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Mitimpsicosi do fim último: tipos psicológicos di conduta tiliológica

2. Disijo i troca

3.2 Mitimpsicosi do fim último: tipos psicológicos di conduta tiliológica

O CRESCIMENTO PSICOLÓGICO DO MEIO RUMO AO FIM

Simmel inicia o segundo item do capítulo 3 explicitando um pressuposto que antes aparecera como evidente e que diz respeito a um fato do sentimento de valor: trata-se da ideia de que o dinheiro é valioso (werevoll) para nós porque é o meio de obeenção de valores. No entantoD essa ideiaD antes dada como óbviaD é agora colocada em dúvidaD pois é igualmente possível levantar o pensamento contrário: de que maneira o dinheiro pode ter valor para nósD se é apenas o meio para a obtenção de valores? “Pois não parece de modo algum logicamente necessário que a tonalidade do valor sobre a qual repousa a fnalidade última de nossa ação se transmita aos meios queD em si e sem um lugar na série teleológicaD seriam completamente estranhos ao valor” (PdG: 292).

Essa transferência de valor com base em conexões puramente externas se funda numa forma geral dos nossos movimentos espirituais – a expansão psicológica das qualidades: “Quando uma série objetiva de objetosD forçasD acontecimentos contém um elemento que suscita em nós reações subjetivas determinadas [...] entãoD pareceD esse valor não apenas adere a seu suporte imediatoD mas deixamos que também os outros elementos da sérieD não tão notáveisD compartilhem dele” (PdG: 292). Onde uma pluralidade de pessoas e coisas se apresentaD mediante alguma ligaçãoD como unidadeD o sentimento de valor suscitado por um elemento singular desse todo impregnaD por meio da raiz comum do sistemaD igualmente os outros elementosD que são em si alheios a esse sentimento. É nesse ponto que Simmel conecta a flosofa da fnalidade desenvolvida neste terceiro capítulo e a flosofa do valor apresentada nos dois capítulos anteriores: “Justamente porque nada tem a ver com a estrutura das coisasD mas possui seu domínio intransponível para além delaD o sentimento de valor não se atém estritamente a seus limites lógicos e se desenvolve com uma certa liberdade por cima das relações objetivamente justifcadas” (PdG: 293). Se há em si algo irracional no fato de que os pontos relativamente altos relativos da vida anímica colorem seus momentos contíguos que não alcançam em si aquelas qualidadesD isso revelaD para SimmelD a riqueza da almaD sua necessidade internamente determinada de desfrutar das signifcações e valores uma vez percebidos também de acordo com a medida completa de sua ressonância interna nas coisasD sem perguntar ansiosamente pela razão legítima de acordo com a qual cada uma poderia reivindicar sua parte.

A mais racional e evidente de todas as formas de tal expansão das qualidades é a da série das fnalidades. ObjetivamenteD entretantoD também esta não parece incondicionalmente necessária;

pois a signifcação que um meio em si indiferente obtém pelo fato de que realiza uma fnalidade com valor (werevollen) não precisa de modo algum consistir em um valor em seguida transferidoD mas sim poderia ser uma categoria própria que poderia muito bem ter emergido da extraordinária frequência e importância dessa confguração.32 Só queD na realidadeD a expansão psicológica captura

as qualidades de valor e deixa subsistir apenas a diferença segundo a qual se pode designar o valor da fnalidade última como absoluto e o do meio como relativo. Absoluto – no sentido práticoD aqui em questão – é o valor das coisas no qual um processo da vontade se detém defnitivamente: um objeto é relativamente valioso quando o sentimento de seu valor está condicionado à realização de um valor absoluto. A oposição entre valor absoluto e valor relativo não coincideD assimD com a oposição entre valor objetivo e valor subjetivo. Na verdadeD a posição entre valor absoluto e relativo pode se estabelecer tanto no interior dos posicionamentos de valor (Wereseezungen) subjetivos quanto nos posicionamentos de valor objetivos. Valor e fnalidadeD desse modoD são apenas aspectos diferentes de um mesmo fenômeno; a representação objetiva (Sachvoreellung) que no sentido teórico- sentimental é um valorD no sentido prático-volicional é uma fnalidade.

