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Não são tributáveis no âmbito da Categoria A, os rendimentos provenientes de:

n.º 3 do art.º 4º do Código do IRC (art.º 12.º n.º 3);

ü As bolsas atribuídas aos praticantes de alto rendimento desportivo pelo Comité Olímpico de

Portugal ou pelo Comité Paralímpico de Portugal, no âmbito do contrato-programa de preparação para os Jogos Olímpicos, paralímpicos ou Surdolímpicos pela respetiva federação titular do estatuto de utilidade pública desportiva, nos termos do artigo 30.º do Decreto-Lei n.º 272/2009, de 1 de outubro (alínea a) n.º 5 art.º 12.º);

ü As bolsas de formação desportiva, como tal reconhecidas por despacho dos membros do

Governo responsáveis pelas áreas das finanças e do desporto, atribuídas pela respetiva federação titular do estatuto de utilidade pública desportiva aos agentes desportivos não profissionais, nomeadamente praticantes, juízes e árbitros, até ao montante máximo anual correspondente a € 2 375 (alínea b) n.º 5 art.º 12.º);

ü Os prémios em reconhecimento do valor e mérito de êxitos desportivos, nos termos do

Decreto-Lei n.º 272/2009, de 1 de outubro, e da Portaria n.º 103/2014, de 15 de maio (alínea c) n.º 5 art.º 12.º);

ü O IRS não incide sobre as compensações e subsídios, referentes à atividade voluntária,

postos à disposição dos bombeiros pela Autoridade Nacional de Proteção Civil e pagos pelas respetivas entidades detentoras de corpos de bombeiros, no âmbito do dispositivo especial de combate a incêndios florestais e nos termos do respetivo enquadramento legal (alínea n.º 7 art.º 12.º).

Não são tributáveis no âmbito da Categoria A, os rendimentos provenientes

de:

ü

Prestações de Serviço Militar obrigatório - (Oficio de 27/7/89 do Grupo de Trabalho para a Tributação da Função Pública);

ü

Subsidio de Desemprego – (Informação n.º 103/89 – despacho de 21/1/89 do DG);

ü

Subsídio atribuído a bombeiros voluntários (oficio circulado 4/91)

ü

Subsídio de doença, desde que pago por Instituição de Segurança Social (Informação 103/89 – despacho de 21/1/89 do DG);

ü

Abonos aos titulares das Juntas de Freguesia (art. 7.º da Lei 11/96)

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ENEFÍCIOS FISCAIS

Os rendimentos do trabalho dependente podem usufruir dos seguintes benefícios fiscais:

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em 2017, em 90% com o limite de € 2 500,00 (art.º 56 A CIRS);

ü Beneficiam de isenção total, com natureza de integral, as contribuições da entidade patronal

para regimes complementares de segurança desde que constituam direitos adquiridos, se garantirem exclusivamente benefícios de reforma, complemento de reforma, invalidez ou sobrevivência (e observarem cumulativamente as condições previstas nas al. a), b), d) e), e f) do n.º 4 do art.º 43.º do Código do IRC, apenas na parte que não excedam os limites previstos nos nºs 2 e 3 do mesmo artigo e sem prejuízo do disposto nos seus nºs 5 e 6 (art.º 18.º n.º 1 do EBF);

ü Beneficiam de uma isenção parcial, com natureza de isenção com progressividade os

recebimentos em capital, na parte em que corresponda a rendimentos qualificados como rendimentos do trabalho dependente relativos a direitos derivados de prestações efetuadas pelas entidades patronais para regimes complementares de segurança social, mesmo que já tenha ocorrido a passagem à reforma, em montante correspondente 1/3, com o limite de € 11704,70 (art.º 18.º n.º 3 do EBF);

ü Beneficiam de isenção total com natureza de isenção com progressividade os rendimentos

dos tripulantes dos navios registados no Registo Internacional de Navios (MAR), criado e regulamentado no âmbito da Zona Franca da Madeira (art.º 33.º n. s 8 e 9 do EBF);

