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(1)UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE MIRIÃ DIAS CARVALHO HASSWANI. LEITURA DO ESPAÇO PRÉ-ESCOLAR EM TERRITÓRIOS VULNERÁVEIS: O CASO JARDIM LAPENNA. SÃO PAULO 2018.

(2) MIRIÃ DIAS CARVALHO HASSWANI. LEITURA DO ESPAÇO PRÉ-ESCOLAR EM TERRITÓRIOS VULNERÁVEIS: O CASO JARDIM LAPENNA. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação Scricto Sensu da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie, como requisito para a obtenção do Título de Mestre em Arquitetura e Urbanismo.. ORIENTADORA: PROFA. DRA. ANA GABRIELA GODINHO LIMA. SÃO PAULO 2018.

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(5) A todas as crianças que vivem em situação de vulnerabilidade social, professoras e professores que, apesar de todas as limitações e dificuldades enfrentadas nos contextos desses territórios, se esmeram no cuidar e no educar..

(6) AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus por Sua bondade e misericórdia sobre a minha vida, sem a qual seria impossível transcorrer esse caminho.. Aos queridos professores do Programa de Pós-Graduação Mackenzie pela dedicação desmedida, pelos conselhos e orientações essenciais no percurso da minha pesquisa e formação. A paixão com que exercem a docência é inspiradora!. Ao meu esposo Amir que pacientemente me acompanhou e participou de toda a trajetória. O seu amor e seu apoio tornam a vida mais leve.. À professora Patrícia Pereira Martins e ao professor Rodrigo Mindlin Loeb, pelas conversas e oportunidade de realizar o estágio docente. Foi uma experiência riquíssima.. Aos meus pais, Nilton e Raquel, e a meus irmãos pelo amor e compreensão, principalmente minha irmã Patrícia, cunhado Rickson e meu irmão Jônatas, pela cooperação em diversos momentos da pesquisa. Somos um time!. Aos colegas do curso pela amizade construída, companheirismo e trocas de conhecimento.. A minha querida e amada igreja pelas orações e carinho. Em especial às crianças que foram minha base para compreender esse adorável mundo da infância. À querida professora Ana Gabriela pela generosidade, confiança, orientações, conselhos e repreensões. Aprendi muito em nossa convivência. Ao grupo de pesquisa “Cultura brasileira, Cidade e Primeira infância”, pela oportunidade de cooperar e aprender sobre um tema tão relevante para a contemporaneidade.. Aos profissionais da CEI Jardim Lapenna I pela acolhida solícita, pela cooperação e participação que tornaram a pesquisa possível. Após conhecê-los passei a admirar ainda mais o exercício docente para a primeira infância. À Banca examinadora por toda contribuição no direcionamento e motivação para conclusão da pesquisa. À Fundação Tide Setubal através do Galpão da Cultura e Cidadania e à Sociedade dos Amigos do Jardim Lapenna, pela cooperação e fornecimento de dados que tornaram a pesquisa mais rica. Ao Instituto Presbiteriano Mackenzie, na pessoa do Rev. Roberto Brasileiro, pela oportunidade de realizar esse sonho..

(7) “A empatia é, de fato, um ideal que tem o poder tanto de transformar nossas vidas quanto de promover profundas mudanças sociais.” KRZNARIC, Roman, 2015..

(8) RESUMO A presente pesquisa estuda e analisa o espaço pré-escolar em territórios vulneráveis, a partir da leitura do objeto pelos seguintes eixos investigativos: contexto urbano e social, que constituem a leitura do território, o ambiente pedagógico, ambiente de trabalho em suas relações sociais e profissionais e o ambiente para criança a partir das dimensões do cuidado, do ensino e da recreação, tendo como estudo de caso o CEI Jardim Lapenna I, do bairro Jardim Lapenna, em São Miguel Paulista - São Paulo. Também analisa o espaço pré-escolar como um ambiente de qualidade, que pelos mesmos eixos, diagnostica e sugere possíveis intervenções baseadas no levantamento em pesquisa de campo, parâmetros projetuais qualitativos alicerçados nos referenciais teóricos e nos manuais técnicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação - FNDE, tendo como prioridade o conforto ambiental, a organização e funcionalidade do espaço pré-escolar. Tem como finalidade contribuir na elaboração e revitalização de Centros de Educação Integral de contextos semelhantes, promovendo diagnósticos dos ambientes de trabalho e ambiente para as crianças, adequando-os às necessidades locais e oportunizando o bem-estar das crianças e adultos que utilizam o espaço. Para a investigação foram considerados os aspectos que constituem o contexto urbano e social: caracterização, infraestrutura, intervenções sociais e intervenções urbanas presentes no bairro; e aspectos que constituem o espaço pré-escolar: infraestrutura, práticas pedagógicas, jornada de trabalho, questões de gênero, desejos e expectativas, motivações e desafios, mapeamento de necessidades e alternativas de resolução. Palavras-chave: espaço pré-escolar, territórios vulneráveis, ambientes qualitativos, crianças e adultos..

(9) RESUMEN La presente investigación estudia y analiza el espacio preescolar en territorios vulnerables, a partir de la lectura del objeto por los siguientes ejes investigativos: contexto urbano y social, que constituyen la lectura del territorio, el ambiente pedagógico, ambiente de trabajo en sus relaciones sociales y y el ambiente para niños a partir de las dimensiones del cuidado, de la enseñanza y de la recreación, teniendo como estudio de caso el CEI Jardim Lapenna I, del barrio Jardim Lapenna, en São Miguel Paulista - São Paulo. También analiza el espacio preescolar como un ambiente de calidad, que por los mismos ejes, diagnostica y sugiere posibles intervenciones basadas en el levantamiento en investigación de campo, parámetros proyectivos cualitativos basados en los referentes teóricos y en los manuales técnicos del Fondo Nacional de Desarrollo de la Educación - FNDE, teniendo como prioridad el confort ambiental, la organización y funcionalidad del espacio preescolar. Se pretende contribuir a la elaboración y revitalización de Centros de Educación Integral de contextos similares, promoviendo diagnósticos de los ambientes de trabajo y ambiente para los niños, adecuándolos a las necesidades locales y oportunizando el bienestar de los niños y adultos que utilizan el espacio. Para la investigación se consideraron los aspectos que constituyen el contexto urbano y social: caracterización, infraestructura, intervenciones sociales e intervenciones urbanas presentes en el barrio; y aspectos que constituyen el espacio preescolar: infraestructura, prácticas pedagógicas, jornada de trabajo, cuestiones de género, deseos y expectativas, motivaciones y desafíos, mapeo de necesidades y alternativas de resolución. Palabras clave: espacio preescolar, territorios vulnerables, ambientes cualitativos, niños y adultos..

(10) LISTA DE FIGURAS. Figura 05- Síntese Contexto Urbano e Social do Jardim Lapenna, 2018. Fonte: Própria.. INTRODUÇÃO. Figura 06- Imagem da quadra esportiva do CEI Jardim. Figura 01 - Gráfico de desenvolvimento das sinapses na primeira. Infância.. modificado. de. Fonte:. Charles. Núcleo A.. Ciência. Nelson,. From. Pela. Infância. Neurons. to. Lapenna I sendo utilizada para as aulas de futebol da Sociedade dos Amigos do Jardim Lapenna Fonte: Própria. Data: 12/04/2018.. Neighborhoods, 2000. Disponível em: http://www.ncpi.org.br.. Figura 07- Imagem do Galpão da Cultura e Cidadania. Fonte:. Acesso em: 10/11/2017. Fundação Tide Setubal. Disponível em:. CAPÍTULO 01. https://fundacaotidesetubal.org.br/relatorio2011/#!/gestao_ga. Figura 02 – Capa capítulo 01 – território Jardim Lapenna. Fonte: Própria.. Figura 08- Imagem da biblioteca do Galpão da Cultura e. Figura 03 - Plantas das tipologias das residências no Jardim Lapenna elaborado por Vania Tramontino. Fonte: BATISTA E CARVALHO – SILVA, 2013, p.198) Figura 04 - Planta- Casa tipo colmeia no Jardim Lapenna elaborado. por. lpao.html. Acesso em: 03/07/2018.. Vania. Tramontino.. CARVALHO – SILVA, 2013, p.200.. Fonte:. BATISTA. e. Cidadania. Fonte: Fundação Tide Setubal. Disponível em: https://fundacaotidesetubal.org.br/relatorio2011/#!/gestao_ga lpao.html. Acesso em: 03/07/2018. Figura 09- Imagem do Curso Gastronômico no Galpão da Cultura e Cidadania. Fonte: Fundação Tide Setubal. Disponível em:.

