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Modelos de Gestão

No documento PANORAMA DOS TERRITÓRIOS CEARÁ (páginas 63-67)

Além do Programa Jovem de Futuro, foram identificados os programas Professor Diretor de Turma e Superintendência Escolar, que atuam na parte de gestão das escolas. Além des- tes, vale mencionar brevemente o Programa de Alfabetização na Idade Certa (PAIC), que tem como objetivo principal a alfabetização de seus alunos e, portanto, é focado nas esco- las com ensino fundamental. No entanto, vale ressaltar que, mesmo não sendo seu foco principal, a questão da gestão está presente em seu desenho, sinalizando a relevância que a Se- duc atribui ao tema da gestão. Um de seus eixos é relacionado à gestão escolar, que tem o objetivo de “promover o fortale- cimento institucional dos sistemas municipais de ensino, en- volvendo assessoria técnica para a estruturação de modelo de gestão focado no resultado da aprendizagem”.

Professor Diretor de Turma

O Projeto Professor Diretor de Turma é um projeto em que um professor, que ministre qualquer disciplina, assume o compromisso de responsabilizar-se pelos alunos de uma única turma. Isto permite que ele possa ter conhecimentos pormenorizados sobre cada aluno, podendo, assim, orientá- -los em suas necessidades específicas. Também, passa a ter capacidade de atuar como mediador de eventuais conflitos entre alunos, outros professores e demais atores envolvidos no processo educativo. Seus princípios são os quatro pilares básicos da educação de Jacques Delors: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser. Os objetivos do projeto são: i) favorecer a articulação entre os professores, alunos, pais e responsáveis, buscando promover um trabalho cooperativo, especificamente, entre professores e alunos, no sentido de adequar estratégias e métodos de tra- balho; ii) tornar a sala de aula uma experiência gratificante, em que todos os professores da turma, familiares, gestão, co-

munidade escolar, com respectivas parcerias, unam-se com o objetivo de proporcionar uma educação que vise à excelência; iii) Manter a assiduidade dos alunos, estimulando sua perma- nência na escola e elevando o grau de sucesso da aprendiza- gem; iv) oferecer uma educação sustentável que contemple a formação cidadã do educando, estimulando sua participação na vida social, com a tomada de consciência dos problemas que afetam a humanidade; e v) motivar os alunos para apren- dizagens significativas e encorajá-los a ter perspectivas oti- mistas quanto ao seu futuro pessoal e profissional.

Para sua realização, o Professor Diretor de Turma dedica ao Projeto quatro horas de sua carga horária semanal, tendo como principais funções: i) mediar o relacionamento entre os alunos de sua turma e os demais professores; ii) disponibi- lizar-se a atender aos alunos, pais ou responsáveis, profes- sores e núcleo gestor da escola; iii) promover um ambiente facilitador do desenvolvimento pessoal, cognitivo e social dos alunos; iv) elaborar e organizar o Dossiê de sua turma; v) lecionar a disciplina Formação Cidadã; vi) acompanhar o Estudo Orientado; e vii) organizar e presidir as Reuniões do Conselho de Turma (intercalares e bimestrais) que fornecem aos educadores um diagnóstico pormenorizado da turma e têm um caráter avaliativo.

Em 2008, o Programa foi implementado, de forma piloto, em 25 escolas estaduais de educação profissional que possuem uma jornada escolar de tempo integral. Em 2009, continuou somente nas escolas profissionais, mas já houve ampliação para 51 unidades. Em 2010, a Seduc promoveu a expansão do projeto, oferecendo possibilidade de adesão garantida8 para a implantação em todas as escolas de ensino regular da rede estadual, nas turmas de 1º ano do ensino médio, e no 9º do ensino fundamental nas escolas que não ofertassem ensino médio, totalizando 444 escolas, 2.988 turmas e 2.118 professo-

8 A Seduc não obrigou nenhuma escola a aderir ao programa, mas também não limi-

tou a quantidade de adesões. Assim, todas aquelas que manifestaram interesse puderam aderir.

res diretores de turma. Em 2011, a expansão aconteceu para as demais séries do ensino médio. Atualmente, o Projeto está implantado em 530 escolas, com 4.821 turmas e 4.241 profes- sores diretores de turma9.

Superintendência Escolar

A Superintendência Escolar é um projeto que teve origem no modelo de supervisão e acompanhamento implementado nas escolas da rede estadual. Trata-se de um projeto inserido no “guarda-chuva” do programa Aprender para Valer, que dis- põe de cartilha para acompanhamento dos principais proces- sos da escola (matrícula, lotação, indicadores de aprendiza- gem e de evasão). A Superintendência Escolar consiste em um serviço que busca, através de uma ação dinamizadora, desen- volver estratégias de acompanhamento e monitoramento à gestão escolar, com foco no aperfeiçoamento pedagógico e na melhoria da aprendizagem dos estudantes. Sua atuação é em- basada numa concepção de gestão escolar que prevê diretores engajados, mobilizadores de equipes colaborativas nas quais cada um se responsabiliza pela qualidade do ensino ofere- cido, pelo desempenho satisfatório dos estudantes e pelos resultados globais da escola.

Seus objetivos são: i) realizar o acompanhamento da gestão escolar com foco na permanência e na melhoria da apren- dizagem dos alunos; ii) favorecer a autonomia da escola e a responsabilização por seus resultados; iii) promover, na es- cola, um circuito permanente de reflexão e ação em torno de seus indicadores, metas, processos e instrumentos de gestão; iv) contribuir para articulação entre Seduc e escolas na im- plementação de programas e projetos, bem como na troca de informações do funcionamento geral da rede; e v) fortalecer a gestão escolar e auxiliar a escola a assumir seu papel central como protagonista no processo educativo de seus alunos.

9 Seduc: http://www.seduc.ce.gov.br/index.php/projetos-e-programas/87-pagina-

-inicial-servicos/desenvolvimento-da-escola/3257-diretor-de-turma.

O Programa apresenta quatro áreas de atuação, com ações es- pecíficas em cada uma delas, a saber:

i) Acompanhamento às escolas

a. Visita do superintendente à escola

b. Encontros sistemáticos com todos os diretores c. Reuniões com grupos de diretores e coordenadores d. Audiência individual com o diretor

ii) Acompanhamento de indicadores

a. Frequência de alunos e professores b. Movimento, rendimento e fluxo escolar c. Desempenho acadêmico em avaliação externa d. Ambiente educativo

e. Espaço físico

iii) Acompanhamento de processos escolares

a. Matrícula e lotação b. Planejamento pedagógico c. Prática pedagógica

d. Avaliação da aprendizagem

iv) Acompanhamento dos instrumentos de gestão

a. Calendário escolar b. Regimento escolar c. Plano de metas da escola

d. Projeto Político-Pedagógico (PPP) e Plano de Desen- volvimento da Escola (PDE)

Vale salientar que a atuação da Superintendência Escolar não supõe intervenção direta nas escolas e não lhe cabe ditar so- luções ou formas de agir. O intuito de seu acompanhamento próximo é o de permitir uma visão ampla sobre a atuação dos gestores, do funcionamento da escola e, assim, conseguir pro- curar um alinhamento destes com as metas de qualidade de ensino do estado do Ceará10.

10 Seduc: http://www.seduc.ce.gov.br/index.php/projetos-e-programas/87-pagina-

No documento PANORAMA DOS TERRITÓRIOS CEARÁ (páginas 63-67)

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