Mas são energias anímicas muito diferentes as responsáveis pela criação dos valores e fnalidades absolutos e dos valores e fnalidades relativos. Enquanto os absolutos são estabelecidos por um ato espontâneo da vontadeD o valor relativo de um meio só pode ser reconhecido mediante o conhecimento teórico. Um depende do caráterD da disposição anímicaD do interesse; o outro nos é apontado pela natureza das coisas (desse modoD no interior do campo teleológicoD pelo menos: no primeiro passo somos ainda livresD no segundo já somos escravos). Mas essa oposição – entre as forças anímicas responsáveis pelo estabelecimento do valor absoluto das fnalidades e do valor relativo dos meios – não impede que o mesmo conteúdo passe de uma categoria a outra.

No entantoD a consciência da fnalidade não constitui um processo puramente idealD mas um que consome força orgânica e intensidade de consciência. HáD assimD um aspecto econômico da consciência de fnalidade: trata-se do que Simmel chamouD em textos anterioresD de “princípio de economia de energia” (Prinzip der Krafeersparnis) (PsyG: 51). Pois se o fm último estiver presente na consciênciaD uma determinada quantidade de energia será consumidaD energia que é retirada do trabalho com os meios. A prática mais conforme aos fns éD portantoD a total concentração de nossas energias no estágio seguinte da série dos fns. Ou sejaD não se pode fazer nada melhor para o fm

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Encontramos aqui um exemplo importante do modo de exposição simmeliano na Filosofa do dinheiro. Mostrando como havia certos pressupostos não explicitados nos argumentos anterioresD Simmel expõe as condições destes últimos; o percurso do livro caminha assim em direção a um desenvolvimeneo dos argumentosD mas também a um aprofundameneo dos mesmos. Seu desenrolar é ao mesmo tempo a sua fundamentação cada vez mais profundaD e isso pode ser considerado um elemento dialético no modo de exposição do livro: à medida que o argumento caminha para frente – ou para cima –D ele também caminha para baixo. As insufciências e as contradições surgidas a cada ponto da argumentaçãoD empurrando-nos para frenteD levam-nos também para erásD isto éD para a consideração de pressupostos que já eseavam em vigor desde os momeneos iniciais da argumeneaçãoD mas que não haviam aparecido como taisD não haviam sido identifcados e tematizados.

último do que tratar o meio que o conduz como se fosse ele mesmo o próprio fm. HáD portantoD uma não coincidência entre a distribuição dos aceneos psicológicos e a areiculação lógica: enquanto para esta o meio é algo totalmente indiferente e todo acento recai sobre o fmD a fnalidade prática exige psicologicamente a inversão direta dessa relação. Esse fato aparentemente tão irracional éD no entantoD fundamental para o desenvolvimento da cultura. Pois isso que Simmel chama de a “metempsicose do fm último” (PdG: 298) – algo como a migração da alma de um corpo para outro ouD mais propriamenteD uma transferência de valor – tem de acontecer de modo tanto mais frequente e profundo quanto mais complexa for a técnica da vida. Ela constitui desse modo um elemento de irracionalidade necessário e inerente ao processo de racionalização da técnica da vida. O interesse que os homens devem dedicar necessariamente à técnicaD para desenvolvê-la e assim também a culturaD concentra a tal ponto as suas forças que os objetivos reais escapam totalmente à sua consciência.

Essa metempsicoseD essa “pré-datação” (PdG: 298) do fm últimoD é realizada de maneira mais ampla e radical pelo dinheiro. E isso se intensifca na medida em que o dinheiro adota cada vez mais o caráter puro de meio. À medida que seu valor como meio cresceD cresce também seu valor como meioD a tal ponto que ele passa a valer simplesmente como valor e a consciência dos fns se detém defnitivamente nele. A polaridade interna na essência do dinheiro – ser um meio absoluto e por isso mesmo se tornar psicologicamente para a maioria dos seres humanos um fm absoluto – faz dele um símbolo no qual os grandes reguladores da vida prática se solidifcam. É assim que a dupla exigênciaD aparentemente contraditóriaD que brota da mais profunda interioridade na qual a alma conforma sua relação com a vida – segundo a qual devemosD por um ladoD considerar a vida como se cada um de seus momentos fossem fns últimosD eD por outroD ver cada um como passagem e meio a patamares mais altos –D essa dupla exigência encontra uma realizaçãoD por assim dizerD irônica no dinheiroD a mais exterior das formações do espírito.

