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RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS

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RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS

1º Semestre de 2005

Sociedade Aberta - Pessoa Colectiva Nº 503 215 058 - Capital Social 1.166.485.050 euros Mat. Nº3602/940706 4ª secção CRCL - Avenida Fontes Pereira de Melo nº 40, 1069-300 Lisboa

(2)

RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS

1º Semestre de 2005

Estrutura do Grupo

3

Indicadores-Chave 4

Evolução dos Negócios

8

Análise dos Resultados Consolidados

8

Análise dos Resultados Operacionais

24

Recursos

Humanos

39

Eventos do Semestre e Desenvolvimentos Recentes

40

Perspectivas para o Segundo Semestre

43

Demonstrações Financeiras Consolidadas

47

Documentos de Certificação das Contas Consolidadas

135

Equipa de Gestão

142

(3)

Estrutura do Grupo

Portugal Telecom

Negócio de Rede Fixa

100,00% PT Comunicações

100,00% PT Corporate

100,00% PT Prime

100,00% PT.COM

Negócio móvel Portugal

100,00% TMN

100,00% PT Wi-Fi

Negócio Multimédia

58,43% PT Multimedia

100,00% TV Cabo

100,00% Lusomundo Audiovisuais

100,00% Lusomundo Cinemas

Negócios Internacionais

50,00% Vivo 65,70% Telesp Celular

65,70% Global Telecom

33,78% Tele Centro Oeste

68,33% Celular CRT

91,14% Tele Sudeste

50,59% Tele Leste

100,00% PT Brasil

100,00% Primesys

59,96% Mobitel

32,18% Médi Télécom

40,00% Cabo Verde Telecom

51,00% CST

28,00% CTM

Empresas Instrumentais

100,00% PT Sistemas de Informação

100,00% PT Inovação

100,00% PT Pro

100,00% PT Compras

100,00% PT Contact

(4)

Indicadores-Chave

DESTAQUES FINANCEIROS

milhões de euros

Proveitos operacionais 3.024,2 2.881,2 5,0%

Custos operacionais recorrentes, excluindo amortizações 1.875,5 1.715,1 9,4%

EBITDA (1) 1.148,7 1.166,1 (1,5%)

Resultado operacional recorrente 654,9 705,0 (7,1%)

Resultado líquido 259,0 385,7 (32,8%)

Capex 368,3 233,5 57,7%

Capex em % dos proveitos operacionais 12,2 8,1 4,1pp

EBITDA menos Capex 780,5 932,6 (16,3%)

Dívida líquida 4.255,6 3.621,3 17,5%

Margem EBITDA (2) (%) 38,0 40,5 (2,5pp)

Dívida líquida / EBITDA (x) 1,9 1,5 0,4x

EBITDA / juros líquidos (x) 9,9 12,2 (2,3x)

(1) EBITDA = Resultado operacional recorrente + amortizações. (2) Margem EBITDA = EBITDA / proveitos operacionais.

1S05 1S04 ∆ 05/04

Os proveitos operacionais

aumentaram 5,0% no primeiro semestre de 2005 face ao primeiro semestre

de 2004, para 3.024 milhões de euros, impulsionados pelo crescimento da Vivo e da PT Multimedia.

Os proveitos operacionais dos negócios em Portugal

(rede fixa, TMN e PT Multimedia) diminuíram

0,2% no primeiro semestre de 2005, face ao período homólogo de 2004, uma vez que o crescimento na

PT Multimedia e na TMN compensou, em 25 milhões de euros, o decréscimo nas receitas de rede fixa de

29 milhões de euros.

As receitas de retalho em Portugal

(rede fixa, TV por subscrição e banda larga) aumentaram 0,7%, face

ao primeiro semestre de 2004, para 916 milhões de euros, reflectindo o crescimento das receitas de

banda larga e de TV por subscrição que mais do que compensou a redução das receitas de tráfego na

rede fixa, as quais foram influenciadas negativamente pelos decréscimos do volume de tráfego e das

tarifas de interligação.

As receitas de retalho líquidas da rede fixa

, ou seja, as receitas de retalho da rede fixa deduzidas dos

correspondentes custos de telecomunicações, aumentaram 2,8% no primeiro semestre de 2005 face ao

período homólogo, para 582 milhões de euros, em resultado do forte crescimento do ADSL e dos novos

planos de preços.

O EBITDA

foi de 1.149 milhões de euros no primeiro semestre de 2005, um decréscimo de 1,5%, face a

igual período de 2004, e equivalente a uma margem de 38,0%.

(5)

O EBITDA dos negócios em Portugal

aumentou 1,5% no primeiro semestre de 2005, face ao primeiro

semestre de 2004, devido ao forte desempenho e melhoria das margens nos negócios de rede fixa e

multimédia.

O resultado operacional recorrente

diminuiu 7,1% no primeiro semestre de 2005, para 655 milhões de

euros, equivalente a uma margem operacional de 21,7%.

O resultado líquido

totalizou 259 milhões de euros no primeiro semestre de 2005 em comparação com

386 milhões de euros no primeiro semestre de 2004, representando um decréscimo de 32,8%, em

resultado, essencialmente, do aumento dos custos decorrentes do programa de redução de efectivos, os

quais ascenderam a 97 milhões de euros no primeiro semestre de 2005.

O investimento em imobilizado corpóreo e incorpóreo (capex)

aumentou 57,7% no primeiro

semestre de 2005, para 368 milhões de euros, equivalente a 12,2% dos proveitos operacionais, em

resultado do aumento dos investimentos efectuados em banda larga e 3G em Portugal, do investimento

num quinto transponder no negócio de TV por subscrição, e da expansão da rede e cobertura de CDMA

na Vivo no Brasil.

O EBITDA menos Capex

decresceu 16,3%, para 780 milhões de euros, no primeiro semestre de 2005,

equivalente a 25,8% dos proveitos operacionais. Aproximadamente 93% do EBITDA menos Capex foi

gerado pelos negócios em Portugal (rede fixa, TMN e PT Multimedia).

O free cash flow

diminuiu de 392 milhões de euros no primeiro semestre de 2004 para um valor

negativo de 38 milhões de euros no primeiro semestre de 2005, principalmente em resultado da

contribuição extraordinária de 300 milhões de euros para financiar responsabilidades com cuidados de

saúde após reforma, do decréscimo do EBITDA menos Capex e de um investimento mais elevado em

fundo de maneio, essencialmente referente ao aumento do montante a receber de clientes.

A dívida líquida

era de 4.256 milhões de euros no final do primeiro semestre de 2005, um aumento de

724 milhões de euros face ao final do ano anterior, em resultado principalmente dos dividendos pagos e

dos programas de share buyback realizados no período, bem como da contribuição extraordinária de 300

milhões de euros para financiar responsabilidades com cuidados de saúde após reforma.

A alienação de investimentos financeiros

durante Agosto de 2005 irá gerar encaixes de 174 milhões de

euros, relativos à venda da Lusomundo Serviços (a qual inclui 80,91% da Lusomundo Media) à

Controlinveste, e 231 milhões de reais relativos à venda da PrimeSys à Embratel. Adicionalmente, a

alienação da PrimeSys, que já foi considerada uma operação descontinuada nas demonstrações

financeiras consolidadas no primeiro semestre de 2005, irá resultar na redução dos custos com alugueres

de circuitos, os quais, no final do ano de 2004, atingiram 78 milhões de reais.

(6)

A PT emitiu 2 mil milhões de euros de Eurobonds

no primeiro semestre de 2005, 1,5 mil milhões de

euros em 24 de Março de 2005, com maturidades de 7 anos (mil milhões de euros) e 12 anos (500

milhões de euros), e mais 500 milhões de euros em 16 de Junho de 2005, com maturidade de 20 anos,

como parte do refinanciamento do seu balanço. Em Fevereiro de 2005, a PT utilizou dois empréstimos de

250 milhões de euros com maturidade de 10 anos contratados com o Banco Europeu de Investimento.

Adicionalmente, a maturidade de determinadas linhas de crédito disponíveis, que totalizavam 750

milhões de euros, foi prolongada por mais dois anos. Estas operações permitiram baixar o custo da dívida

da PT (excluindo a dívida brasileira) para 4,2% e aumentar a maturidade da dívida da PT (excluindo a

dívida brasileira) para 9,5 anos. Considerando a dívida brasileira, o custo da dívida consolidada da PT

diminuiu para 5,9% e a maturidade da dívida aumentou para 8,9 anos.

A exposição líquida (activo menos passivo) ao Brasil

ascendeu a 7.703 milhões de reais, ou 2.704

milhões de euros à taxa de câmbio euro/real de 30 de Junho de 2005. A esta data, os activos

denominados em reais no balanço consolidado da PT representavam aproximadamente 35% do total do

activo e a proporção da PT na dívida líquida da Vivo ascendia a 526 milhões de euros.

