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Plano Nacional de Desenvolvimento (II PND) foi crucial para a industrialização brasileira A respeito do II PND são CORRETAS as afirmativas:

No documento Economia Brasileira - Questões - Anpec_nodrm (páginas 177-200)

(0) Sua justi cativa expôs uma visão crítica do “milagre econômico”, alegando que este estimulara o setor de bens de consumo, mas não expandira suficientemente a produção de insumos básicos.

(1) Os recursos do BNDE, in ados pelo PIS-Pasep, foram fundamentais para o nanciamento dos investimentos das empresas estatais, as quais puderam contar também com a elevada liquidez internacional.

(2) Estimularam-se a substituição de importações de bens de consumo duráveis, complementando-se o processo iniciado pelo Plano de Metas.

(3) Procurou-se destinar encomendas governamentais de forma a fortalecer o setor nacional de bens de capital.

(4) Os investimentos das empresas estatais foram nanciados, sobretudo, pela elevação de margens de lucro.

Resolução:

(0) Verdadeiro.

O crescimento do período do Milagre foi liderado pelo setor de bens de consumo duráveis, elevando a dependência externa da economia em relação a bens de capital e petróleo.

(1) Falso.

O BNDE direcionou seus recursos principalmente para o setor privado. As estatais utilizaram-se, sobretudo, de recursos externos e de fundos parafiscais.

(2) Falso.

O II PND mudou o foco estratégico para a substituição de importações de insumos básicos e bens de capital. No que se refere à produção de bens, deslocava-se a produção de bens duráveis (eletrodomésticos e automóveis), característica do período do Milagre, para a indústria básica: siderurgia, fertilizantes, metais não ferrosos (para bens de capital ver item abaixo). Os empréstimos do BNDE para o nanciamento de projetos de insumos básicos adquiriram grande relevância.

equipamentos para usina de álcool são alguns dos exemplos. (4) Falso.

Grande parte dos empreendimentos das empresas estatais foi nanciada com recursos externos. As empresas estatais foram incentivadas a contrair dívidas no exterior, no intuito de se tornarem uma fonte de oferta de divisas. Diante das políticas de represamento de tarifas, é natural supor o oposto, ou seja, que as margens de lucro ficaram comprimidas.

Questão 9

O período 1980-1984 foi especialmente difícil para a economia brasileira. Sobre este período, é CORRETO afirmar que:

(0) As políticas restritivas de demanda, adotadas em 1981, tiveram efeito praticamente nulo sobre a taxa de inflação.

(1) As necessidades de nanciamento do balanço de pagamentos levaram o governo a recorrer ao FMI antes das eleições de 15 de novembro de 1982.

(2) Em 6 de janeiro de 1983, o governo brasileiro submeteu a primeira carta de intenções ao FMI e que, nos 24 meses subsequentes, sete cartas de intenções foram examinadas pela direção do Fundo.

(3) Graças à abertura democrática, o salário mínimo preservou seu valor em termos reais.

(4) O ajustamento externo da economia foi bem-sucedido por ter gerado vultosos superávits comerciais e alcançado o equilíbrio da conta corrente do balanço de pagamentos.

Resolução:

(0) Verdadeiro.

A in ação brasileira permaneceu no patamar de 100% em 1982, a despeito das políticas restritivas de demanda adotadas, tendo mais do que dobrado no ano seguinte em virtude da maxidesvalorização.

(1) Falso.

As negociações com o FMI foram adiadas em virtude das eleições diretas para governador e vereador. Três dias após as eleições, o ministro do Planejamento admitiu que o Brasil já vinha adotando uma política econômica coerente com os ditames do Fundo. Todavia, a primeira Carta de Intenção só seria assinada com o Fundo em janeiro de 1983.

(2) Verdadeiro. (3) Falso.

Em 1980, a política salarial foi alterada, deixando de garantir aos trabalhadores de maior renda a indexação plena. Em 1983, no intuito de impedir que a maxidesvalorização cambial fosse neutralizada pela in ação, como na experiência de 1979, o governo promoveu desindexação parcial dos salários, eliminando o adicional de 10% sobre a variação semestral do INPC para os assalariados com renda até três salários mínimos e reduzindo os coe cientes de repasse na faixa salarial de três a dez salários mínimos. Houve, ainda, tentativa de aprovar coe ciente de repasse da variação do INPC de 80%, mas essa medida foi rejeitada pelo Congresso. A série em reais (R$) constante do último mês, elaborada pelo IPEA, que de aciona o salário mínimo nominal pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do IBGE, aponta que o salário mínimo em dezembro de 1979 era de R$ 606,90. Em dezembro de 1984, o mesmo havia se reduzido para R$ 518,19.

