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Ao percorrer as fl orestas do mundo de Arton, é bem pos- sível que você venha a encontrar o que parece ser uma elfa soli- tária, de cabelos esverdeados, vestida com folhas e fl ores, talvez cercada de pássaros e borboletas. Ela muito provavelmente será uma druida, uma sacerdotisa de Allihanna, que devota coração e alma à proteção e preservação da vida selvagem. Mas talvez seja alguém ainda mais especial.

As dríades, apesar de idênticas a elfas na aparência, são na verdade um tipo de fada das fl orestas. Sua alma reside dentro de uma árvore antiga, nas profundezas mais secretas das matas. Essa árvore também é seu verdadeiro corpo.

Dríades são criaturas gentis, pacífi cas, que nunca usam seu poder para ferir ou matar. No entanto, também são solitárias e tendem a se apaixonar por aventureiros que visitem suas fl orestas — e esta união pode gerar frutos. A criança, que pode ser menino ou menina, quase sempre pertence à raça do pai. Mas, em raríssi- mos casos (sendo apenas um publicamente conhecido em Arton), essa criança pode trazer o sangue verde das fadas fl orestais.

Meio-dríades são fi lhos de mães dríades (não existem dría- des machos) com pais humanoides (tipicamente humanos, elfos, meio-elfos ou qareen). A gravidez ocorre na grande árvore que é o corpo real da dríade: em seu tronco forma-se um tipo de útero translúcido, onde o bebê se desenvolve fl utuando em seiva.

Essa concepção tão incomum raras vezes ocorre livre de com- plicações. É uma gravidez de altíssimo risco para a mãe e o bebê, não sendo improvável que ambos morram durante o parto. Ou pelo menos um deles.

Personalidade. Todo meio-dríade já nasce capaz de manipu-

lar matéria vegetal, mas não necessariamente com a mesma índole pacífi ca da mãe.

Aqueles afortunados o bastante para receber criação materna são ensinados a amar e respeitar as criaturas vivas. Se a mãe dríade não está presente, a criança cedo ou tarde é visitada por outras dría- des, entes, espíritos da fl oresta ou mesmo deuses, que se incumbem da tarefa. Esse contato mágico com a natureza garante que a criança se tornará, com certeza quase absoluta, druida ou ranger.

Mas o mundo muda as pessoas. Quando o meio-dríade passa a trilhar os próprios caminhos, fazer as próprias escolhas, tudo pode acontecer — especialmente quando encontra heróis aventu- reiros, que trazem consigo suas próprias ideias e devoções.

Talvez o meio-dríade siga o caminho do druida/ranger por toda a vida, amando e protegendo a natureza. Ou talvez tenha contato com pessoas ou eventos que mudem suas convicções, fazendo-o abraçar outra carreira. Ou pior, pode ser vítima de fatos terríveis que o façam abandonar a índole pacífi ca, passando a usar seus poderes de forma violenta.

Aparência. Todo meio-dríade tem olhos verdes. Exceto por

este detalhe, são indistinguíveis de um membro da raça do pai, apresentando as mesmas características físicas. Mas, quando fi cam furiosos ou manifestam seus poderes, podem mostrar feições selva- gens e até traços monstruosos (olhos fragmentados, veias salientes, espinhos, presas...) por breves períodos.

Nos primeiros estágios da vida, meio-dríades vivem nus como a raça da mãe. Em algum momento aprendem que a carne

humana fi ca mais confortável sob roupas, ou dominam o uso de armaduras naturais. Em geral não têm preferências ou aversões especiais quanto a vestuário — mas, sem muita surpresa, gostam de roupas verdes ou fl oridas.

Tendência. Muitas vezes Neutra, mas vai depender de sua

criação, como acontece com todos os outros seres. Crescendo na fl oresta, recebendo amor constante da mãe e das criaturas mágicas à volta, um meio-dríade certamente tem coração Bondoso — enquanto alguém que tenha sido capturado por monstros, ou testemunhado sua fl oresta ser destruída, talvez acabe como um ser Maligno e vingativo.

