• Nenhum resultado encontrado

Necessidade da intercessão de Maria para nossa salvação

CAPÍTULO V: A VÓS SUSPIRAMOS, GEMENDO E CHORANDO NESTE VALE DE LÁGRIMAS

I. Necessidade da intercessão de Maria para nossa salvação

* 1. É muito salutar a intercessão dos santos

É a invocação e veneração dos santos, particularmente a de Maria, Rainha dos santos, uma prática não só lícita senão útil e santa. Pois procuramos por meio dela obter a graça divina. Esta verdade é de fé, estabelecida pelos Concílios contra os hereges que a condenam como injúria feita a Jesus Cristo, nosso único medianeiro. Mas, se, depois da morte, um Jeremias reza por Jerusalém; se os anciãos do Apocalipse apresentam a Deus as orações dos santos; se um S. Paulo promete a seus discípulos lembrar-se deles depois da morte; se S. Estevão intercede por seus perseguidores e um S. Paulo, por seus companheiros; se, em suma, podem os santos rogar por nós, por que não poderíamos nós, por nossa vez, rogar-lhes para que intercedam por nós? Às orações de seus discípulos recomenda-se S. Paulo: Irmãos, rezai por nós (1Ts 5,25). S. Tiago exorta-nos “que roguemos uns pelos outros” (5,16). Podemos, por conseguinte, fazer o mesmo.

Que seja Jesus Cristo único Mediador de justiça a reconciliar- nos com Deus, pelos seus merecimentos, quem o nega? Não obstante isso, compraz-se Deus em conceder-nos suas graças pela intercessão dos santos e especialmente de Maria, sua Mãe, a quem tanto deseja Jesus ver amada e honrada.

Seria impiedade negar semelhante verdade. Quem ignora que a honra prestada às mães redunda em glória para os filhos? Os pais são as glórias dos filhos, lemos nos Provérbios (17,6). Quem muito enaltece a mãe, não precisa ter receio de obscurecer a glória do filho. Pois quanto mais se honra a Mãe, tanto mais se louva o Filho, diz S. Bernardo. E observa S. Ildefonso: É tributada ao Filho e ao Rei toda a honra que se presta à Mãe e à Rainha. Ao mesmo tempo está fora de dúvida que pelos merecimentos de Jesus Cristo foi concedida a Maria a grande autoridade de ser medianeira da nossa salvação, não de justiça, mas de graça e de intercessão, como bem lhe chamou Conrado de Saxônia com título de “fidelíssima medianeira de nossa salvação”. E S. Lourenço Justiniano pergunta: Como não ser toda cheia de graça,

aquela que se tornou a escada do paraíso, a porta do céu e a verdadeira medianeira entre Deus e os homens?

Portanto, bem adverte Suárez: Quando suplicamos à Santíssima Virgem nos obtenha as graças, não é que desconfiemos da misericórdia divina, mas é muito antes porque desconfiamos da nossa própria indignidade. Recomendamo-nos, por isso, a Maria, para que supra sua dignidade a nossa miséria.#

* 2. Em que sentido nos é necessária a intercessão de Maria

Que o recorrer, pois, à intercessão de Maria Santíssima seja coisa utilíssima e santa, só podem duvidar os que são faltos de fé. O que, porém, temos em vista é que esta intercessão é também necessária à nossa salvação. Necessária, sim, não absoluta, mas moralmente falando, como deve ser. A origem desta necessidade está na própria vontade de Deus, o qual pelas mãos de Maria quer que passem todas as graças que nos dispensa. Tal é a doutrina de S. Bernardino, doutrina atualmente comum a todos os teólogos e doutores, conforme o assevera o autor do Reino de Maria.