(11) https://fundacaotidesetubal.org.br/relatorio2011/#!/gestao_ga. https://zlvortice.wordpress.com/2017/12/12/canteiro-zl-. lpao.html . Acesso em: 03/07/2018.. vortice-prototipos/. Acesso em: 16/04/2018.. Figura 10 – Imagem da entrada da UBS Jardim Lapenna.. Figura 15- Síntese da Intervenção topográfica – Valas e calhas. Fonte: Própria.. para escoamento pluvial. Elaborado por Robert de Paauw.. Figura 11- Imagem. da reunião da. comissão. Pauta:. Intervenções na Rua Rafael Zimbardi Fonte: Própria. Data: 18/04/2018.. Fonte:. ZL. Vórtice.. Disponível. em:. https://zlvortice.wordpress.com/. Acesso em: 16/04/2018. Figura 16- Lagoa de retenção, reuso de entulho e tratamento. Figura 12- Imagem da Participação da comunidade. Pauta: Intervenções na Rua Rafael Zimbardi Fonte: Própria. Data: 18/04/2018. Figura 13- Imagem do Lançamento do Plano Participativo do. de esgoto. Elaborado por Anna Dietzsch. Fonte: ZL Vórtice. Disponível em: https://zlvortice.wordpress.com/. Acesso em :16/04/2018. CAPÍTULO 02. Jardim Lapenna. Fonte: Plano de Bairro Jardim Lapenna.. Figura 17- Capa capitulo 02. Crianças brincando no parque. Disponível. externo. Fonte: CEI Jardim Lapenna I, 2018.. em:. https://planodebairrojardimlapenna.wordpress.com/2017/06/1 9/a-gente-vive-e-respira-o-lapenna/#jp-carousel-228. Acesso 03/07/2018. Figura 14- Projeto Calçadas Drenantes. Fonte : YAMANA et al ,2017,p.4-5. e. ZL. VÓRTICE.. Disponível. em:. Figura 18- Imagem das Professoras almoçando no refeitório com mobiliário infantil. Fonte: própria..

(12) Figura 19- Imagem da Sala de aula arrumada para o período. Figura 25- Elevações 01, 02, 03 e 04 do CEI Jardim Lapenna I -. de sono das crianças. Fonte: Própria. Data: 12/04/2018.. Emei Fonte: Própria adaptada do Projeto Arquitetônico. Figura 20- Imagem de Crianças no brinquedo mais alto do parque. Fonte: CEI Jardim Lapenna I, Mar.2017.. fornecido pelo CEI. Figura 26 - Cortes AA, DD e EE do CEI Jardim Lapenna I. Fonte: Própria adaptada do Projeto Arquitetônico fornecido. CAPITULO 03 Figura 21- Capa capítulo 03 – Crianças em sala de aula. Fonte CEI Jardim Lapenna I, 2018. Figura 22-Implantação do CEI. Fonte: Adaptada do Projeto Arquitetônico fornecido pelo CEI. Figura 23- Planta Pavimento Térreo do CEI Jardim Lapenna I Creche Fonte: Própria adaptada do Projeto Arquitetônico. pelo CEI. Figura 27- Síntese de projeções de sombras- verão e inverno. Fonte: Software SketchUp baseada em García – Serrano (2017, p.31) Figura 28-Planta de Zoneamento de sensação térmica. Fonte: Própria. Figura 29-Planta Zoneamento de iluminação. Fonte: Própria. fornecido pelo CEI. Figura 30- Planta de zoneamento de ruídos. Fonte: Própria. Figura 24- Planta Pavimento Superior do CEI Jardim Lapenna I - Emei Fonte: Própria adaptada do Projeto Arquitetônico. Figura 31-Esquema de resolução natural para conforto. fornecido pelo CEI.. térmico. Fonte: Própria baseado em Kowaltowski (2011, p.187189).

(13) Figura 32- Imagem de Crianças cortando frutas para fazer salada de frutas. Fonte: CEI Jardim Lapenna I, 2018.. LISTA DE MAPAS Mapa 01 - Cidade de São Paulo, São Miguel Paulista e Jardim Lapenna. Fonte: Própria.. Figura 33- Imagem de Crianças se refrescando com esguichos de água no pátio externo do Jardim de Infancia El Pinal.Fonte: Archdaily. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/01-179336/jardim-deinfancia-el-pinal-slash-felipe-bernal-henao-plus-javiercastaneda-acero-plus-alejandro-restrepo-montoya. Acesso em: 25/05/2018.. Mapa 02- Bairro Jardim Lapenna, São Miguel Paulista- São Paulo, 2017. Fonte: Adaptado do Google Earth. Acesso em: 03/04/2018. Mapa 03- Sistema viário, Jardim Lapenna. Fonte: Própria.. Figura 34- Planta com zoneamento de impacto das atividades. Mapa 04- Meios de transporte. Fonte: Adaptado de. de lazer. Fonte: própria baseada em García – Serrano (2017,. Geosampa.. p.33). http://geosampa.prefeitura.sp.gov.br/PaginasPublicas/_SBC.as. Figura 35- Planta com análise de superfícies do piso das áreas. Disponível. em:. px?id=56910. Acesso em: 10/04/2018.. externas. Fonte: Própria baseado em García- Serrano (2017,. Mapa 05- Jardim Lapenna, São Miguel Paulista, 1958. Fonte:. p.32). Adaptado. Figura 36- Características de desempenho e qualidade. Fonte: KOWALTOWSKI (2011, p.171). do. Multispectral. -Geoportal.. Disponível. em:. http://www.geoportal.com.br/memoriapaulista/. Acesso em: 03/05/2018. Mapa 06- Progressão Urbana – Ocupação urbana Jardim Lapenna. Imagens satélite (ano 2001 -2017) Fonte: Própria.

(14) Mapa 07- Índice Paulista de Vulnerabilidade Social. Fonte:. http://geosampa.prefeitura.sp.gov.br/PaginasPublicas/_SBC.as. Adaptado. px?id=56910. Acesso em: 10/04/2018.. de. Geosampa.. Disponível. em:. http://geosampa.prefeitura.sp.gov.br/PaginasPublicas/_SBC.as px?id=56910. Acesso em: 10/04/2018.. Lapenna. Fonte: Própria.. Mapa 08- Renda Mensal (Média) Jardim Lapenna de 2010.Fonte:. Adaptado. Multispectral. Geoportal. Disponível. Analista. em. https://www.geoportal.com.br/analista/Mapa.aspx. Acesso em: 10/05/2018. Mapa. 09-. Densidade. Demográfica.. Disponível. Mapa 12- Vazios Urbanos e Taxa de Ocupação do Jardim. Fonte:. Geosampa. em:. Mapa 13- Condicionantes Naturais. Fonte: Adaptado de Geosampa, Google Maps e Mapa digital da cidade – PMSP. . Disponível em: http://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/wpcontent/uploads/2018/02/PA-MP.pdf. Acesso em:13/04/2018. Mapa 14- Iluminação Pública nas vias. Fonte: Geosampa. Disponível em:. http://geosampa.prefeitura.sp.gov.br/PaginasPublicas/_SBC.as. http://geosampa.prefeitura.sp.gov.br/PaginasPublicas/_SBC.as. px?id=56910. Acesso em: 10/04/2018.. px?id=56910. Acesso em: 10/04/2018.. Mapa 10- Uso e Ocupação do solo. Fonte: Adaptado de. Mapa. Geosampa.. Disponível. Disponível. em:. 15-. Equipamentos. Urbanos.. Fonte:. Geosampa. em:. http://geosampa.prefeitura.sp.gov.br/PaginasPublicas/_SBC.as. http://geosampa.prefeitura.sp.gov.br/PaginasPublicas/_SBC.as. px?id=56910. Acesso em: 10/04/2018.. px?id=56910. Acesso em: 10/04/2018.. Mapa 11- Tipos de Habitação. Fonte: Adaptado de Geosampa.. Mapa 16- Propostas dos Planos Regionais das Subprefeituras:. Disponível em:. São Miguel Paulista. Fonte: Modificado de PMSP, 2016..