DIFERENTES PAPÉIS TELEOLÓGICOS DO DINHEIRO

O acontecimento decisivo para a “metempsicose” do dinheiro enquanto valor absolutoD segundo SimmelD é a grande virada do interesse econômico da produção primitiva para a empresa industrialD e é com base nessa passagem que vai ser diferenciada a posição que o dinheiro assume na época moderna e na Grécia clássica. Antes ele servia ao consumoD mas agora também serve à produção. Essa mudança tem uma enorme importância para o papel eeleológico do dinheiroD que éD segundo SimmelD “o índice fel da economia” (PdG: 300): pois outrora também o interesse econômico em geral estava voltado muito mais para o consumo do que para a produção. O trabalho

no âmbito dos “povos naturais” acontece quase exclusivamente em função do consumo imediatoD e não de uma posse que seria um eseágio para novas aquisições. É por isso que os esforços e ideais da AntiguidadeD que Simmel caracteriza como socialistasD vão em direção à organização do consumo e não da produção. O interesse das massas estava em ter uma vida imediataD em ter o sufciente para sobreviver. E as prescrições morais dos gregos relativas ao domínio econômico não dizem respeito quase nunca às aquisições. Isso se harmoniza totalmente com a opinião de Aristóteles e Platão sobre o dinheiroD visto apenas como um mal necessário (isto éD há uma diferença no seneido do dinheiroD que expressa uma diferença entre duas formas de organização econômica): pois onde a tônica de valor se dá no consumoD o dinheiro revela seu caráter indiferente e vazio de modo particularmente claroD pois é confrontado imediatamente com o fm último da economia; como meio de produçãoD ele se distancia de tal fmD está cercado de outros meiosD diante dos quais possui um signifcado totalmente outro.

Essa diferença no sentido do dinheiroD por sua vezD remete de acordo com Simmel às decisões

úleimas do espírieo das épocas. Por um ladoD a vida como o preenchimento de uma série temporal com

conteúdos fxos e permanentesD e um apego ao conceito de substância. Por outroD a visão modernaD que vislumbra a unidade da vida no jogo de forças e na sucessãoD ordenada por leisD de momentos de conteúdos diversosD isto éD o que Simmel vai chamar de uma “unidade dinâmica”. Por um ladoD a continuidade da existência como algo substancial baseado na propriedade da terra e se realizando nela. Por outroD a visão moderna fundada no dinheiro com sua natureza fuida e que representa a igualdade da essência justamente na multiplicidade mais movente. Isso interageD por sua vezD com o fato de queD enquanto para os gregos o futuro aparecia como algo incalculávelD o comércio baseado no dinheiro requer sempre uma visão de longo prazo e opera com a possibilidade de calcular o futuro.33 E assimD para os gregos os meios e os fns da economia não estão tão separados quanto

mais tarde eD por issoD não adquiriram uma vida psicológica própria e o dinheiro não se tornou um valor autônomo.