Na sequência do programa de share buyback de 10%

, a PT cancelou 7% do seu capital social no final

de 2004, reduzindo assim o seu capital social para 1.166.485.050 euros. Adicionalmente, a PT adquiriu

37.628.550 acções da PT, equivalentes a 3,0% do seu capital social anterior ao cancelamento de 7%,

completando assim o programa de share buyback de 10% anunciado em Setembro de 2003. Na

Assembleia Geral de Abril de 2005 foi concedida à PT a autorização de adquirir adicionalmente 10% do

seu capital social. O conselho de administração da PT comprometeu-se a realizar um share buyback de

3%, sujeito às condições de mercado e à situação financeira da empresa.

(7)

DESTAQUES OPERACIONAIS

Base de clientes (mil)

Rede fixa 4.445 4.282 3,8%

Móveis 33.554 28.386 18,2%

TV por subscrição 1.465 1.487 (1,5%)

Banda larga (ADSL retalho + cabo ) 833 529 57,3%

Rede fixa Acessos (mil) 4.445 4.282 3,8% PSTN/RDIS 3.871 3.985 (2,8%) Pré-selecção 540 485 11,4% ADSL retalho 500 260 92,1% ADSL wholesale 46 33 40,3%

Lacetes locais desagregados 28 5 n.s.

Adições íquidas (mil) 68 56 20,5%

PSTN/RDIS (77) (52) 48,6%

Pré-selecção 55 46 19,6%

ADSL retalho 120 99 20,8%

ADSL wholesale 5 5 2,9%

Lacetes locais desagregados 19 3 n.s.

Planos de preços (mil) 1.330 470 183,1%

Tráfego total (milhões de minutos) 7.587 8.617 (12,0%)

ARPU (euros) 34,0 34,3 (0,8%)

Móvel Portugal - TMN

Clientes (mil) 5.108 4.872 4,8%

Adições líquidas (mil) 54 (15) n.s.

Churn total (%) 23,2 26,0 (2,8pp)

MOU (minutos) 119,5 119,2 0,2%

ARPU (euros) 22,6 23,8 (4,9%)

Dados em % das receitas (%) 10,9 9,3 1,6pp

CCPU (1) (euros) 11,3 11,1 2,0%

ARPU menos CCPU (euros) 11,4 12,8 (10,9%)

Móvel Brasil - Vivo

Clientes (mil) 28.446 23.514 21,0%

Quota de mercado nas áreas de operação (%) 47,6 54,5 (6,9pp)

Adições líquidas (mil) 1.903 2.858 (33,4%)

MOU (minutos) 80,1 91,7 (12,6%)

ARPU (reais) 28,7 34,0 (15,5%)

Dados em % das receitas (%) 5,8 4,1 1,7pp

CCPU (1) (reais) 17,5 18,3 (4,2%)

ARPU menos CCPU (reais) 11,2 15,7 (28,7%)

Multimédia - PT Multimedia (2)

Casas passadas (mil) 2.606 2.514 3,7%

Com capacidades interactivas (mil) 2.484 2.283 8,8%

Clientes TV por subscrição (mil) 1.465 1.487 (1,5%)

Adições líquidas TV por subscrição (mil) 16 45 (64,7%)

Acessos banda larga via cabo (mil) 333 269 23,7%

Adições líquidas banda larga via cabo (mil) 27 39 (29,3%)

ARPU total TV por subscrição (euros) 27,6 25,0 10,3%

(1) CCPU (cash cost per user) = Custos operacionais menos provisões, amortizações e vendas de terminais por utilizador.

(2) Em resultado de uma limpeza da base de dados, na sequência da migração para novos sistemas de CRM, aprovisionamento e facturação, o numero de clientes de TV por subscrição no final de 1S05 e de 2004 foi, respectivamente, de 1.465 mil e 1.449 mil. O número ajustado de clientes de banda larga via cabo foi no 1S05 de 333 mil e em 2004 de 305 mil.

1S04 ∆ 05/04

(8)

Evolução dos Negócios

Análise dos Resultados Consolidados

A análise efectuada em seguida deverá ser lida em conjunto com as demonstrações financeiras

consolidadas e o correspondente anexo às demonstrações financeiras.

Os resultados auditados da PT foram preparados de acordo com os International Financial Reporting

Standards (IFRS) desde 1 de Janeiro de 2005. A informação financeira de períodos anteriores foi

reajustada de acordo com os IFRS de forma a permitir uma correcta comparação. Na sequência do

anúncio da venda da Lusomundo Serviços (negócio media da PT Multimedia) e da PrimeSys, estes

segmentos de negócio foram apresentados nas demonstrações financeiras consolidadas, do primeiro

semestre de 2005 e de 2004, como operações descontinuadas, de acordo com as normas dos IFRS.

No primeiro semestre de 2005, os segmentos de negócio do Grupo têm a seguinte composição:

Retalho [PT Comunicações e PT.COM] Serviços a operadores [PT Comunicações] Dados e soluções empresariais [PT Prime] Rede fixa

Outras operações de rede fixa [PT Comunicações e PT.COM] Móvel - Portugal TMN

Móvel - Brasil Vivo

TV por subscrição e Internet por cabo [TV Cabo Portugal e PT Conteúdos]

Distribuição e exibição cinematográfica [Lusomundo Audiovisuais e Lusomundo Cinemas] PT Multimedia

(9)

Resultados consolidados

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS CONSOLIDADOS

milhões de euros

Proveitos operacionais 3.024,2 2.881,2 5,0%

Rede fixa 1.035,0 1.064,4 (2,8%)

Móvel Portugal - TMN 694,7 689,8 0,7%

Móvel Brasil - Vivo (1) 896,5 764,1 17,3%

Multimédia - PT Multimedia 305,4 285,7 6,9%

Outros 92,6 77,2 20,0%

Custos operacionais recorrentes, excluindo amortizações 1.875,5 1.715,1 9,4%

Custos com o pessoal 336,2 307,0 9,5%

Custos com benefícios de reforma (PRB) 72,2 79,8 (9,6%)

Custos directos dos serviços prestados 426,2 415,1 2,7%

Custos de telecomunicações 291,2 291,4 (0,1%)

Custos de programação 62,5 57,4 9,0%

Listas telefónicas 41,6 44,0 (5,5%)

Outros 30,9 22,4 38,3%

Custos das mercadorias vendidas 288,0 237,8 21,1%

Marketing e publicidade 79,1 74,3 6,5%

Serviços de suporte 97,8 82,4 18,6%

Manutenção e conservação 78,1 74,6 4,8%

Fornecimentos e serviços externos 356,3 313,5 13,7%

Provisões 40,1 58,6 (31,6%)

Impostos, excluindo impostos sobre rendimento 76,3 58,5 30,5%

Outros custos operacionais 25,2 13,5 86,5%

Resultados operacionais antes de amortizações (EBITDA) 1.148,7 1.166,1 (1,5%)

Amortizações 493,8 461,1 7,1%

Resultado operacional recorrente 654,9 705,0 (7,1%)

Outros custos / (proveitos) 105,7 18,7 n.s.

Custos do programa de redução de efectivos 96,8 3,9 n.s.

Menos / (mais) valias na alienação de imobilizado 0,4 2,5 (82,6%)

Outros custos não recorrentes 8,4 12,3 (31,4%)

Resultado antes de resultados financeiros e impostos 549,3 686,3 (20,0%)

Outros custos / (ganhos) financeiros 103,7 66,6 55,7%

Juros suportados líquidos 116,2 95,9 21,2%

Diferenças de câmbio desfavoráveis/(favoráveis) líquidas (35,9) (0,5) n.s.

Perdas / (ganhos) em activos financeiros liquidas 22,0 (51,1) n.s.

Perdas / (ganhos) empresas associadas (29,1) (5,9) n.s.

Outros custos financeiros 30,4 28,2 7,8%

Resultados antes de impostos 445,6 619,8 (28,1%)

Imposto sobre o rendimento (176,4) (183,6) (3,9%)

Resultados das operações continuadas 269,2 436,1 (38,3%)

Resultado das operações descontinuadas 1,6 (2,7) n.s.

Interesses minoritários (11,8) (47,8) (75,3%)

Resultado consolidado líquido 259,0 385,7 (32,8%)

(1) Considerando uma taxa de câmbio média euro/real de 3,3140 no 1S05 e de 3,6446 no 1S04.

(10)

Proveitos operacionais consolidados

Os proveitos operacionais consolidados aumentaram 5,0% no primeiro semestre de 2005 face ao

primeiro semestre de 2004, para 3.024 milhões de euros, reflectindo uma maior contribuição da Vivo,

em resultado em parte da apreciação do real no período, e da PT Multimedia.

