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Deus faz tudo perfeito. Quando ele fez o plano para a nossa salvação, incluiu uma organização para nos arrebanhar. Na antiga aliança essa organização era a congregação de Israel, formada pela nação israelita. Na nova aliança é a igreja, formada pelos servos de Jesus Cristo.

Na igreja da antiga aliança — a congregação de Israel — a situação da criança era bem definida. Os filhos eram "herança do Senhor" (51127.3) e, como tais, recebiam o sinal e o selo da aliança: a circuncisão. E agora, na nova aliança, qual é a situação das crianças? Elas herdaram a culpa de Adão e já nasceram pecadoras. E ainda não dispõem de condições mentais e psíquicas para entender o evangelho e receber Jesus como Salvador e Senhor. Qual é a situação espiritual das crianças?

A Bíblia Sagrada mostra que as crianças são herdeiras espirituais de seus pais. Quando os pais se rebelam contra Deus, as crianças também sofrem as conseqüências. Mas, quando os pais são fiéis, elas também são beneficiadas.

As crianças, filhas de crentes, são herdeiras espirituais de seus pais. Pertencem ao Senhor; por isso, têm o direito de receber o batismo e pertencer â igreja.

0 Batismo e a Circuncisão

A situação das crianças na nova aliança é idêntica â situação delas na antiga aliança. Na antiga aliança elas eram circuncidadas; na nova aliança são batizadas.

No passado, Deus fez uma aliança com Abraão. —Ora, disse o SENHOR a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei; de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção! Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra" (Gn 12.1-3). Mais tarde, Deus instituiu a circuncisão como sinal e selo desta aliança: "Disse mais Deus a Abraão: Guardarás a minha aliança, w e a tua descendência no decurso das suas gerações. Esta é a minha aliança, que guardareis entre mim e vós e a tua descendência: todo macho entre vós será circuncidado. Circuncidareis a carne do vosso prepúcio; será isso por sinal de aliança entre mim e vós. O que tem oito dias será circuncidado entre vós, todo macho nas vossas gerações, tanto o escravo nascido em casa como o comprado a qualquer estrangeiro, que não for da tua est

i

rpe. Com efeito, será circuncidado o nascido em tua casa e o comprado por teu dinheiro; a minha aliança estará na vossa carne e será aliança perpétua. O incireunciso, que não for circuncidado na carne do prepúcio, essa vida será eliminada do seu povo; quebrou a minha aliança" (Gn 17.9-14),

Quando Jesus veio ao mundo, os israelitas, herdeiros da aliança feita por Deus com Abraão, quebraram definitivamente esta aliança. Isso aconteceu quando rejeitaram Jesus e não o receberam como o Messias prometido. "Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus" (Jo 1.11-13). Até então, para fazer parte da aliança de Deus com o homem e, conseqüentemente, ser filho de Deus, o homem tinha que pertencer à descendência de Abraão–por nascimento, por

adesão ou por ter sido comprado. Mas, a partir dessa rejeição, os filhos de Deus já não seriam mais os descendentes raciais de Abraão, mas

seria substituída pela fé. O apóstolo Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, mostrou que, nesta nova aliança, a descendência de Abraão ocorre mediante a fé, e não mediante

laços consangüíneos. Ele escreveu: "Sabei, pois, que os da fé é que são filhos de Abraão. Ora, tendo a Escritura previsto que Deus justificaria pela fé os gentios, preanunciou o evangelho a Abraão: Em ti serão abençoados todos os povos. De modo que os da fé são abençoados com o crente Abraão. Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar, – porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro; – para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, a fim de que recebêssemos, pela fé, o Espírito prometido" (GI 3.7-9, 13,14).

A antiga aliança tinha o seu sinal e selo: a circuncisão. A nova aliança também temo seu sinal e selo: o batismo. Na antiga aliança, o SENHOR mandou circuncidar (Gn 17.9-14);

na nova aliança, o Senhor mandou batizar (Mt 28.18-20; Mc 16.1518; Le 24.44-49). Se os filhos dos crentes da antiga aliança recebiam o sinal e selo da aliança, somos levados a concluir que os filhos dos crentes da nova aliança devem receber o batismo, que é o sinal e selo dessa aliança.

O apóstolo Paulo demonstrou que o batismo equivale à circuncisão. Ele escreveu: "Nele, também fostes circuncidados, não por intermédio de mãos, mas no despojamento do corpo da carne, que é a circuncisão de Cristo, tendo sido sepultados, juntamente com ele, no batismo, no qual igualmente fostes ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os mortos" (C12. l 1,12). A circuncisão, por sua natureza, se aplicava apenas às pessoas do sexo masculino. Na cultura dos descendentes de Abraão, as mulheres não tinham autonomia para tomar as suas próprias decisões. Elas eram sempre representadas por um homem: quando solteiras, pelo pai; quando casadas, pelo marido. Por isso, elas não precisavam receber nenhum sinal do pacto. Mas a nova aliança incluiria pessoas de todas as raças, tribos e povos; e, em alguns povos, a situação

portanto, não era mais um sinale selo apropriado para marcar aqueles que pertenciam ao Senhor, já que ela se aplicava apenas aos homens. Por isso, ela foi substituída e sucedida pelo batismo.

