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Modelos da UNESCO para gestão e avaliação da Educação Não-Formal: as

CAPÍTULO 1 – CAMINHOS PARA UMA REGULAÇÃO TRANSNACIONAL

1.5 A Política de Educação Não-Formal da UNESCO

1.5.3 Modelos da UNESCO para gestão e avaliação da Educação Não-Formal: as

De acordo com a agência, um dos grandes problemas com relação à educação não- formal é a ausência de sistemas de avaliação que possam garantir e validar os resultados obtidos com programas e projetos dessa natureza. Tal qual ocorre com a educação formal seu sistema está constantemente em processo de tomadas de decisões amparado por uma estrutura repleta de informações que subsidiam tais medidas, o mesmo torna-se mais dificultoso e complexo quando se trata da educação não-formal.

Assim, para tentar reduzir e minimizar erros de gestão proporcionados justamente pela ausência de informações que subsidiem uma tomada de decisões mais adequada, a UNESCO apresenta dois modelos de avaliação que podem ser implantados como ferramentas de análise do atual panorama do modelo educacional não-formal. São eles:

NFE - MIS

Sistema NFE-MIS, na sigla em inglês Non-Formal Education – Management Information System, ou simplesmente Sistema de Informação para a Gestão da Educação Não-Formal, apresenta uma série de indicadores que compõe as análises no campo das políticas de educação não-formal que podem (devem) enquadrar-se nas aproximações com o sistema formal, em especial, a educação básica. Uma das ações previstas no NFE-MIS é a criação de um mapa de oferta da educação não-formal no país com o intuito de identificar possíveis lócus de saturação ou de ausência de políticas efetivas na área.

De acordo com a UNESCO o sistema NFE-MIS propõe estabelecer relações de aproximação entre as pessoas, os processos e as tecnologias empregadas na gestão de modelos de educação não-formal, se assemelhando aos sistemas de gerenciamento educacional presentes nos modelos formais de educação de responsabilidade do Estado.

O NFE-MIS é implantado nos países solicitantes pela UNESCO com apoio de equipes operacionais do próprio país que fazem a integração do sistema de gerenciamento com os programas e projetos em desenvolvimento. De acordo com a UNESCO, seus objetivos estão posicionados na construção de diretrizes e marcos conceituais que podem ser utilizados como ferramenta de gestão.

A partir dos objetivos determinados e de toda a estrutura conceitual definida o NFE- MIS entra em um estágio de implantação, determinado neste caso por processos modulares, realizados etapa a etapa, cujo ciclo torna-se contínuo como visto na Figura 2. O sistema é configurado em 14 etapas divididas em 7 módulos assim distribuídos:

Etapa Descrição Módulo

1 Elaboração de um panorama sobre a Educação Não-formal 1

2 Reuniões de Consulta 2 3 Estabelecimento dos núcleos das equipes nacionais e locais do NFE-MIS 2

4 Finalização da definição das equipes e construção de um plano de ação 2 5 Realização de um estudo político e um estudo de diagnóstico na área 3 6 Desenvolvimento de Indicadores para a área 4 7 Testar e adaptar ferramentas 5 8 Planejamento da coleta de dados 5 9 Coleta de dados 5 10 Verificação e correção dos dados 5 11 Inserção de dados no sistema 5 12 Produção das tabelas do sistema NFE-MIS 6

13 Análise dos dados 6 14 Produção do relatório do NFE-MIS 6

- Monitoramento e avaliação contínua 7 Quadro 3 – Processo de implantação e gerenciamento do sistema NFE-MIS

As etapas propostas pelo sistema NFE-MIS permitem tanto à UNESCO quanto ao país que o implantou criar mecanismos descentralizados de controle sobre a efetividade das ações no campo da educação não-formal tal qual já ocorre com o sistema formal de ensino, conferindo a esse modelo de educação uma possibilidade real de mensuração qualitativa de suas ações deixando de lado seu caráter amador e informal no trato de questões que envolvem o aprimoramento das políticas públicas para o setor.

