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O Montepio Geral Associação Mutualista (MGAM), fundado em 1840, é uma instituição particular de solidariedade social, secular, e na observância dos princípios de solidariedade, de entreajuda, de sustentabilidade social, de integridade e de participação associativa, tem por missão e finalidade desenvolver ações de proteção social, nomeadamente nas áreas da segurança social e da saúde, promover a cultura e a melhoria da qualidade de vida dos seus associados e familiares, e beneficiários por aqueles designados.

A concretização destes fins realiza-se através da criação e oferta de modalidades individuais e coletivas, através da constituição, organização e gestão de equipamentos sociais e de serviços de saúde, obras sociais e outras formas de proteção social, e do desenvolvimento de atividades que se destinam a proporcionar benefícios sociais, prevenir ou suprir contingências da vida e saúde dos associados.

A missão do MGAM reveste-se de reforçada utilidade pública e social, como entidade que atua para complementar as políticas sociais do Estado, num contexto de constrangimentos económico-financeiros, designadamente em matéria de previdência e proteção social e da prestação de cuidados de saúde e assistenciais, domínios que se encontram em expansão, em face do envelhecimento da população e do contexto económico e social envolto em riscos e incertezas. Neste âmbito, o MGAM tem vindo a promover dinâmicas institucionais privadas, visando o bem-estar social, alicerçadas em valores e princípios humanistas como a liberdade, a igualdade, a responsabilidade e a autonomia social.

ÓRGÃOS DE GOVERNO

O modelo de governo do MGAM está em conformidade com o regime jurídico das associações mutualistas, que se encontra vertido nos seus estatutos.

O modelo de governo do MGAM compreende a Assembleia Geral, composta por todos os associados maiores de idade, no pleno exercício dos seus direitos associativos, o Conselho de Administração (CA) que exerce a administração da Associação, o Conselho Geral, responsável pela orientação estratégica e aconselhamento ao CA e o Conselho Fiscal, com funções de fiscalização.

Para além destes órgãos definidos estatutariamente, é eleita trienalmente, pela Assembleia Geral, uma Comissão de Vencimentos, que submete à deliberação da Assembleia a política de remuneração dos membros dos órgãos associativos, apresentada em ponto próprio deste relatório. Neste domínio, o MGAM recorre igualmente aos serviços de auditores externos independentes, que são atualmente prestados pela KPMG & Associados – Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, S.A.

O cumprimento das competências e funções dos diversos órgãos de governo do MGAM orienta-se por um conjunto de princípios, como a responsabilidade, a transparência, a prudência e a legitimidade, bem como regras de gestão expressas no Código de Conduta, que se conciliam com o perfil de instituição solidária, e ética, que persegue um elevado padrão de responsabilidade social.

Os membros dos órgãos de governo do MGAM são eleitos pelos associados, por métodos democráticos, sendo o direito de voto exercido pela atribuição de um voto a cada Associado.

Em 2 de dezembro, os associados do MGAM, maiores de 18 anos e com mais de dois anos de vida associativa, elegeram, em Assembleia Geral, os membros dos órgãos associativos para o triénio de 2016 2018, que constam do ponto 1 deste relatório.

Merece ainda referência, neste ponto, o aprofundamento do processo de especialização dos órgãos de governo da Caixa Económica Montepio Geral (CEMG), que se tinha iniciado

em 2013, com a entrada em vigor dos seus novos estatutos e que prosseguiu, em julho de 2015, com outras alterações estatutárias, que deram origem à criação de novos órgãos, nomeadamente, de três Comités (Riscos, Remunerações e de Avaliações) e a alterações no processo de eleição dos mesmos, passando os membros do Conselho Geral e de Supervisão e o Presidente do Conselho de Administração Executivo a ser eleitos pela Assembleia Geral da CEMG. Em 5 de agosto de 2015, teve lugar a eleição dos membros dos novos órgãos de governo da CEMG para o triénio 2016-2018, passando as duas instituições a ter órgãos de gestão e de fiscalização especializados.

ESTRATÉGIA

O MGAM tem vindo a apresentar como desígnio estratégico, a consolidação da sua posição de maior associação nacional, promotora e gestora de regimes complementares de Segurança Social, individuais e coletivos, de serviços e equipamentos sociais e de serviços da economia do bem--estar e da qualidade de vida, através de uma gestão dinâmica, prudente e ética, respeitando os valores mutualistas de solidariedade e participação associativa, com elevados padrões de responsabilidade e sustentabilidade social, contribuindo para o desenvolvimento e consolidação da Economia Social e do Terceiro Setor em Portugal.

