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Modelo de zoneamento em função da intensidade das atividades.

Fonte: GARCÍA-SERRANO et al,2017,p.25.

Tendo claras as zonas e tipos de solos adequados às atividades, é possível criar intervenções no espaço recreativo a fim de proporcionar suporte ao seu uso.

188 Para isto, García- Serrano et al (2017) criaram uma caixa de ferramentas das quais podem se criar diversas configurações no emprego variado de possibilidades.

O emprego de vegetação, esguichos de agua, topografias lúdicas, sombreamentos com ou sem vegetação, caixa de areia, podem ser empregados na área de recreação externa do CEI Jardim Lapenna I a fim de criar lugares de repouso, contemplação e interação entre adultos e crianças.

Algumas resoluções podem servir de transição entre o espaço externo e interno da CEI, dialogando com o entorno imediato e assim, com o bairro.

Quadro 09 : Caixa de Ferramentas: Intervenções em pátios escolares.

189 Tabela 09 : Questões sobre o espaço pré-escolar – Infraestrutura.

Fonte: Própria baseada em FARIA, (1999, p.85-90).

Perguntas baseadas em Faria (1999) e dados coletados

em pesquisa de campo Análise

Perguntas baseadas em Faria (1999) e dados coletados em pesquisa

de campo Análise Perguntas baseadas em Faria (1999) e dados coletados em pesquisa de campo Análise 1. Existem fundo para reforma? 15. A grama está devidamente aparada? 29. Tem banheiros privativos?

2. Existem fundos para manutenção? 16. Possui espaço específico e suficiente para os adultos? 30. Tem almoxarifado? 3. Existe local adequado para guardar objetos e

móveis quebrados enquanto aguardam conserto? 17. Possui local para o intervalo das professoras? 32. Tem local para equipamentos de informática e multimídia? 4. Possui local para construção de grandes

engenhocas? 18. Possui espaço para os pais? 33. Tem espaço adequado para animais?

5. Possui espaços para pequenos grupos? 19. Tem espaço adequado para a reunião com a comunidade?

34. Tem local adequado para armazenar alimento e material para o cuido dos animais?

6. Possui local e mobiliário adequado para adultos

comerem? 20. Tem local para receber visitas?

35. Estão sob controle os riscos e perigos evidentes? Existem amortizadores de quedas?

7. A despensa está ambientada na temperatura

adequada? 21. O quadro de avisos está em local visível e adequado?

36. O acesso é possível e ágil para crianças e adultos portadores de necessidades especiais?

8. Tem geladeira? 22. Os armários são suficientes? 37. É seguro o ambiente externo e interno? 9. Tem água abundante para todas as necessidades:

brincar, cozinha, banho, limpeza? 23. Tem biblioteca ambientada e adequada para os adultos? 38. Têm saídas de emergência? 10. Tem chuveiro e esguicho no espaço externo para as

crianças brincarem?

24. Há uma sala para os adultos fazerem planejamentos, relatórios,

reuniões, cursos, com mobiliário adequado? 39. Tem extintores de incêndio e brigadas de incêndio? 11. Tem tanque de água?

25. Os brinquedos externos estão em condições de segurança e

higiene? Há manutenção constante? 40. Tem poço ou rede de água?

12. Tem tanque de areia? 26. Tem energia elétrica? 41. Tem fossa ou rede de esgoto?

13. Tem cobertura para o tanque de areia? 27. Tem ventilador?

42. A área comporta adequadamente as crianças, favorecendo o cuidado e educação de qualidade para a quantidade de crianças assistidas? 14. Tem árvores, flores, jardim, horta, e os respectivos

apetrechos adequados para aprender a conservar? 28. Tem água quente para os banhos? 43. Há rampas alternativas às escadas?

44. Tem espaço interno e externo para a convivência dos bebês entre eles e com crianças maiores?

190 Tabela 10 : Questões sobre o espaço pré-escolar – Layout e Ergonomia.

Fonte: Própria baseada em FARIA, (1999, p.85-90).

Análise Análise

1 O projeto arquitetônico respeita os indicadores de qualidade definidos pela área? 11 Os banheiros e vestiários são adequados e funcionais para crianças e adultos?

2 As janelas estão na altura das crianças para que elas

possam olhar a paisagem externa? 12 Os vasos sanitários estão na altura da criança?

3 As maçanetas das portas estão na altura das crianças permitindo que se desloquem com autonomia? 13 A altura dos chuveiros e torneiras permite a criança que a criança tome banho sozinha?

4

A flexibilidade dos espaços permite que as crianças desenvolvam atividades ao seu próprio ritmo, podendo permanecer no local e depois encontrar o grupo?

14 Os banheiros garantem a ergonomia e postura das professoras quando essas dão o banho?

5 O varal de atividades está a altura das crianças? 15 Tem escada para acesso ao teto ou alto das paredes

6

Os cabides ou ganchos são suficientes e estão na altura do usuário?

16

O mobiliário existente permite que as próprias crianças possam montar e desmontar os ambinetes? Pôr e tirar mesa na sala de aula?

