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CAPÍTULO 2: HISTÓRICO E CONTEXTUALIZAÇÃO ATRAVÉS DA

4. METODOLOGIA

4.1. Aspecto ético da pesquisa

O projeto deste estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (FCM- UNICAMP), em 25/04/2006.

4.2. Tipo e delineamento do estudo

O aprofundamento de uma temática tão pouco conhecida como a historicidade das instituições asilares e a história de vida das pessoas envolvidas com esses locais - seja o morador, o gestor ou o voluntário - requer pensar sobre os recursos metodológicos que permitam diminuir as dificuldades existentes na coleta de informações e conhecer os recursos documentais existentes (tais como, fotografias, atas e recortes de jornais) e o repertório de vida (as memórias) dos sujeitos envolvidos.

A história da instituição sob a visão de diferentes segmentos é um tema complexo e difícil de ser abordado, principalmente com pessoas institucionalizadas. A preocupação maior é a de criar condições favoráveis para que o idoso sinta-se seguro para falar sobre a instituição e o local de moradia de forma tranqüila e sincera. Segundo observação de Bulla e Mediondo (2004), em pesquisa desenvolvida na cidade de Porto Alegre com idosos institucionalizados, ao falar da instituição, o idoso pode sentir temor, desconfiança e insegurança ao exprimir suas opiniões. Muitas vezes, eles não se sentem em seus lares, onde seriam sujeitos de suas ações e, portanto, manifestam uma aceitação à contingência de cumprir normas e regras impostas pela instituição, sem reação de

Alcântara (2004) descreve que para a realização das entrevistas com idosos em instituição de longa permanência, é necessária uma aproximação lenta para o estabelecimento de um vínculo de confiança. É importante respeitar os horários e as circunstâncias de realização dos encontros; de preferência não realizá-los em dias festivos, feriados, finais de semana, dias de pagamento da aposentadoria, horários de refeição e de dormir (por volta das 17:00 horas) que alteram a rotina do idoso e podem provocar uma receptividade diferente, prejudicando o conteúdo dos depoimentos. A autora aponta também para o cuidado que deve haver em respeitar o ritmo do entrevistado, considerando o cansaço do depoente e o tempo de espera e de silêncio quando o idoso evita uma recordação dolorosa.

Para alcançar o objetivo deste estudo foi utilizada uma abordagem qualitativa. Especificamente, foi aplicado o método proposto pelo sociólogo francês Michel Thiollent (1986), denominado de pesquisa-ação, juntamente com conjuntos fotográficos associados à história oral.

Pesquisa-ação

A pesquisa-ação é o método mais adequado para esse estudo, considerando-se que a pesquisadora está inserida e participa de atividades desenvolvidas na instituição desde 1999, tais como grupo de capacitação de funcionários, estruturação do trabalho voluntário e acompanhamento psicológico de alguns moradores. As sugestões de mudanças nas atividades de vida dos moradores foram sendo propostas durante todo o processo de coletas de dados. À medida que a pesquisadora realizava as entrevistas, nas quais os sujeitos relatavam acontecimentos e expressavam necessidades e desejos, dava voz às pessoas, sugerindo à coordenação técnica do asilo algumas mudanças que seriam pertinentes. O estudo vem se caracterizando como uma construção de conhecimento que é compartilhada com as pessoas e, consequentemente, tem uma ação transformadora dentro da instituição. Esse é o objetivo da pesquisa-

ação. Como exemplos de promoção de conscientização e de mudanças podem-se citar duas modificações ocorridas após o depoimento de dois sujeitos:

1. Na década de 90, os velórios deixaram de ser realizados na capela da instituição. Esse fato foi comentado por um dos sujeitos como algo desaconselhável uma vez que os residentes eram informados sobre a internação hospitalar do morador adoentado, sobre o agravamento do estado de saúde deste e de seu falecimento, mas não participavam do velório. Portanto, não podiam despedir-se do amigo como acontecia anteriormente na instituição. Após o conhecimento da relevância que tem o luto para esse morador, foi sugerido à coordenação que o velório voltasse a ser realizado na capela do asilo. No último falecimento ocorrido, em abril de 2006, a idéia foi acolhida e houve o comparecimento de todos os moradores à cerimônia fúnebre, inclusive daqueles moradores com dependência física.