(4) Verdadeiro.

É consensual entre os analistas que a maxidesvalorização de 1983 e a retomada da economia americana contribuíram para a recuperação das contas externas do Brasil no período. Em 1982, a Balança Comercial foi de citária em US$ 780 milhões, tendo o dé cit de Transações Correntes atingido –US$ 16,3 bilhões. Em 1984, o superávit da Balança Comercial somou US$ 13,1 bilhões, enquanto o saldo de Transações Correntes atingiu US$ 95 milhões.

No que se refere ao II PND, implementado durante o Governo Geisel, Antônio Barros de Castro afirma o seguinte:

(0) Em vista do primeiro choque do petróleo, esse plano alertava para a necessidade de forte ajuste da demanda, acompanhado de desvalorização cambial para fazer frente ao desequilíbrio externo.

(1) Apesar da desaceleração ocorrida, esse plano permitiu que a economia crescesse no período 1974- 1980 à mesma taxa histórica do pós-guerra, de 7% em média ao ano.

(2) As empresas nacionais privadas se constituíram no principal agente econômico de sua execução. (3) Além de completar a matriz industrial brasileira, esse plano teve por objetivo enfrentar problemas no

balanço de pagamentos do país, em particular melhorar a balança comercial, por meio da substituição de importações.

(4) Para completar a matriz industrial do país, priorizou o desenvolvimento dos segmentos industriais produtores de bens de consumo duráveis.

Resolução:

(0) Falso.

De acordo com Castro (ver Castro e Souza, 1985), haveria, em princípio, duas alternativas para a crise: nanciamento, caso se julgasse que a crise fosse passageira; e ajustamento, se duradoura. Para o autor, a opção foi uma terceira via, denominada “Estratégia de 1974”, consubstanciada no II PND, que pretendia utilizar, sim, recursos externos, mas não por considerar a crise passageira. Ao contrário, por considerar a crise duradoura, propôs-se um ajustamento estrutural, numa estratégia ousada que pretendia superar o subdesenvolvimento e transformar a matriz industrial e energética do país.

(1) Verdadeiro.

O título do livro A economia brasileira em marcha forçada (ver Castro e Souza, 1985) faz alusão, justamente, à di culdade de crescer em um ambiente hostil, mantendo taxas elevadas de expansão do PIB – em média, de 7% a.a., embora esta fosse inferior à do período do Milagre, quando houve crescimento de 11% a.a., em média.

(2) Falso.

Foram as empresas públicas e o governo que puxarem o crescimento, tendo a participação do setor público no total da FBCF subido de 32,8%, no período 1971-

1973, para 40,2%, entre 1974-1978, em média. (3) Verdadeiro.

O II PND pretendia promover a substituição de importação, ampliar as exportações e aumentar o consumo de massas. Dentre os três objetivos, destaca-se a substituição de importações.

(4) Falso.

Ao contrário do Milagre, em que o crescimento foi puxado pelo setor de bens de consumo duráveis, o II PND concentrou esforços na indústria básica e de bens de capital, além dos investimentos em energia (hidrelétrica, petróleo e fontes alternativas).

Questão 9

Com relação ao ajuste do balanço de pagamentos, ocorrido na primeira metade da década de 1980, pode-se afirmar que:

(0) Um dos seus elementos centrais foi o estímulo às exportações, por meio da adoção de uma política de desvalorização cambial.

(1) Como resultado de sua aplicação, a economia brasileira voltou a apresentar taxas de crescimento acima de 7% ao ano, entre 1983 e 1985.

(2) Um dos fatores que permitiu o ajuste da balança comercial foi a melhoria observada nas relações de troca entre 1978 e 1983.

(3) Obrigado a recorrer ao FMI, no nal de 1982, o Brasil rmou diversas cartas de intenção a partir deste ano, conseguindo cumprir, na maioria das vezes, todas as metas xadas, o que lhe garantiu os empréstimos e avais necessários para a não decretação da moratória, a despeito do quadro crítico das contas externas.

(4) Impactou positivamente no saldo da balança comercial, de início por intermédio do aumento das exportações e, posteriormente, em virtude da redução das importações, devido à maturação dos investimentos do II PND.