Para a UNESCO (2005) o sistema NFE-MIS deve ser amparado por um mecanismo descentralizado de controle para garantir uma maior efetividade em diferentes níveis da escala nacional. Segundo a organização:

The NFE-MIS development process is intended to contribute to ongoing public sector reform processes. In other words, NFE-MIS development should take place within the context of decentralised education planning and provision. This means that all aspects of the NFE-MIS as a system - the people, the tools, methods, and software - must build on existing efforts to decentralise NFE planning and social service delivery to sub-national levels20. (UNESCO, 2005, p.27)

20 Tradução Livre: O processo de desenvolvimento NFE-MIS se destina a contribuir para os processos de

reforma do setor público em curso. Em outras palavras, o desenvolvimento NFE-MIS deve ocorrer dentro do contexto de planejamento e disposição de uma educação descentralizada. Isto significa que todos os aspectos da NFE-MIS como um sistema - as pessoas, as ferramentas, métodos e software – devem ser construidos sobre os esforços existentes para descentralizar o planejamento da Educação Não-Formal e sua prestação de serviços sociais aos níveis sub-nacionais.

Figura 2 – Processo modular de desenvolvimento do sistema NFE-MIS Fonte: Adaptado de: Figure 1. In: UNESCO, 2005, p.8

Cada módulo corresponde a um determinado objetivo e está amparado por etapas específicas a serem desenvolvidas:

Módulo 1: Introdução ao sistema da educação não-formal, suas abordagens e conceitos. Visa construir um panorama de análise com vistas aos tipos de educação não-formal e suas formas de aplicação no cotidiano das sociedades.

Módulo 2: Pré-planejamento das etapas relacionadas ao desenvolvimento do sistema de avaliação. Definição das equipes operacionais em cada esfera de atuação e suas responsabilidades perante o sistema, bem como a definição da estratégia e do plano de ação.

Módulo 3: Definição das diretrizes, ferramentas e método que serão usados no estudo diagnóstico.

Módulo 4: Definição das diretrizes desenvolvidas com vistas aos indicadores da educação não-formal, os objetivos políticos e a identificação de informações necessárias para a complementação do sistema.

Módulo 5: Orientação e aplicação da metodologia proposta, as diretrizes para coleta, armazenamento e verificação das informações coletadas, bem como a preparação de um banco de dados geral.

Módulo 6: Produção das tabelas a partir dos indicadores definidos e dados coletados, construindo um panorama geral sobre a educação não-formal em determinada localidade.

Módulo 7: Monitoramento contínuo do processo a partir de suas várias etapas, re- circulando os processos e as etapas a fim de garantir informações atualizadas constantemente.

O sistema NFE-MIS vem sendo aplicado desde 2001 em países como Tanzânia, Índia, Camboja, Marrocos, Jordânia, Bangladesh, Níger e Senegal, e oferece um panorama completo e geral sobre quais são os organismos envolvidos no planejamento e execução de projetos e programas de educação não-formal em cada país, quais são os resultados estatísticos desse envolvimento (como número de alunos nos projetos, tempo de participação, métodos de ensino, custo das atividades), quais são os docentes envolvidos nesse novo processo educacional (sexo, idade, qualificação, experiência e remuneração), perfil individual dos alunos participantes dos projetos (sexo, idade, ingresso nas atividades, intenção em ingressar na educação formal), possibilitando uma análise estatística que auxilie na tomada de decisões sobre os rumos educacionais a serem tomados por cada país.

Apesar do Brasil possuir uma concentração muito grande de programas de educação não-formal na modalidade “para-formal”, não existe referência da aplicação ou implantação do sistema NFE-MIS pela UNESCO no país, o que indica que ainda não é possível realizar uma diagnóstico aprimorado sobre a gestão da educação não-formal em terras brasileiras e em localidades específicas.

RVA – Reconhecimento, Validação e Aprovação

O modelo RVA (originalmente denominado em espanhol Reconocimiento, Validación, Acreditación), foi publicado pela UNESCO no ano de 2012 e é o mais recente documento da organização para as medidas concernentes ao sistema não-formal e informal de educação proposto por ela. Sua concepção está pautada em diretrizes políticas a serem seguidas pelos governos para a condução de um sistema de educação não-formal eficiente e que esteja alinhado às definições e diretrizes propostas pela organização para uma educação ao longo da vida.

