descargas, emissões e perdas de substâncias prioritárias perigosas

Evitar as escorrências e infiltrações de águas provenientes de terrenos agrícolas em zonas vulneráveis

Prevenção de perdas significativas de poluentes e prevenção e/ou redução do impacto da poluição acidental (escorrências das nitreiras)

Tabela 8.3 - Medidas de acção para a actividade suinícola (continuação)

Medidas de acção

Implementação de Planos Regionais de Gestão Integrada (PGRI) nas regiões definidas como NAP no âmbito da ENEAPAI para o sector suinícola, com base na pressão exercida nas massas de água

Licenciamento e fiscalização das explorações suinícolas, nomeadamente quanto ao pedido de emissão da licença de Utilização dos Recursos Hídricos e aplicação do Regime Económico e Financeiro, servindo como mecanismo moderados dos excessos nas utilizações dos recursos hídricos e incentivador das correcções às ineficiências identificadas

Implementação do Regulamento PRTR e da Directiva PCIP

Implementar as Melhores Técnicas Disponíveis aplicáveis ao seu tipo de exploração, para as diferentes áreas que a compõem