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A metodologia é uma das partes mais importantes dentro do trabalho, pois é onde se define a maneira como o mesmo se realiza. Nesta etapa, decidem-se os caminhos e os instrumentos para a coleta e análise dos dados da pesquisa, tendo em vista uma padronização e sequência lógica dos fatos.

3.1 CLASSIFICAÇÃO DO ESTUDO

A pesquisa se classifica quanto ao ponto de vista de sua natureza, dos seus objetivos, a forma de abordagem do problema e dos procedimentos técnicos, os quais são citados na sequência.

3.1.1 Do ponto de vista da sua natureza

No que se refere à natureza, o trabalho é uma pesquisa aplicada, que segundo Silva; Menezes (2005, p.20), “objetiva gerar conhecimentos para aplicação prática e dirigidos à solução de problemas específicos, envolve verdades e interesses locais”.

Complementando a ideia de Silva; Menezes, Oliveira (2004, p.123) menciona que este tipo de pesquisa “requer determinadas teorias ou leis mais amplas como ponto de partida, e tem por objetivo pesquisar, comprovar ou rejeitar hipóteses sugeridas pelos modelos teóricos e fazer a sua aplicação às diferentes necessidades humanas”.

Deste modo, o presente estudo se classifica como uma pesquisa aplicada, na qual se propôs a buscar modelos de custos nas diversas publicações, em livros, artigos, sites, confrontando os mesmos com os procedimentos do hospital, para que assim se possa estruturar um modelo e a partir do mesmo, avaliar as contribuições no gerenciamento das atividades, proporcionando informações tempestivas e confiáveis aos gestores, subsidiando assim, a tomada de decisões.

3.1.2. Do ponto de vista de seus objetivos

Quanto aos objetivos, este estudo se classifica como uma pesquisa descritiva, sendo esta conceituada da seguinte forma:

Visa descrever as características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Envolve o uso de técnicas padronizadas de coleta de dados: questionário e observação sistemática. Assume, em geral, a forma de Levantamento (SILVA; MENEZES, 2005, p.21).

Neste contexto, a pesquisa descritiva proporciona ao pesquisador a atuação prática, buscando conhecer e aprofundar melhor o tema proposto, a fim de obter uma melhor compreensão de vários fatores e elementos que influenciam determinado fenômeno (ZAMBERLAN et al, 2014).

Com base nos conceitos citados anteriormente, a pesquisa se classifica como descritiva, por meio de suas técnicas se consegue obter o aprimoramento de ideias e conhecimentos, os quais são fundamentais para o desenvolvimento do estudo no sentido em que proporcionam uma correlação da pesquisa bibliográfica com os processos realizados no hospital em estudo, possibilitando assim, avaliar, analisar e estruturar um modelo de custos para o mesmo.

3.1.3 Quanto à forma de abordagem do problema

Quanto à abordagem do problema, a pesquisa se classifica como qualitativa. De acordo com Diehl; Tatim (2004, p.52):

Os estudos qualitativos podem descrever a complexidade de determinado problema e a interação de certas variáveis, compreender e classificar os processos dinâmicos vividos por grupos sociais, contribuir no processo de mudança de dado grupo e possibilitar, em maior nível de profundidade, o entendimento das particularidades do comportamento dos indivíduos.

Portanto, a pesquisa qualitativa se caracteriza quando a mesma se utiliza da análise de modelos de custos apresentados por autores para construir o conhecimento e analisar o atual modelo de custo utilizado pelo hospital em estudo, sendo possível propor um modelo que possa integrar com a contabilidade, proporcionando informações que subsidiem a gestão.

3.1.4 Quanto aos procedimentos técnicos

No que concerne aos procedimentos técnicos, esse estudo utiliza inicialmente a pesquisa bibliográfica. Segundo Cervo; Bervian (1983 apud BEUREN et al, 2004, p.86), este tipo de pesquisa pode ser conceituado da seguinte forma:

Explica um problema a partir de referenciais teóricos publicados em documentos. Pode ser realizada independentemente ou como parte da pesquisa descritiva ou experimental. Ambos os casos buscam conhecer e analisar as contribuições culturais ou científicas do passado existentes sobre um determinado assunto, tema ou problema.

Diehl; Tatim (2004, p.58) explicam que as principais fontes bibliográficas são: “livros de leitura corrente, livros de referência (dicionários, enciclopédias, anuários, almanaques), publicações periódicas e impressos diversos”.

Também se utiliza a pesquisa documental, sendo que, Beuren et al (2004, p.89) explica que “baseia-se em materiais que ainda não receberam um tratamento analítico ou que podem ser reelaborados de acordo com os objetivos da pesquisa”. Neste sentido, pode-se citar como exemplos os relatórios de diretorias, atas de reuniões, manuais de procedimentos, balanços patrimoniais, (GIL, 1999).

O estudo ainda é classificado como uma pesquisa de levantamento, pois segundo Silva; Menezes (2005, p.21), é “quando a pesquisa envolve a interrogação direta das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer”. Apresentam-se muitas vantagens neste tipo de pesquisa, entre elas: o conhecimento direto da realidade e a possibilidade de quantificação dos dados.