ü Beneficiam de isenção total, com natureza de isenção com progressividade, porque o seu

montante é considerado para efeitos de determinação das taxas a aplicar aos restantes rendimentos, os rendimentos de trabalho dependente auferidos pelo pessoal ao serviço (e nessa qualidade) das missões diplomáticas e consulares, ou ao serviço de organizações estrangeiras ou internacionais, desde que exista reciprocidade (art.º 37.º do EBF);

ü Beneficiam, ou podem beneficiar, de isenção total, com natureza de isenção com

progressividade, os militares e elementos das forças de segurança quanto às remunerações auferidas no desempenho de funções integradas em missões de carácter militar, efetuadas no estrangeiro, com objetivos humanitários ou destinadas ao estabelecimento, consolidação ou manutenção da paz ao serviço das Nações Unidas ou de outras organizações internacionais, independentemente da entidade que suporta as respetivas importâncias (art.º 38.º do EBF);

ü Beneficiam, ou podem beneficiar, de isenção total, com natureza de isenção com

progressividade os rendimentos auferidos no âmbito de acordos de cooperação ou no âmbito de deslocação para estrangeiro em serviço de entidades portuguesas no âmbito de acordos celebrados e relativamente aos quais sejam demonstradas as vantagens para o interesse nacional, bem como as remunerações auferidas por militares e elementos das forças de segurança deslocados no estrangeiro ao abrigo de acordos de cooperação técnico militar celebrados pelo Estado Português e ao serviço deste, desde que reconhecido o interesse nacional (art.º 39.º do EBF) 4;

ü Ficam isentos de IRS os rendimentos do trabalho dependente referidos no artigo 18.º do

CIRS auferidos por sujeitos passivos que, no ano a que respeitam os rendimentos, tendo sido deslocados do seu normal local de trabalho para o estrangeiro por período não inferior a 90 dias, dos quais 60 necessariamente seguidos, sejam considerados residentes em território português na parte relativa a remuneração paga ou colocada a disposição do trabalhador exclusivamente a titulo de compensação pela deslocação e permanência no estrangeiro que exceda os limites legais previstos no CIRS.

O montante anual da compensação isenta, por sujeito passivo, não pode exceder o valor correspondente a diferença entre o montante anual da remuneração do trabalhador sujeita a imposto, incluindo a compensação, e o montante global das remunerações regulares com caracter de retribuição sujeitas a imposto auferidas pelo trabalhador no período de tributação anterior, excluindo qualquer compensação que haja sido paga, durante esse período, em virtude dessa ou outras deslocações ao abrigo deste regime, e não pode, em qualquer caso, exceder o valor de € 10 000.

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Podem optar pela tributação prevista nos parágrafos supra, ou seja, nos termos aplicáveis aos sujeitos passivos residentes em território português, os sujeitos passivos que, tendo sido deslocados para o estrangeiro nos termos estabelecidos no n.º 1, não sejam considerados residentes em território português, com o limite de três anos apos a data do deslocamento. Exercida a opção, é aplicável aos rendimentos abrangidos pelo n.º 1 o disposto nos n.ºs 3 e seguintes do artigo 17.º-A do CIRS, com as devidas adaptações.

Esta isenção não é cumulável com quaisquer outros benefícios fiscais aplicáveis aos rendimentos da categoria A, automáticos ou de reconhecimento prévio, previstos neste ou noutros diplomas legais e com o regime previsto para os residentes não habituais. (art.º 39.ºA do EBF).

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RESUMO CATEGORIA A

Rendimentos pagos ou postos à disposição provenientes de:

TRABALHO POR CONTA DE OUTREM OU SITUAÇÕES EQUIPARADAS A TRABALHO DEPENDENTE • Contrato trabalho

• Contrato legalmente equiparado

• Contrato de aquisição de serviços em que se verifique trabalho subordinado

• Situações de pré-reforma, pré-aposentação ou reserva

• Prestações que continuem a ser devidas até à verificação dos requisitos para passagem reforma

• Titularidade de órgãos estatutários de pessoas colectivas (excepto ROCs)

• Remunerações acessórias em razão de trabalho dependente

• Abonos para falhas, na parte em que exceda 5% da remuneração fixa

• Ajudas de custo que exceda os limites fixados, e pagamento pela utilização de automóvel próprio ao serviço da entidade patronal

• Verbas para deslocações e viagens de representação de que não sejam prestadas contas até final do exercício