Seguem esta doutrina Veja, Mendoza, Pacciuchelli, Ségneri, Poiré, Crasset e inúmeros outros autores. Até Alexandre Natal, aliás, tão reservado em suas proposições, diz ser vontade de Deus que pela intercessão de Maria esperemos todas as graças. Em seu apoio cita a célebre passagem de S. Bernardo: Esta é a vontade de Deus, que recebamos tudo por meio de Maria. Da mesma opinião é também Contenson, como se vê do seu comentário às palavras de Jesus, dirigidas a S. João, do alto da cruz. Assim faz ele dizer ao Salvador: Ninguém terá parte no meu sangue, senão pela intercessão de Maria. Minhas chagas são fontes de graças, mas só por meio de Maria correrão até aos homens. Tanto por mim serás amado, João, meu discípulo, quanto amares minha Mãe.#

* 3. Objeções contra a necessidade da intercessão de Maria

Esta proposição sobre a universal mediação de Maria, quanto aos bens que de Deus recebemos, não agrada muito a certo autor moderno.10 Embora fale, aliás com

muita piedade e erudição, da verdadeira e da falsa devoção à Mãe de Deus, mostra-se muito avaro em lhe conceder esta glória. Em dar-lha não tiveram, entretanto, escrúpulo um S. Germano, um Santo Anselmo, um S. João Damasceno, um S. Boaventura, um S. Bernardino de Sena, o venerável abade de Celes e tantos outros doutores. Nenhum deles encontrou dificuldade na aceitação da doutrina de ser a mediação de Maria, pelos motivos já expostos, não só útil como também necessária à nossa salvação.

Diz o citado autor que uma tal proposição, isto é, de não conceder o Senhor graça alguma senão por meio de Maria, é hipérbole, é uma exageração que escapou ao fervor de alguns santos. Falando-se com exatidão, quer a sentença apenas significar que de Maria recebemos Jesus Cristo, por cujos méritos obtemos todas as graças. Do contrário, acrescenta ele, seria um erro acreditar que Deus não possa distribuir-nos suas graças sem a intercessão de Maria. Pois diz o Apóstolo que “reconhecemos um único Deus e um único medianeiro entre Deus e os homens, Jesus Cristo”.#

*4. Refutação e demonstração

Seja-me permitido recordar, entretanto, ao autor uma distinção que ele mesmo faz. No seu livro acentua também a diferença entre a mediação de justiça, em vista dos méritos, e a mediação de graça, por via de intercessão. E do mesmo modo uma coisa é dizer que Deus não possa, e outra que Deus não queira conceder as suas graças sem a intercessão de Maria. Nós confessamos que Deus é a fonte de todos os bens e o Senhor absoluto de todas as graças. Confessamos também que Maria não é mais que uma pura criatura e que, quanto obtém, tudo recebe de Deus gratuitamente. Mais que todas as outras, esta sublime criatura na terra também o honrou e amou, sendo por ele escolhida para Mãe de seu Filho, o Salvador do mundo. Querendo exaltá-la de um modo extraordinário, determinou por isso o Senhor que por suas mãos hajam de passar e sejam concedidas todas as mercês dispensadas às almas remidas. Não é muito razoável e muito conveniente uma suposição? Quem poderá dizer o contrário? Não há dúvida, confessamos que Jesus Cristo é o único medianeiro de justiça, porque por seus méritos nos obtém a graça e a salvação. Mas ajuntamos que Maria é medianeira de graças, e como tal pede por nós em nome de Jesus Cristo e tudo nos alcança pelos méritos dele. Assim, pois, à intercessão de Maria devemos, de fato, todas as graças que solicitamos. Nada há nisso de contrário aos sagrados dogmas. Ao invés, o que há é plena conformidade com os sentimentos da Igreja. Nas orações por ela aprovadas, ensina-nos a recorrer sempre à Mãe de Deus e a invocá-la como “salvação dos doentes, refúgio dos pecadores, auxílio dos cristãos, vida e esperança nossa”. Nas festas da Santíssima Virgem aplica-lhe no ofício palavras dos Livros da Sabedoria e assim nos dá a entender que nela acharemos toda esperança. “Em mim há toda a esperança da vida e da virtude” (Eclo 24, 25). Em suma acharemos em Maria a vida e a nossa salvação. “Quem me acha, achará a vida e haurirá do Senhor a salvação” (Pr 8,35). Lemos numa outra passagem: “Os que operam por mim não pecarão; aqueles que me esclarecem terão a vida eterna” (Eclo 24,30). Tudo está nos mostrando quão necessária nos é a intercessão de Maria.