2. Outra intervenção feita pela pesquisadora à coordenação relacionou-se às festas de aniversários. A partir de informações de depoimentos no projeto piloto, foi acolhida a sugestão para que os aniversários pudessem ser realizados dando um caráter individual e não mais fossem comemorados de forma coletiva como vinha acontecendo mensalmente. O morador passou a optar sobre a maneira que deseja comemorar o dia de seu nascimento. Essa mudança ocorreu a partir de outubro de 2005 após a realização do estudo piloto.

Segundo Thiollent (1986), a pesquisa-ação segue os seguintes princípios: 1. É uma pesquisa social que associa ação e resolução de um problema

coletivo.

O envelhecimento da população de baixa renda e institucionalizada vem se transformando em um problema social e coletivo que precisa ser estudado para que haja um aprofundamento e um planejamento adequado22.

Segundo Chaimowicz (2006), com a explosão demográfica da população idosa nas próximas quatro décadas, teremos idosos mais dependentes, com menos recursos próprios e que receberão precário suporte formal do governo e informal de suas famílias. O caos se instala quando, hoje, já se tem um quadro de custos de internação crescentes e a inexistência da oferta de serviços públicos substitutivos aos asilos.

2. O pesquisador e os participantes estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo na busca de compreensão das situações investigadas.

3. O pesquisador intervém conscientemente no grupo pesquisado à medida que há um ganho de informação captado que auxilia a desenvolver a consciência da coletividade.

4. A finalidade é transformadora no âmbito local, ou seja, a investigação e os resultados estão limitados aos grupos, instituições, coletividades de pequeno e médio porte.

5. A postura do pesquisador é caracterizada por uma “atitude de escuta e de elucidação dos vários aspectos da situação, sem imposição unilateral de suas concepções próprias” (THIOLLENT, op. cit., p. 17).

6. A pesquisa-ação está centrada na aquisição do conhecimento e na ação para transformar: o pesquisador “constrói gradativamente um conhecimento, compartilha e divulga esse conhecimento”, promovendo maior conscientização do local ou grupo pesquisado (CARNICEL, 2005, p. 10).

7. O retorno imediato dos resultados ao local e pesquisados. A fotografia e o entrosamento com a história oral

A metodologia desse estudo foi estruturada a partir da leitura de algumas pesquisas sobre a memória, priorizando-se os estudos desenvolvidos sobre as lembranças de idosos que uniam metodologia visual e verbal, tais como: Simson (1991), Leite (1998), Ferreira (1995), Bruno (2003), Bruno e Samain (2006) e Debert (2004).

Para elucidar as contribuições metodológicas que a fotografia e a história oral podem oferecer e em que ponto o presente estudo pretende avançar, focalizaremos aqui duas pesquisas que partem de fotografias e do depoimento oral em torno dessas imagens para reconstruir a memória. Esses estudos serviram de suporte teórico para esta pesquisa: o primeiro utiliza um acervo de imagens pessoal e o segundo parte de um acervo institucional:

1. “Retratos da velhice: um duplo percurso metodológico e cognitivo” de

Fabiana Bruno23

Bruno (2003) mostra as perspectivas metodológicas com fotografias para entender como as pessoas idosas, entre 70 e 80 anos, reconstroem os panoramas de suas histórias de vida, através da seleção e montagem de imagens de sua coleção pessoal de fotografias reunidas ao longo da vida. A pesquisadora faz reflexões e constatações decorrentes das potencialidades das fotografias (visualidade) ao possibilitar ao idoso a construção e organização de sua memória por meio das imagens: o que se guarda, elege-se e se conserva. Os sujeitos foram convidados a escolher do seu acervo pessoal, primeiramente, 20 imagens que representavam sua trajetória de vida. Num segundo momento, foram convidados a fazer exclusões das imagens, permanecendo com um número de 10 fotografias. Todo esse processo de escolha e redução no número de imagens foi feito com a gravação do depoimento oral dos depoentes.