CONTRIBUIÇÃO POR SEGMENTO DE NEGÓCIO

milhões de euros

Rede fixa 1.035,0 1.064,4 (2,8%)

Móvel Portugal - TMN 694,7 689,8 0,7%

Móvel Brasil - Vivo (1) 896,5 764,1 17,3%

Multimédia - PT Multimedia 305,4 285,7 6,9%

Outros 92,6 77,2 20,0%

Proveitos operacionais consolidados 3.024,2 2.881,2 5,0%

Total receitas de retalho - Portugal 915,9 909,4 0,7%

Rede fixa 670,2 685,3 (2,2%)

TV por subscrição e Internet por cabo 245,7 224,0 9,7%

Receita média por casa (ARPH) 41,8 41,5 0,7%

1S04 ∆ 05/04

(1) Considerando uma taxa de câmbio média euro/real de 3,3140 no 1S05 e de 3,6446 no 1S04. 1S05

Os proveitos operacionais das operações em Portugal registaram um decréscimo de 0,2% no primeiro

semestre de 2005, face a igual período do ano anterior, com o aumento na PT Multimedia e na TMN a

compensar o decréscimo registado na rede fixa. Os proveitos no segmento de rede fixa decresceram

2,8%, face ao primeiro semestre de 2004, em parte em resultado do decréscimo das tarifas de

interligação fixo-móvel, que teve um impacto de 7 milhões de euros nos proveitos operacionais.

No primeiro semestre de 2005, as receitas de retalho das operações em Portugal (rede fixa e TV por

subscrição) aumentaram 0,7%, para 916 milhões de euros, face a igual período de 2004, com a receita

média mensal por casa (ARPH) a totalizar 41,8 euros. O forte crescimento dos serviços de banda larga e

dos produtos de vídeo continuam a alterar progressivamente a composição do ARPH. As receitas de

dados e de vídeo representaram, respectivamente, 12,9% e 21,7% do ARPH no primeiro semestre de

2005, em comparação com 8,9% e 20,3% no primeiro semestre de 2004. Na rede fixa, as receitas de

retalho líquidas, calculadas como as receitas de retalho da rede fixa menos os correspondentes custos de

telecomunicações, aumentaram 2,8% no primeiro semestre de 2005, para 582 milhões de euros,

reflectindo o forte crescimento do ADSL e dos novos planos de preços.

A contribuição dos negócios móveis para os proveitos operacionais consolidados aumentou 2,2pp, para

52,6%, no primeiro semestre de 2005, apesar do impacto negativo do forte ajustamento das tarifas de

interligação em Portugal, as quais se reduziram para 18,5 cêntimos em Julho de 2004 e 14,0 cêntimos

em Março de 2005. A Vivo representou 29,6% dos proveitos operacionais consolidados do primeiro

semestre de 2005, um aumento de 3,1pp face ao mesmo período do ano anterior.

(11)

PROVEITOS POR SEGMENTO DE NEGÓCIO

milhões de euros

Rede fixa 1.116,1 1.144,6 (2,5%)

Móvel Portugal - TMN 748,1 765,7 (2,3%)

Móvel Brasil - Vivo (1) 896,4 764,1 17,3%

Multimédia - PT Multimedia 305,8 285,9 7,0%

Outros e eliminações (42,2) (79,1) (46,7%)

Proveitos operacionais consolidados 3.024,2 2.881,2 5,0%

(1) Considerando uma taxa de câmbio média euro/real de 3,3140 no 1S05 e de 3,6446 no 1S04.

1S05 1S04 ∆ 05/04

A diferença na taxa de crescimento dos proveitos operacionais do segmento de negócio TMN e a

contribuição desse negócio para os proveitos operacionais consolidados está relacionada com a redução

das tarifas de interligação fixo-móvel ocorrida durante o período em análise.

Resultados operacionais antes de amortizações (EBITDA)

O EBITDA decresceu 1,5% no primeiro semestre de 2005, face a igual período do ano anterior, para

1.149 milhões de euros, equivalente a uma margem EBITDA de 38,0%, em resultado da redução no

EBITDA dos negócios móveis, TMN e Vivo.

EBITDA POR SEGMENTO DE NEGÓCIO

milhões de euros

Rede fixa 494,2 465,5 6,2% 44,3

Móvel Portugal - TMN 334,2 358,1 (6,7%) 44,7

Móvel Brasil - Vivo (1) 241,0 263,3 (8,5%) 26,9

Multimédia - PT Multimedia 94,8 86,2 10,0% 31,0

Outros (15,5) (7,0) 120,3% n.s.

Total EBITDA 1.148,7 1.166,1 (1,5%) 38,0

Margem EBITDA (%) 38,0 40,5 (2,5pp)

(1) Considerando uma taxa de câmbio média euro/real de 3,3140 no 1S05 e de 3,6446 no 1S04.

1S05 Margem ∆ 05/04

1S05 1S04

No primeiro semestre de 2005, o EBITDA dos negócios em Portugal aumentou 1,5% face ao primeiro

semestre de 2004. Ajustando o impacto de 23 milhões de euros relativo a uma dívida da Angola

Telecom que havia sido totalmente provisionada em anos anteriores, o EBITDA dos negócios em Portugal

teria diminuído 1,1% face a igual período do ano anterior, em resultado do decréscimo do EBITDA da

TMN, que reflecte o investimento no lançamento de 3G e o impacto negativo da redução das tarifas de

interligação fixo-móvel.

(12)

No primeiro semestre de 2005, a contribuição do negócio de rede fixa para o EBITDA consolidado

aumentou 3,1pp, para 43,0%. Excluindo o impacto do recebimento de 23 milhões de euros da Angola

Telecom, a contribuição para o EBITDA deste segmento de negócio teria aumentado 1,1pp, para 41,0%.

A contribuição da PT Multimedia para o EBITDA consolidado aumentou 0,9pp, para 8,3%, no primeiro

semestre de 2005, face a igual período de 2004, devido à continuação do crescimento dos proveitos e da

expansão da margem no período.

A contribuição dos negócios móveis para o EBITDA consolidado diminuiu 3,2pp, para 50,1%, no primeiro

semestre de 2005. O contributo da TMN para o EBITDA consolidado diminuiu 1,6pp, para 29,1%, no

primeiro semestre de 2005, e o contributo da Vivo diminuiu 1,6pp, para 21,0%. A performance do

EBITDA e da margem da TMN no período reflecte o investimento na expansão da terceira geração, bem

como o impacto negativo da redução das tarifas de interligação fixo-móvel, enquanto que a compressão

na margem da Vivo é explicada pelo forte crescimento de clientes e pela continuação da intensificação

das pressões competitivas.

Custos operacionais consolidados recorrentes

Os custos operacionais consolidados recorrentes

totalizaram 2.369 milhões de euros no primeiro

semestre de 2005, um aumento de 8,9% face a igual período do ano anterior.

CUSTOS OPERACIONAIS CONSOLIDADOS RECORRENTES

(1) milhões de euros

Custos com o pessoal 336,2 307,0 9,5% 11,1

Custos com benefícios de reforma 72,2 79,8 (9,6%) 2,4

Custos directos dos serviços prestados 426,2 415,1 2,7% 14,1

Custos de telecomunicações 291,2 291,4 (0,1%) 9,6

Custos de programação 62,5 57,4 9,0% 2,1

Listas telefónicas 41,6 44,0 (5,5%) 1,4

Outros 30,9 22,4 38,3% 1,0

Custo das mercadorias vendidas 288,0 237,8 21,1% 9,5

Marketing e publicidade 79,1 74,3 6,5% 2,6

Serviços de suporte 97,8 82,4 18,6% 3,2

Fornecimentos e serviços externos 356,3 313,5 13,7% 11,8

Provisões 40,1 58,6 (31,6%) 1,3

Outros custos operacionais 179,6 146,5 22,6% 5,9

Custos operac. recorrentes, excl. amortizações 1.875,5 1.715,1 9,4% 62,0

Amortizações 493,8 461,1 7,1% 16,3

Custos operacionais recorrentes 2.369,3 2.176,1 8,9% 78,3

(1) Considerando uma taxa de câmbio média euro/real de 3,3140 no 1S05 e de 3,6446 no 1S04.

1S05 % Proveitos

(13)

Os custos com pessoal

aumentaram 9,5% no primeiro semestre de 2005, totalizando 336 milhões de

euros, equivalentes a 11,1% dos proveitos operacionais consolidados. O crescimento desta rubrica está

essencialmente relacionado com as operações no Brasil, que contribuíram com 18 milhões de euros no

crescimento dos custos com pessoal consolidados (7 milhões de euros relacionados com a apreciação do

real no período). No primeiro semestre de 2005, os custos com pessoal na Vivo, em moeda local,

decresceram 1,2% face a igual período do ano anterior, enquanto que na Dedic, a operação de call centre

da PT no Brasil, os custos com pessoal aumentaram de 13 milhões de euros no primeiro semestre de

2004 para 24 milhões de euros no primeiro semestre de 2005, devido sobretudo à incorporação de mais

trabalhadores nos call centres.