A origem do documento remonta ao ano de 2009, mais especificamente na Sexta Conferência Internacional de Educação de Adultos (Confintea VI), realizada em Belém do Pará, Brasil, que contou com a presença de 144 delegações dos Estados membros da UNESCO e foi determinante para que os debates ocorridos gerassem o pensamento geral para a construção de diretrizes pontuais da educação não-formal tendo como referência o papel de uma educação ao longo da vida.

De acordo com a própria UNESCO (2012), após os direcionamentos ocorridos em Belém, o instituto da UNESCO para a aprendizagem ao longo da vida (UIL), tomou a iniciativa de trabalhar junto aos Estados membros para elaborar as diretrizes para reconhecimento, validação e aprovação dos resultados das aprendizagens no campo não- formal e informal.

Estas directrices se elaboraron mediante un proceso participativo que incluyó la consulta a los Estados Miembros para reflejar su experiencia y necesidades diversas. Tomaron en cuenta las recomendaciones profesionales de un Grupo de Expertos que incluyó a representantes de cada una de las regiones así como de las principales agencias internacionales. La preparación de estas directrices también refleja la percepción proveniente de estudios sobre la política y la práctica del RVA que se le confió al UIL mediante la Resolución 33 C/10 de la Conferencia General de la UNESCO de 200521. (UNESCO, 2012, p.1)

21 Tradução Livre: Essas diretrizes foram elaboradas mediante um processo participativo que incluiu a consulta a

todos os Estados Membros para refletirem suas experiências e necessidades diversas. Tomaram em conta as recomendações profissionais dadas por um grupo de experts que incluiu representantes de cada uma das

Diferentemente do sistema NFE-MIS, cujas ações são pontuais, práticas e imediatas para um diagnóstico local, o modelo RVA possui um caráter mais político de orientação, cujo intuito concentra-se em aconselhar governos a incluírem medidas que visem analisar e validar os processos de aprendizagem que ocorrem em todas as esferas educativas, sejam elas informais ou não-formais. Tais medidas, apresentadas pela UNESCO na forma de diretrizes, facilitariam os mecanismos de desenvolvimento das estruturas e procedimentos de reconhecimento de processos de aprendizagem que não sejam unicamente baseados no modelo formal, sendo, portanto, alvo da organização, os possíveis resultados alcançados pelos movimentos educacionais não-formais e informais no desenvolvimento social de determinada localidade.

Segundo a UNESCO (2012, p.3) a proposta RVA reconhece a educação informal e não-formal e, valoriza las competencias ocultas y no reconocidas que las personas han obtenido mediante diversos medios y en diferentes etapas de su vida22. Tais competências tornam-se necessárias para a construção do sujeito coletivo do novo século, apto a enfrentar os desafios impostos pela sociedade e pelo sistema ao qual está subordinado, sendo de fundamental importância reconhecer quais competências estão sendo desenvolvidas via processos não-formais e informais e de que forma o Estado pode atuar como agente facilitador da ampliação dessa bagagem, que, ao final de todo o ciclo, resume-se como um espólio de Capital Social e Capital Humano de cada país.

De acordo com o documento da UNESCO (2012, p.4), os propósitos específicos dessa iniciativa visam:

• Defender ativamente a importância do reconhecimento do valor da aprendizagem informal e não-formal;

• Formular uma concepção comum de RVA e definir as principais considerações para a implantação de um sistema nacional de RVA;

• Apoiar os Estados Membros na elaboração de instrumentos, normas e mecanismos para identificar, documentar, validar e reconhecer os resultados da aprendizagem informal e não-formal;

• Criar uma plataforma internacional para facilitar e assegurar um diálogo contínuo sobre RVA com os Estados Membros.

regiões assim como das principais agencias internacionais. A preparação dessas diretrizes também reflete a percepção proveniente dos estudos sobre a política e a prática da RVA que foi confiada à UIL mediante a Resolução 33 c/10 da Conferência Geral da UNESCO de 2005

22 Tradução livre: Valoriza as competências ocultas e não reconhecidas que as pessoas vêm obtendo mediante

Observando os apontamentos da UNESCO na definição das diretrizes internacionais para um sistema RVA para educação informal e não-formal, percebe-se que o panorama político desse sistema complementa-se com o sistema efetivamente prático gerencial do sistema NFE-MIS criado anteriormente. Do ponto de vista de operação do sistema, é politicamente correto a adequação das bases educacionais de um país às diretrizes RVA concebidas mundialmente, sendo o seu ponto de análise e instrumentalização técnica a incorporação em suas ações da implantação do sistema NFE-MIS como mecanismo gestor em projetos e processos de educação informal e não-formal.