Quando Jesus estabeleceu a nova aliança, ele instituiu o batismo como sinal e selo deste novo pacto. Ele ordenou: `Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado" (Mt 28.1920). "Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado" (Mc 16.16).

A equivalência entre circuncisão e batismo é bem clara. Mas algumas pessoas perguntam: se o batismo equivale à circuncisão, por que Jesus e os apóstolos foram batizados, se eles tinham sido circuncidados? A resposta é que Jesus se submeteu ao batismo na condição de Cordeiro de Deus, isto é, daquele que havia assumido o nosso lugar para pagar pelos nossos pecados. João Batista não queria batizá-lo, mas Jesus disse-lhe: "Deixa por enquanto, porque, assim, nos convém cumprir toda a justiça" (Mt 3.15). Quanto ao batismo dos apóstolos, devemos lembrar que eles viveram no período de transição entre a antiga e a nova aliança. Eles foram circuncidados porque eram descendentes de Abraão e pertenciam à antiga aliança; e foram batizados porque pertenciam à nova aliança. Eles pertenceram às duas alianças e receberam o sinal e selo de ambas: a circuncisão e o batismo. Da mesma forma, eles celebravam a páscoa, que fazia parte da antiga aliança, e a Ceia do Senhor, que faz parte da nova aliança.

Apesar de todas essas evidências, algumas pessoas ainda rejeitam o batismo de crianças. Geralmente, tais pessoas perguntam: Onde está escrito na Escritura Sagrada que as crianças devem ser batizadas? Explicitamente não está escrito em lugar nenhum. Mas a ausência de tal determinação explícita não anula aquilo que se pode deduzir através de outros ensinos.

Caso dependêssemos de uma ordem explícita, registrada na Escri t ur a, par a est abel ecermos prát i cas na i grej a, não poderíamos permitir que as mulheres participassem da Ceia do S e n h o r , p o i s q u a n d o a C e i a f o i i n s t i t u í d a só h o m e n s

p a r t i c i p a r a m , e n ã o e x i s t e n e n h u m t e x t o q u e a f i r m e explicitamente que as mulheres também devem participar da Ceia. No entanto, ninguém questiona o direito que as mulheres têm de participar desse sacramento.

O Novo Testamento não diz explicitamente que as crianças devem ser batizadas. Mas implicitamente ensina o batismo de crianças. Veja estas três inferências bem claras:

a) O apóstolo Paulo relaciona o batismo coma circuncisão sem afirmar que as crianças estão excluídas do batismo. A equivalência entre batismo e circuncisão é muito clara, conforme já vimos. Na antiga aliança, as crianças que nasciam dentro do

pacto, isto é, os descendentes de Abraão, eram circuncidadas ao oitavo dia. Já

que o batismo é, na nova aliança, "a circuncisão de Cristo" (Cl 2.11), seria necessária uma ordem explícita para que as crianças que nascem no pacto, isto é, filhos de crente, sejam impedidas de recebê-lo.

b) O Novo Testamento registra o batismo de pelo menos três famílias inteiras, sem mencionar que as crianças não foram batizadas. Lídia foi batizada juntamente com toda a sua casa (At 16.15); o carcereiro foi batizado, e também todos os seus (At 16.33). Paulo declara ter batizado "a casa de Estéfanas" (1 Co 1.16). Será que nessas famílias não havia crianças?

c) No batismo da casa de Lídia está claro que as crianças foram batizadas. "Certa mulher, chamada Lídia, da cidade de Tiatira, vendedora de púrpura, temente a Deus, nos escutava; o Senhor lhe abriu o coração pua atender às coisas que Paulo dizia. Depois de ser batizada, ela e toda a sua casa, nos rogou, dizendo: Se julgais que eu sou fiel ao Senhor, entrai em minha casa, e aí ficai. E nos constrangeu a isso" (At 16.14,15). Lídia e toda a sua casa receberam o batismo. Nesse mesmo capí tulo está registrado o batismo do carcereiro e de todos os seus.

No caso do carcereiro, está registrado que "ele, com todos os seus, manifestava grande alegria, por terem crido em Deus" (At 16.34). Logo, entre os filhos do carcereiro havia adultos que também creram e foram batizados. Mas no caso de Lídia o registro bíblico fala apenas da sua conversão. E ela e todos os seus foram batizados. Se seus filhos eram adultos, então foram batizados sem conversão. Paulo não faria isso. Logo, os filhos de Lídia eram crianças, que foram batizadas juntamente com sua mãe.