Os custos com benefícios de reforma

(PRB) diminuíram 9,6%, para 72 milhões de euros no primeiro

semestre de 2005, face a igual período de 2004, tendo representado 2,4% dos proveitos operacionais

consolidados. Esta redução ficou a dever-se essencialmente a: (1) um ganho de 10 milhões de euros

resultante das alterações da lei portuguesa para o cálculo dos benefícios de reforma, o qual é agora

baseado na média dos últimos três anos de salários em vez do último ano de salário; (2) uma diminuição

de 3 milhões de euros no custo financeiro das responsabilidades não fundeadas, devido ao efeito

combinado das contribuições feitas para os fundos e do aumento das responsabilidades projectadas com

benefícios de reforma (PBO) em resultado de reduções adicionais de efectivos; e (3) um aumento de 4

milhões de euros na amortização das perdas actuariais, em resultado das alterações dos pressupostos

actuariais realizadas no final de 2004.

Os custos directos dos serviços prestados

cresceram 2,7%, para 426 milhões de euros, no primeiro

semestre de 2005. Esta rubrica representou 14,1% dos proveitos operacionais consolidados. No primeiro

semestre de 2005, os custos de telecomunicações, os quais correspondem à maior parcela dos custos

directos dos serviços prestados, decresceram 0,1% face ao primeiro semestre de 2004, para 291 milhões

de euros, em resultado essencialmente de menores volumes de tráfego na rede fixa e da redução das

tarifas de interligação fixo-móvel e móvel-móvel em Portugal, o que mais do que compensou o

acréscimo de 38,9% nos custos de telecomunicações da Vivo, devido ao aumento dos volumes de

tráfego. Os custos de telecomunicações representaram 9,6% dos proveitos operacionais consolidados no

primeiro semestre de 2005. Os custos de programação aumentaram 9,0%, para 63 milhões de euros,

no primeiro semestre de 2005, face a igual período de 2004, principalmente devido ao lançamento da

oferta digital do negócio de TV por subscrição com o objectivo de promover a migração do sistema

analógico para digital.

Os custos das mercadorias vendidas

aumentaram 21,1% no primeiro semestre de 2005, para 288

milhões de euros, em resultado do aumento da actividade comercial na Vivo e na TMN.

(14)

Os custos de marketing e publicidade

registaram um aumento de 6,5% no primeiro semestre de 2005,

para 79 milhões de euros, em resultado essencialmente do aumento dos custos com publicidade e com

campanhas promocionais no negócio de rede fixa, na TMN e na Vivo.

Os custos com serviços de suporte

cresceram 18,6% no primeiro semestre de 2005, para 98 milhões de

euros, devido essencialmente ao aumento desta rubrica na rede fixa e na Vivo, em resultado do

outsourcing de determinadas funções adicionais e do aumento de custos de call centres relacionados

com o aumento da actividade comercial. Esta rubrica de custos representou 3,2% dos proveitos

operacionais consolidados.

Os custos de fornecimentos e serviços externos

registaram um aumento de 13,7% no primeiro

semestre de 2005, para 356 milhões de euros, principalmente em resultado do acréscimo das comissões

nos negócios móveis, TMN e Vivo, devido ao aumento da actividade comercial. Esta rubrica representou

11,8% dos proveitos operacionais consolidados.

As provisões

registaram uma redução de 31,6% no primeiro semestre de 2005, face a igual período do

ano anterior, para 40 milhões de euros. Esta redução deveu-se principalmente: (1) à reversão de uma

provisão para cobrança duvidosa, no montante de 23 milhões de euros, relativa a uma conta a receber

da Angola Telecom, que havia sido totalmente provisionada em anos anteriores; (2) à diminuição de 17

milhões de euros na TMN, em resultado do reconhecimento no primeiro semestre de 2004 de uma

provisão para programas de fidelização no montante de 12 milhões de euros, face ao aumento desta

provisão em apenas 2 milhões de euros no primeiro semestre de 2005; (3) ao aumento de 20 milhões de

euros na Vivo (8 milhões de euros referentes à apreciação do real), em resultado do acréscimo das

dívidas de cobrança duvidosa; e (4) ao aumento de 2 milhões de euros na PT Multimedia, devido

igualmente ao maior nível de cobranças duvidosas. Esta rubrica de custos representou 1,3% dos

proveitos operacionais consolidados.

Os outros custos operacionais

aumentaram 22,6% no primeiro semestre de 2005 para 180 milhões de

euros. Esta rubrica inclui 78 milhões de euros relativos a custos de manutenção e conservação, 76

milhões de euros relativos a impostos (que inclui essencialmente impostos indirectos e custos com o

espectro) e 25 milhões de euros relativos a outros custos. O acréscimo nesta rubrica deveu-se

principalmente ao aumento dos custos de espectro na Vivo no montante de 17 milhões de euros (5

milhões de euros referentes à apreciação do real), em resultado essencialmente do aumento de clientes

no período.

As amortizações de imobilizado corpóreo e incorpóreo

aumentaram 7,1% no primeiro semestre de

2005, para 494 milhões de euros, devido ao aumento de 31 milhões de euros na contribuição da Vivo

para as amortizações do grupo. Este aumento resultou essencialmente da alocação de goodwill, gerado

(15)

na oferta pública de aquisição da TCO, a imobilizado incorpóreo relativo a licenças de telecomunicações

pertencentes à TCO, o qual está a ser amortizado sobre o período remanescente das licenças. Esta

rubrica de custos representou 16,3% dos proveitos operacionais consolidados.

Resultado líquido

O Resultado líquido situou-se em 259 milhões de euros no primeiro semestre de 2005, um decréscimo

de 32,8% face a igual período do ano anterior, principalmente devido ao aumento dos custos com o

programa de redução de efectivos e às diferenças desfavoráveis no justo valor de certos instrumentos

derivados no primeiro semestre de 2005.

Os custos com o programa de redução de efectivos

situaram-se em 97 milhões de euros no primeiro

semestre de 2005 (4 milhões de euros no primeiro semestre de 2004), devido à redução de 406

trabalhadores no negócio de rede fixa. Esta rubrica representa maioritariamente: (1) o valor actual dos

salários a serem pagos aos empregados em situação de pré-reforma até à idade da reforma; (2) o valor

actual dos custos com serviços futuros dos empregados em situação de pré-reforma e reforma

antecipada; e (3) o reconhecimento proporcional dos ganhos e perdas actuariais referentes aos

empregados em situação de pré-reforma e reforma antecipada.

Os encargos financeiros líquidos

situaram-se em 116 milhões de euros no primeiro semestre de 2005

(45 milhões de euros relativos a empréstimos obtidos pela Vivo), face a 96 milhões de euros no primeiro

semestre de 2004 (36 milhões de euros relativos a empréstimos obtidos pela Vivo). No primeiro

semestre de 2005, os encargos financeiros líquidos relativos à dívida líquida da PT, excluindo o Brasil,

aumentaram 18,3% para 71 milhões de euros, em resultado de um aumento da dívida líquida média no

primeiro semestre de 2005, face a igual período do ano anterior. No primeiro semestre de 2005, os

encargos financeiros líquidos relativos à dívida líquida da Vivo aumentaram 25,4% para 46 milhões de

euros, face a igual período do ano anterior, em resultado: (1) da apreciação do real no período (3 milhões

de euros); e (2) do aumento da dívida líquida média e da taxa CDI média no primeiro semestre de 2005.

Os encargos financeiros líquidos corresponderam a um custo médio da dívida, incluindo o Brasil, de

aproximadamente 5,9% no primeiro semestre de 2005.

Os ganhos cambiais líquidos

totalizaram 36 milhões de euros no primeiro semestre de 2005, face a 0,5

milhões de euros em igual período do ano anterior, em resultado essencialmente da evolução da taxa de

câmbio do real face ao euro ao longo do período.

As perdas líquidas em activos financeiros

totalizaram 22 milhões de euros no primeiro semestre de

2005, face a ganhos líquidos de 51 milhões de euros no primeiro semestre de 2004. Esta rubrica inclui

(16)

ganhos e perdas de determinados contratos derivativos, nomeadamente: (1) contratos de equity swap

sobre acções da PT Multimedia (ganhos líquidos de 0,2 milhões de euros no primeiro semestre de 2005,

face a 46 milhões de euros no primeiro semestre de 2004); e (2) derivados cambiais relacionados com as

operações no Brasil, que não cobrem nenhum risco específico (perdas líquidas de 20 milhões de euros no

primeiro semestre de 2005, face a ganhos líquidos de 2 milhões de euros no primeiro semestre de 2004).

Os ganhos relativos a empresas associadas

totalizaram 29 milhões de euros no primeiro semestre de

2005, face a 6 milhões de euros no primeiro semestre de 2004. Esta rubrica incluiu essencialmente a

proporção da PT nos resultados líquidos da CTM em Macau, da Unitel em Angola e da UOL no Brasil, que

totalizaram 31 milhões de euros. A melhoria nesta rubrica de 23 milhões de euros é explicada

essencialmente pelos aumentos nos resultados líquidos da: (1) Unitel de 6 milhões de euros para 14

milhões de euros; (2) UOL de 1 milhão de euros para 9 milhões de euros; e (3) Médi Télécom de uma

perda de 7 milhões de euros para um ganho de 1 milhão de euros.