Nessa convicção confirmaram-me muitos teólogos e Santos Padres. Injustiça fora afirmar que eles, como diz o sobredito autor, exaltando Maria, tenham caído em

hipérboles e exagerações desmedidas. Tanto uma como outra saem dos limites do verdadeiro. Não podemos, pois, atribuí-las aos santos que falaram inspirados por Deus, que é espírito de verdade.

Permitam-me fazer aqui uma breve digressão, para externar o que sinto. Quando uma sentença de qualquer modo honrosa para a Santíssima Virgem tem algum fundamento e não repugna à verdade, deixar de adotá-la e combatê-la, porque a sentença contrária pode também ser verdadeira, é indício de pouca devoção à Mãe de Deus. Não quero estar, nem desejo ver meus leitores entre esses poucos devotos de Maria. Desejo pelo contrário vê-los entre os que creem plena e firmemente tudo quanto sem erro podem crer das grandezas de Maria, segundo as palavras do abade Roberto, que conta semelhante fé entre um dos obséquios mais agradáveis a Maria. Quando não houvesse outro a nos livrar do temor de ser excessivo nos louvores de Maria, bastava o Pseudo-Agostinho para fazê-lo. Conforme suas palavras, tudo quanto pudermos dizer em louvor de Maria é pouco em relação ao que merece por sua dignidade de Mãe de Deus. Confirmai isto a Santa Igreja, a qual faz ler na Missa da Santa Virgem as seguintes palavras: Bem-aventurada és tu, Santa Virgem Maria, e mui digna de todo louvor.

Voltemos, porém, ao nosso assunto e vejamos o que dizem os Santos Padres sobre a sentença proposta. Segundo S. Bernardo, Deus encheu Maria com todas as graças para que por seu intermédio recebam os homens todos que lhes são concedidos. Faz aqui o Santo uma profunda reflexão, acrescentando: Antes do nascimento da Santíssima Virgem, não existia para todos essa torrente de graças, porque não havia ainda esse desejo aqueduto: Maria foi dada ao mundo — continua ele — a fim de que por seu intermédio, como por um canal, até nós corresse sem cessar a torrente das graças divinas.

Que lhe arrebentassem os aquedutos, foi ordem dada por Holofernes para tomar a cidade de Betúlia (Jt 7,6). Assim o demônio também envida todos os esforços para acabar com a devoção à Mãe de Deus nas almas. Pois, cortado esse canal de graças, mui fácil se lhe torna a conquista. Consideremos, portanto, continua S. Bernardo, com que afeto e devoção quer o Senhor que honremos esta nossa Rainha. Consideremos o quanto deseja que a ela sempre recorramos e em sua proteção confiemos. Pois em suas mãos depositou a plenitude de todos os bens, para nos tornar cientes de que toda esperança, toda graça, toda salvação, a nós chegam pelas mãos dela. A mesma coisa declara S. Antônio. Todas as misericórdias dispensadas aos homens lhes têm vindo por meio de Maria.

É por isso Maria comparada à lua. Colocada entre o sol e a terra, a lua dá a esta o que recebe daquele, diz S. Boaventura; do mesmo modo recebe Maria os celestes influxos da graças para no-los transmitir aqui na terra.