CONSEQUÊNCIAS PSICOLÓGICAS DA POSIÇÃO TELEOLÓGICA DO DINHEIRO

Sendo o dinheiro o maior e mais completo exemplo da intensifcação psicológica dos meios sobre os fnsD Simmel dedica-se agora à clarifcação da relação entre meio e fm último com o

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A posse como um estágio para novas aquisições e a visão de longo prazo operando com a possibilidade de calcular o futuro são dois dos traços mais importantes indicados por Weber como característicos do espírito econômico moderno. A diferença é queD enquanto Weber vê esse modo de vida como resultanteD em grande medidaD da infuência de seu principal portadorD o protestantismo ascéticoD Simmel os vê a partir da interação entre a crescente infuência e purifcação do dinheiroD por um ladoD e a visão de mundo modernaD por outro.

objetivo de discernir o signifcado do dinheiro no desenvolvimento social. Trata-se de uma indagação sobre os limites da análise dos fns internos à nossa consciência: afnalD mesmo aqueles que são consideradosD em um ponto da análiseD como os fns últimos não podem mostrar-se depois apenas meios para outros fnsD e assim por dianteD até o infnito? O primeiro dado a ser considerado é que a forma de representação do fm último não pode ser preenchida por nenhum conteúdo defnitivo. Pelo contrárioD o princípio heurísticoD reguladorD das séries teleológicas é justamente que nenhum fm singular de nossa vontade pode ser visto como fm últimoD pois cada um deixa aberta a possibilidade de se tornar apenas uma etapa em direção a um fm mais elevado. O fm último é somente uma função ou uma exigênciaD um conceito que exprime o fato de que a via da vontade e da valoração humana conduz ao infnito. Nessa perspectivaD a elevação do meio à dignidade de fm último passa a aparecer como muito menos irracional: pois que os meios se tornem fns se justifca pelo fato de queD em última instânciaD também os fns são apenas meios. Nas séries infnitas de vontades possíveisD agarramos apenasD das ações em desenvolvimento e das satisfaçõesD quase arbitrariamenteD um momento para designá-lo como fm últimoD em relação ao qual tudo o que vem antes é somente meioD enquanto um observador objetivo ou nós mesmos mais tarde devemos colocar os fns verdadeiramente efcazes e válidos ainda além.

Simmel por isso fala de uma “tensão extrema” entre a relaeividade dos nossos esforços e o

caráeer absolueo da ideia de fm último: de um ladoD as “infnitas séries de vontades possíveisD ações em

desenvolvimento e satisfações”D de outroD o fato de queD a partir dessa série infnitaD “nós capturamos quase arbitrariamente um momento para designá-lo como fm últimoD para o qual tudo o que veio antes seria apenas um meio” (PdG: 304). E é nesse ponto de extrema tensão que o dinheiro se torna signifcativoD é precisamente dessa tensão – a mais extrema que há – que o dinheiro extrai o seu signifcado. O dinheiro é um símbolo do fato de que “os valores que aspiramos e sentimentos se revelam fnalmente como meios e provisoriedades” (PdG: 304). SendoD por um ladoD expressão e equivalente do valor das coisasD masD por outroD puro meio e ponto indiferente de passagemD ele simboliza precisamente que até os valores mais desejados podem se revelarD fnalmenteD como meios provisórios. Os valores mais absolutos revelam-se temporáriosD os fns revelam-se meros meios para outros fns. Se o dinheiro é um símbolo disso – aliásD também a expressão mais claraD mais radical disso –D é porque ele mesmoD de um ladoD atua como “a expressão e o equivalente do valor das coisas” (isto éD como absoluto) eD de outroD como “um mero meio e um estágio provisório e indiferente” (isto éD como relativo). A razão fundamental para a posição do dinheiro é a de que ele é “o meio absoluto que é elevado à signifcação psicológica de um fm absoluto” (PdG: 307). Com a elevação do meio absoluto que é o dinheiro à condição de fm absoluto dos esforços de inúmeras pessoasD ter-se-ia então a prova evidente de que conceder a um momento teleológico o valor de um

meio ou de um fm é somente uma questão de ponto de vista.34 Aqui tambémD a essência do

dinheiro é iluminada precisamente ali onde ele se mostra mais coneradieório. Na medida em que é a cristalização da relatividade dos valores econômicosD o dinheiro é o símbolo mais poderoso e mais imediato de que “a relatividade das coisas é o único absoluto” (PdG: 307). Mesmo assimD ele podeD inversamenteD tornar-se psicologicamente um valor absolutoD “porque não precisa temer sua dissolução na relatividadeD em função da qual muitos valoresD desde sempre substanciaisD não conseguiram manter sua pretensão ao absoluto” (PdG: 307). Desse modoD “Na medida em que o absoluto da existência [...] se dissolve em movimentoD relaçãoD desenvolvimentoD estes entram no lugar daquele também para as nossas necessidades de valor” (PdG: 307).