Os outros custos financeiros

totalizaram 30 milhões de euros no primeiro semestre de 2005, face a 28

milhões de euros no primeiro semestre de 2004. Esta rubrica inclui despesas financeiras diversas,

nomeadamente comissões bancárias e taxas relacionadas.

O custo relativo ao imposto sobre o rendimento

diminuiu no primeiro semestre de 2005 para 176

milhões de euros, face a 184 milhões de euros no primeiro semestre de 2004. A taxa efectiva de imposto

aumentou de 29,6% para 39,6%, em resultado do aumento dos prejuízos de determinadas subsidiárias

da Vivo no período, que não originaram o reconhecimento do correspondente imposto diferido activo.

No primeiro semestre de 2005, esta rubrica incluiu um montante não cash de 129 milhões de euros

(124 milhões de euros no primeiro semestre de 2004), que corresponde a uma redução dos impostos

diferidos activos relativos a prejuízos fiscais registados em anos anteriores.

A rubrica de operações descontinuadas,

no primeiro semestre de 2005, incluiu a participação da PT nos

resultados da Lusomundo Serviços e da PrimeSys. A venda da Lusomundo Serviços foi concluída em 25

de Agosto de 2005, enquanto que a alienação da PrimeSys, anunciada em 5 de Agosto de 2005, está

pendente de aprovação por parte do regulador local de telecomunicações.

Os interesses minoritários

diminuíram de 48 milhões de euros no primeiro semestre de 2004 para 12

milhões de euros no primeiro semestre de 2005, principalmente em resultado do decréscimo de 25

milhões de euros nos lucros das subsidiárias da Vivo.

(17)

Capex

No primeiro semestre de 2005, o total do capex do grupo aumentou 57,7%, para 368 milhões de euros,

em resultado dos aumentos verificados em todos os negócios. No primeiro semestre de 2005, o capex

do grupo foi equivalente a 12,2% dos proveitos operacionais.

CAPEX POR SEGMENTO DE NEGÓCIO

milhões de euros

Rede fixa 96,5 84,2 14,6% 8,6

Móvel Portugal - TMN 47,7 35,4 34,6% 6,4

Móvel Brasil - Vivo (1) 143,0 68,9 107,5% 16,0

Multimédia - PT Multimedia 55,6 22,2 150,4% 18,2

Outros 25,5 22,7 12,3% n.s.

Total do capex 368,3 233,5 57,7% 12,2

(1) Considerando uma taxa de câmbio média euro/real de 3,3140 no 1S05 e de 3,6446 no 1S04.

1S05 % Proveitos

1S05 1S04 ∆ 05/04

No primeiro semestre de 2005, o capex do negócio de rede fixa ascendeu a 97 milhões de euros, um

aumento de 14,6% em relação ao primeiro semestre de 2004, e equivalente a um rácio de capex sobre

os proveitos operacionais de 8,6%. Este aumento resultou essencialmente do forte crescimento da

banda larga.

O capex da TMN aumentou 34,6% no primeiro semestre de 2005, para 48 milhões de euros, equivalente

a 6,4% dos proveitos operacionais. No primeiro semestre de 2005, cerca de 70% do capex de rede da

TMN esteve relacionado com o 3G.

A proporção da PT no capex da Vivo aumentou de 69 milhões de euros no primeiro semestre de 2004

para 143 milhões de euros no primeiro semestre de 2005, equivalente a 16,0% dos proveitos

operacionais. Este aumento resultou essencialmente do investimento em expansão da rede, da cobertura

de CDMA nas regiões onde a CRT e a TCO operam, e da expansão das tecnologias 1xRTT e EV-DO.

No primeiro semestre de 2005, o capex da PT Multimedia aumentou 150,4% face a igual período do ano

anterior, para 56 milhões de euros, equivalente a 18,2% dos proveitos operacionais, em parte em

resultado do investimento de 17 milhões de euros, correspondentes ao valor actual das rendas de um

contrato de 12 anos de um quinto transponder, utilizado nos negócios de TV por subscrição para os seus

serviços de satélite e premium.

No primeiro semestre de 2005, o capex dos outros negócios cresceu 12,3%, para 25 milhões de euros.

Esta rubrica incluiu maioritariamente capex relacionado com despesas em tecnologias de informação e a

expansão do SAP corporativo transversal a todos os negócios da PT, tendo em vista o aumento de

eficiência dos processos de back-office. Esta rubrica inclui também o capex relativo a outras operações

(18)

do grupo que são consolidadas integralmente, mas que não fazem parte dos segmentos de negócio

reportados separadamente.

Cash Flow

EBITDA menos Capex

O EBITDA menos Capex atingiu 780 milhões de euros no primeiro semestre de 2005, uma diminuição de

16,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, em resultado das reduções verificadas na TMN, na

Vivo e na PT Multimedia. O EBITDA menos Capex dos segmentos de negócio em Portugal representou

aproximadamente 93% do total do EBITDA menos Capex do grupo no primeiro semestre de 2005.

EBITDA menos CAPEX POR SEGMENTO DE NEGÓCIO

milhões de euros

Rede fixa 397,7 381,3 4,3% 35,6

Móvel Portugal - TMN 286,5 322,7 (11,2%) 38,3

Móvel Brasil - Vivo (1) 98,0 194,4 (49,6%) 10,9

Multimédia - PT Multimedia 39,2 64,0 (38,7%) 12,8

Outros (41,0) (29,7) 37,9% n.s.

Total EBITDA menos Capex 780,5 932,6 (16,3%) 25,8

(1) Considerando uma taxa de câmbio média euro/real de 3,3140 no 1S05 e de 3,6446 no 1S04.

1S05 % Proveitos

1S05 1S04 ∆ 05/04

Free Cash Flow

No primeiro semestre de 2005, o cash flow operacional decresceu 27,2% face a igual período do ano

anterior, para 620 milhões de euros, em resultado da redução do EBITDA menos Capex e, do aumento do

investimento em fundo de maneio, essencialmente relacionado com o aumento de contas a receber na

Vivo e no negócio de rede fixa. O free cash flow decresceu de 392 milhões de euros no primeiro

semestre de 2004 para 38 milhões de euros negativos no primeiro semestre de 2005, principalmente em

resultado da contribuição extraordinária de 300 milhões de euros para financiar responsabilidades com

cuidados de saúde após reforma.

(19)

FREE CASH FLOW

milhões de euros

EBITDA menos Capex 780,5 932,6 (16,3%)

Items não monetários incluídos no EBITDA:

Custos com benefícios de reforma 72,2 79,8 (9,6%)

Provisões e outras rubricas não monetárias 23,4 6,7 251,3%

Variação do fundo de maneio (255,8) (167,5) 52,7%

Cash flow operacional 620,3 851,6 (27,2%)

Aquisição de investimentos financeiros (10,5) (55,5) (81,1%)

Alienação de empresas 15,9 5,9 169,8%

Juros pagos (138,3) (179,5) (23,0%)

Pagamentos relativos a benefícios de reforma (1) (483,0) (168,5) 186,7%

Impostos sobre o rendimento pagos por subsidiárias (24,1) (34,8) (30,8%)

Outros movimentos (18,3) (26,8) (31,7%)

Free cash flow (37,9) 392,4 n.s.

1S05 1S04 ∆ 05/04

(1) No primeiro semestre de 2005, esta rubrica incluiu: (i) 101 milhões de euros referentes às contribuições para o fundo de pensões; (ii) 66 milhões de euros referentes ao pagamentos de salários a trabalhadores pré-reformados e empregados suspensos até à idade da reforma; (iii) 16 milhões de euros referentes a pagamentos à PT-ACS relativos a custos com cuidados de saúde prestados a trabalhadores reformados, pré-reformados e empregados suspensos até à idade da reforma; e (iv) 300 milhões de euros relativos a contribuições extraordinárias para financiar responsabilidades com cuidados de saúde após reforma.

Balanço Consolidado

O gearing [Dívida Líquida / (Dívida Líquida + Capital Próprio)] aumentou para 55,3% em 30 de Junho de

2005, face a 53,7% no final de Dezembro de 2004, enquanto que o indicador (Capital Próprio + Dívida

de Longo Prazo)/Total do Activo aumentou de 50,9% no final de Dezembro de 2004 para 58,8% no final

do primeiro semestre de 2005. O indicador Dívida Líquida/EBITDA no final de Junho de 2005 era de 1,9

vezes e o rácio de cobertura dos encargos financeiros líquidos pelo EBITDA era de 9,9 vezes.