(15) Disponível em: http://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/wp-. Tabela 07 – Questões sobre o espaço pré-escolar – Cuidado.. content/uploads/2018/02/PA-MP.pdf. Acesso em:13/04/2018.. Fonte: Própria baseada em FARIA, (1999, p.85-90). Tabela 08 - Questões sobre o espaço pré-escolar – Recreação.. LISTA DE TABELAS. Fonte: Própria baseada em FARIA, (1999, p.85-90).. Tabela 01 – Perfil das professoras entrevistadas. Fonte:. Tabela 09 - Questões sobre o espaço pré-escolar –. Própria adaptado de Kowaltowski (2011, p.42). Infraestrutura. Fonte: Própria baseada em FARIA, (1999, p.85-. Tabela 02 – Aspectos sociais e pessoais e metodologia. 90). Tabela 10- Questões sobre o espaço pré-escolar – Layout e. adotada na pesquisa.. Ergonomia. Fonte: Própria baseada em FARIA, (1999, p.85-90). Tabela 03 – Parâmetros de funcionalidade e conforto e metodologia adotada em pesquisa. Fonte: Própria adaptado. LISTA DE DIAGRAMAS. de Kowaltowski (2011, p.119-120) Diagrama 01 - Interfaces da Pesquisa. Fonte: Própria. Tabela 04 – Ficha técnica CEI Jardim Lapenna I. Fonte: Própria através do Projeto Arquitetônico fornecido pela mantenedora. Tabela. 05-. Questões. sobre. o. espaço. pré-escolar. Diagrama 02 - Mapeamento de stakeholders- Stakeholder. Map.. Fonte:. Dantas. et. al(2016,p.1349).Disponível. em:. –. https://www.researchgate.net/publication/311460192_DESIGN. Abordagem Pedagógica. Fonte: Própria baseada em FARIA,. _DO_BRINCAR_NO_ESPACO_URBANO_FORMAS_DE_APROPRIA. (1999, p.85-90).. CAO_NO_MINHOCAO_PELAS_CRIANCAS. Acesso em:. Tabela 06 – Questões sobre o espaço pré-escolar – Conforto. 18/11/2017.. Ambiental. Fonte: Própria baseada em FARIA, (1999, p.85-90)..

(16) Diagrama 03 –Poder x Interesse. Fonte: Própria. Diagrama 04- Setorização de Usos. Fonte: Própria baseado em KOWALTOWSKI (2011, p.222) Diagrama 05- Relação dos Entornos Escolares com o CEI. Fonte: Própria baseado em GARCÍA-SERRANO (2017, p.20) Diagrama 06 – Porcentagem das superfícies da área externaCEI Jardim Lapenna I. Fonte: Própria baseado GarcíaSerrano(2017,p.32) Diagrama 07- Modelo de zoneamento em função da. Diagrama 08- Analise de Desempenho e Qualidade – CEI Jardim Lapenna I. Fonte: Própria baseado em KOWALTOWSKI (2011, p.172). LISTA DE QUADROS Quadro 01- Áreas de foco Urban 95. Fonte: Fundação Bernard Van. Leer. Disponível. em:. https://bernardvanleer.org/pt-. br/solutions/urban95-pt/. Acesso em: 10/05/2018. Quadro 02 - Atributos CEI Jardim Lapenna I. Fonte: Adaptado de Kowaltowski (2011, p.174). intensidade das atividades. Fonte: GARCÍA-SERRANO et. Quadro 03 - Comunicação Visual do CEI Jardim Lapenna I.. al,2017,p.25. Fonte: própria. Quadro 04 - Tipologias de Esquadrias do CEI Jardim Lapenna I - Pavimento Térreo. Fonte: própria..

(17) Ficha 07- Ficha analítica 07- Ambiente de Ensino- Berçário I.. GRÁFICO. Fonte: Própria.. Gráfico 01- Intensidade dos ruídos – CEI Jardim Lapenna I. Fonte: própria. LISTA DE FICHAS Ficha 01 – Ficha analítica 01- Ambiente de trabalho Recepção. Fonte: Própria. Ficha 02- Ficha analítica 02- Ambiente de trabalho – Sala dos Professores. Fonte: Própria. Ficha 03- Ficha analítica 03- Ambiente de Cuidado- Sala de enfermaria e Sala de amamentação. Fonte: Própria. Ficha 04- Ficha analítica 04- Ambiente de Cuidado- Fraldário. Fonte: Própria. Ficha 05- Ficha analítica 05- Ambiente de Cuidado –Refeitório Creche. Fonte: Própria. Ficha 06- Ficha analítica 06- Ambiente de Cuidado- Refeitório Emei. Fonte: Própria.. Ficha 08- Ficha analítica 08- Ambiente de Ensino – Berçário II. Fonte: Própria. Ficha 09- Ficha analítica 09- Ambiente de Ensino – Minigrupo I. Fonte: Própria. Ficha 10- Ficha analítica 10- Ambiente de Ensino- Infantil I. Fonte: Própria. Ficha 11- Ficha analítica 11- Ambiente de Ensino – Infantil II. Fonte: Própria. Ficha 12- Ficha analítica 12- Ambiente de Ensino – sala de Vídeo. Fonte: Própria. Ficha 13- Ficha analítica 13- Ambiente de Recreação – Pátio Interno. Fonte: Própria. Ficha 14- Ficha analítica 14- Ambiente de Recreação – Pátio Externo. Fonte: Própria..

(18) LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS. FNDE – FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO. BNCC – BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR. GEGRAN – GRUPO EXECUTIVO DA GRANDE SÃO PAULO. CADIN – CADASTRO INFORMATIVO MUNICIPAL. LDB – LEI DE DIRETRIZES E BASES DE EDUCAÇÃO NACIONAL. CAPS – CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL. MEC- MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. CEI – CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL CENPEC – CENTRO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM EDUCAÇÃO,. PMSP – PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO. CULTURA E AÇÃO COMUNITÁRIA. SME – SECRETARIAMUNICIPAL DA EDUCAÇÃO. CMVS –CADASTRO MUNICIPAL DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE. UBS- UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE. COVISA - COORDENAÇÃO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE CPTM – COMPANHIA PAULISTA DE TRENS METROPOLITANOS DRE – DIRETORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO DCNE. –. DIRETRIZES. CURRICULARES. NACIONAIS. EDUCAÇÃO INFANTIL EOL – SISTEMA ESCOLA ON –LINE ETE – ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO. PARA.

(19) SUMÁRIO. INTRODUÇÃO 19. CAPÍTULO 01 – LEITURA DO TERRITÓRIO: JARDIM LAPENNA 38 1.1 Caracterização do território 40 1.2 Intervenções Sociais 71 1.3 Intervenções Urbanas 74 CAPÍTULO 02 – LEITURA DO ESPAÇO PRÉ-ESCOLAR: CEI JARDIM LAPENNA I 84 2.1 O Espaço Pré- Escolar: Ambiente Pedagógico 87 2.1.1 Legislação Municipal para Convênio 87 2.1.2 Práticas Pedagógicas 93 2.2 O Espaço Pré-Escolar: Ambiente de Trabalho 96 2.2.1 Saberes Profissionais 96 2.2.2 Questões de Gênero 101.

(20) 2.2.3 Grupos de Apoio 107 2.2.4 Jornada de trabalho 111 2.3 O Espaço Pré- Escolar: Ambiente para a Criança 119 2.3.1 O Ambiente do Cuidado 119 2.3.2 O Ambiente do Ensino 125 2.3.3 O Ambiente da Recreação 129 CAPÍTULO 03 – ANALISE DO ESPAÇO PRÉ- ESCOLAR COMO AMBIENTE DE QUALIDADE: CEI JARDIM LAPENNA I 135 3.1 Parâmetros Projetuais 142 3.1.1 Aspectos sociais e pessoais 143 3.1.2 Aspectos funcionais e de conforto ambiental 147 3.2 - Análise do Espaço Pré-Escolar: CEI Jardim Lapenna I 149 CONSIDERAÇÕES FINAIS 208 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 213. APÊNDICES 221.