A pesquisa também é considerada um estudo de caso, assim, Gil (1999, p.73) caracteriza essa classificação como o “estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos, de maneira a permitir o seu conhecimento amplo e detalhado, tarefa praticamente impossível mediante os outros tipos de delineamentos considerados”. Desta forma, o estudo se propôs a buscar nas publicações modelos de custos hospitalares, confrontando e estruturando um modelo para o hospital XX, o qual possa contribuir no gerenciamento das atividades e tomada de decisões.

3.2 COLETA DOS DADOS

A coleta de dados tem o objetivo de facilitar o desenvolvimento da pesquisa, especificando seus pontos e esquematizando todas as suas etapas, desde a sua seleção até a organização dos mesmos de forma financeira e não financeira. Nesta perspectiva, Zamberlan et al (2014, p.112) ainda destaca que “neste item é explicitado como se pretende obter os dados necessários para responder ao problema”.

Sendo assim, menciona-se que para coletar as devidas informações, utilizam-se alguns instrumentos/meios de coleta de dados, tais como: a observação, o questionário, o formulário e a entrevista.

Diante do presente estudo, a coleta de dados ocorreu por meio da técnica de observação, sendo esta de forma sistemática, individual e na vida real e por meio de entrevistas, classificada como despadronizada ou não-estruturada, ou seja, quando não existe rigidez de roteiro, permitindo assim explorar mais amplamente algumas questões pertinentes a pesquisa (SILVA; MENEZES, 2005).

3.2.1 Instrumentos de coleta de dados

O presente trabalho utilizou-se dos seguintes instrumentos na coleta dos dados:

 Observação: Esse método é um elemento fundamental da pesquisa, o qual faz uso dos sentidos a fim de adquirir os conhecimentos necessários para o cotidiano (GIL, 1999). Nesta perspectiva, Beuren (2004, p.129) ainda comenta que esta técnica “consiste em ver, ouvir e examinar os fatos e fenômenos que se pretendem investigar”.

Diante da classificação da técnica de observação, o presente trabalho se vale do meio de observação estruturada ou sistemática, que objetiva a descrição precisa de fenômenos e testes de hipóteses, isto é, “realiza-se em condições controladas para responder aos propósitos preestabelecidos” (SILVA; MENEZES, 2005, p.33).

Também se utilizou-se da observação individual, onde Marconi; Lakatos (2003, p.194) conceituam essa prática da seguinte forma:

Como o próprio nome indica, é técnica de observação realizada por um pesquisador. Nesse caso, a personalidade dele se projeta sobre o observado, fazendo algumas inferências ou distorções, pela limitada possibilidade de controles. Por outro lado, pode intensificar a objetividade de suas informações, indicando, ao anotar os dados, quais são os eventos reais e quais são as interpretações. É uma tarefa difícil, mas não impossível. Em alguns aspectos, a observação só pode ser feita individualmente.

E por fim, a observação na vida real, a qual se realiza no ambiente real, onde os dados são registrados no alcance que forem ocorrendo, ou seja, espontaneamente, sem a devida preparação (MARCONI; LAKATOS, 2003).

Essa técnica possibilita observar o atual sistema de modelo de custos, analisando os processos e verificando os pontos que necessitam de ajustes, mediante as publicações de autores.

 Entrevista: Conforme Diehl; Tatim (2004) essa técnica é um encontro entre duas pessoas, onde uma delas obtém informações sobre um determinado assunto através de uma conversa de âmbito profissional.

Diante disso, o presente estudo faz uso do tipo de entrevista despadronizada, sendo caracterizada como perguntas abertas, as quais podem ser respondidas por meio de um diálogo informal. Essa técnica permite que a questão seja mais explorada e que o entrevistador tenha liberdade para direcionar cada situação da forma que considerar mais adequada (MARCONI; LAKATOS, 2003).

Essa entrevista se realizou com o responsável pelo setor de custos e qualidade do hospital, também com o Contador do mesmo, sendo realizada por meio de conversas informais, com o objetivo de obter informações e esclarecimentos sobre o atual modelo de custos utilizado no hospital em questão.

3.3 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS

Nesta etapa, elaborou-se a análise e interpretação dos dados, sendo que, a análise é organizada de tal maneira que permite o fornecimento de respostas ao problema, e a interpretação busca um sentido mais amplo das respostas, ocasionado por meio de sua ligação com outros conhecimentos adquiridos anteriormente (GIL, 1999).

Na produção dos dados a serem analisados, fez-se o uso de figuras, planilhas e quadros que demonstram todas as informações necessárias para evidenciar os resultados apurados neste estudo.

Destaca-se também a realização da consolidação teórica, baseada nas publicações de modelos de custos, seguido da preparação dos dados para análise e contextualização do sistema atual. Na sequência, ainda se confronta a realidade e os modelos com os sistemas propostos e assim se estruturou um modelo de custos a partir do parecer e inferências obtidas nos dados.

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