Do ponto de vista da implantação do modelo RVA, a UNESCO indica seis pilares fundamentais para a sua efetivação em nível nacional, são eles:

1) Implantar o sistema RVA como um componente chave da estratégia nacional de aprendizagem ao longo da vida:

Esse componente faz menção às estratégias que vão além dos processos formais de ensino e assegura uma formação humana permanente ao longo de toda a vida, tal qual o disposto por Delors (1996) em seu relatório internacional para a UNESCO. Os direcionamentos devem estar pautados em ações que assegurem a aquisição de competências pessoais que sejam fundamentais para o ingresso no mercado de trabalho e que também assegurem a mobilidade social das pessoas. Indica que os países devem criar estratégias nacionais de aprendizagem informal e não-formal, assim como normas de integração entre educação informal e não-formal baseadas no contexto nacional e nas referências de qualificações. Prevê também a criação de mecanismos de integração e equivalência de resultados de aprendizagem formal, informal e não-formal no contexto nacional.

2) Implantar sistemas de RVA acessíveis a todos.

Nessa área, a UNESCO indica que os resultados dos modelos de RVA devam estar acessíveis a todos os setores da sociedade, e que devem ser reconhecidos e validados independentemente se foram obtidos através de sistemas informais ou não-formais. Tais ações visam incentivar as pessoas a prosseguirem os estudos e as aprendizagens contínuas de maneiras diversas e mais acessíveis a elas, gerando condições mais eqüitativas de acesso à educação especialmente em setores desfavorecidos da população. Nesse sentido, indicam que os países devem criar mecanismos de identificação, documentação, avaliação e validação de todos os processos de aprendizagem, assim como também indica que sejam utilizados tanto os processos de avaliação formativa quanto de avaliação somativa na averiguação dos resultados

de aprendizagem. O oferecimento de serviços de informação, assessoramento e orientação devem estar disponíveis para a população, deixando-as mais conscientes das suas competências e motivadas a continuarem aprendendo, assim como apoio especial a determinados grupos excluídos do mercado de trabalho ou com necessidades especiais de aprendizagem.

3) Fazer da RVA parte integral dos sistemas de educação e formação.

A partir das definições da UNESCO para a educação não-formal, o sistema RVA prevê uma integração entre os processos formais de ensino e os não-formais, através de alternativas flexíveis e abertas que satisfaçam as necessidades de aprendizagem. Nesse sentido fazem parte das ações a implantação e/ou melhoria dos sistemas de avaliação de aprendizagem formal; a utilização do RVA como uma ponte entre o sistema não-formal e os diversos setores da educação; e a definição de um enfoque de ação efetivo que vise melhorar a interação entre as instituições educativas, empresas e organizações não-governamentais traduzindo os resultados das aprendizagens nas experiências laborais e de vida em qualificações certificadas.

4) Criação de uma estrutura nacional de coordenação que integre todos os atores sociais interessados.

Os interesses específicos dos diferentes atores sociais na condução da formação do capital humano e social devem ser considerados quando se está em jogo uma política de reconhecimento, validação e aprovação de modelos educacionais diferenciados. Assim, a UNESCO prevê a organização de uma estrutura que congregue todos esses atores sociais (escolas, indivíduos, indústria, ONGs, empresas, etc.), a fim de desenvolver, implementar e financiar os sistemas nacionais de RVA. A definição do papel de cada ator social no interior do sistema deve ser claro, assim como os mecanismos de aprovação dos procedimentos e instrumentos que avaliem a qualidade da aprendizagem. A implementação do RVA deve ser administrativamente eficaz e prover a organização e retroalimentação dos resultados, assim como toda a infraestrutura da RVA deve ser acessível a nível local pelas pessoas envolvidas no processo, seja em âmbito de aprendizagem ou de atuação profissional.