A exposição líquida (activo menos passivo) da PT ao Brasil totalizou aproximadamente 7.703 milhões de

reais a 30 de Junho de 2005 (2.704 milhões de euros ao câmbio euro/real em 30 de Junho de 2005). Os

activos denominados em reais no balanço a 30 de Junho de 2005 totalizaram 5.344 milhões de euros,

equivalentes a aproximadamente 35% do total do activo. Aproximadamente 98% da exposição líquida

da PT ao Brasil corresponde ao investimento de 50% na Vivo.

A 30 de Junho de 2005, a provisão para benefícios de reforma incluía as responsabilidades não

fundeadas, relativas às responsabilidades com benefícios de reforma da PT no montante de 1.975

milhões de euros, menos as perdas actuariais líquidas e outras responsabilidades de serviços passados no

montante de 1.067 milhões de euros, as quais foram diferidas de acordo com os IFRS. No primeiro

semestre de 2005, a provisão para benefícios de reforma diminuiu em 324 milhões de euros, para 908

milhões de euros, principalmente em resultado: (1) da contribuição extraordinária de 300 milhões de

euros para financiar responsabilidades com cuidados de saúde após reforma; (2) da contribuição de 101

(20)

milhões de euros para o fundo de pensões correspondendo ao nível espectável de contribuições em

2005, excluindo o impacto de reduções adicionais de efectivos ao longo do ano; (3) de pagamentos de

salários a trabalhadores pré-reformados e empregados suspensos até à idade da reforma no montante

de 66 milhões de euros; e (4) de pagamentos relativos a custos com cuidados de saúde no montante de

16 milhões de euros. Estes impactos foram maioritariamente compensados pelos custos de benefícios de

reforma e custos de redução de efectivos, registados na demonstração de resultados no primeiro

semestre de 2005, no montante de 72 milhões de euros e 97 milhões de euros, respectivamente.

BALANÇO CONSOLIDADO

milhões de euros

Activo circulante 4.854,9 3.897,2

Disponibilidades e títulos negociáveis 2.768,2 1.947,0

Dívidas de terceiros de curto prazo, líquidas 1.572,0 1.415,4

Existências, líquidas 187,8 175,1

Impostos a receber 164,1 179,4

Custos diferidos e outros activos circulantes 162,9 180,3

Activo não circulante 9.955,8 9.682,4

Dívidas de terceiros de curto prazo, líquidas 30,0 21,5

Custos diferidos 4,9 6,2

Impostos a receber 100,1 62,6

Investimentos financeiros 434,1 435,3

Imobilizado incorpóreo, líquido 3.557,2 3.244,9

Imobilizado corpóreo, líquido 3.996,3 3.934,3

Impostos diferidos 1.002,1 1.125,3

Outros activos não circulantes 831,1 852,3

Activos de operações descontinuadas 351,8 0,0

Total do activo 15.162,4 13.579,6

Passivo circulante 3.787,9 4.015,1

Dívida de curto prazo 1.556,1 1.615,8

Dívidas a terceiros 1.018,7 1.264,8

Acréscimos de custos 604,2 599,8

Proveitos diferidos 232,3 225,5

Impostos a pagar 194,5 173,6

Provisões e outros passivos correntes 182,0 135,4

Passivo não circulante 7.804,1 6.518,6

Dívida de médio e longo prazo 5.467,7 3.863,0

Dívidas a terceiros 19,0 17,6

Impostos a pagar 30,2 25,6

Proveitos diferidos 17,3 15,6

Responsabilidades com benefícios de reforma 908,2 1.232,1

Impostos diferidos 323,7 327,9

Provisões e outros passivos não circulantes 1.037,9 1.036,9

Passivos de operações descontinuadas 126,4 0,0

Total do passivo 11.718,3 10.533,7

Capital próprio antes de interesses minoritários 2.733,5 2.478,3

Interesses minoritários 710,7 567,6

Capital próprio 3.444,2 3.045,9

Total do passivo e capital próprio 15.162,4 13.579,6

(21)

Dívida Líquida Consolidada

A dívida líquida consolidada da PT em 30 de Junho de 2005 situou-se em 4.256 milhões de euros, um

aumento de 724 milhões de euros em relação ao final do ano de 2004, essencialmente em resultado: (1)

da contribuição extraordinária de 300 milhões de euros para financiar responsabilidades com cuidados

de saúde após reforma; (2) da contribuição para o fundo de pensões no montante de 101 milhões de

euros; (3) dos fluxos relacionados com a remuneração accionista, incluindo dividendos e programas de

share buyback, no montante de 395 milhões de euros e 151 milhões de euros, respectivamente; e (4)

dos fluxos referentes a pagamentos de dividendos a accionistas minoritários da PT Multimedia (25

milhões de euros) e a programas de share buyback relativos ao exercício de warrants (59 milhões de

euros). Excluindo a contribuição extraordinária para financiar obrigações com cuidados de saúde após

reforma, e os fluxos relativos à remuneração accionista da PT e da PT Multimedia, a dívida líquida teria

diminuído em 206 milhões de euros no primeiro semestre de 2005.

VARIAÇÃO DA DÍVIDA LÍQUIDA

milhões de euros

Dívida líquida (balanço inicial) 3.531,8

Free cash flow (37,9)

Operações descontinuadas (segmento media e PrimeSys) 39,3

Ganhos em instrumentos derivados para cobertura de risco cambial (15,1)

Efeitos de conversão cambial da dívida em dólares e reais (97,3)

Dividendos pagos pela PT (395,1)

Dividendos pagos pela PT Multimedia (24,5)

Agrupamento de capital das empresas da Vivo 16,8

Aquisição de acções próprias / equity swaps (150,9)

Warrants emitidos pela PT Multimedia (59,0)

Dívida líquida (balanço final) 4.255,6

Aumento da dívida líquida 723,8

Aumento da dívida líquida (%) 20,5%

1S05

Em 30 de Junho de 2005, 77,8% da dívida total da PT era de médio e longo prazo, sendo 71,6% do

endividamento total a taxas fixas. Nessa data, 85,6% da dívida total estava denominada em euros, 2,0%

em dólares americanos e 12,4% em reais brasileiros. No final de Junho de 2005, os únicos empréstimos

da PT com rating triggers (no caso do rating da PT ser igual a BBB+) eram quatro empréstimos do Banco

Europeu de Investimento (BEI), totalizando 400 milhões de euros, incluindo dois empréstimos de 250

milhões de euros utilizados em Fevereiro de 2005. Adicionalmente, a PT tem contratadas e disponíveis

linhas de papel comercial tomadas firme, no montante global de 875 milhões de euros, dos quais 235

milhões de euros estavam utilizadas em 30 de Junho de 2005. A PT detém ainda linhas de crédito

disponíveis no montante de 900 milhões de euros, das quais estavam utilizadas em 30 de Junho de 2005

um montante total de 575 milhões de euros. A proporção da PT na dívida líquida da Vivo ascendeu a 526

milhões de euros em 30 de Junho de 2005. A quase totalidade da dívida líquida da Vivo está

actualmente denominada em reais ou convertida para reais através de contratos derivativos.

(22)

DÍVIDA LÍQUIDA CONSOLIDADA

milhões de euros

Dívida curto prazo 1.556,1 1.615,8 (59,8) (3,7%)

Empréstimos bancários 374,0 473,9 (99,9) (21,1%)

Empréstimos obrigacionistas 899,5 585,0 314,6 53,8%

Outros empréstimos obtidos 249,0 338,0 (88,9) (26,3%)

Responsabil. de equity swaps em acções próprias 0,0 189,8 (189,8) n.s.

Locações financeiras 33,6 29,2 4,3 14,7%

Dívida de médio e longo prazo 5.467,7 3.863,0 1.604,7 41,5%

Empréstimos bancários 1.881,1 1.337,0 544,1 40,7%

Obrigações convertíveis 390,2 386,9 3,3 0,8%

Empréstimos obrigacionistas 2.951,4 1.848,2 1.103,2 59,7%

Outros empréstimos obtidos 38,7 90,7 (52,0) (57,3%)

Locações financeiras 206,3 200,2 6,2 3,1%

Divida total 7.023,8 5.478,8 1.545,0 28,2%

Disponibilidades e títulos negociáveis 2.768,2 1.947,0 821,2 42,2%

Dívida líquida consolidada 4.255,6 3.531,8 723,8 20,5%

30 Jun 2005 31 Dez 2004 Variação Variação (%)

No primeiro semestre de 2005, o custo médio da dívida da PT, incluindo os empréstimos obtidos no

Brasil denominados em reais, foi de 5,9%. Excluindo a dívida Brasileira, o custo médio da dívida foi de

4,2% no primeiro semestre de 2005.