Resolução:

(0) Verdadeiro.

Em 1983, foi realizada uma maxidesvalorização cambial de 30%, que contribuiu para a recuperação das exportações e contração das importações.

período do II PND. (2) Falso.

Houve piora dos termos de troca em função, principalmente, do aumento do preço do petróleo e da queda do preço de importantes itens da pauta de exportações brasileiras (commodities), em virtude da conjuntura internacional recessiva.

(3) Falso.

O Brasil submeteu sua primeira carta ao FMI em janeiro de 1983. Algumas metas foram atingidas; entretanto, as metas de in ação e de dé cit público foram sistematicamente descumpridas.

(4) Falso.

Houve queda das exportações em 1982. A recuperação das exportações se deu fortemente apenas a partir de 1983, quando começam a maturar os projetos do II PND. No caso das importações, estas caíram desde o início, apresentando uma redução de -12,4% em 1981.

PROVA DE 2010

Questão 9

No debate sobre a viabilização, a importância e o signi cado do II PND destacam-se os seguintes argumentos:

(0) Um dos propósitos do Plano era aumentar a importância do setor de bens de produção na estrutura industrial.

(1) O Plano foi implementado em conjuntura internacional recessiva e de desaceleração cíclica interna. (2) Os investimentos públicos planejados foram nanciados sobretudo por bancos públicos, como o

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico.

(3) O direcionamento de encomendas governamentais para estimular as empresas nacionais do setor de bens de capital foi uma das políticas que contribuiu para viabilizar os objetivos do Plano.

(4) A política governamental do período priorizou a substituição de importações nos ramos industriais pesados e, no que diz respeito ao setor primário, a agricultura de alimentos voltada para o mercado interno.

Resolução:

(0) Verdadeiro.

O II PND deu ênfase aos setores de bens da capital e insumos básicos. (1) Verdadeiro.

Diversos países adotaram políticas de ajustamento (redução da absorção e desvalorização do câmbio), tendo o Brasil optado por seguir o crescimento. Para Serra (1984), por exemplo, a desaceleração do crescimento estaria parcialmente associada a fatores cíclicos (sobre-investimentos do período anterior em bens de consumo durável e têxtil).

(2) Falso.

Os recursos do BNDE destinaram-se majoritariamente ao setor privado. O setor público, por sua vez, se nanciou, sobretudo, no exterior e, domesticamente, através de recursos parafiscais.

(3) Verdadeiro.

As encomendas do setor público ao setor privado constituíam fator fundamental de demanda, sendo um dos alicerces para a continuidade do movimento de inversão da economia.

pesados e de insumos básicos. Todavia, as atividades agrícolas estimuladas foram as voltadas para a exportação, sobretudo pecuária e soja. A meta era de crescimento de 20% para as exportações de produtos agrícolas.

Questão 10

No que se refere à tentativa de ajuste da economia brasileira após o choque nanceiro externo, no início da década de 1980, pode-se afirmar que:

(0) O governo desvalorizou o cruzeiro e manteve a indexação dos salários, embora alterasse a política salarial anteriormente vigente por outra que procurava limitar o repasse da inflação aos salários.

(1) A substituição do nanciamento externo pelo interno, juntamente com uma política monetária contracionista, implicou em forte elevação dos encargos financeiros da dívida pública interna.

(2) As políticas adotadas no período foram bem sucedidas no que se refere ao objetivo especí co de alongar, voluntariamente, o financiamento da dívida pública.

(3) A carga tributária bruta caiu nos primeiros anos da década de 1980, embora o setor público precisasse arcar com encargos financeiros crescentes.

(4) Entre 1980 e 1985, a dívida pública dobrou como proporção do PIB.

Resolução:

(0) Verdadeiro.

Em 1979, a correção dos salários pela in ação deixou de ser anual e passou a ser semestral. Em outubro de 1980, houve alteração na política salarial, embora permanecesse a indexação dos salários. Os trabalhadores que recebessem entre 15 a 20 salários mínimos passariam a ter reajuste de 50% do INPC sobre o que excedesse os 15 salários mínimos; e os salários superiores a 20 salários mínimos passariam a ter garantido apenas o reajuste semestral sobre a parcela até este teto, cando o resto sujeito a livre negociação.

(1) Verdadeiro.