Pelo mesmo motivo chama-lhe a Igreja “porta do céu”. Como todo indulto do rei passa pela porta de seu palácio, observa S. Bernardo, assim também graça

nenhuma desce do céu à terra sem passar pelas mãos de Maria. Ajunta S. Boaventura que Maria é chamada porta do céu porque ninguém pode entrar no céu senão pela porta, que é Maria.

Nesse sentimento confirma-nos S. Jerônimo (isto é, um antigo autor com esse nome)11 no sermão da Assunção, que vem inserido nas suas obras. Nele lemos que em

Jesus Cristo reside a plenitude da graça, como na cabeça, de onde se transfunde para nós, que somos seus membros, o vivificador espírito dos auxílios divinos necessários à nossa salvação. Em Maria reside a mesma plenitude como no pescoço, pelo qual passa esse espírito para comunicar-se ao resto do corpo. Com cores mais vivas dá S. Bernardino o mesmo pensamento: Por meio de Maria transmitem- se aos fiéis, que são corpo místico de Jesus Cristo, todas as graças da vida espiritual emanadas de Jesus Cristo, que lhes é cabeça. E com as seguintes palavras procura confirmar isto: Tendo- se Deus dignado habitar no ventre desta Virgem Santíssima, adquiriu ela uma certa jurisdição sobre todas as graças: porque, saindo Jesus Cristo do seu ventre sacrossanto, dele saíram juntamente como de um oceano celeste todos os rios das divinas dádivas. Escrevendo com maior clareza ainda, diz o Santo: A partir do momento que esta Virgem Mãe concebeu em seu ventre o Divino Verbo, adquiriu, por assim dizer, um direito especial sobre os dons que nos provêm do Espírito Santo, de tal modo que criatura alguma recebe graças de Deus, senão por mãos de Maria. À Encarnação do Verbo e sua Mãe Santíssima refere-se a passagem de Jeremias (31,22): “Uma mulher circuncidará a um homem”. Certo autor explica exatamente no mesmo sentido estas palavras: Nenhuma linha pode sair do centro de um círculo sem passar primeiro pela circunferência. Assim de Jesus, que é o centro, graça alguma chega até nós sem antes passar por Maria, que o encerra, desde que o recebeu em seu puríssimo seio. Por esse motivo, segundo S. Bernardino, todos os dons, todas as virtudes e as graças também todas, são dispensadas pelas mãos de Maria, a quem, quando e como ela quer. Assevera igualmente Ricardo de S. Lourenço ser vontade de Deus que todo bem que faz às suas criaturas lhes venha pelas mãos de Maria. O venerável abade de Celes exorta por isso todos à invocação dessa tesoureira da graça, como denomina, porque só por intermédio dela os homens hão de receber todo o bem que podem esperar. De onde claramente se vê que os citados santos e autores, afirmando nos virem todas as graças por meio de Maria, não o quiseram dizer só no sentido como o entende o sobredito autor. Para ele, tudo apenas significa que de Maria temos recebido Jesus, que é a fonte de todos os bens. Não; os santos também afirmam que Deus, depois de nos ter dado Jesus Cristo, quer que, pelas mãos de Maria e por sua intercessão, sejam dispensadas todas as graças que em vista dos méritos de Jesus Cristo se tem concedido, se concedam e se hão de conceder aos homens até ao fim do mundo.

Daqui conclui o Padre Suárez que é hoje sentimento universal da Igreja que a intercessão de Maria não somente nos é útil, mas também necessária. Necessária,

como dissemos, não de necessidade absoluta, porque tal nos é somente a mediação de Jesus Cristo. Mas necessária moralmente, porque entende a Igreja, como pensa S. Bernardo, assim o afirmou S. Ildefonso, dizendo à Santíssima Virgem: ó Maria, o Senhor determinou entregar nas vossas mãos todos os bens que aos homens quer dar, e por isso vos confiou riquezas e tesouros de sua graça. Por esta razão exigiu Deus o consentimento de Maria para se fazer homem. Em primeiro lugar para que ficássemos todos sumamente obrigados à Virgem, e depois para que entendêssemos que ao arbítrio dela está entregue a salvação de todos os homens.