(21) INTRODUÇÃO A presente pesquisa é a leitura do espaço pré-escolar inserido Esta pesquisa se destina aos profissionais envolvidos nas. em territórios socialmente vulneráveis, tendo como estudo de. políticas públicas voltadas para a Educação Infantil.. caso e análise o CEI Jardim Lapenna I, em São Miguel Paulista, a partir da interface: território, educação, Arquitetura e. O objetivo é o de contribuir para o conhecimento específico da. realidade. dos. espaços. pré-escolares. inseridos. urbanismo.. em. territórios de vulnerabilidade social através de uma leitura. Diagrama 01 : Interfaces da Pesquisa.. analítica das relações sociais e urbanísticas do território e das relações sociais e arquitetônicas do espaço pré-escolar. A pesquisa procura mostrar através dos capítulos as limitações enfrentadas pela instituição em produzir um ambiente escolar de qualidade frente ao contexto que se apresenta. Também evidencia que o espaço pré-escolar pode ser um instrumento de melhoria na qualidade de vida das crianças e famílias que vivem em condições precárias nos assentamentos irregulares, potencializada pela expansão do conhecimento arquitetônico específico para tais realidades e pela participação da comunidade e agentes sociais na reconfiguração urbanística Fonte: Própria. do bairro.. 19.

(22) A leitura e análise do espaço pré-escolar aborda as relações. 1. Relações pedagógicas - abordagem da instituição. do objeto de pesquisa de fora para dentro, no centro e de. estudada nas práticas pedagógicas em acordo com os. dentro para fora, através dessas interfaces.. direitos da criança e a legislação municipal de São Paulo para convênios de CEIs da rede indireta;. De fora para dentro, através da descrição do entorno escolar. 2. Relações das professoras com o ambiente de trabalho –. que abrange o contexto social cultural, físico, urbanístico do. abordagem investigativa e descritiva das experiências. bairro; no centro estabelece a leitura das relações existentes. pedagógicas em relação ao trabalho, levantamento das. dentro do espaço pré-escolar, das relações pedagógicas,. necessidades e mapeamento das expectativas;. relações de trabalho e das relações com as crianças; de dentro. 3. Relações das crianças - com o ambiente de cuidado,. para fora retornam as perspectivas e expectativas para a. ensino e recreativo.. melhoria do espaço pré-escolar e as consequências para o. 4. Análise dos espaços pré-escolares a partir da leitura. entorno e comunidade.. nos ambientes administrativo, de ensino, de cuidado e. O objetivo da pesquisa é fornecer dados e ampliar o. de recreação com base em parâmetros projetuais de. conhecimento para realização de projetos e políticas. qualidade contidos no referenciais teóricos.. públicas. voltados. para. espaços. pré-escolares. em. 5. Conclusão e apontamentos para outras análises em. territórios vulneráveis.. contextos semelhantes a esse na cidade de São Paulo e ampliação. O procedimento metodológico de análise consiste na. do. conhecimento. para. produção. de. ambientes educativos que provam em seus espaços. setorização investigativa para as diferentes abordagens:. escolares a equidade social.. 20.

(23) Contexto da pesquisa A abordagem sobre o contexto dos territórios socialmente vulneráveis na cidade de São Paulo com ênfase na criança em sua primeira fase de vida parte das diretrizes dos estudos financiados pela Fundação Bernard Van Leer pela Urban 95: São Paulo.. Esta pesquisa é um fragmento dos estudos realizados pelo grupo de pesquisa: “Cultura Brasileira, Cidade e Primeira Infância”1, desenvolvido em parceria entre o Instituto Brasiliana2, a Fundação Bernard Van Leer3 e o Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie: “Arquitetura, Projeto, Pesquisa e Ensino” - certificado desde 2004 pelo Cnpq. Outras relações de cooperação são realizadas com a SP- Urbanismo – Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano, PMSP, a Fundação Tide Setubal4, entre outros.. “Urban95 está fundamentado na convicção de que quando os bairros de uma cidade funcionam bem para mulheres grávidas, bebês, crianças pequenas e jovens, eles também tendem a promover, além de comunidades fortes, o desenvolvimento econômico.” 5. Dos estudos desenvolvidos pelo núcleo de pesquisa “Cultura brasileira, Cidade e Primeira Infância”, estão em desenvolvimento temas subjacentes abordando a mobilidade urbana a partir do gênero, espaços para o brincar na cidade e centros comunitários inseridos em territórios socialmente vulneráveis na cidade de São Paulo e em países em desenvolvimento. 1. https://projetomackenziebrasiliana.wordpress.com/. 2. https://institutobrasiliana.org/. Sobre este contexto a pesquisa aborda alguns aspectos das áreas de foco da Urban 95 na leitura do território e do espaço pré-escolar, a fim de contribuir na elaboração ou requalificação desse espaço para que seja um ambiente agradável e seguro para as crianças e seus cuidadores, segundo quadro abaixo:. 3. Para saber mais sobre a Fundação Bernard Van Leer acessar: https://bernardvanleer.org/pt-br/country/brazil/. 4. https://www.fundacaotidesetubal.org.br/.. Urban95. Disponível em: https://bernardvanleer.org/ptbr/solutions/urban95-pt/. Acesso em: 10/05/2018. 5. 21.

(24) Quadro 01 : Áreas de foco Urban 95.. seja, o período no qual as sinapses cerebrais ocorrem com maior velocidade e atingem seu maior potencial. Trata-se de um processo químico cerebral, o qual propicia as capacidades de desenvolvimento da linguagem, motora e intelectual. 7 Também se percebe que essa fase compreende uma total dependência para suprir as necessidades básicas de sobrevivência, o que requer sempre um adulto por perto, seja a mãe, familiares, cuidadores ou professores.. Espaço público verde Transformar os espaços físicos existentes em lugares onde as crianças pequenas brinquem sem perigo e explorem a natureza, e para que seus cuidadores se encontrem e descansem. Mobilidade para famílias Permitir que cuidadores e crianças pequenas possam caminhar ou andar de bicicleta até serviços de saúde e creches, assim como a lugares onde seja possível brincar sem perigo, e a encontrar fontes de alimentação saudável. Tomada de decisões com base em dados Coletar dados sobre crianças pequenas e seus cuidadores em cada bairro e usá-los para melhorar a alocação de recursos e facilitar a coordenação entre os diferentes setores. Formação e suporte para pais Fornecer idéias, informações e sugestões aos pais e outros cuidadores sobre o desenvolvimento da primeira infância, tal como sobre a importância de incorporar a contação de histórias nas rotinas diárias, por meio dos serviços e estruturas já existentes.. Fonte: Fundação Bernard Van Leer, 2018.6 Figura 01: Gráfico de desenvolvimento das sinapses na primeira Infância. Fonte: Núcleo Ciência Pela Infância modificado de Charles A. Nelson, From Neurons to Neighborhoods, 2000.8. Justificativa Ao observar a criança percebe-se que os primeiros anos de vida são o período de maior desenvolvimento cognitivo, ou. 7. Comitê Científico do Núcleo Ciência Pela Infância (2014). Estudo nº 1: O Impacto do Desenvolvimento na Primeira Infância sobre a Aprendizagem. p. 4. Disponível em: http://www.ncpi.org.br. Acesso em: 10/11/2017. 8 Ibid. 6. Urban95. Disponível em: https://bernardvanleer.org/ptbr/solutions/urban95-pt/. Acesso em: 10/05/2018.. 22.

(25) Com a maior autonomia e necessidade das mulheres estarem inseridas no mercado de trabalho, aumentou-se a procura por instituições de ensino infantil para o cuidado diário das crianças na primeira fase da vida (0 a 5 anos), onde passam a maior parte do dia e de seu desenvolvimento.. intelectuais e físicas para o bom desempenho de seu trabalho, assim como o ambiente que estimule a autonomia das crianças: “Enquanto se defende que as crianças tenham favorecida sua autonomia e se motivem para a fruição dos bens culturais, que aprendam a gostar de ler e de conhecer, ignora-se que os educadores também precisam desfrutar dessas condições, além, é claro, das condições dignas de trabalho e de salário”. (KUHLMANN, 2010, p.6). “Creches e pré-escolas muitas vezes servem também como oportunidade para adição de outros programas destinados ao desenvolvimento infantil, tais como suplementação nutricional e educação parental. O ambiente de Educação Infantil cria desse modo, uma série de oportunidades de atenção a infância de forma integral e continuada.”9. A satisfação e bem-estar dos professores do ensino préescolar em condições dignas de trabalho torna-se um desafio e uma necessidade na eficácia do ensino e qualidade de vida dos profissionais e das crianças por eles cuidadas, visto que para cuidar bem de uma criança necessário é estar disposto física e psicologicamente para o exercício profissional.. Esse fato justifica a abordagem da pesquisa que se preocupa com o espaço pré-escolar em múltiplas dimensões, tanto no contexto urbano no qual está inserido, quanto na qualidade como ambiente de trabalho para adultos, como no ambiente de ensino e desenvolvimento de crianças na primeira fase da vida.. Por outro lado, Kowaltowski (2011) relata que crianças cansadas, mal alimentadas, com frio e medo podem ter seu aprendizado prejudicado. Características muitas vezes presentes em territórios socialmente vulneráveis. (KOWALTOWSKI,2011, p.47). Kuhlmann (2010) fala sobre a mútua importância de valorizar o trabalho dos professores e de proporcionar a eles condições Comitê Científico do Núcleo Ciência Pela Infância (2014). Estudo nº 1: O Impacto do Desenvolvimento na Primeira Infância sobre a Aprendizagem. p. 10. Disponível em: http://www.ncpi.org.br. Acesso em: 10/11/2017. 9. 23.