A partir de 1981, o governo adotou uma política de redução da absorção interna. A manutenção de juros reais elevados pretendia reduzir o dé cit em conta corrente, pela contração da renda interna, ao mesmo tempo em que estimulava as empresas a buscarem no mercado internacional nanciamento mais barato. O objetivo era atrair capital estrangeiro para nanciar os dé cits externos. Entretanto, sobretudo após a moratória do México (1982), os juros altos não foram capazes de atrair capital externo,

nem tampouco reduzir a in ação, servindo apenas para onerar o serviço da dívida pública interna.

(2) Falso.

Diante do cenário de profunda descon ança em relação à economia brasileira, seja pela moratória mexicana, seja pelo recrudescimento in acionário, os prazos da dívida pública não lograram ser aumentados.

(3) Verdadeiro.

O baixo crescimento do PIB levou a uma queda da arrecadação bruta nos primeiros anos da década. Paralelamente, os juros domésticos aumentaram em termos reais, de acordo com a política de ajustamento aplicada, sobretudo, a partir de 1981. Adicionalmente, os juros internacionais se tornaram mais altos, fazendo com que a dívida pública externa aumentasse.

(4) Falso.

A dívida interna federal (como proporção do PIB) aumentou mais de quatro vezes no período, passando de 6,7% do PIB em 1980 para 31,2% em 1985 (ver Abreu, org., 1990, Apêndice Estatístico).

“A estratégia de 74 abortou a reversão cíclica que se anunciava quando da posse do novo governo e permitiu a sustentação de uma elevada taxa de crescimento até o nal da década de 70” (Castro e Souza). Para levar adiante o conjunto de investimentos necessário a tal intento, um dos problemas cruciais consistia em obter nanciamento para viabilizá-lo. Nesse sentido, contou-se com financiamento:

(0) Privado de longo prazo, o que signi cou mudança na forma tradicional de nanciamento vigente no período anterior, graças às reformas financeiras que alongaram o prazo dos empréstimos privados. (1) Público, através do BNDE, que contribuiu para atender a demanda por crédito do setor privado,

inclusive com juros subsidiados.

(2) Externo, sobretudo para empresas privadas, uma vez que o governo criou mecanismos para reduzir o risco cambial do endividamento em dólares.

(3) Próprio, por meio do aumento dos lucros acumulados pelas empresas, sobretudo pelas grandes empresas estatais cujos reajustes de preços e tarifas superaram a inflação.

(4) Estatal, já que o governo concedeu incentivos scais e creditícios ao setor privado, que foram viabilizados pela crescente elevação da carga tributária líquida e do endividamento do setor público.

Resolução:

(0) Falso.

Apesar dos esforços do governo para criar um mercado de títulos de longo prazo, não se logrou o objetivo de aumentar os prazos dos empréstimos privados, tendo o BNDE assumido o papel de ofertante desses recursos.

(1) Verdadeiro.

No período de 1974-1978, a participação dos desembolsos do BNDE na FBCF atingiu 8,7%, em média, mais do que o dobro do período do Milagre (4,0%), conforme Monteiro Filha (1995), citada em Hermann (2011). Linhas especiais de nanciamento foram concedidas pelo BNDE tendo correção monetária xa (teto) de 20% ao ano. Considerando a in ação do período, disto resultavam taxas de juros negativas, caracterizando os empréstimos subsidiados acima mencionados.

(2) Falso.

As empresas públicas foram as que mais contraíram empréstimos externos. Os empréstimos das empresas privadas (e também públicas) obtiveram o benefício da opção pela troca por passivos com correção monetária, através da Resolução CMN no

432, de 1977. (3) Falso.

Houve contenção de reajustes de preços e tarifas, ao mesmo tempo em que se estimulavam as empresas estatais, que frequentemente contavam com boa avaliação de crédito no exterior, a se endividarem em moeda estrangeira. Os investimentos públicos, em geral, foram financiados por recursos orçamentários e fundos parafiscais. (4) Falso.

Não ocorreu aumento da carga tributária bruta, durante o II PND, que permaneceu em torno de 25% do PIB até 1979. A carga tributária líquida desconta (da carga bruta) as transferências e os subsídios do governo ao setor privado. Em 1973, a carga tributária líquida era quase 17% do PIB tendo se contraído para 13,7% ao nal do II PND (1979). Todavia, vale notar que, no II PND, grande parte dos gastos com fomento era contabilizada à parte. O Banco Central podia realizar emissões primárias de títulos para os ns normais (giro da dívida, fazer política monetária, neutralizar efeitos expansionistas das operações cambiais), mas também para programas de fomento. Estas operações não eram registradas no Orçamento Geral da União, mas cavam embutidas no chamado “orçamento monetário”, “não sendo explicitado o montante do dé cit do governo em suas relações com o restante do sistema econômico” (Alem, Giambiagi, 1999, p. 113).