Mas existe ainda uma outra objeção a ser respondida. Esta se refere à necessidade de fé para se receber o batismo. Jesus afirmou: "Quem crer e for batizado será salvo". E algumas pessoas, baseadas nesse texto, afirmam que as crianças não podem ser batizadas porque elas não têm condições mentais e psíquicas para exercer a fé. Só que tais pessoas se esquecem de que o texto diz também: "(_.) quem, porém, não crer será condenado". Se o texto se referisse também às crianças, teríamos que concluir que elas serão condenadas. Mas Jesus disse que delas "é o reino de Deus" (Me 10.14). Logo, o texto se refere aos ad ul t os q ue i a m o u vi r o e va n gel ho ; se e l e s cr e ss e m e recebessem o batismo, estariam salvos. Se não cressem, seriam condenados.

O batismo de crianças é praticado na igreja cristã desde o seu início, como parte da doutrina dos apóstolos. Existem registros históricos da maior conflabilidade, mostrando a prática do batismo infantil na igreja, desde o se u início. Orígenes, grande teólogo e escritor cristão, nascido no ano 185, em suas Homilias em Lucas, afirma: "portanto, as crianças são também batizadas"; em seus Sermões sobre Levórico ensina que "as crianças também, segundo o costume da igreja" eram batizadas; e em seu Comentário de Romanos registra que "a igreja recebeu dos apóstolos a tradição de batizar também as crianças". Hipólito, outro grande teólogo e escritor cristão do século segundo, em sua obra Tradição Apostólica, testemunha que a igreja cristã daquela época batizava crianças. Tertuliano, considerado o primeiro teólogo latino, em sua obra De

Baptismo, escrita por volta dos anos 200-206, embora tenha cometido alguns desvios doutrinários, também testemunha que a igreja cristã batizava crianças.' Só a partir do século 16, com o surgimento dos anabatistas, é que o batismo de crianças passou a ser contestado.

Os Benefícios do Batismo das Crianças

Alguns pais perguntam: O que vou ganhar batizando meus filhos? Quais são os benefícios que eles poderão receber se nem consciência têm do que está acontecendo? Na antiga aliança, as crianças eram circuncidadas no oitavo dia de vida. Nessa idade, poderia uma criança ter consciência de que estava acontecendo? Mas foi Deus quem ordenou que as crianças deviam ser circuncidadas. Estaria Deus equivocado? A pergunta correta que cada pai crente deve fazer é esta: O que meu filho ou minha filha vai perder se não for batizado?

Na antiga aliança, a criança que não fosse circuncidada era excluída do pacto, não pertencia ao SENHOR (Gn 17.14). Por analogia, somos levados a concluir que os pais que não apresentam seus filhos para o batismo estão excluindo -os da nova aliança. Isto não significa que esses pais estão condenando seus filhos ao inferno, pois não é o batismo que salva. Quem salva é Jesus – independentemente da pessoa ser ou não batizada. Mas os pais que não apresentam seus filhos para o batismo estão os colocando na mesma condição dos filhos daqueles que não têm Jesus como Salvador e Senhor. É idêntica

â

situação de um pai muito rico que deixa de reconhecer um filho. Esse filho fica excluído da herança, a não ser que ele provoque esse reconhecimento por via judicial. Em Cristo, nós temos uma grande herança de bênçãos espirituais; e não é justo privarmos os nossos filhos dessa herança. Nossos filhos, como nossos herdeiros espirituais, têm direito às mesmas bênçãos que nos estão reservadas. Eles pertencem ao Senhor, por isso são guiados e protegidos pelo Senhor. Eles só perderão o direito a

O batismo não garante a salvação de crianças, nem de adultos. Que nenhum pai julgue que, ao apresentar seus filhos para o batismo, está garantindo a salvação deles. E que ninguém alimente a falsa esperança de que está salvo simplesmente porque foi batizado. Quem foi batizado na infância, ao tornar-se adulto, terá de decidir se vai permanecer na fé em que foi criado e confirmar isso através da aceitação de Jesus como Salvador pessoal e Senhor, ou se vai renunciar às bênçãos de pertencer ao Senhor. Não existe meio temo. Jesus afirmou: "Quem não é por mim é contra mim; e quem comigo não ajunta espalha" (Mt 12.30).

Alguns pais alegam que não apresentam seus filhos para o batismo porque religião é algo muito pessoal, cuja escolha deve ser feita pelo próprio indivíduo. Preferem instruir seus filhos e deixar que eles mesmos, na idade própria, escolham o caminho que devem seguir. Mas esses mesmos pais "não sentem o mesmo embaraço quando lhes escolhem um nome, vestuário, alimento, medicamentos, educação, etc. Qual pai ou mãe

que espera o filho ou a filha crescer pua decidir sozinho se quer ir â escola, comer determinado alimento indispensável

â

saúde, decidir se toma ou não vacina, se quer ou não ir ao médico? Ora, se nós, no propósito de fazer o melhor para o bem-estar dos filhos, tomamos decisões que irão afetá-los por toda a vida, por que não consagrá-los a Deus pelo batismo, quando Deus tem promessas e deseja salvar toda a família?".'

