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No nível meso ou intermediário: a ação estadual

O nível meso ou intermediário envolve também ações de intervenção e ações de articulação e integração abrangendo os entes federados e as respectivas microrregiões. Nesse nível, as ações a serem desencadeadas ocorrem entre diferentes esferas públicas.

d) “Em cada Estado, entre o respectivo sistema estadual e os sistemas municipais de educação com tratamento análogo ao Distrito Federal”. Nesse sentido, algumas iniciativas governamentais devem ser tomadas no âmbito do Estado para que as ações de intervenção ocorram de forma articulada e integrada. Também no plano meso ou intermediário o regime de colaboração concretiza-se por meio de

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uma atuação colaborativa entre a rede federal de educação profi ssional e tecnológica, as universidades públicas e os sistemas estaduais e municipais de educação.

Para a efetivação da política pública de implementação do ensino médio integrado compete à Secretaria estadual de Educação constituir e qualifi car a equipe técnica responsável pelo seu desenvolvimento e sua avaliação. Isso implica em:

- Realização de encontros e seminários internos para discussão das bases legais e marcos teóricos do processo de integração;

- Organização, realização e avaliação de encontros estaduais e regionais, seminários regionais, ofi cinas pedagógicas, palestras, trabalho de grupo para apresentar e discutir a política estadual de ensino médio integrado, enfatizando suas bases legais, marcos teóricos, princípios, fundamentos e concepções, bem como os pressupostos teórico- metodológicos e operacionais dos projetos político-pedagógicos nas escolas que vão implementar o ensino médio integrado;

- Projeção das necessidades de profi ssionais de acordo com a demanda apresentada pelos setores econômicos e produtivos;

- Utilização das informações sobre os Arranjos Produtivos Locais e Regionais (APLRs) obtidos, para defi nir os cursos com base na vocação das microrregiões e dos municípios;

- Defi nição da oferta de cursos de ensino médio integrado, de acordo com as condições objetivas proporcionadas pelas secretarias de estado, considerando os recursos fi nanceiros, pessoal (docentes, técnicos-administrativos e gestores), a estrutura física das escolas (ampliação, reforma, adequação, construção e manutenção), a existência de materiais pedagógicos, equipamentos e laboratórios etc;

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- Identifi cação das necessidades de profi ssionais qualifi cados para o exercício da docência nos cursos que serão propostos;

- Elaboração de instrumental de operacionalização e plano de trabalho; - Constituição das equipes técnicas das microrregiões do estado, ou seja, superintendências regionais, delegacias e coordenadorias de ensino, de acordo com a terminologia utilizada pelo ente federado;

- Leitura, análise e discussão dos projetos político-pedagógicos com as equipes que os sistematizaram fazendo sugestões para sua implementação;

- Devolução dos projetos lidos e analisados para as escolas; - Socialização das discussões sobre os projetos político-pedagógicos, propiciando a continuidade das refl exões em consonância com as propostas das redes de ensino;

- Organização de proposta de formação continuada centrada na escola;

- Assessoramento pedagógico e técnico-administrativo com o objetivo de aumentar a capacidade dos responsáveis pela implementação do projeto político-pedagógico do ensino médio integrado;

- Elaboração e implementação de plano de desenvolvimento, monitoramento e avaliação;

- Revisão, reformulação ou elaboração das diretrizes curriculares do ensino médio e profi ssional;

- Outras atividades que serão desencadeadas a partir da problemática apresentada.

Não podemos prescindir da ação das instâncias intermediárias dos estados, ou seja, o papel importante desempenhado pelas

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superintendências regionais, delegacias e coordenadorias de ensino favorecendo a aproximação do nível meso de intervenção até chegar às bases da escola.

A intervenção e a integração, no campo das microrregiões, precisam ser aperfeiçoadas com vista à concretização do ensino médio integrado, por meio do regime de colaboração. Para que isso possa ocorrer, é fundamental que as ações desencadeadas pela Secretaria de Estado mantenham uma relação colaborativa com as suas instâncias regionais. Assim sendo, as responsabilidades das instâncias regionais envolvem diferentes atividades, quais sejam:

- Constituição das equipes técnicas das microrregiões do estado, ou seja, superintendências regionais, delegacias e coordenadorias de ensino, de acordo com a terminologia utilizada pelo ente federado;

- Organização, realização e avaliação de encontros, seminários regionais, ofi cinas pedagógicas, palestras, trabalho de grupo para apresentar e discutir a política estadual de ensino médio integrado, enfatizando suas bases legais, marcos teóricos, princípios, fundamentos e concepções, bem como os pressupostos teórico-metodológicos e operacionais dos projetos político-pedagógicos nas escolas que vão implementar o ensino médio integrado;

- Prestação de assessorias às escolas de ensino médio integrado, quando solicitada;

- Análise da projeção das necessidades de profi ssionais de acordo com a demanda apresentada pelos setores econômicos e produtivos;

- Análise das informações sobre os Arranjos Produtivos Locais e Regionais (APLRs) obtidos, para defi nir os cursos com base na vocação das microrregiões e dos municípios;

- Caracterização da oferta de cursos de ensino médio integrado, de acordo com as condições objetivas proporcionadas pelas secretarias

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de estaduais de educação, considerando os recursos fi nanceiros, pessoal (docentes, técnicos-administrativos e gestores), a estrutura física das escolas (ampliação, reforma, adequação, construção e manutenção), a existência de materiais pedagógicos, equipamentos e laboratórios etc, tendo em vista a elaboração, implementação e avaliação do projeto político-pedagógico integrado;

- Identifi cação das necessidades de profi ssionais qualifi cados para o exercício da docência nos cursos que serão propostos e elaboração de projetos de cursos de formação continuada para os envolvidos com o projeto de implantação;

- Elaboração de instrumental de operacionalização do plano de implementação do projeto político-pedagógico;

- Elaboração e implementação do plano de desenvolvimento, monitoramento e avaliação;

- Realização de encontros com as escolas selecionadas para a implantação do ensino médio integrado e estudos para a discussão das bases legais e marcos teóricos do projeto político-pedagógico integrado;

- Outras atividades que serão desencadeadas a partir da problemática apresentada como, por exemplo, assessoramento às escolas na elaboração dos projetos, encontros pedagógicos, visitas às escolas que solicitaram discussão acerca do seu projeto político-pedagógico, leitura e análise dos projetos elaborados, apresentando sugestões para a sua implementação na perspectiva da escola média integrada.

e) Em cada estado, entre o respectivo sistema estadual e os órgãos ou entidades responsáveis pelas políticas setoriais afi ns no âmbito setorial e dos municípios. Nesse sentido, vale citar a Secretaria do Trabalho, Secretaria de Ciência e Tecnologia, Secretaria da Agricultura, Secretaria da Saúde e a Secretaria da Indústria e Comércio, envolvendo ainda

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outras entidades, tais como Conselho Estadual de Educação, Conselho Municipal de Educação, Secretaria de Educação Municipal, Institutos Federais de Educação Tecnológica, universidades públicas etc. A Figura 2, a seguir, sintetiza as ações do nível meso.

Figura 2. Intervenção e interação no nível meso do processo de implementação do ensino médio integrado

No nível micro: local de concretização do projeto político