O dinheiro é assim o exemplo maior e mais acabado da elevação psicológica dos meios a fns últimos. E sua signifcação como tal se torna mais visível por meio da investigação mais detida da relação geral entre meios e fns. A determinação teleológica da ação coloca necessariamente a defnição de seus “fns últimos” no infnito. Desse modoD “cada ponto alcançado é experimentado apenas como um estágio transitório para um defnitivo posto além” (PdG: 303) (tanto “no campo do sensível”D pois cada satisfação é seguida por uma nova necessidadeD quanto “no campo do idealD porque suas exigências não são cobertas por nenhuma realidade empírica” [PdG: 303]).

Já mencionei antes uma série de motivos que escondem de nós mesmos o verdadeiro fm de nossas açõesD de modo que nossa vontade caminha de maneira totalmente diversa da que nos parece. Mas se é legítimo perguntar sobre os fns internos à nossa consciência – onde estão os limites dessa interrogação? Se a série teleológica não se encerra com o último elemento momentaneamente conhecidoD não está aberta então a via para sua construção ao infnitoD não é por isso absolutamente necessário não fcar satisfeito com nenhum fm derradeiroD ao qual nossas ações conduzemD e procurarD em vez dissoD para cada umD uma justifcativa posterior em um fm para além desse? Além do maisD nenhum ganho ou situação obtida proporciona aquela satisfação defnitiva logicamente ligada ao conceito de fm derradeiroD ao invés dissoD cada ponto alcançado é percebido apenas como passagem em direção a um estado defnitivo posto além – no campo do sensívelD porque está em um fuxo permanente que a cada gozo coloca uma nova necessidadeD no campo do idealD porque suas exigências não são cobertas por nenhuma realidade empírica (PdG: 303).

O fm último simboliza o fato de que mesmo os valores mais desejados e mais signifcativos podem enfm se revelar como meios provisórios. Conceder a um momento teleológico o valor de um meio ou de um fm éD desse modoD apenas uma questão de ponto de vista:

34 Note-se como este argumento estabelece uma relação dialéeica com a análise anterior a respeito da “metempsicose” de meios em fnsD dado que em certa medida a contradizD pondo em questão um de seus pressupostos.

E à medida que o meio mais sublimado da vida se torne para um número infnito de pessoas o fm mais sublimado da vidaD temos a prova evidente de que dar a um momento teleológico o valor de um meio ou de um fm é somente uma questão de ponto de vista – uma prova tão decisiva que demonstra a tese com um rigor de um exemplo escolar. (PdG: 304)

O fm último como que parece futuar acima da sequência teleológicaD no entanto “comportando-se em relação a elas como o horizonte em relação às vias terrestres que sempre vão em sua direção mas que mesmo depois de um longo percurso não o têm mais próximo do que no começo”(PdG: 304). Ele tem o estatuto apenas de “uma função ou uma demanda”. Como conceitoD o fm último é nada mais que a condensação do fato que ele a princípio parecia anular: “que a via da vontade e da valoração humana conduz ao infnitoD que nenhum ponto atingido pode evitarD mesmo queD por assim dizerD visto do ponto de partida possa parecer defnitivoD queD visto a posterioriD ele valha apenas como simples meio” (PdG: 304). É inerente à lógica da teleologia que mesmo aquilo queD num instanteD aparece como fm último possa ser vistoD no momento seguinteD como mero meio para outro fmD mais distante. É próprio da eeleologia, em suma, eransformar eudo em meio. Ela não oferece nenhum descanso. Daí que o dinheiro seja um símbolo tão poderoso dela.

Dada sob as condições da relação entre um sujeito e um objeto – tal como formuladas no capítulo da Filosofa do dinheiro sobre o valor e a trocaD e que sãoD em sumaD as condições do desejo –D a