• Nenhum resultado encontrado

Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas

No documento RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS (páginas 52-54)

(Montantes expressos em euros, excepto quando indicado)

1. Nota Introdutória

a) Empresa mãe

A Portugal Telecom, SGPS, S.A. (“Empresa” ou “Portugal Telecom”, empresa anteriormente denominada Portugal Telecom, S.A.) e as suas empresas participadas que integram o seu universo empresarial (“Grupo” ou “Grupo Portugal Telecom”), operam essencialmente no sector das telecomunicações e multimédia, em Portugal e no estrangeiro.

A empresa-mãe do Grupo é a Portugal Telecom, uma empresa constituída em 23 de Junho de 1994 nos termos do Decreto-Lei n.º 122/94, por fusão das empresas Telecom Portugal, S.A. (“Telecom Portugal”), Telefones de Lisboa e Porto (TLP), S.A. (“TLP”) e Teledifusora de Portugal, S.A. (“TDP”). Por escritura pública realizada em 12 de Dezembro de 2000, a Portugal Telecom, S.A. alterou a sua denominação social para Portugal Telecom, SGPS, S.A., tendo modificado o seu objecto social para sociedade gestora de participações sociais.

Em resultado das cinco operações de privatização iniciadas em 1 de Junho de 1995 e terminadas em 4 de Dezembro de 2000, o capital da Portugal Telecom é detido maioritariamente por accionistas privados; em 30 de Junho de 2005 o Estado Português e as entidades por si controladas detêm 6,81% do capital e 500 acções da Categoria A, que lhes conferem direitos especiais, conforme descrito na Nota 38.1.

As acções da Portugal Telecom encontram-se cotadas na Euronext Lisbon e na NYSE - New York Stock Exchange.

b) Actividade

O Grupo opera essencialmente no sector das telecomunicações e multimédia em Portugal e em outros países, nomeadamente no Brasil.

Em Portugal, a prestação do serviço fixo de telefone é efectuada pela PT Comunicações, S.A. (“PT Comunicações”), no âmbito do Contrato de Concessão do Serviço Público de Telecomunicações celebrado em 20 de Março de 1995, de acordo com o Decreto-Lei n.º 40/95, por um período inicial de 30 anos, sujeito a renovações subsequentes por períodos de 15 anos. Este contrato foi modificado de acordo com a Resolução do Conselho de Ministros, de 11 de Dezembro de 2002, que incorpora o Acordo Modificativo do Contrato de Concessão, em resultado da PT Comunicações ter celebrado com o Estado Português um contrato de compra e venda da Rede Básica de Telecomunicações e Telex (“Rede Básica”).

A prestação do serviço de transmissão de dados é assegurada pela PT Prime - Soluções Empresariais de Telecomunicações e Sistemas, S.A. ("PT Prime"), que desenvolve igualmente a prestação do serviço de Internet Service Provider ("ISP") a grandes clientes.

O serviço de ISP para clientes residenciais e pequenas e médias empresas é prestado pela PT.com – Comunicações Interactivas, S.A. (“PT.com). A PT.com concentra igualmente serviços de concepção e de disponibilização de espaços publicitários e informação em portais de Internet.

Os serviços de telecomunicações móveis são prestados pela TMN - Telecomunicações Móveis Nacionais, S.A. ("TMN"), através do sistema global de comunicações móveis (“GSM”) e do sistema de telecomunicações móveis universais (“UMTS”), cuja licença foi obtida em 19 de Dezembro de 2000.

A PT Multimédia – Serviços de Telecomunicações e Multimédia, SGPS, S.A. (“PT Multimédia”) é a sub-holding do Grupo para os negócios multimédia. Através da TV Cabo Portugal, S.A. ("TV Cabo"), a PT Multimédia presta o serviço de televisão por cabo e satélite em Portugal. A PT Multimédia desenvolve igualmente actividades nas áreas de audiovisuais e media, sendo as áreas mais significativas a distribuição de filmes através da Lusomundo Audiovisuais, S.A. (“Lusomundo Audiovisuais”), a exploração de salas de cinema através da Lusomundo Cinemas, S.A. (“Lusomundo Cinemas”) e a publicação de jornais de grande circulação e a edição de programas de rádio, através da Lusomundo Media SGPS, S.A. (“Lusomundo Media”). Esta última actividade foi alienada no terceiro trimestre de 2005 (Nota 44), encontrando-se os seus activos, passivos e resultados classificados nas demonstrações financeiras consolidadas na rubrica de operações descontinuadas (Nota 17).