• Indemnizações pela mudança do local de trabalho

• Quota parte, acrescida dos descontos para Seg. Social dos pescadores companheiros

• Gratificações, atribuídos por outros que não a entidade patronal

• Indemnizações pela cessação contrato de Administradores e gestores

• Indemnizações pela cessação dos contratos ou situações das alíneas a) b) e c) do n.º 1, na parte em que exceda 1 o valor médio das remunerações regulares sujeitas a imposto multiplicado pelo n.º de anos ou fracções de antiguidade

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CATEGORIA H

PENSÕES

Consideram-se RENDIMENTOS DA CATEGORIA H os previstos no artigo 11º, do CIRS. O conceito fiscal de pensão é muito fluído abrangendo situações muito diversas e excluindo outras que sejam incluídas noutras categorias de IRS.

Genericamente pode dizer-se que constituem pensões as prestações pecuniárias periódicas que não sejam auferidas em razão da prestação de trabalho dependente ou independente (ou seja: não se incluam nascategorias A ou B).

Estão enquadrados nesta categoria os rendimentos de pensões, considerando-se como tal:

• as prestações devidas a título de pensões de aposentação ou de reforma, velhice, invalidez

ou sobrevivência desde que não sejam consideradas rendimentos de trabalho dependente, bem como outras de idêntica natureza ( como por exemplo as pensões sociais do regime não contributivo da segurança social), incluindo os rendimentos do trabalho dependente auferidos após a extinção do contrato individual de trabalho, sempre que o titular seja colocado numa situação equivalente à de reforma, segundo o regime de segurança social que lhe seja aplicável;

as pensões de alimentos;

Ø as prestações que, não sendo consideradas rendimentos do trabalho dependente sejam pagas por companhias de seguros, fundos de pensões ou quaisquer outras entidades, devidas no âmbito de regimes complementares de segurança social em razão de con- tribuições da entidade patronal;

Ø quaisquer pensões ou subvenções não referidas anteriormente; e

Ø as rendas temporárias ou vitalícias.

Nos termos do n.º 2 do art. 11.°, a remição ou qualquer outra forma de antecipação de disponibilidade dos rendimentos previstos no seu n.º 1 não lhes modifica a natureza de pensões.

A remição consiste na extinção de uma obrigação periódica através do pagamento da importância em dinheiro que represente a capitalização daquela à taxa legal de juros (art 1236º do Código Civil).

Estes rendimentos apenas ficarão sujeitos uma vez pagos ou colocados à disposição dos respectivos titulares (n.º 3, art. 11. °).

ð Pensões de Aposentação e Reforma

As pensões de aposentação e reforma são devidas pela cessação da relação de emprego e pela incapacidade real ou por superveniência do limite de idade, e são reguladas pela Lei 28/84, de 14.08.

A aposentação refere-se aos funcionários e agentes civis do Estado e de outras pessoas colectivas públicas.

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A reforma refere-se aos funcionários ou agentes militares ou militarizados do Estado e trabalhadores dependentes sujeitos ao regime do contrato individual de trabalho de direito privado.

As pensões de velhice são devidas pelo facto de se atingir determinada idade e as de invalidez visam a reposição do rendimento do trabalhador nos casos de cessação definitiva da sua capacidade para o trabalho (Decreto 45226, de 23.09.1963). De notar que os abonos suplementares de invalidez e as prestações suplementares de invalidez atribuídos nos termos do DL 43/76, de 20.01, não estão sujeitos a IRS por se destinarem a reparar danos emergentes, enquadrando-se na exclusão de tributação do artigo 12º do CIRS.

As pensões de sobrevivência visam garantir condições mínimas de sobrevivência por morte de uma pessoa subscritora de um regime de Segurança Social, com a qual se tenha um vínculo de filiação, casamento ou equiparado (DL 322/90, de 18.10).

ð Pensões de alimentos

As pensões de alimentos compreendem, nos termos do artigo 2003. ° do Código Civil, tudoo que é indispensável ao sustento, habitação e vestuário da pessoa que a eles tem direito.

Sendo o alimentado menor, incluirão também o indispensável à sua instrução e educação. Serão em regra fixados em prestações pecuniárias mensais (art. 2005. ° do Código Civil).