Lê-se no profeta Isaías (11,1) que da raiz de Jessé sairia uma haste, isto é, Maria, e dela, uma flor, isto é, o Verbo Encarnado. Sobre essa passagem tece Conrado de Saxônia este belo comentário: “Todo aquele que desejar obter a graça do Espírito Santo, busque a flor em sua haste, isto é, Jesus em Maria. Pois pela haste encontraremos a flor e pela flor chegaremos a Deus. – Se queres possuir a flor, procura com orações inclinar a teu favor a vara da flor e alcançá-la-ás. De outro lado nota-te as palavras do seráfico S. Boaventura, comentando o trecho “Eles encontraram a criança com Maria, sua Mãe”. Ninguém, diz ele, achará jamais a Jesus senão com Maria e por meio de Maria. E conclui que em vão procura Jesus quem não procura achá-lo com sua Mãe. Dizia por isso S. Ildefonso: Quero ser servo do Filho; mas como ninguém pode servir ao Filho sem servir também a Mãe, esforço-me, por conseguinte, em servir a Maria.#

EXEMPLO

Durante uma viagem marítima, entretinha-se um jovem fidalgo de preferência com a leitura de certo livro obsceno. Em palestra com o jovem, pediu-lhe um religioso que fizesse um pequeno obséquio a Nossa Senhora. Com muito gosto o farei — respondeu o interpelado. — Pois então atire ao mar esse livro imoral, que está lendo; faça-o por amor à Virgem Maria, disse-lhe o religioso.

O fidalgo apresentou o livro para que o sacerdote o lançasse ao mar, em seu nome. Este, porém, observou: Não; quero que o senhor mesmo ofereça esse sacrifício a Nossa Senhora.

O moço prontamente atirou ao mar o livro que tanto havia antes apreciado.

Chegando a Gênova, sua terra natal, Maria o recompensou, fazendo com que tomasse a resolução de consagrar-se a Deus num convento.

ORAÇÃO

Vê, ó minha alma, que bela esperança de salvação e de vida eterna te dá o Senhor. Em sua grande misericórdia te encheu de confiança no patrocínio de sua Mãe, embora tenhas, por teus pecados, tantas vezes merecido a reprovação e o inferno. Agradece, pois, a teu Deus e a Maria, tua protetora, que já se dignou tomar-te sob seu manto, como já o atestam as inúmeras graças que por seu manto

tens recebido. Sim, eu vos agradeço, ó minha Mãe amorosíssima, por todo o bem que me tendes feito, a mim, pobre infeliz que mereci o inferno. Ó minha Rainha, de quantos perigos me haveis livrado! Quantas luzes e quantas misericórdias me tendes obtido de Deus! Que grande bem ou que grande honra de mim recebestes, para que tanto vos empenheis em fazer-me benefícios?

A tanto vos moveu unicamente a vossa bondade. Ah! nem que eu sacrificasse por vós o sangue e a vida, nada seria em comparação ao que vos devo, já que vós me livrastes da morte eterna. Vós me fizestes, como eu espero, recobrar a graça divina; a vós, em suma, eu devo toda a minha sorte. Ó Senhora minha amabilíssima, miserável como sou, de outro modo não posso retribuir vossos benefícios, senão com meus louvores e com meu amor. Eia, não desdenheis aceitar a oferta de um pobre pecador tocado por vossa bondade.

Se meu coração é indigno de amar-vos por estar manchado e cheio de apegos terrenos, a vós compete mudá-lo. Mudai-o, pois. Uni-me a meu Deus, ligai- me de tal modo que nunca mais me possa separar de seu amor. Vós desejais que eu ame vosso Deus e isto também eu quero de Vós; obtende-me a graça de amá-lo e amá-lo para sempre e nada mais quero. Amém.

Documentos relacionados