7

As pias e bebedouros estão na altura da criança?E dos adultos?

17 Têm espaços adequados para jogar sozinho, para pequenos grupos ou para grandes grupos?

8

Há biombos para criar divisões nas salas e espaços de convivênvia?

18 Tem espelho na altura das crianças?Inclusive no trocador de fraldas?

9 Os brinquedos são guardados a altura da criança? 19 Tem escadinha para a criança subir no trocador? Está na altura do adulto?

10 Os livros com ou sem palavras estão na altura que a criança alcance 20 Existe comunicação entre os espaços internos e externos? Há transição entre a área interna e externa? Perguntas baseadas em Faria (1999) e dados coletados em

pesquisa de campo

Perguntas baseadas em Faria (1999) e dados coletados em pesquisa de campo

191 Uma das intervenções previstas pela mantenedora para o CEI é construir na parte externa um depósito para armazenar materiais ou móveis que não estão sendo utilizados; de fato essa alternativa desocuparia uma grande sala no térreo utilizada para esse fim.

Além de um depósito identificou-se a necessidade de armários aéreos para armazenar o material das professoras e desobstruir o espaço no piso.

Soluções simples como a utilização de mobiliários adequados para adultos nas salas e refeitórios melhorariam a qualidade do trabalho dos funcionários através do conforto físico.

A falta de tanque de areia, taque de água e esguichos na área externa para as crianças brincarem, assim como hortas justificam-se pela invasão de animais e moradores no CEI. É necessário realizar um trabalho de conscientização e educação da comunidade, de forma a garantir a perpetuidade dessas intervenções.

Conforme abordado no capítulo 01, a manutenção da grama é realizada periodicamente, mas em períodos de chuvas

torna-se dificultosa a manutenção da poda pela falta de maquinário e pela limitação no acesso a CEI por veículos de grande porte.

Através da leitura do espaço do CEI foi possível identificar que os adultos ficam sempre em segundo plano, tanto na compra de mobiliário, quanto nos espaços de trabalho e descanso. As cadeiras da recepção não oferecem conforto, algumas estão quebradas ou rasgadas.

Conforme destaca Kowaltowski (2011), a escola mostra sua identidade na apresentação estética, no conforto ambiental, aspectos físicos e psicológicos. (KOWALTOWSKI, 2011, p.130) Outras questões referentes à acessibilidade foram percebidas como obstáculos no acesso ao elevador no piso superior, ou cadeiras na rota de fuga. São questões de segurança que estão sendo verificadas, conforme a mantenedora para atender as exigências do Corpo de Bombeiros.

Embora tenha sido observada a presença de extintores de incêndio em todo o edifício, a rota de fuga é comprometida pela longa distância que uma criança portadora de

192 necessidades especiais deva percorrer da sala até o elevador (se estiver na última sala são quase 40 metros de distância até a saída de emergência); ainda há as barreiras mencionadas e os portões que fecham a entrada da recepção, bem como o portão de correr que fecha a entrada no corredor da Emei no pavimento superior.

A reconfiguração do layout da recepção e retirada do portão de correr por alternativa de segurança poderá alterar a situação encontrada.

A partir de ferramentas de análise de qualidade e os critérios apresentados por Kowaltowski (2011) e Faria (1999) chegou- se ao gráfico de desempenho a partir das características de funcionalidade, ou seja espaços x propósito de uso; qualidade do edifício, referente às características construtivas e de execução e ao impacto, no sentido da apropriação, do conforto visual, relacionado ao bem-estar dos usuários. (KOWALTOWSKI, 2011, p.171-172)

Figura 36: Características de desempenho e qualidade. Fonte: KOWALTOWSKI (2011, p.171)

A avaliação é definida pelo desenho a partir da análise pelo diagrama de desempenho e qualidade, ferramenta do Design Quality Indicator (DQI)- Indicador de qualidade projetual. Através desse diagrama marcam-se os objetivos atingidos em cada área numa avaliação de 1 a 6, sendo o número 1 (um) representando o mínimo e o número 6 (seis) o máximo ou excelente. (KOWALTOWSKI, 2011, p.171-172)

193 Diagrama 08: Análise de Desempenho e Qualidade – CEI Jardim Lapenna I.

Fonte: Própria baseado em KOWALTOWSKI (2011, p.172).

A leitura e avaliação do CEI servem como diagnóstico, entregam proposições, relacionam critérios de qualidade a fim de contribuir para a melhoria desses espaços e corresponder aos anseios e necessidades dos usuários e de sua comunidade. Conclui-se o capítulo com as fichas analíticas dos espaços pré-escolares nos ambientes, administrativos, do cuidado, do ensino e da recreação, sintetizando o diagnóstico explanado no capítulo 02 e finalizando com possíveis diretrizes para propostas de intervenção.

194 Ficha analítica 01. Fonte: Própria.

195 Ficha analítica 02. Fonte: Própria.

196 Ficha analítica 03. Fonte: Própria

197 Ficha analítica 04. Fonte: Própria.

198 Ficha analítica 05. Fonte: Própria.