Mas as bênçãos espirituais que nossos filhos vão receber como nossos herdeiros, não dependem apenas do batismo, mas também da nossa fidelidade ao Senhor. Acã tinha sido circuncidado, circuncidara seus filhos, mas se tomou infiel ao Senhor. Como resultado, ele morreu juntamente com toda a sua família (Js 7.16-26). Crentes infiéis não têm herança de bênçãos espirituais para legar aos seus filhos, mesmo que os apresentem para receber o batismo.

Conclusão

O povo de Deus é formado por adultos e crianças. Os adultos receberam Jesus como Salvador e Senhor. São filhos de Deus. Pertencem ao Senhor. As crianças, seus filhos, são herdeiras espirituais de seus pais. Como herdeiras espirituais têm direito às mesmas bênçãos reservadas para seus pais; por isso devem ser batizadas. Deixar de batizá-las é excluí Ias dessa herança bendita.

O nosso Deus e também o Deus de nossos filhos.

Capítulo 25

do Senhor

Jesus Cristo instituiu dois sacramentos: o batismo e a Ceia do Senhor. O batismo é a porta de entrada na igreja. E a Ceia do Senhor tem como objetivo fortalecer espiritualmente os crentes e manter a unidade da igreja. "Os crentes comungam recebendo juntos o emblema do corpo partido do Senhor e bebendo do vinho, símbolo do seu sangue derramado, significando com isso que lhes cumpre como igreja pensar unanimemente na fonte — Cristo — de onde promana a salvação-.'

Assim como o batismo é o sucessor da circuncisão, a Ceia do Senhor é a sucessora da páscoa.

A Páscoa

Quando Deus chamou Abraão para servi-lo, fez-lhe várias promessas: "( ... ) de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção. Abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra" (Gn 12.2,3).

Mais tarde, Jacó, a quem Deus dera o nome de Israel, neto de Abraão, foi com sua família pua o Egito. Eram apenas setenta pessoas (Gn 46.27). "Mas os filhos de Israel foram fecundos, aumentaram muito, e se multiplicaram, e grandemente se fortaleceram, de maneira que a terra se encheu deles" (Êx 1.7). E o rei, Farão, resolveu escravizâ-los.

Quando Deus ordenou a Moisés que retirasse os israelitas do Egito e os conduzisse para Canaã, o rei se opôs. Não queria perder a mão de obra gratuita. Então Deus mandou uma série

de pragas sobre o Egito. A última delas foi a morte dos primogênitos. "Moisés disse: Assim diz o SENHOR: Cerca da meia-noite passarei pelo meio do Egito. E todo primogênito na terra do Egito morrerá, desde o primogênito de Faraó, que se assenta no seu trono, até ao primogênito da serva que estijunto à mó, e todo primogênito dos animais. Haverá grande clamor em toda a teria do Egito, qual nunca houve, nem haverá jamais; porém contra nenhum dos filhos de Israel, desde os homens até aos animais, nem ainda um cão rosnará, para que saibais que o SENHOR fez distinção entre os egípcios e os israelitas" (Êx 11.4-7).

Os israelitas deviam sacrificar um cordeiro sem defeito, macho de um ano, e, com o seu sangue, marcar as ombreiras e a verga da porta de sua casa. Cada família devia sacrificar um cordeiro. Se a família fosse pequena, podia convidar o vizinho mais próximo.

O que Deus prometeu realmente se cumpriu. "Aconteceu que, à meia-noite, feriu o SENHOR todos os primogênitos na terra do Egito, desde o primogênito de Faraó, que se assentava no seu trono, até o primogênito do cativo que estava na enxovia; e todos os primogênitos dos animais. Não havia casa em que não houvesse morto" (Êx 12.29,30). Mas na casa dos israelitas nada acontecera, nem o rosnar de um cão.

Deus deu a este acontecimento o nome de páscoa (pesah, em hebraico, que

vem de um verbo que significa passar por cima, poupar). E ordenou que ela fosse

comemorada todos os anos. "Páscoa significa, naturalmente, duas coisas: o acontecimento histórico e sua posterior comemoração repetida" 2

tipo de Jesus Cristo, "nosso Cordeiro pascal" (1 Co 5.7). Assim como o sangue do cordeiro livrou os primogénitos dos israelitas da morte, o sangue de Jesus, "nosso Cordeiro pascal", nos livra da morte eterna, da condenação ao inferno.