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Após a queda de Lenórienn e a fuga para Arton, os elfos se viram forçados a viver nos reinos humanos e misturar-se com outras raças. O antigo orgulho e arrogância não tinham mais lugar; hoje esses sentimentos estão esquecidos, enterrados fun- do, ou pelo menos bem disfarçados.

A convivência com outros seres desperta nos elfos emoções diversas. Uns odeiam cada momento, do fundo de seus corações seculares. Outros descobriram nos humanos um povo apaixonante, intenso, que vive pelo momento. E outros, como servos ou escra- vos, simplesmente não têm direito a opinião, guardando para si mesmos o que sentem. Assim, por amor ou violência, humanos e elfos cruzam. Nascem meio-elfos.

Fenômeno mais ou menos recente, somente há pouco tempo os meio-elfos passaram a fazer parte da história de Arton. Mesmo assim, muitos já deixaram sua marca e inspiram indivíduos de todas as raças a serem maiores do que são. Eles são cada vez mais comuns, nascendo em maior número que elfos “puros”. Hoje, o nascimento de meio-elfos é a regra, não a exceção.

Personalidade. Como ocorre com os humanos, meio-elfos

são refl exos das circunstâncias de seu nascimento e do ambiente onde foram criados.

Quando nascem da violência, tendem a ser ainda mais amargurados e frustrados que os elfos puros. Quando criados em famílias humanas, mostram-se mais perseverantes e adaptáveis, menos ligados ao passado: adotam atitude positiva e simbolizam a superação da tragédia élfi ca.

Raros são os meio-elfos que podem dar-se o luxo de mostrar arrogância ou desprezo por qualquer ajuda. Por isso, mesmo quan- do exibem no comportamento a tragédia dos elfos (ou de suas próprias vidas), costumam valorizar companheirismo e amizade.

Aparência. A maioria das pessoas não percebe imediatamente

a diferença entre um elfo e um meio-elfo. Isso é algo que costuma irritar alguns elfos profundamente...

Meio-elfos têm a mesma altura e peso dos humanos. Têm olhos amendoados, orelhas pontudas e traços delicados, mas nada tão acentuado quanto nos elfos puros. Também não apresentam qualquer traço exótico possível para os elfos, como cauda ou patas (embora cabelos cromáticos possam ocorrer).

Embora elfos e humanos sejam parecidos fi sicamente, os meio-elfos são um meio-termo entre essas duas raças. Sua cor de pele pode variar do escuro ao claro mais albino, passando por to- dos os intermediários — embora os meio-elfos mostrem tendência a tons mais claros. São mais musculosos que os elfos, e podem ser até mais massivos que um humano típico. Como seus pais humanos, podem desenvolver barba. Meio-elfos com pai ou mãe tamuranianos são considerados de grande beleza exótica.

Meio-elfos costumam viver em média duas vezes mais que um humano, atingindo mais de 150 anos de idade.

Relações. Por sua própria natureza, meio-elfos tendem a ser

um dos povos mais tolerantes de Arton. Convivem e trabalham bem com indivíduos de qualquer raça, ou grupos de pessoas de raças variadas.

Às vezes sofrem preconceito, especialmente por parte dos elfos, que enxergam nos “mestiços” um sinal de sua própria de- cadência e extinção. Mas são normalmente bem-vindos entre os humanos, por sua beleza e boa índole.

Tendência. A natureza híbrida dos meio-elfos se refl ete tam-

bém em seu comportamento e personalidade — eles não gostam nem de regras muito rígidas, nem de liberdade sem responsabili- dade. Assim como os humanos, os meio-elfos abraçam o mal ou lutam pelo bem em proporções iguais. Mas, no geral, são positivos e evitam comportamentos extremos. A tendência típica de um meio-elfo é Neutro e Bom.

Terras dos Meio-Elfos. Assim como os elfos, meio-elfos não

têm lar e vivem nos reinos de outras raças (quase sempre humanos), exercendo atividades diversas conforme suas aptidões. Eles conse- guem ser tão adaptáveis quanto os humanos — talvez até mais, forçados pela necessidade. Por isso, mesmo com o crescimento de sua população, misturam-se perfeitamente a outras culturas, sem nenhuma tendência especial a formar comunidades próprias.

Assim, a cultura de um meio-elfo espelha a região onde foi criado; a raça não tem uma cultura mista. Ainda.

Religião. Diferente de elfos e humanos, os meio-elfos não

foram criados por uma divindade específi ca. Assim, não se sen- tem impelidos a venerar este ou aquele deus. Quando o fazem, a divindade escolhida é aquela que mais se aproxima de sua própria natureza e personalidade.

Idioma. Meio-elfos falam o idioma de onde foram criados. A

maior parte deles não fala élfi co — fato que entristece ainda mais os elfos puros.

Nomes. O nome de um meio-elfo depende da família que o

criou. Se for criado entre os elfos, terá um nome élfi co. Se for cria- do entre os humanos, terá um nome humano. Não é raro que um meio-elfo tenha tanto um nome élfi co quanto um nome humano.

Aventuras. Os meio-elfos pertencem à raça de cada um de seus

pais; ao mesmo tempo, não pertencem a nenhuma das duas. Muitos não se sentem à vontade com nenhum dos dois povos. Assim, se aventuram — não necessariamente em busca de tesouros, fama ou renome, mas de sua própria identidade e seu lugar em Arton.

Dada essa curiosidade natural, muitos meio-elfos abraçam as artes e se tornam bardos, coletando histórias e viajando por todo o mundo. Carreiras de swashbuckler, guerreiro e ladino também são comuns. Muitos às vezes se tornam feiticeiros, devido à natureza mágica de seus parentes élfi cos.

Traços Raciais

• +2 Destreza, +2 em outra habilidade à escolha do jogador (exceto Constituição).

• Visão na Penumbra. Um meio-elfo ignora camufl agem (mas não camufl agem total) por escuridão.

• 1 talento bônus à escolha do jogador.

• 1 perícia treinada extra, que não precisa ser escolhida entre suas perícias de classe.

• +2 em testes de Vontade contra encantamentos. • +2 em testes de Identifi car Magia e Percepção.

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Capítulo 1

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