Bruno observou que cada um dos conjuntos montados pelos informantes originou “arranjos visuais de memória” que provocam estruturas de pensamentos associativos distintos. Para analisar o material coletado, a pesquisadora propôs 3 formas de leitura: montagem horizontal, vertical e circular. Bruno e Samain (2006) compreendem a imagem como forma de pensamento:

Toda imagem (um desenho, uma pintura, uma fotografia, um fotograma de cinema, uma imagem de vídeo, uma infografia...) é portadora de um pensamento, isto é, carrega e veicula um pensamento... Toda imagem nos faz

pensar e sempre nos oferece algo para pensar: ora um pedaço de real para roer, ora uma faísca de imaginário para sonhar. (BRUNO & SAIMAN, 2006, p. 29)

As imagens são, com as palavras ou na ausência de palavras, “formas que pensam”. A fala de aspectos que estão presentes na memória (verbalizações), mas que não estão presentes na imagem são outros entrelaçamentos importantes na medida em que deixam aflorar recordações mais profundamente escondidas nas camadas da memória (BRUNO, 2003). Portanto, através da imagem e de suas polissemias se produzem lembranças, reminiscências e esquecimentos de ordem temporal, espacial e temática (BRUNO e SAMAIN, 2006).

Neste estudo, tenta-se avançar no uso da imagem, além da metodologia de análise do estudo de Bruno (op. cit.), que prioriza a escolha e a disposição da imagem para produzir pensamentos, analisando o percurso que a memória faz a partir de um estímulo visual escolhido pelo sujeito. Baseado na indicação perceptiva e não explorada de Bruno, mas demonstrada metodologicamente, parte-se da imagem como uma forma de pensamento antes mesmo da disposição imagética dos sujeitos. Há a preocupação com os pensamentos que se estruturam antes mesmos dos sujeitos fazerem suas escolhas e as exclusões das imagens. Nessa pesquisa o sujeito não trabalha com um acervo conhecido e pessoal, mas com um acervo que lhe incita a pensar sua história a partir de imagens que nomeia como significativas ou exclui do seu repertório de vida.

2. “Auto-imagem, fotografia e memória: contribuições de ex-internos do Asilo Colônia Aimorés – SP” de Daniela Lemos de Moraes24.

Moraes (2005) estudou as representações de vida construídas por idosos, ex-internos de um asilo de hanseníase, em regime de internação compulsória, que vigorou entre 1930 a 1960. Para a realização do estudo, a autora utilizou fotografias do acervo institucional, fotografias atuais realizadas pela pesquisadora e imagens do arquivo pessoal do grupo estudado, associando o suporte visual e verbal para explorar a memória.

24 Dissertação de mestrado da autora, intitulada “Auto-imagem, fotografia e memória: contribuições de ex- internos do Asilo-Colônia Aimorés”, concluída em 2005 no Instituto de Artes da Universidade Estadual de

Ao trabalhar com fragmentos de memórias de um passado institucionalizado, Moraes ofereceu contribuições metodológicas, mostrando como as imagens e os depoimentos dos sujeitos podem se inter-relacionar e oferecer a visão da ambigüidade de um passado de internação compulsória: por um lado as escolhas fotográficas dos sujeitos que representam o ressentimento pelo sistema de clausura e isolamento que ficaram expostos, totalmente privados do direito de ir e vir; por outro lado, as escolhas fotográficas que representam a saudade dos tempos vividos no asilo.

O aspecto relevante do estudo de Moraes para esta pesquisa é a descrição metodológica do uso do acervo oficial de fotografia com sujeitos institucionalizados e os significados que o conjunto fotográfico escolhido incita nos depoentes.

Dentre os estudos relacionados à memória, explorados pela pesquisadora, podem-se identificar em maior número aqueles que utilizam preferencialmente a história oral como metodologia e recorre às fotografias para complementar a coleta de dados. Por outro lado, há pesquisas como as descritas acima, que partem de fotografias e de um relato oral em torno delas para ressignificar uma memória.

Este estudo usa prioritariamente a fotografia como um recurso metodológico que vai além de um detonador de memória; mas, principalmente, possibilita a maneira de ver e pensar a história pessoal e institucional de cada sujeito e de cada segmento dentro de um contexto de imagens. É uma tentativa de avançar no entendimento do funcionamento da memória histórica e um esforço metodológico de compreender o uso da fotografia para além de um suporte da narrativa, analisando a imagem com os seus recursos próprios: o que o sujeito lembra ou exclui da sua história, a partir do que vê na fotografia.

As fotografias foram selecionadas do acervo oficial de imagens da instituição25 e usadas para desencadear nos sujeitos um processo de escolha.

Os 13 sujeitos que participaram da pesquisa escolheram e organizaram as fotografias de acordo com suas representações mentais e emocionais,

se vêem nela”. Paralelamente à escolha das imagens, os sujeitos também ofereceram a narrativa da história.