(26) O ambiente escolar inserido em territórios e contextos de vulnerabilidade social precisam ter a atenção a todos esses fatores para o desenvolvimento de um trabalho efetivo e qualitativo.. novos profissionais foi o que impulsionou o ingresso no Mestrado em Arquitetura e Urbanismo tema. “Instrumentos de Ensino. Arquitetura: Percurso da Pesquisa/Pesquisadora. Revisões. e. e instigou sobre o. – Aprendizagem em. Perspectivas. para. a. Contemporaneidade”. As buscas por fontes de base para o projeto de pesquisa iniciaram durante os encontros de. Antes de ingressar no Programa de Pós-Graduação em. inovação, na indicação de livros pelos profissionais e nas. Arquitetura e Urbanismo, a pesquisadora participou de alguns. palestras sobre educação e inovação.. encontros sobre empreendedorismo e inovação em São José dos Campos/SP promovidos por uma empresa de coworking.. No primeiro semestre do programa de mestrado, ao cumprir. Nesses encontros foram tratados assuntos sobre escolas. as disciplinas obrigatórias e optativas como: Arquitetura e. inovadoras que conciliam o ensino com noções de robótica; a. Design; Metodologia de Pesquisa; Projeto e Crítica na. criação das novas profissões; as “Fablabs”, laboratórios de. Arquitetura e Cidade; Teoria do conhecimento: História e. fabricação digital compartilhados, e a cultura maker. A partir. Cultura, foi possível discutir acerca do tema proposto, de. dessas discussões surgiram questionamentos sobre o preparo. como realizar a pesquisa, dos embasamentos teóricos e. de. habilidades. assuntos correlatos. Foram desenvolvidos exercícios de. empreendedoras, de forma a se adaptarem às rápidas. referenciais teóricos, como o levantamento de bibliografia e. transformações do mercado e da tecnologia.. cruzamento de autores que se repetem em teses e. profissionais. aptos. a. desenvolverem. dissertações sobre o tema de pesquisa; da história do. A formação profissional na área de Arquitetura capaz de. conhecimento e ensino de Arquitetura; importantes debates. acompanhar as rápidas transformações e necessidades do. sobre a importância da Arquitetura contemporânea e dos. mercado e a possibilidade de contribuir para a formação de. espaços públicos para a cidade e para o edifício, a partir dos 24.

(27) critérios do Prêmio Rogelio Salmona e de autores como Josep. analisaram as relações do edifício atual novo com a cidade; o. Montaner, Silvia Arango, Marina Waisman, Ruth Zein e. levantamento de referenciais teóricos e exercícios dos saberes. Guilherme Lassance, autores importantes para a crítica da. profissionais dos professores a partir de Maurice Tardiff,. Arquitetura contemporânea , principalmente latino-americana. Michel Foucault, Donald Schön e Ana Gabriela G. Lima;. e na metodologia para análise de projetos e da Arquitetura;. exercícios práticos de análise projetual fundamentados nos. pesquisa no campo da história e cultura pela obra do. autores: Geoffrey Baker, Clark. arquiteto Sergio Ferro, o qual foi importante para a discussão. Simon Unwin e Francis Ching.. do papel social do arquiteto e as relações entre o canteiro e o. and Pause, Bernard Leupen,. Os conhecimentos dos professores somados ao repertório. desenho.. bibliográfico e troca de conhecimentos acadêmicos durante. A partir dessas disciplinas e do contato com os professores do. esse período auxiliaram no desenvolvimento do trabalho. Programa de Pós-graduação foi possível chegar a referências. científico e formação acadêmica da pesquisadora.. como John Dewey, Anísio Teixeira, Jaime Cordeiro e Doris. Ao escolher como orientadora a Profa. Dra. Ana Gabriela. Kowaltowski, na interface da educação e Arquitetura.. Godinho Lima pela experiência no campo da Educação e. Outras disciplinas importantes para o desenvolvimento da. Arquitetura surgiu a oportunidade, a convite da mesma, de. pesquisadora foram: ”O Edifício e a Cidade; Questões de. integrar o grupo de pesquisa “Arquitetura: Projeto & Pesquisa. Ensino do Projeto de Arquitetura e Urbanismo; Teoria e. & Ensino “sob a liderança do Prof. Dr. Rafael Perrone pelo. Metodologia do Projeto em Arquitetura e Urbanismo”, nas. núcleo de pesquisa: “Cidade, Gênero e Primeira Infância”,. quais foram realizados exercícios analíticos, tendo como. posteriormente. produto final respectivamente: a leitura do Centro Paula Souza. Primeira Infância”, no primeiro semestre de 2017. O grupo. na qual se resgatou o histórico do ensino técnico e se. está sob a coordenação da Profa. Ana Gabriela e do professor. 25. intitulado: “Cultura. brasileira, Cidade e.

(28) Rodrigo Mindlin Loeb, em parceria com o Instituto Brasiliano e. Vila Nova Artigas e João Filgueiras Lima foram consultados na. Fundação Bernard Van Leer. Também possui relações de. bibliografia, mas abandonados pela especificidade do recorte. cooperação com a SP – Urbanismo - Secretaria Municipal de. temporal e localização do objeto de pesquisa.. Desenvolvimento Urbano, PMSP, Fundação Tide Setubal entre. Na segunda etapa buscaram-se referências de Arquiteturas. outras.. escolares. contemporâneas. dos. últimos. dez. anos que. O objeto de estudo permaneceu na área do ensino e da. estivessem situadas em territórios de vulnerabilidade social.. Arquitetura, mas direcionou seu enfoque para a Arquitetura. Entre os projetos selecionados estão as Escolas Primárias. escolar com o título: “Arquitetura Escolar Paulista para. realizadas pela EDU (Empresa de Desenvolvimento Urbano). Primeira Infância em Territórios Socialmente Vulneráveis” pelo. em Medellín – Colômbia e a Escola Primária de Gando em. caráter de urgência na temática e pesquisa e pelo alcance de. Burkina Faso, África Subsaariana, construída em mutirão pela. resultados voltados para a sociedade.. comunidade sob a supervisão e projeto do arquiteto Francis Diébédo Kéré do mesmo povoado. A escolha dessas. A partir do direcionamento do objeto de estudo procurou-se. referências se deu pela qualidade projetual, construtiva e a. estudar a História da Arquitetura Escolar Paulista até a década. inserção em comunidades carentes.. de cinquenta, conjuntamente com a História da Educação Paulista, através das experiências bem sucedidas do Convênio. Também se buscou conhecer regiões urbanas em contextos. Escolar.. e. de vulnerabilidade social na cidade de São Paulo, através de. orientadora, chegou-se a fontes importantes como: Avany de. visitas guiadas pelo núcleo de pesquisa: Favela do Moinho, os. Francisco Ferreira e Mirela Geiger de Mello, Ester Buffa e. cortiços do Glicério e por fim uma visita panorâmica pelo. Gelson de Almeida Pinto, Moysés Kuhlmann Jr, Sônia Kramer e. Jardim Lapenna.. Em. conversas. com. outros. pesquisadores. Tizuko Morchida Kishimoto, outros como Mayumi Souza Lima,. 26.