Relações. Quase todos os meio-dríades vivem em áreas sel-

vagens, sem contato com outros humanoides durante toda a vida. Rejeitam, temem e evitam povos civilizados.

Mas, como suas mães, é possível que sintam solidão e procu- rem companhia — e sem a alma presa a uma árvore, não há nada que os impeça de procurar longe. Meio-dríades têm maior afi nidade com elfos, centauros, halfl ings, qareen e sprites. Não fi cam muito à vontade com humanos, anões, goblins, lefou e minotauros.

Terras dos Meio-Dríades. As condições especiais que levam

a seu nascimento tornam meio-dríades uma ocorrência raríssima. Portanto, não formam comunidades e não têm terras próprias. Quando se tornam druidas, adotam a própria fl oresta onde nasce- ram como seu território; os animais, plantas e fadas são sua gente.

Religião. Como semente da própria Allihanna, é muito difícil

para um meio-dríade rejeitá-la e amar qualquer outra divindade. Mas o contato prolongado com outras culturas pode resultar em devoção a outro deus — um evento que certamente trará lágrimas à Mãe Natureza.

Idioma. Meio-dríades aprendem com a mãe (ou outras cria-

turas) os idiomas silvestre e valkar. Sua herança híbrida também os leva a aprender outras línguas, mas muitas vezes é complicado para eles descrever ou entender coisas que não existem na natureza, como nomes de pessoas, cidades, instrumentos, magias...

Nomes. Meio-dríades não recebem nomes de suas mães;

são chamados apenas de “fi lho”, “querido” e assim por diante. O próprio conceito de “nome” é algo civilizado, que não existe na natureza. Em geral escolhem ou recebem nomes apenas quando conhecem membros de outras raças. Preferem nomes de fl ores, animais, árvores, ou que de alguma forma lembrem a palavra “drí- ade”. Exemplos: Driall, Lupo, Crisann, Th alassa (masculinos); Drielle, Lisandra, Flora, Rose, Celestine (femininos).

Aventuras. Quase todo meio-dríade é druida ou ranger, ou

foi algum dia. Mas seus poderes vegetais vêm do sangue, não de espíritos ou deuses, então são mantidos caso sua devoção à natu- reza seja abandonada.

Meio-dríades podem ser bons clérigos, bárbaros, guerreiros ou monges. Por sua descendência mágica, também é possível que despertem poderes como feiticeiros. É improvável que sejam pala- dinos, bardos, magos, ladinos, swashbucklers ou samurais.

Meio-dríades costumam se aventurar por curiosidade ou para dar vazão a seus instintos de proteger a natureza. Muitas vezes não têm escolha — os perigos do mundo chegam até eles, na forma de vilões atrás de seus poderes mágicos, invasores em suas fl orestas ou mesmo intervenção divina. O fato de quase sempre terem pais aventureiros (as únicas pessoas civilizadas que

R

aças

costumam desbravar locais tão profundos das fl orestas) também contribui para que sigam este caminho.

Traços Raciais

• +4 Sabedoria, +2 Destreza, –2 Inteligência. Meio-dríades são ágeis e têm forte percepção do mundo natural, mas falta-lhes a cultura dos povos civilizados.

• Empatia selvagem. Meio-dríades já nascem com esta habi- lidade. Caso se tornem druidas ou rangers, recebem +4 em seus testes de Diplomacia com animais.

• Meio-dríades podem lançar constrição, torcer madeira, moldar

madeira, forma de árvore e pele de árvore (apenas em si mesmos)

livremente, sem gastar pontos de magia. No entanto, lançar ou manter estas magias em áreas estéreis (grandes cidades, desertos, embarcações...) ou malditas (cemitérios, templos malignos, casas assombradas...) exige um teste de Vontade (CD 15) por rodada.

• +4 em testes de Percepção e Sobrevivência. Meio-dríades têm sentidos apurados e aptidão para viver nos ermos.

Capítulo 1

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