Nessa pesquisa, a história oral tornou-se uma importante metodologia ao ser associada à fotografia, auxiliando na construção das narrativas dos sujeitos e no levantamento dos temas que foram analisados posteriormente.

Segundo Simson (2005), é importante conjugar a imagem à metodologia de história oral em pesquisa que se propõe ressignificar a trajetória história de um grupo social específico. O registro imagético fornece pistas importantes com relação à lógica interna e à trajetória dos grupos. Simson ressalta que,

... pela utilização do método biográfico na construção de ricos conjuntos documentais, são muitas as versões captadas, a partir de diferentes atores sociais, o que nos permite relativizar posições, compreender o contexto político cultural do período e nuançar com vários tons de cinza um passado que não pode ser reconstruído somente em tons de branco e de negro(2000, p. 68).

A fotografia é um importante recurso documental quando articulado aos depoimentos orais porque sinaliza para uma condição múltipla de análise e interpretação, quando se depara com a profundidade de diferentes leituras (Mauad, 1996).

Tentativa de avançar no uso da fotografia e na historicidade asilar Esse estudo trata de 3 segmentos, sendo quatro moradores, quatro voluntários e cinco gestores, que fazem a leitura das mesmas imagens, o que acarreta diferentes interpretações, com diferentes impactos de acordo com a capacidade de percepção, a sensibilidade, a história de cada um e a posição de cada um na instituição.

O estudo reconhece a história oral como Lozano (1996), uma junção de método e técnica além de uma encruzilhada de disciplinas que busca deixar visíveis as múltiplas facetas que compõem a realidade focalizada.

Acredita-se que as fotografias desencadearam a história do cotidiano e do passado dos sujeitos dando representatividade aos fatos mais importantes e significativos do ambiente institucional, principalmente dos pensamentos que surgiram a partir da imagem. Paralelamente, os relatos feitos através da história oral foram fundamentais para o levantamento dos temas e a análise das narrativas.

A mesma importância tiveram as imagens excluídas que também formam pensamentos. Na maioria das vezes, esses são totalmente silenciados ou esquecidos e mantiveram-se com os depoentes, já que as fotos não foram escolhidas e não se produziu a narrativa dessas imagens.

4.3. Sujeitos

4.3.1. Critérios de Exclusão:

• Foram feitas exclusões dos idosos com déficit cognitivo grave e/ou com redução da acuidade visual severa, conforme registro de avaliações médicas.

Justificativas:

1. A metodologia da história oral por meio de entrevistas não seria apropriada para pessoas com déficit cognitivo grave.

2. O trabalho com o acervo fotográfico requer função visual preservada.

• Idosos que residem na instituição por um período inferior a cinco anos.

Sujeitos que trabalham na instituição por um período inferior a cinco anos. Justificativas:

início a partir 2001, após uma denúncia de maus-tratos registrada na Procuradoria de Justiça e nos conselhos estaduais e municipais. 2. A pesquisadora acredita que o período de cinco anos, definido para

que o idoso residente na instituição participe como sujeito da pesquisa, possibilitará uma análise mais acurada sobre o

sentimento de pertencimento ou não do indivíduo ao local.

4.3.2. Formação dos segmentos e descrição dos sujeitos

Um único segmento ficou excluído da pesquisa: o segmento dos funcionários. Apesar de reconhecer a importância em ouvir as pessoas que trabalham diariamente na instituição e que mantêm um vínculo extremamente próximo aos moradores, o período de 24 meses para a realização do estudo foi determinante para restringir os segmentos a serem analisados neste momento. O estudo voltou- se somente para os segmentos dos moradores, gestores e voluntários.

O ponto de partida foi listar os sujeitos que poderiam participar do estudo e que correspondiam aos critérios de inclusão: estar há mais de cinco anos na instituição e ter as funções cognitivas e a acuidade visual preservadas. Nessa lista constavam 6 gestores, 4 voluntários e 6 moradores.

A coordenadora técnica da instituição, Mariângela A. da S. Pinto, auxiliou a contactar os três dos seis gestores que não permaneciam diariamente na instituição e que a pesquisadora não conhecia pessoalmente. Com os outros 3 gestores, o contato foi feito sem intermédio da coordenação. Cinco gestores aceitaram participar prontamente. Um dos gestores pediu os esclarecimentos, quis conhecer as fotografias, mas não se dispôs a participar.