5) Fortalecer as capacidades de pessoal da RVA

Para a organização, fica claro que a os resultados obtidos pela RVA estão diretamente relacionados com a qualidade da equipe gestora na condução e implantação das práticas de avaliação na área. Dessa forma é fundamental assegurar a formação e qualificação

profissional necessárias, bem como fortalecer as competências adequadas às equipes responsáveis por executar os processos de avaliação e validação dos modelos informais e não- formais dentro de contextos sociais diversificados; assim, sugere a UNESCO a criação de um sistema de formação integrado entre as equipes de trabalho, nos níveis locais e nacional, bem como entre países, com objetivo de fortalecer competências e desenvolver as melhores práticas.

6) Mapear mecanismos sustentáveis de financiamento.

O modelo de financiamento de um sistema RVA pode se tornar uma barreira onerosa que pode impedir a sua difusão e consequentemente a validação de ações em ambientes educacionais que fogem do sistema formal de ensino. Para a UNESCO o custo advindo dessas ações deve ser compartilhado entre diferentes atores, reduzindo os impactos econômicos do custo de um sistema RVA. Dessa forma a organização considera que para a implantação de um sistema RVA este deve possuir condições financeiras suficientes de manutenção com infraestrutura básica, bem como devem ser desenvolvidos mecanismos compartilhados de divisão de custos entre setores público e privado, assim como uma definição de gratuidade ou não dos serviços educacionais e em quais condições (determinados grupos, determinadas ações e programas pontuais, etc.). Essas ações devem estar amparadas por uma análise de custo-benefício sobre os efetivos benefícios do sistema RVA tanto para pessoas, quanto para empresas, escolas, e demais setores da sociedade.

A criação e implantação de um sistema de RVA como o proposto pela UNESCO para a validação das políticas nacionais de educação não-formal e informal competem exclusivamente aos países interessados, sendo de suas responsabilidades a efetivação das ações e manutenção do sistema. Como organização internacional, a UNESCO (2012, p.7) oferece aos países a consultoria teórica para definição e organização das ações de construção do sistema RVA, e compromete-se a:

a) Criar um observatório de RVA a fim de coletar e difundir as melhores práticas em diferentes etapas de desenvolvimento dos sistemas de RVA;

b) Facilitar o diálogo político, a conexão em rede e o intercâmbio de experiências entre os Estados Membros mediante atividades de aprendizagem entre pares e na cooperação entre atores sociais importantes em diferentes regiões;

c) Facilitar estudos sobre diferentes sistemas, mecanismos, técnicas e instrumentos de RVA mediante a pesquisa cooperativa internacional no campo da RVA;

d) Responder aos pedidos dos Estados Membros para oferecer assistência técnica e fortalecimento das capacidades aos atores sociais e aos participantes nacionais considerados fundamentais a fim de possibilitar que implantem e operem sistemas de RVA.

A implantação de modelos de avaliação dos programas e projetos baseados em concepções não-formais de educação, como visto, depende da vontade governamental de cada país membro, bem como da aquisição de uma estrutura técnica e de pessoal que dê efetividade às ações do sistema. Reconhecer, validar e aprovar sistemas complexos de educação que foge das normativas formais configura-se como uma ação complexa que deve ser iniciada com ações políticas que direcionem os campos de atuação da educação não-formal, bem como os reais interesses de reconhecimento, validação e aprovação de tais processos de aprendizagem, ações essas que estão presentes na proposta RVA da UNESCO com suas diretrizes políticas de implantação, atuação e manutenção do sistema; por outro lado, a operacionalização de tais sistemas requer ações práticas e empíricas que só podem ser obtidas com um sistema de captação e análise de dados, sistema esse configurado como o NFE-MIS que detém toda estrutura teórica e de aplicabilidade passo-a-passo que auxilia nas tomadas de decisões gerenciais em relação a determinados grupos alvo, programas específicos e faixas etárias pré- determinadas.

As ações e projetos de educação não-formal variam de país para país baseados nos