Questão 10

A crise dos anos 1980 foi marcada pelas seguintes circunstâncias:

(0) Reversão da trajetória de crescimento da dívida externa, às custas de aceleração da in ação e redução da taxa de crescimento da demanda agregada.

(1) Crescimento da dívida pública interna, associado em parte aos grandes superávits da balança comercial.

(2) As duas recessões (1981 e 1983), decorrentes do “ajuste monetário do balanço de pagamentos”, contribuíram para os ajustes fiscal e do balanço de pagamentos.

(3) As políticas que levaram à obtenção de grandes saldos na balança comercial contribuíram, decisivamente, para sucessivos aumentos da taxa de inflação.

(4) A indexação generalizada da economia se tornou um mecanismo poderoso de propagação da in ação e também de rigidez dos preços à baixa.

dívida externa brasileira. A dívida externa bruta praticamente dobrou entre 1979 a 1984, passando de US$ 55,8 bilhões para US$ 102,1 bilhões.

(1) Verdadeiro.

Embora o enunciado não a rme que a dívida interna tenha começado a crescer apenas a partir da obtenção dos megassuperávits comerciais, o aluno poderia car em dúvida. Isto porque os grandes superávits, de fato, se iniciam em 1983, enquanto o crescimento da dívida interna começa em 1981 e segue aumentando até 1984.

Vale notar que quando houve a substituição, na condução da política econômica, de Mário Henrique Simonsen por Antonio Del m Netto, em agosto de 1979, o novo Ministro anunciou medidas de correção de tarifas públicas e controle de gastos (inclusive estatais, com a criação da Secretaria Especial para as Empresas Estatais – Sest). Para ele, o dé cit público alimentava a in ação e, juntamente com as operações de esterilização do capital externo, estava aumentando a dívida pública mobiliária. Portanto, o diagnóstico já existia – o que corrobora “verdadeiro” para essa questão. (2) Falso.

Segundo a ótica do ‘ajuste monetário’, o problema do Balanço de Pagamentos seria resolvido através da eliminação do dé cit público, do controle da quantidade de crédito (ambos diminuiriam a demanda agregada e, portanto, as importações) e do estabelecimento de orientações para as expectativas dos agentes econômicos. Na prática, porém, contribuíram para a melhora do BP no Brasil, no início dos anos 1980, a maturação de projetos do II PND, a maxidesvalorização de 1983 e a recuperação da economia americana. Quanto às contas públicas, apesar da redução do dé cit operacional para 3,0% do PIB em 1984, o dé cit nominal e a dívida pública interna continuaram a se elevar, devido à aceleração in acionária, desvalorizações cambiais e aos elevados juros.

(3) Verdadeiro.

De fato, a in ação subiu de 99,7%, em 1982, para 211%, em 1983 (IGP), em grande medida como decorrência da maxidesvalorização de fevereiro de 1983, em um contexto de elevada indexação.

(4) Verdadeiro.

A elevada indexação brasileira criou uma situação de extrema sensibilidade da inflação a choques externos e de perpetuação da inflação (inércia).

Sobre o II Plano Nacional de Desenvolvimento (II PND), é CORRETO afirmar que:

(0) Priorizou a substituição de importações de bens de consumo duráveis, complementando o processo iniciado pelo Plano de Metas.

(1) Contou com o endividamento externo das empresas estatais, que se viram incapacitadas de reajustar preços e tarifas a ponto de autofinanciar planos de expansão.

(2) Estimulou a oferta de fontes de energia alternativas ao petróleo (usinas hidrelétricas, nuclear e produção de etanol combustível), ao mesmo tempo em que objetivou aumentar a produção de petróleo.

(3) Propunha instaurar um novo padrão de desenvolvimento industrial, baseado na expansão dos ramos de bens de capital e de insumos básicos.

(4) Previa a criação de grandes estímulos à iniciativa privada nacional, visando capacitá-la a ocupar espaços não preenchidos por empresas estatais ou estrangeiras.

Resolução:

(0) Falso.

O II PND refutou o crescimento liderado pelo consumo de duráveis – que tinha

No documento Economia Brasileira - Questões - Anpec_nodrm (páginas 177-200)