O contato com o segmento dos voluntários foi feito diretamente já que a pesquisadora, também voluntária, tinha vínculo direto ou indireto com os mesmos nos trabalhos desenvolvidos dentro da instituição. Todos os sujeitos concordaram em colaborar.

alguns moradores compreendessem a importância da pesquisa conter sua visão e lembranças da instituição. O que facilitou a aceitação em participar, apesar do tempo de espera, foi o convívio semanal que a pesquisadora mantém há seis anos com esses moradores. Dos seis sujeitos propostos inicialmente, dois deles, Sr. Benedito e Dona Hilda dispuseram-se prontamente. Com a Dona Isaura e o Sr. Pedro, a pesquisadora ficou aguardando por trinta dias o momento de realizar as entrevistas. Quando essas ocorreram, os dois participaram de forma interessada. Os outros dois sujeitos não concordaram em participar.

Chegou-se, dessa maneira, aos 13 sujeitos que compõem os três segmentos do estudo:

Segmento dos Moradores:

Hilda Rosseto

Sexo: feminino Estado civil: solteira

Entrada na Vila: 12/08/1998, há 8 anos na Vila.

Idade: 88 anos

Data nascimento: 17/11/1917 Grau de instrução: primário Profissão: Costureira

Isaura Rodrigues Santana

Sexo: Feminino Estado civil: viúva

Entrada na Vila: 1/10/1980, mora há 26 anos na Vila.

Idade: 80 anos

Data de Nascimento: 14/09/1925 Grau de instrução: analfabeta Profissão: prendas domésticas

Observação: Veio morar na instituição junto com seu marido em função da condição de pobreza.

Benedicto do Prado

Sexo: masculino Estado civil: solteiro

Entrada na Vila: 13/01/1995, há 12 anos na Vila.

Idade: 73 anos

Data de Nascimento: 19/06/1933 Grau de instrução: analfabeto

Profissão: não consta na ficha de identificação

Motivo da internação: morador de rua.

Observação: O Sr. Benedito na época da coleta de dados estava adoentado, recuperando-se de um câncer de pescoço, portanto apresentava muita dificuldade para verbalizar, mas fez questão de participar da pesquisa.

Pedro Ledier de Viveiros

Sexo: masculino Estado civil: solteiro

Entrada na Vila: 16/09/1995, há 11 anos na Vila.

Idade: 62 anos

Data de nascimento: 10/04/44 Grau de instrução: primário

Profissão: ajudante de

caminhoneiro e pedreiro

Motivo da internação: Apesar de ter família, estava morando na rua e foi trazido por um conhecido da cidade para viver no asilo.

Segmento dos Voluntários:

Ingeborg Elizabeth Oberding

Sexo: feminino Idade: 63 anos

Ano que iniciou o trabalho voluntário: 1998, há 8 anos.

Trabalho que executa:

Coordenação dos Voluntários. Profissão: Professora de alemão e psicóloga.

Rita de Cássia Faria Bergo

Sexo: Feminino Idade: 45 anos

Ano que iniciou trabalho voluntário: desde 1999, há sete anos.

Trabalho que executa: avaliação médica, visitas, elaboração de projetos e há dois anos é conselheira do Conselho Deliberativo. Profissão: médica.

Ettore Ricci Netto

Sexo: masculino Idade: 65 anos

Ano que iniciou o trabalho voluntário na instituição: 1981, há 25 anos.

Trabalho que executa: atendimentos médicos. Profissão: médico aposentado.

Geny Gonçalvez Pinheiro

Sexo: Feminino Idade: 73 anos

Ano que iniciou o trabalho voluntário: desde 1976, há 30 anos.

Trabalho que executa: atualmente ajuda na recepção da portaria, realiza visitas e colabora na realização dos aniversários. Antigamente, ajudava nos cuidados aos doentes na enfermaria.

Profissão: atendente de enfermagem

aposentada.

Segmento dos Gestores:

Odecio Doratiotto

Sexo: Masculino Idade: 74 anos

Ano que entrou para a instituição: como voluntário em 1957, passou a ser conselheiro em 1982 e como vice-presidente da diretoria em 2001.

Cargo que ocupa atualmente: vice-presidente da Diretoria.

Leonino de Paula Queiroz

Sexo: Masculino

Idade: 74 anos. O Sr. Leonino faleceu em