(29) A terceira etapa caracterizou- se como uma fase exploratória,. Souza Lima; excluíram-se outros de caráter histórico para. em que se buscou uma região em São Paulo na qual pudesse. objetivar, completar e concentrar a pesquisa nos dados. ser realizado o estudo de caso e a análise projetual. Através da. relevantes à finalidade da mesma. Com o título revisado para. parceria do núcleo de pesquisa com a Fundação Tide Setubal,. Leitura do espaço pré-escolar em territórios vulneráveis: O. inserida há dez anos no bairro Jardim Lapenna, em São Miguel. caso Jardim Lapenna.. Paulista, foi possível ter acesso ao CEI Lapenna I, definido como estudo de caso.. Após orientação iniciou-se a pesquisa de campo, em que foi possível analisar as questões levantadas e apontar outras a. Na mesma etapa, após as orientações da banca examinadora. serem desenvolvidas em pesquisas vindouras.. de qualificação, a pesquisa foi direcionada a revisar a. Espera-se ao final contribuir para outros estudos que venham. abordagem histórica do ensino infantil, a fim de que a. a ser realizados na interface da educação e Arquitetura. observação desse desenvolvimento cronológico contribua na. direcionadas à primeira infância e aos territórios socialmente. percepção do que define as condições de creches e pré-. vulneráveis.. escolas e as questões relacionadas à priorização da criança. Destacou-se a importância de estudar também o atendimento ao bem-estar dos cuidadores das crianças, dos professores, investigando a jornada, rotina e ambiente de trabalho, além do direcionamento exclusivo da pesquisa para a leitura analítica do CEI Jardim Lapenna I e de seu contexto urbano. A quarta e última etapa retornou a alguns referenciais teóricos consultados na primeira etapa, como Mayumi Watanabe de. 27.

(30) Metodologia. Foram observados os procedimentos éticos para a realização da pesquisa de acordo com as normas da Comissão. O trabalho desenvolvido tem como base a pesquisa. de Ética em Pesquisa da Faculdade de Arquitetura e. teórica e de campo.. Urbanismo. A partir da coleta dos dados obtidos e análise. Na pesquisa teórica buscaram-se referenciais que. configurou-se um panorama sobre o tema proposto com a. abrangessem as diretrizes pedagógicas para a educação pré-. finalidade de ampliar o conhecimento e constituir novas. escolar paulistana, assim como as abordagens realizadas pelas. perspectivas e abordagens para os estudos dos espaços pré-. instituições conveniadas. Também dados e indicadores para a. escolares aplicados a outras regiões em situação de. realização da leitura do território contexto da pesquisa, além. vulnerabilidade social na cidade de São Paulo.. de bases bibliográficas na área da Arquitetura escolar e manuais técnicos que fornecessem parâmetros projetuais para. O primeiro contato com o território contexto da pesquisa. a constituição do ambiente de ensino com qualidade. aconteceu em outubro de 2017, em uma visita com o grupo. organizacional e física.. de pesquisa ”Cultura brasileira, Cidade e Primeira infância” em que se percorreu a pé por todo o bairro na condução de. Na pesquisa de campo, o levantamento de dados foi. integrantes da associação do bairro “Sociedade dos Amigos. realizado a partir do mapeamento urbano do bairro, coleta de. do Jardim Lapenna” e da Fundação Tide Setubal.. informações por entrevistas, registros fotográficos, desenhos Após o primeiro contato, buscou-se investigar a formação do. do ambiente escolar e observação não participativa das. bairro, os trabalhos sociais realizados e presentes no território. rotinas e práticas pedagógicas em visitas realizadas em. através das leituras de pesquisas realizadas pela Cenpec,. diferentes dias e semanas entre os meses de março a abril de. destacando a de Antônio Augusto Gomes Batista e Hamilton. 2018. 28.

(31) Harley de Carvalho Silva (2013) Família, escola, território. A leitura do livro: A produção do fracasso escolar: Histórias de. vulnerável, em que foi possível conhecer o perfil das famílias. submissão e rebeldia, de Maria Helena Souza Patto (1999),. do bairro e a dificuldade enfrentada na busca pela educação. recomendada pela banca, voltou o olhar para o contexto do. dos seus filhos. Também foram consultadas as produções da. território vulnerável e trouxe à luz questões sociais projetadas. Cenpec disponíveis no site da Fundação Tide Setubal nas. no ambiente escolar por docentes e pais, reproduções de. quais conta-se a trajetória da fundação em seus trabalhos. classes e poder. Embora as questões levantadas pela autora. socioculturais e os resultados obtidos após mais de uma. não tenham sido aprofundadas, foram essenciais para um. década de inserção em São Miguel Paulista.. olhar direcionado para as questões sociais e para a condução da leitura do território.. Essas consultas e leituras auxiliaram na produção de um artigo em parceria e liderança da Prof.ª Dr.ª Ana Gabriela Godinho. Outra referência que auxiliou na abordagem da pesquisa de. Lima para o XIII CIHELA 2018 - Congreso Iberoamericano de. campo foi o artigo de Graziela Nivoloni, Denise Dantas e Clice. Historia de la Educación Latinoamericana com o título Espaços. Mazzilli (2016) Design do brincar no espaço urbano: Formas. para a educação pública na primeira infância: a ação em. de apropriação no “Minhocão” pelas crianças, que traz uma. territórios urbanos vulneráveis socialmente, o qual foi apresentado. pela. mesma. em. março. deste. ano. leitura. em. através. da. observação. não. participativa. do. comportamento das crianças no espaço público, tabelando as. Montevideo, Uruguai.. brincadeiras , a expressão corporal e intervenções das mesmas no espaço durante o período analisado.. Logo após o exame de qualificação e orientação da banca, buscou–se rever os referenciais teóricos e iniciar a pesquisa de campo no Jardim Lapenna.. 29.

(32) A coleta de dados consistiu em entrevistas com as. avaliação. pedagógica,. professoras, a vivência na pesquisa de campo e nos dados. interpretando. fornecidos pelo projeto arquitetônico do CEI.. manifestando o interesse na participação, embora a maioria. ser. um. outras estágio. evitaram em. o. contato. pedagogia,. não. tenha alegado não participar por falta de tempo. Para as entrevistas com as professoras e gestão do CEI,. As visitas foram realizadas no final do período de verão e. utilizou-se como base o roteiro de entrevistas da dissertação. início do outono, entre os meses de março a abril de 2018,. de Rosmari Pereira de Oliveira (2014) Entre a Fralda e a Lousa:. entre os horários de 9 (nove) horas da manhã às 15 (quinze). Um estudo sobre identidades docentes em berçários; a partir. horas da tarde, sendo o período determinado pelo tempo de. das primeiras entrevistas e da observação do cotidiano. deslocamento da cidade da pesquisadora, São José dos. ocorreram variações nas perguntas.. Campos – SP, até o Jardim Lapenna e pelo fluxo de pessoas. As entrevistas foram realizadas em três dias, em diferentes. nas ruas durante esses horários.. semanas, visto a dificuldade das professoras em ter tempo livre que não interferisse no horário de almoço. Procurou-se. organizar. as. professoras. Também foram entrevistados o servidor público, que fazia a. por. tipos. de. manutenção da grama no terreno ao lado do CEI no dia da. agrupamentos: Berçário I, Berçário II, Minigrupo I, Infantil I,. visita, e o vice-presidente da Associação mantenedora da. Infantil II, totalizando cinco professoras, uma coordenadora. instituição.. pedagógica e a diretora do CEI. O. critério. de. seleção. de. As professoras. considerou. entrevistas. foram. gravadas. em. áudio. (mp3). e. a. posteriormente transcritas, o que auxiliou na liberdade para. disponibilidade e desejo das mesmas em realizar a entrevista;. realizar as perguntas, sem a preocupação de registrar as. algumas manifestaram desconfiança por julgarem ser uma. respostas. 30.

(33) Dos resultados obtidos. Estrutura da Dissertação. Algumas professoras sentiram a liberdade de responder como. Este trabalho está estruturado em cinco seções:. em uma conversa informal, outras responderam de forma. Seção 1: Contém a introdução da pesquisa, a qual. polida, justificada talvez pela liderança incisiva da diretora ou. apresenta um panorama dos estudos desenvolvidos. pela inexperiência da professora na profissão.. núcleo de pesquisa: “Cultura brasileira, Cidade, Primeira. pelo. Infância” - do grupo de pesquisa: “Arquitetura, Projeto,. Não foram analisadas as questões implícitas contidas nos. Pesquisa e Ensino”, além do percurso da pesquisa, objeto,. discursos dos entrevistados como Patto (1999) realiza em seu. objetivo e metodologia utilizada.. livro, embora se perceba a presença de questões sociais, luta. Seção 2: Nesta seção é apresentada a Leitura do. de classes e de poder nas falas da gestão e das professoras,. território do Jardim Lapenna em São Miguel Paulista,. também as questões de identidade e gênero contidas na. abordando a caracterização, infraestrutura, agentes sociais e. dissertação de Oliveira (2014). Seria necessária uma análise. intervenções no bairro.. mais aprofundada e estudos direcionados às questões. Seção 3: Contempla a leitura do espaço pré- escolar,. sociológicas e psicológicas para análise e explanação, o que. tendo o CEI Jardim Lapenna I como estudo de caso.. não nos ocorre nesta ocasião.. Abordando os aspectos pedagógicos e legislativos da instituição conveniada com a Prefeitura de São Paulo pela rede indireta, o espaço pré-escolar como ambiente de trabalho para os profissionais do ensino, e ambiente de cuidado, ensino e recreativo para a criança. Seção 4: Contém a análise do espaço pré-escolar pelo mesmo segmento e ordem da seção anterior, apresentando 31.