São prioridades estratégicas assegurar que toda a atividade é orientada para a ação socialmente relevante, para o crescimento e fortalecimento da dimensão mutualista e para a maximização dos benefícios atribuídos aos associados e familiares, afirmando o MGAM como motor e dinamizador de todo o Grupo Montepio.

Por forma a concretizar o seu posicionamento estratégico e beneficiar do potencial identificado, têm sido definidos objetivos de crescimento sustentado da sua base associativa

Eleição dos Órgãos Associativos do MGAM para o Triénio 2016-2018

No dia 2 de dezembro de 2015, realizou-se a Assembleia Geral eletiva, em que foram eleitos os Órgãos Associativos do Montepio Geral Associação Mutualista para o triénio 2016-2018.

O ato eleitoral foi bastante participado, reforçando a tradição democrática de uma instituição de referência no panorama mutualista nacional, com mais de 175 anos, comprovando a sua vitalidade e a importância na economia e na sociedade portuguesa.

que permitam levar soluções mutualistas a um universo cada vez maior da população, nomeadamente através da captação de novos associados, explorando o potencial existente no Grupo Montepio.

A atuação estratégica do MGAM assenta num crescimento sustentado, baseado em respostas diferenciadas e qualificadas face às necessidades de proteção perante contingências e riscos, previdência complementar, serviços de saúde e equipamentos sociais. Neste contexto, reveste-se de importância estratégica melhorar a adequação das modalidades existentes, alargar a oferta, nomeadamente através da inovação social, designadamente nas áreas da saúde e ação social, desenvolver parcerias e redes colaborativas, conceber novas soluções e mecanismos de adesão associativa e aprofundar as relações com os associados.

Nos últimos anos, de crise profunda e de grande impacto sobretudo no braço bancário do grupo, a CEMG tem prosseguido uma estratégia de mitigação de riscos, traduzindo-se na diversificação da atividade comercial, com vista a contornar os riscos de excessiva concentração

Grupo Montepio Geral

O Montepio Geral Associação Mutualista, enquanto

instituição de referência da economia social, e pela sua

qualidade de mutualidade, incorpora características

únicas e distintas dos seus parceiros, expressas nos seus valores humanistas e de solidariedade.

O MGAM constitui o centro estratégico do Grupo Montepio. As empresas que o constituem têm por objetivo auxiliar a realização dos fins mutualistas, através da oferta de produtos e de serviços bancários e financeiros que permitam a satisfação integral das necessidades financeiras dos associados e dos clientes. São consideradas estratégicas as seguintes entidades:

Caixa Económica Montepio Geral (CEMG): anexa

à Associação Mutualista, classificada como caixa bancária, responsável pelo exercício da atividade bancária do grupo Montepio;

Montepio Holding, SGPS, S.A. e respetivas

participações financeiras, indiretamente através da CEMG;

Montepio Seguros SGPS, S. A.: abrange as entidades

que desenvolvem atividade de seguros e de fundos de pensões (Lusitania, Lusitania Vida, N Seguros e Futuro);

Montepio Gestão de Activos S.A.: gestão

de patrimónios financeiros, com foco nos fundos de investimento mobiliário e de gestão de carteiras;

Residências Montepio S. A.: gestão de equipamentos

sociais e promoção de serviços de saúde, de bem- -estar e qualidade de vida.

Fazem ainda parte do grupo Montepio um conjunto diversificado de entidades que exercem atividades complementares, designadamente, no setor imobiliário (Montepio Gestão de Ativos Imobiliários, Montepio Imóveis). Para as ações de Responsabilidade Social, o grupo conta com a Fundação Montepio.

inerentes ao mercado imobiliário (habitação e construção), onde a CEMG desenvolvia essencialmente a sua atividade. Esta progressiva reconversão do modelo de negócio tem permitido à CEMG executar uma desalavancagerm, assegurando a sua resiliência ao contexto de pós-crise.

O MGAM tem tido como principal propósito a afirmação da sua missão de utilidade pública e social, complementar dos sistemas públicos de segurança social e de saúde e o ajustamento do funcionamento e da organização do Grupo ao novo modelo de especialização dos órgãos de governo e dos respetivos processos.

Tendo por base o Programa apresentado pela lista vencedora das eleições do dia 2 de dezembro de 2015 (Lista A), foram elaboradas, e aprovadas pelo Conselho Geral, as Linhas de Orientação Estratégica (LOE’s) do MGAM para o triénio 2016-2018 que alicerçaram a elaboração do Programa de Ação e o Orçamento para 2016, aprovado na Assembleia Geral de 29 de dezembro de 2015.