PERFIL DA MATURIDADE DA DÍVIDA LÍQUIDA

milhões de euros

2005 (2.206,5) Posição líquida de cash

2006 1.541,9 Inclui 900 milhões de euros de Eurobonds emitidas em Fevereiro de 2001 e

390 milhões de euros de obrigações convertíveis emitidas em Dezembro de 2001

2007 377,5

2008 260,4

2009 1.258,6 Inclui 880 milhões de euros de Eurobonds emitidas em Abril de 1999

2010 568,1

2011 101,3

2012 1.081,6 Inclui 1.000 milhões de euros de Eurobonds emitidas em Março de 2005

2013 61,3

2014 e seguintes 1.211,4 Inclui 500 milhões de euros de Eurobonds emitidas em Março de 2005 (matura em 2017) e 500 milhões de euros de Eurobonds emitidas em Junho de 2005 (matura em 2025)

Total 4.255,6

Maturidade Dívida líquida Notas

Em 24 de Março de 2005, a PT emitiu 1,5 mil milhões de euros de Eurobonds com maturidades de 7 anos

(mil milhões de euros) e 12 anos (500 milhões de euros) e em 16 de Junho de 2005 emitiu mais 500

milhões de euros de Eurobonds com maturidade de 20 anos, como parte do refinanciamento do seu

Balanço. Em Fevereiro de 2005, a PT também utilizou 250 milhões de euros de dois empréstimos de 10

anos, contratados com o BEI em Dezembro de 2004 e Janeiro de 2005. Adicionalmente, a maturidade de

determinadas linhas de créditos disponíveis da PT, no montante de 750 milhões de euros, foi prolongada

por mais dois anos. Como consequência destas operações, a maturidade da dívida da PT aumentou para

8,9 anos. Excluindo a dívida brasileira, a maturidade da dívida da PT foi prolongada para 9,5 anos.

(23)

RATINGS DE DÍVIDA

Standard & Poor's A- Estável 6 Mai 2003

Moody's A3 Estável 14 Jun 2002

Última alteração

Actual Outlook

Capital próprio (excluindo interesses minoritários)

Em 30 de Junho de 2005, o capital próprio, excluindo interesses minoritários, ascendeu a 2.733 milhões

de euros, um aumento de 255 milhões de euros em relação ao final de 2004, em resultado

essencialmente: (1) do pagamento de dividendos no semestre no montante de 395 milhões de euros;

(2) da aquisição de acções próprias no valor de 151 milhões de euros, de acordo com o programa de

share buyback anunciado; (3) do impacto para a PT, no montante de 33 milhões de euros, das acções

próprias adquiridas pela PT Multimedia aos accionistas minoritários que optaram pelo exercício físico

dos warrants emitidos pela PT Multimedia em Maio de 2005; (4) do resultado líquido gerado no período

de 259 milhões de euros; e (5) do impacto dos ajustamentos positivos de conversão cambial de 582

milhões de euros, resultantes essencialmente da apreciação do real face ao euro (euro/real de 2,8489 em

30 de Junho de 2005 comparativamente com euro/real de 3,6147 no final de 2004).

Em 15 de Setembro de 2005, a PT detinha 37.628.550 acções próprias, equivalentes a 3,0% do seu

capital antes do cancelamento de 7,0% de acções próprias em 28 de Dezembro de 2004. Deste modo, a

PT completou o programa de share buyback de 10% do seu capital, anunciado em Setembro de 2003.

Nos termos da legislação portuguesa, o montante de reservas distribuíveis é determinado de acordo com

as demonstrações financeiras individuais da empresa, de acordo com o Plano Oficial de Contabilidade

(POC). As reservas distribuíveis diminuíram de 851 milhões de euros no final de 2004 para 349 milhões

de euros no final de Junho de 2005, principalmente em resultado de: (1) 395 milhões de euros relativos a

dividendos pagos; (2) 340 milhões de euros relativos à aquisição de acções próprias da PT através do

exercício de contratos de equity swaps (incluindo 151 milhões de euros relativos a contratos de equity

swaps realizados no primeiro semestre de 2005); (3) 201 milhões de euros relativos a 95% do resultado

líquido gerado no período (POC) de 212 milhões de euros; e (4) 32 milhões de euros recebidos pela PT

da PT Multimedia, relativos ao exercício financeiro dos warrants emitidos pela PT Multimedia em Maio

de 2005, os quais correspondem à distribuição efectiva de reservas. O nível das reservas distribuíveis é

influenciado pelo montante: (1) de acções próprias detidas; (2) do resultado líquido gerado; e (3) de

dividendos pagos. Adicionalmente, as reservas distribuíveis podem ainda ser influenciadas

negativamente pela desvalorização do real face ao euro. Tendo em conta o nível de exposição da PT ao

(24)

Brasil, em 30 de Junho de 2005, a depreciação do real face ao euro só teria um impacto negativo nas

reservas distribuíveis se a taxa de câmbio euro/real ultrapassasse os 3,95.

Análise dos Resultados Operacionais

Rede fixa

Os proveitos operacionais do negócio de rede fixa diminuíram 2,5% no primeiro semestre de 2005, face

a igual período do ano anterior, para 1.116 milhões de euros, em resultado do decréscimo das receitas de

retalho, de wholesale e de outras receitas de rede fixa. Excluindo o impacto do decréscimo das tarifas de

interligação fixo-móvel, os proveitos operacionais teriam decrescido 1,9% no primeiro semestre de

2005, face a igual período do ano anterior. Com efeito, as receitas líquidas e as receitas líquidas de

retalho, ajustadas dos correspondentes custos de telecomunicações, aumentaram 2,5% e 2,8%

respectivamente.

PROVEITOS OPERACIONAIS DO NEGÓCIO DE REDE FIXA

(1)

milhões de euros Retalho 671,3 688,7 (2,5%) Receitas fixas 343,1 330,3 3,9% Tráfego 249,8 303,5 (17,7%) Doméstico 216,0 265,3 (18,6%) Internacional 33,8 38,2 (11,5%) ADSL retalho 70,7 41,2 71,5% ISP e outros 7,7 13,6 (43,6%)

Serviços a operadores (wholesale) 211,6 220,0 (3,8%)

Tráfego 106,7 120,9 (11,7%)

Circuitos alugados 84,9 77,4 9,7%

Outros 20,0 21,7 (7,9%)

Dados e soluções empresariais 124,1 118,8 4,5%

Comunicação de dados 60,7 50,7 19,6%

Circuitos alugados 16,4 25,6 (36,0%)

Gestão de redes e outsourcing 11,5 8,4 36,3%

Outros 35,6 34,0 4,5%

Outros proveitos de rede fixa 109,1 117,1 (6,8%)

Outros serviços de telefone fixo 20,1 12,0 66,9%

Outros proveitos operacionais 9,5 19,9 (52,1%)

Vendas 15,7 16,3 (4,0%)

Listas telefónicas 61,4 65,8 (6,7%)

Portais 2,4 3,0 (20,9%)

Proveitos operacionais 1.116,1 1.144,6 (2,5%)

(1) Inclui transacções intragrupo.

(25)

Em termos de receitas de retalho, as receitas fixas aumentaram 3,9%, para 343 milhões de euros, no

primeiro semestre de 2005, em resultado da maior contribuição dos planos de preços, que

representaram 8,6% das receitas fixas, e também do impacto da subida do preço da assinatura mensal

em Agosto de 2004, que conduziu a um aumento médio de 2,9%, mais do que compensando a queda do

número de acessos. Por outro lado, as receitas de tráfego diminuíram 17,7% face a igual período do ano

anterior, em resultado da diminuição dos volumes de tráfego e da redução das tarifas fixo-móvel. As

receitas de ADSL de retalho registaram um aumento significativo no primeiro semestre de 2005,

ascendendo a 71 milhões de euros, face a 41 milhões de euros no primeiro semestre de 2004. Por outro

lado, as receitas de ISP de banda estreita diminuíram 43,6% para 8 milhões de euros, em resultado do

forte crescimento dos serviços de banda larga. O efeito líquido foi uma redução de 2,5% das receitas de

retalho para 671 milhões de euros no primeiro semestre de 2005, face ao período homólogo.

O ambiente competitivo no segmento corporate continuou intenso. Não obstante, através de uma

oferta cada vez mais integrada, a PT ganhou novos contratos no período, nomeadamente de TI, onde a

PT começou a actuar com maior relevância. As receitas de serviços de gestão de redes e outsourcing

registaram também uma evolução positiva, aumentando em 36,3% no primeiro semestre de 2005. Os

serviços de dados e a Internet continuaram com uma forte performance no primeiro semestre de 2005.

Além disso, houve um grande esforço para melhorar a oferta de voz e dados nos serviços de valor

acrescentado.

As receitas de wholesale decresceram 3,8% no primeiro semestre de 2005 face a igual período do ano

anterior, para 212 milhões de euros, principalmente como resultado do decréscimo das receitas de

tráfego, mais do que compensando o crescimento dos circuitos alugados. O decréscimo das receitas de

tráfego é explicado pela diminuição das receitas de tráfego de entrada internacional, em resultado da

redução das tarifas de interligação internacional-móvel, imposta pelo regulador, em linha com o

ajustamento nas outras tarifas de interligação (fixo-móvel e móvel-móvel), bem como pelo decréscimo

das receitas de trânsito internacional. O acréscimo das receitas dos circuitos alugados foi sustentado

pelo aumento do número de circuitos alugados fornecidos para outros operadores de telecomunicações.