(34) possíveis caminhos para a melhoria da qualidade do ambiente. Objeto de Pesquisa. escolar do CEI, a partir de parâmetros projetuais fornecidos. A expressão “pré- escolar” com a conotação de Educação. pelo governo (FNDE) e pelas referências bibliográficas.. Infantil como uma fase anterior , independente e preparatória. Seção 5: Conclusão do trabalho e proposições para. para a escolarização foi utilizada no Brasil até a década de. futuras pesquisas.. oitenta. A Educação Infantil estava fora da abordagem da educação formal. Com a Constituição Federal de 1988 e a criação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) em 1996 a Educação Infantil passou a atender crianças de zero a seis anos de idade através de creches e pré-escolas e a fazer parte integrante da Educação Básica. Também passou a ser dever do Estado, a partir de 2006, através da modificação na LDB, o atendimento do Ensino Fundamental para seis anos. Atualmente a Educação Infantil atende à faixa etária de zero a cinco anos e onze meses. (BNCC,2018) Entretanto, embora reconhecida como direito de todas a crianças e dever do Estado, passa a ser obrigatória para crianças de quatro a cinco anos a partir da emenda Constitucional em 2009, a qual determina a obrigatoriedade 32.

(35) da Educação Básica dos quatro aos dezessete anos. A. “Os espaços definidos pelo poder são, de. extensão da obrigatoriedade foi incluída na LDB em 2013,. alguma maneira, estabelecidos em função. definindo plenamente a obrigatoriedade de matrícula de. da preservação e do fortalecimento desse. todas as crianças de quatro a cinco anos em instituições de. mesmo poder e, portanto, voltados para o controle e a distribuição desigual de. Educação Infantil.. direitos e poderes, através da ilusão da superioridade de alguns, “naturalmente”. No final de 2017, a Educação Infantil também foi inclusa na. colocados. Base Nacional Comum Curricular, confirmando sua integração. em. confronto. com. a. inferioridade dos demais. ”(LIMA, 1989,. ao conjunto da Educação Básica. (BNCC, 2018, p.33-34). p.37). Os espaços pensados para atender à coletividade, embora. A leitura dos espaços pré-escolares em territórios vulneráveis,. sejam muitas vezes formulados em parceria ou cooperação de. caracteriza, especifica e localiza o objeto de pesquisa: espaços. agentes. escolares destinados a crianças de zero a cinco anos inseridos. multidisciplinares,. ainda. exercem. um. caráter. impositivo numa ordem de cima para baixo em que o poder. em áreas de precariedade urbana e social.. dominante determina o programa de necessidades a partir de uma realidade aparente, sem um levantamento específico das. Há uma dicotomia na presença do poder público em. necessidades reais e das características culturais dos usuários. territórios em vulnerabilidade social, pois quando ausente,. finais. (LIMA, 1989,p.9). gera o abandono, abre espaço para as milícias e a exploração dos mais fracos; quando presente, gera dependência e o. “Nesse momento, esse usuário – para fins. reforço das desigualdades sociais.. de concepção do espaço projetado passa a não ter voz nem vontade nem. 33.

(36) mando, para aparecer com a feição. na mesma hora e no mesmo espaço. A. traçada pela força da interpretação dada. racionalização. pelo poder. Suas necessidades, suas. empobrecimento: “crianças não precisam de. expectativas e seus desejos passam pelo. biblioteca,. crivo. disposição da classe”. ”O salão só serve para. interpretativo. daqueles. que. o. subjugam.” (LIMA, 1989, p.10).. passou. mas. de. a. justificar. livros. esse. colocados. à. reunir os alunos uma vez por ano”, ”Crianças maiores e menores se machucam.”.(LIMA,. A desigualdade, a falta de representatividade e a dependência. 1989, p.38). social se reproduzem no contexto educacional. Essa fala está presente no discurso de diretores e educadores Lima (1989) destaca que, à medida que as escolas foram se. como justificativa para a falta de ambientes específicos para as. popularizando. e. até. atividades pedagógicas. Por vezes, alega-se até que o. chegarem. grandes. uma. cantinho da leitura locado em sala de aula estimula o. às. ampliando. sua. massas. democratização,. populares,. houve. desenvolvimento da autonomia da criança.. padronização dos projetos para execução dos edifícios escolares públicos, em que não somente reduziram os custos. O processo de “empobrecimento“ dos espaços trouxe um. como também empobreceram o programa de necessidades: “Desapareceram. os. laboratórios,. engessamento. e. privação. de. experiências. sensoriais,. dificultando, muitas vezes, à criança de desenvolver suas. a. percepções visuais, artísticas e dimensionais do espaço.. biblioteca, o antigo salão ou auditório, e o próprio galpão destinado ao recreio passou. “A organização e a distribuição dos. a ser dimensionado para o uso em rodízio.. espaços, a limitação dos movimentos, a. Não era mais possível a experiência conjunta. nebulosidade das informações visuais e. de crianças maiores e menores no recreio,. 34.

(37) até mesmo a falta de conforto ambiental. Algumas creches conveniadas foram instaladas em antigas. estavam e estão voltadas para a produção. residências adaptadas para o uso, o que muitas vezes as torna. de adultos domesticados, obedientes e. inadequadas. disciplinados – se possível limpos -,. pedagógicas e aprendizado das crianças, principalmente em. destituídos. de. vontade. própria. e. para. o. desenvolvimento. das. atividades. territórios com alta vulnerabilidade social em que não há uma. temerosos de indagações.” (LIMA, 1989,. fiscalização mais presente ou incentivo financeiro na melhoria. p.10).. dos espaços pré-escolares existentes.. Se por um lado a padronização dos edifícios escolares. “Crianças. resultou em resoluções projetuais rígidas e deficitárias em sua. dos. bairros. de. periferia,. candidata permanente à condição de. concepção (LIMA, 1989), por outro lado, podem ser favoráveis. menor,. visto que o contexto de algumas regiões do país ou o. recebe. professor,. escola. e. merenda de acordo com a distribuição. contexto abordado da pesquisa, CEI Jardim Lapenna I, é de. desigual dos direitos na sociedade. Seu. extrema. professor é, em geral, menos preparado,. carência. de. infraestrutura. no. território;. a. padronização construtiva do edifício público garante, pois, a. aguardando. produção de um espaço com qualidade mínima para seu uso.. transferir para as escolas melhores; sua. (KOWALTOWSKI, 2011).. escola tem instalações precárias, material. a. oportunidade. de. se. mais rude, Arquitetura mais primária –. A qualidade mínima esperada dos espaços pré-escolares inclui. pobre. ventilação e iluminação adequadas para um ambiente arejado,. despojamento -,” para não chocar com o. espaço para o desenvolvimento das atividades conforme o. padrão das habitações do bairro.” (LIMA,. número de crianças.. 1989, p.38).. 35. na. concepção. e. não. no.