1

CRESCIMENTO SUSTENTADO DOS ASSOCIADOS E DAS RECEITAS ASSOCIATIVAS LÍQUIDAS, prosseguindo o cresci-mento do número de associados, com vista a obter um milhão de associados, a médio prazo, aumentando, também, o número de subscrições por associado e continuando o aproveitamen-to do potencial dos canais bancário e das restantes entidades do grupo, bem como dos canais eletrónicos e de outras vias de acesso aos associados, a partir de parceiros da área social.

2

MELHOR ADEQUAÇÃO DAS MODALIDADES, procedendo à revisão das características das modalidades, adaptando-as às condições de mercado, designadamente das modalidades com taxas técnicas desfasadas das condições referenciais atuais, e criando modalidades mais flexíveis, inovadoras e de fácil adesão, através de pacotes de oferta para famílias e modalidades coletivas, como resposta às necessidades de previdência complementar empresarial.

3

DESENVOLVIMENTO DE SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS SOCIAIS, prosseguindo a oferta de novos equipamentos e serviços na área de cuidados continuados e das residências, através da Residências Montepio – Serviços de Saúde, desenvolvendo a atuação na área da prevenção e da melhoria da rede de cuidados de saúde e bem-estar, no alargamento do apoio domiciliário e na prestação de cuidados continuados e de proximidade.

4

INTENSIFICAR A VINCULAÇÃO E APROFUNDAR A RELAÇÃO ASSOCIATIVA, prosseguindo o desenvolvimento de ativi-dades de cariz lúdico, cultural, formativo e desportivo para os associados e suas famílias, aumentando a atividade nos espaços “atmosfera m”, criando a Academia Montepio e dinamizando o Clube Pelicas.

5

REFORÇAR A IDENTIDADE PRÓPRIA E A PROMOÇÃO DO MUTUALISMO, aprofundando a autonomização da marca /identidade da associação no seio do grupo e na sociedade, aumentando a visibilidade das caraterísticas de diferenciação das modalidades mutualistas em termos de objetivos/ necessidades a satisfazer, condições, cobertura de riscos ou rendimento assim como a restante oferta de serviços e equipamentos sociais.

6

DESENVOLVER O MODELO DE GOVERNO E O SISTEMA DE CONTROLO INTERNO, efetuando um diagnóstico profundo sobre as melhorias a introduzir nos sistemas, processos, políticas e procedimentos, face às novas condições de funcionamento decorrentes da adoção do novo modelo de governo, que ditou a maior especialização da CEMG, e à luz dos requisitos regulatórios exigidos a outras entidades do setor financeiro.

7

CONTINUAR A POLÍTICA DE COOPERAÇÃO E DE INTERVENÇÃO SOCIAL, prosseguindo a política de cidadania institucional ativa e dinâmica, no domínio da educação financeira dos cidadãos, aprofundando a atuação das intervenções de Responsabilidade Social, prosseguindo as ações da Fundação Montepio e definindo princípios de sustentabilidade, a respeitar pelas entidades do grupo.

8

AJUSTAR O FUNCIONAMENTO E A ORGANIZAÇÃO DO GRUPO, adaptando os processos, meios e recursos ao novo modelo de governação, baseado na especialização dos órgãos de governo das entidades do grupo.

9

DESENVOLVER O POTENCIAL DO GRUPO E ASSEGURAR O ALINHAMENTO ESTRATÉGICO, procedendo aos investi-mentos e desinvestiinvesti-mentos que se revelem necessários para mitigar riscos, otimizar recursos e majorar a criação de valor. A elaboração de um Plano Estratégico para o Grupo, que assegure a articulação estratégica das diversas entidades, defina o papel de cada uma e o respetivo contributo para os objetivos globais de geração de valor, num quadro de otimização e eficiência, em prol da concretização da visão e fins mutualistas e respeitando a sua autonomia estratégica, bem como a criação de um Comité de Empresas Participadas que proceda à articulação das empresas e ao controlo do plano do grupo, são as principais metas nesta área.

No início de 2016, foi já criado e entrou em funcionamento este Comité de Empresas Participadas (CEP). O CEP integra os membros dos órgãos de administração das diversas empresas do Grupo Montepio, sendo coordenado pelo Presidente do Conselho de Administração do MGAM e secre-tariado pelo Centro Corporativo do Grupo Montepio, órgão também criado em janeiro de 2016. O Centro Corporativo funciona na dependência direta do Presidente do Conselho de Administração do MGAM, tendo por missão coadjuvá-lo na definição e exercício da gestão estratégica do Grupo Montepio, no controlo de gestão e promoção de sinergias de grupo, facilitando a articulação entre as empresas e a sua homogeneidade de princípios, valores e finalidades.

Em 2015, verificou-se uma etapa decisiva para o desenvolvimento da estratégia

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