(26)

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS DO NEGÓCIO DE REDE FIXA

(1) milhões de euros

Proveitos operacionais 1.116,1 1.144,6 (2,5%)

Prestação de serviços 1.090,8 1.108,3 (1,6%)

Vendas 15,7 16,3 (4,0%)

Outros proveitos operacionais 9,5 19,9 (52,1%)

Custos operacionais recorrentes, excluindo amortizações 621,8 679,1 (8,4%)

Custos com o Pessoal(2) 145,0 137,6 5,4%

Custos com benefícios de reforma (PRB) 72,1 79,7 (9,6%)

Custos directos dos serviços prestados 196,9 243,0 (19,0%)

Custos de telecomunicações 154,4 199,2 (22,5%)

Listas telefónicas 41,5 44,0 (5,6%)

Outros 1,0 (0,3) n.s.

Custo das mercadorias vendidas 14,9 19,0 (21,9%)

Marketing e publicidade 23,3 15,5 49,7%

Serviços de suporte 65,6 52,1 26,1%

Fornecimentos e serviços externos 72,6 66,1 9,9%

Provisões (15,7) 7,0 n.s.

Outros custos operacionais 47,2 59,2 (20,3%)

EBITDA 494,2 465,5 6,2%

Amortizações 173,6 188,1 (7,7%)

Resultado operacional recorrente 320,6 277,4 15,6%

Margem EBITDA 44,3% 40,7% 3,6pp

Capex 96,5 84,2 14,6%

Capex em % dos proveitos operacionais 8,6% 7,4% 1,3pp

EBITDA menos Capex 397,7 381,3 4,3%

(1) Inclui transacções intragrupo.

(2) O aumento desta rubrica resulta essencialmente da incorporação da PT Corporate no segmento da rede fixa no 1S05. Excluindo este impacto, os custos com pessoal do segmento da rede fixa teriam aumentado 2,3% no primeiro semestre de 2005, face a igual período de 2004, principalmente devido a uma redução no nível dos trabalhos para a própria empresa no período.

1S05 1S04 ∆ 05/04

O EBITDA aumentou 6,2% no primeiro semestre de 2005, para 494 milhões de euros, devido

principalmente à reversão de uma provisão para dívidas de cobrança duvidosa, referente ao tráfego

internacional em Angola, no montante de 23 milhões de euros. A melhoria na margem EBITDA resultou

essencialmente das medidas de racionalização de custos, da redução dos custos com benefícios de

reforma e do efeito da redução dos preços de interligação.

No primeiro semestre de 2005, o capex situou-se em 97 milhões de euros, um aumento de 14,6% face a

igual período do ano anterior, e equivalente a 8,6% dos proveitos operacionais em resultado da forte

expansão da banda larga. O EBITDA menos Capex no primeiro semestre de 2005 atingiu 398 milhões de

euros, representando um acréscimo de 4,3% face a igual período de 2004, e equivalente a 35,6% dos

proveitos operacionais.

A PT continua a manter a posição de liderança no mercado doméstico em termos do total de minutos de

tráfego originado, tal como do parque de acessos principais e de acessos ADSL, apesar do aumento

significativo de concorrência. Esta performance foi conseguida através de uma estratégia bem sucedida

(27)

de retenção de clientes, assente na diferenciação e inovação, competitividade da oferta em termos de

preços, serviço ao cliente e qualidade de serviço.

DADOS OPERACIONAIS DO NEGÓCIO DE REDE FIXA

Acessos (mil) 4.445 4.282 3,8%

PSTN/RDIS 3.871 3.985 (2,8%)

Pré-selecção 540 485 11,4%

ADSL retalho 500 260 92,1%

ADSL wholesale 46 33 40,3%

Lacetes locais desagregados 28 5 n.s.

Adições líquidas (mil) 68 56 20,5%

PSTN/RDIS (77) (52) 48,6%

Pré-selecção 55 46 19,6%

ADSL retalho 120 99 20,8%

ADSL wholesale 5 5 2,9%

Lacetes locais desagregados 19 3 n.s.

Planos de preços (mil) 1.330 470 183,1%

ARPU (euros) 34,0 34,3 (0,8%)

Assinatura e voz 29,7 31,1 (4,4%)

Dados 4,3 3,2 34,4%

Rácio chamadas completadas (%) 99,8 99,8 0,0pp

Avarias por 100 acessos (nº) 4,2 4,8 (0,6pp)

Total de acessos de comunicação de dados (mil) 36 36 0,6%

Capacidade vendida de web empresarial (mbps) 8.732 4.330 101,7%

Circuitos alugados (mil) 15,8 17,9 (11,8%)

Capacidade (equivalente a 64 kbps) (mil) 187 179 4,8%

Digital (%) 96,1 95,5 0,6pp

1S04 ∆ 05/04

1S05

O total de acessos da rede fixa registou no primeiro semestre de 2005 um aumento líquido de 68 mil,

suportado pelo elevado nível de adições líquidas de ADSL de retalho, que totalizaram 120 mil no

período. No primeiro semestre de 2005, as desmontagens líquidas de acessos PSTN/RDIS situaram-se

em 77 mil, em resultado do aumento da concorrência e de uma conjuntura macroeconómica

desfavorável. O número total de acessos da rede fixa no final de Junho de 2005 situou-se em 4.445 mil,

dos quais 3.871 mil acessos PSTN/RDIS, 500 mil acessos ADSL de retalho, 46 mil acessos ADSL de

wholesale e 28 mil lacetes locais desagregados.

No âmbito da estratégia da PT de acrescentar cada vez mais valor na oferta de banda larga residencial, a

PT multiplicou por quatro as velocidades oferecidas aos clientes de banda larga, passando a oferta

standard a disponibilizar uma velocidade de 2mbps. Tendo em conta o objectivo de aumentar a

penetração de banda larga em Portugal e de promover o uso da Internet, a PT organizou um concurso a

nível nacional - o Sapo Challenge - entre todas as escolas do país, o qual testou as capacidades dos

alunos para utilizar o motor de busca, com o portal SAPO e o serviço de instant messenging da PT - Sapo

Messenger.

(28)

O lançamento do serviço de instant messenging da PT - Sapo Messenger - tem sido um enorme sucesso.

Este serviço suportado na marca Sapo (o portal líder em Portugal), permite a comunicação com outros

messengers existentes no mercado (como o MSN e o ICQ), mandar e receber SMS e uma forte utilização

des conteúdos locais. O Sapo Messenger tinha cerca de 150 mil clientes activos no final do primeiro

semestre de 2005. O sucesso deste serviço abriu caminho para a introdução de serviços de VoIP

softphone e vídeo, baseados no Sapo Messenger, já no terceiro trimestre de 2005.

Os planos de preços continuaram com um forte crescimento no primeiro semestre de 2005, com as

adições líquidas a totalizar 383 mil no período. O número total de planos de preços atingiu 1.330 mil no

final do semestre, equivalente a uma penetração 36,5% dos acessos residenciais.

Os preços do serviço fixo de telefone foram actualizados e lançados em 1 de Agosto de 2004, de que

resultou um aumento médio da assinatura de 2,9% no primeiro semestre de 2005, face a igual período

de 2004 e decréscimos médios de 20,7% e de 27,9% nas comunicações regionais e nacionais,

respectivamente.

No primeiro semestre de 2005, o ARPU total (voz e dados) diminuiu 0,8%, face a igual período de 2004,

para 34,0 euros. O ARPU de assinatura e voz (PSTN/RDIS excluindo Internet dial-up) decresceu 4,4%

para 29,7 euros, em resultado da redução das receitas de tráfego, e o ARPU de dados (incluindo ADSL e

Internet dial-up) aumentou 34,4% para 4,3 euros, representando 12,6% do ARPU total no primeiro

semestre de 2005. O ARPU de ADSL situou-se em 27,7 euros no primeiro semestre de 2005, face a 33,8

euros no primeiro semestre de 2004. A diluição do ARPU de ADSL resultou do aumento da penetração

do produto pré-pago.

No primeiro semestre de 2005, os preços de interligação diminuíram 10,0% na terminação de

comunicações e 9,9% na originação, face a igual período de 2004.

A PT continua a ser o operador líder no mercado de dados e de soluções integradas em Portugal. No

primeiro semestre de 2005, a venda de capacidade de Internet a clientes empresariais aumentou

101,7%, face a igual período do ano anterior, devido essencialmente à expansão da oferta de ADSL. No

primeiro semestre de 2005, o número total de acessos de comunicação de dados aumentou 0,6%. A

capacidade dos circuitos alugados a clientes finais aumentou 4,8% no primeiro semestre de 2005 e a

capacidade digital atingiu 96,1% do total da capacidade dos circuitos alugados, um aumento de 0,6pp

face ao primeiro semestre de 2004.

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