No Brasil, o Grupo presta o serviço móvel terrestre de telecomunicações através da sua participação na Brasilcel N.V. (“Brasilcel” ou “Vivo”), a joint-venture constituída no final de 2002 entre o Grupo Portugal Telecom (através da PT Móveis, SGPS, S.A. – “PT Móveis”) e o Grupo Telefónica (através da Telefónica Móviles, S.A.) para agregar as operações de telecomunicações móveis dos dois grupos no Brasil. A Vivo desenvolve a sua actividade nos Estados Brasileiros de São Paulo (por intermédio da Telesp Celular, S.A. (“Telesp Celular”)), Paraná e Santa Catarina (por intermédio da Global Telecom, S.A. (“Global Telecom”)), Rio de Janeiro (por intermédio da Telerj Celular, S.A.), Espírito Santo (por intermédio da Telest Celular, S.A.), Bahia (por intermédio da Telebahia Celular, S.A.), Sergipe (por intermédio da Telegirpe Celular, S.A.), Rio Grande do Sul (por intermédio da Celular CRT, S.A. (“Celular CRT”)), e outros onze Estados nas regiões Norte e Centro Oeste (por intermédio da Tele Centro Oeste Celular Participações, S.A. e suas subsidiárias -“TCO”). A Telesp Celular, S.A., a Global Telecom, S.A., e a TCO são controladas pela sub-holding Telesp Celular Participações, S.A. (“TCP”), a Telerj Celular, S.A. e a Telest Celular, S.A. são controladas pela sub-holding Tele Sudeste Celular Participações, S.A. (“Telesudeste”), e a Telebahia Celular, S.A. e a Telergipe Celular, S.A. são controladas pela sub-holding Tele Leste Celular Partipicações, S.A (“Teleleste”).

2. Bases de Apresentação

As demonstrações financeiras consolidadas foram apresentadas em Euros por esta ser a moeda principal das operações do Grupo. As demonstrações financeiras das empresas participadas em moeda estrangeira foram convertidas para Euros de acordo com as políticas contabilísticas descritas na nota 3.q)).

As demonstrações financeiras consolidadas da Portugal Telecom foram elaboradas de acordo as Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS”) emitidas pelo International Accounting Standards Board (“IASB”), adoptadas pela União Europeia e com todas as interpretações do International Financial Reporting Interpretation Commitee (“IFRIC”), que estavam em vigor à data de aprovação destas demonstrações financeiras. Todas as alterações às políticas contabilísticas foram efectuadas de acordo com o disposto no IFRS 1 - “First-time Adoption of International Financial Reporting Standards” (Nota 45).

O efeito dos ajustamentos, reportados a 1 de Janeiro de 2004, decorrente da adopção inicial dos IFRS totalizou um montante negativo de 319.983.919 euros (Nota 45.2), tendo esse montante sido registado em capitais próprios, conforme estabelecido pelo IFRS 1.

O IFRIC tem actualmente em curso um projecto de revisão dos IFRS em vigor. À data destas demonstrações financeiras, não é possível estimar o impacto decorrente de eventuais alterações às disposições e interpretações actualmente em vigor, que venham a ser definidas no âmbito do projecto em curso.

A reconciliação do capital próprio em 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2004 e dos resultados dos períodos findos em 30 de Junho e 31 de Dezembro de 2004, entre os princípios de contabilidade geralmente aceites em Portugal e os IFRS encontram-se descritos na Nota 45.

As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos das empresas incluídas na consolidação (Anexo I).

Na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, em conformidade com os IFRS, o Conselho de Administração recorreu a pressupostos e estimativas que afectam os activos e passivos reportados, bem como os proveitos e custos incorridos relativos aos semestres findos em 30 de Junho de 2005 e 2004 (Nota 3).

a) Princípios de Consolidação

No documento RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS (páginas 52-54)