(38) educação de qualidade em função desse. A condição dos espaços pré-escolares nas periferias de São. contexto de segregação espacial e de. Paulo hoje não difere da descrição de Lima (1989) no final da. distanciamento em relação a recursos. década de oitenta. A desigualdade presente no território se. sociais. reflete no espaço da instituição como uma reprodução de. (CENPEC, 2011 ,p.4). e. culturais. diversificados.”. classes e de poder, resultando no fracasso escolar, como Outra questão relacionada ao contexto do território está na. aborda com propriedade a autora Maria Helena Patto (1999). diferenciação do serviço oferecido pela pré-escola como um. em A Produção do Fracasso Escolar.. serviço apenas assistencialista, não educacional, embora. As reproduções das classes e de poder são reveladas dentro e. Kuhlmann(1999). fora do ambiente educacional. Pesquisa desenvolvida pelo. instituições. Cenpec (2011) estuda a hipótese de o território ser uma. pedagógica, a pedagogia da submissão.. defenda. infantis. que. também. o. assistencialismo. seja. uma. nas. abordagem. grande influência no desempenho escolar dos alunos, visto “O que diferencia as instituições não são. que esses têm menos acesso a bens de cultura, além das. as origens nem a ausência de propósitos. escolas desses territórios não terem uma condição atrativa. educativos, mas o público e a faixa etária. para profissionais bem qualificados, resultando em um quadro de. atendida.”(KUHLMANN, 1999,p.54). docentes desmotivados e despreparados para tal. realidade.. Kuhlmann (1999) fala que o estabelecimento de referenciais “As escolas situadas nessas regiões ou. curriculares, atualmente a Base Nacional Curricular Comum,. territórios vulneráveis teriam, com efeito,. abrangendo. grandes dificuldades para assegurar uma. solucionará essas desigualdades na mudança da esfera. 36. orientações. sobre. o. ensino. infantil,. não.

(39) administrativa assistencial para educacional, porque ainda há. Kowaltowski (2011) relata a dificuldade em se desenvolver. uma parcela da população que não tem supridas as. Arquitetura escolar,. necessidades básicas, como saneamento, água tratada, acesso. pesquisa voltada para a primeira infância.. à energia elétrica, entre outras.. e a essa acrescenta-se também a. Para Kowaltowski (2011) o edifício escolar reflete aspectos que. “Boa parte da população brasileira não. ultrapassam sua materialidade, resultado da cultura de uma. tem acesso aos bens de necessidade. comunidade e, por esse aspecto, sua análise deve ser realizada. básica, o que dizer da cultura, cuja. através de uma abordagem multidisciplinar que. produção, apropriação e fruição é muito. protagonistas desse espaço, no caso, os alunos; os agentes. mais complexa do que uma simples relação. de. aquisição. e. inclua os. diretos, os professores; os saberes profissionais e teorias. consumo?”. pedagógicas; os agentes indiretos, os grupos de apoio; a. (KUHLMANN,1999,p.56). instituição e o lugar. (KOWALTOWSKI, 2011, p.11-12). Essa frustação recorrente das professoras e da direção está relacionada à escolha do terreno para a inserção do CEI, que, conforme Lima (1989), muitas vezes é realizada sem critérios de infraestrutura urbana ou de posicionamento estratégico; geralmente os terrenos disponíveis para a construção de escolas públicas são resíduos de loteamentos, pouco apropriados para uma conexão com a cidade. (LIMA, 1989, p.39-40). 37.

(40) CAPÍTULO 01 LEITURA DO TERRITÓRIO : JARDIM LAPENNA. 38.

(41) “À Arquitetura cabem as responsabilidades políticas e social, em qualquer época, em qualquer lugar. [...] nós estamos aqui para resolver problemas. Que problemas são esses? Essa é a questão. Tem a ver com a condição humana.”(ROCHA, 2017, p.17). 39.

(42) Este capítulo é uma leitura do território contexto do objeto de. Possui limites bem definidos por suas fronteiras territoriais. pesquisa, bairro Jardim Lapenna.. conforme Mapa 02: Av. Jacu Pêssego /Rodovia Nova. A leitura do bairro foi realizada a partir dos dados ofertados. trabalhadores , a ETE São Miguel - Estação de Tratamento de. pela Prefeitura Municipal de São Paulo10, Subprefeitura de São. Esgotos de São Miguel , a Companhia Nitroquímica Brasileira. Miguel. e a Estação de trem de São Miguel Paulista , em que passa a. Paulista,. das. referências. teóricas:. pesquisas. coordenadas pelo Cenpec – Centro de Estudos e Pesquisas em. linha 12- Safira da CPTM.. Educação, Cultura e Ação Comunitária, financiadas pela Fundação Tide Setubal. 11. e dos dados coletados pela pesquisa. Apesar de próximo ao centro de São Miguel Paulista, suas. empírica nas visitas realizadas ao território.. divisas territoriais limitam o acesso aos demais bairros da região.. 1.1 Caracterização do território O Jardim Lapenna é um bairro localizado na grande várzea do. Em visita ao bairro foi possível acessá-lo por via motorizada. rio Tietê, situado ao norte de um dos principais distritos da. pela única via que dá acesso ao Jardim Lapenna, a alça da Av.. subprefeitura de São Miguel Paulista, região leste da cidade. Jacu Pêssego, que sai da Rodovia Nova Trabalhadores e se. de São Paulo. (Ver Mapa 01). conecta a Rua Rafael Zimbardi. Para trajeto a pé, é possível acessar por uma passarela sobre a. Dados disponíveis no portal da Prefeitura de São Paulo em: http://geosampa.prefeitura.sp.gov.br. 11 A Fundação Tide Setubal está inserida no bairro há 10 anos e promove projetos de desenvolvimento humano através de programas culturais e educativos, além de realizar pesquisas sobre o território vulnerável em suas diferentes dimensões. 10. linha férrea que conecta o bairro ao centro de São Miguel, através da Rua Angelina Lapena Aparente. E, por último, pela. 40.

(43) Estação São Miguel Paulista, por trem ou por trajeto a pé que se dá pela Praça do Forró. Todas as alternativas de acesso desembocam na Rua Rafael Zimbardi que, apesar de ser a principal via de acesso ao bairro, possui largura de uma via local, dificultando a passagem de veículos maiores que os de passeio.. 41.

(44) Mapa 01 : Localização Macro do território – Cidade de São Paulo, São Miguel Paulista e Jardim Lapenna.. Fonte: Própria modificado do GEGRAN... 42.

(45) Mapa 02 : Localização do bairro Jardim Lapenna, São Miguel Paulista – São Paulo, 2017.. Fonte: Adaptado do Google Earth. Acesso em: 03/04/2018.. 43.

(46) O Bairro é uma composição de três loteamentos: Vila Gabi,. O primeiro déficit identificado na área está na infraestrutura. Vila Nair e Jardim Lapenna, sendo o último nome o escolhido. viária.. para a intervenção no bairro12. Durante a pesquisa foram. A participação em uma das reuniões com o colegiado do. encontrados outros registros de grafia para o nome do bairro:. Plano de Bairro para discutir intervenções na Rua Rafael. Jardim Lapenna, Jardim Lapena e Vila Lapena. Manteve-se. Zimbardi, principal rua de fluxo de pedestres, comercial e de. Jardim Lapenna por ser a utilizada pela Subprefeitura de São. acesso ao bairro, permitiu conhecer alguns dos problemas. Miguel Paulista.. viários, como a entrada equivocada de caminhões que saem. Conforme diagnóstico apontado pela PMSP (2016), no. da Rodovia Nova Trabalhadores e entram na rua através da. Caderno de Propostas dos Planos Regionais da Subprefeitura. Av. Jacu Pêssego, chegando à Estação São Miguel Paulista sem. de São Miguel Paulista, a área foi caracterizada pela. encontrar retorno para sair do bairro, sendo necessária uma. infraestrutura inadequada às necessidades da população,. grande mobilização para retirada do transporte da via.. devido à situação de alta vulnerabilidade social em que se. A Rua Rafael Zimbardi, além de ser estreita e permitir a. acha boa parte dela, e cujas moradias encontram-se instaladas. passagem de apenas um automóvel por vez, possui. nos assentamentos irregulares sobre o afluente do Rio Tietê.. calçamento só em um lado da via, oposto ao muro da linha do. (PMSP, 2016, p.44). trem, o que gera disputas de espaço entre o fluxo de pedestres que utilizam a Estação de trem, os feirantes que instalam barracas nas calçadas e os moradores que utilizam a. 12. Proposta pelo Plano de Bairro Participativo, o primeiro desse gênero na região de várzea do Rio Tietê, da cidade de São Paulo. Além do Plano de Bairro Participativo em desenvolvimento, existem outras propostas de intervenções para a região contidas nos Planos Regionais da Subprefeitura de São Miguel Paulista e da Região Leste. Disponíveis em: http://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br.. via como estacionamento e acesso para seus automóveis. A capacidade reduzida das vias do bairro dificulta o acesso de veículos de grande porte, como ônibus e caminhões, muitas 44.

Referências

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