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O Capítulo VII – Da Prestação de Contas e dos

4 O PROCESSO DE IMPLEMENTAÇÃO DA

4.6 O Regulamento de Trâmite de Instrumentos Legais na

4.6.7 O Capítulo VII – Da Prestação de Contas e dos

O presente capítulo é o seguimento do anterior. Se naquele discorre-se sobre a apresentação de resultados parciais, este dispõe sobre a apresentação dos resultados finais de cada parceria.

Durante a pesquisa foi verificado que no período de 2010 a 2012, após entrada em vigor do RTL/UFLA, somente um coordenador apresentou os resultados de sua parceria à DICON.

A DICON no ano de 2010 adotou como procedimento enviar aos coordenadores um formulário para apresentação dos resultados obtidos na parceria. Uma vez que somente um respondeu, o procedimento acabou caindo em desuso.

Ao analisar os motivos do abandono, constatou-se que o RTL/UFLA não dispunha sobre a apresentação de resultados por parte do coordenador, somente sobre a prestação de contas à então Diretoria de Contabilidade e Administração Financeira (DCAF)62 quando havia repasse de recursos financeiros.

Desta forma a DICON não tomava ciência sobre a finalização da execução da parceria, mesmo tendo ela o repasse de recursos. Tal fato foi

62 A DCAF foi transformada em Diretoria de Orçamento, Finanças e Contabilidade

levantado durante a pesquisa do presente trabalho, na qual constatou que não há registros de prestação de contas nos arquivos da DICON.

Os artigos do Capítulo VII traziam a seguinte redação:63

Art. 31. O repasse de recursos financeiros, quando previstos nos instrumentos legais regidos por este Regulamento, estará sujeito à prestação de contas de sua boa e regular aplicação, na forma prevista na legislação federal.

Art. 32. O acompanhamento e a fiscalização contábil dos instrumentos legais serão realizados pela Diretoria de Contabilidade e Administração Financeira (DCAF) da UFLA.

Art. 33. A prestação de contas deverá ser apresentada pelo gestor ou pela entidade gestora dos recursos financeiros, à DCAF, até 30 (trinta) dias após a extinção, rescisão, denúncia ou cumprimento integral do objeto ajustado em cada instrumento e será composta do seguintes documentos:

I - extrato da conta bancária vinculada;

II - relação de pagamentos, identificando o nome do beneficiário e seu CNPJ/MF ou CPF/MF; número dos documentos fiscais, com as datas de emissão dos bens adquiridos e números de patrimônio da UFLA, quando for o caso;

III - atas de licitação, cópias de despachos adjudicatórios e de homologação das licitações realizadas ou as justificativas de dispensa e inexigibilidade, com o respectivo embasamento legal;

IV - Relatório de Execução Físico-Financeira, constituído dos demonstrativos de receitas e despesas relacionados com o cronograma de execução, constante no Plano de Trabalho;

V - guias de recolhimento de saldos à conta única do Tesouro de valores com essa destinação legal ou normativa;

VI - relação dos resultados vantajosos obtidos em favor da UFLA, registrada em formulário padronizado, disponível no sítio eletrônico da Dicon;

VII - relação dos termos de doação ao patrimônio da UFLA dos bens duráveis adquiridos, conforme previsão no instrumento legal.

Art. 34. Ao término da conferência da prestação de contas, a DCAF emitirá um laudo de avaliação atestando ou não a regularidade das despesas, que deverá ser acostado aos autos do competente processo administrativo.

63 O tachado sobre o texto dos artigos 32, 33 e 34 tem por finalidade alertar o leitor que

sua redação não possui validade em decorrência da edição da Portaria do Reitor nº 160, de 4/3/2013.

Por este motivo, o Diretor de Contratos e Convênios solicitou a alteração dos artigos 32, 33 e 34 do RTL/UFLA, com o intuito de se modificar a sistemática na prestação de contas das parcerias que tenham repasse de recursos financeiros “a fim de que as contas parciais e finais sejam tramitadas via DICON com o intuito de haver um controle efetivo sobre a real apresentação dessas. O que fará com que a DCOF cumpra a obrigação de emitir laudo dentro de um prazo razoável, a fim de que o processo seja encerrado, pois ocorre que atualmente não há registro no processo sobre prestação de contas e resultados”64. A solicitação foi acatada prontamente pelo Reitor que na mesma Portaria nº 160/2013 alterou a redação dos citados artigos.

Na nova sistemática, a prestação de contas continua sendo necessária às parcerias que sejam subsidiadas com repasse de recursos financeiros. É o que prevê o artigo 31. O acompanhamento e fiscalização contábil continuam a cargo da DCOF.

Art. 31. O repasse de recursos financeiros, quando previstos nos instrumentos legais regidos por este Regulamento, estará sujeito à prestação de contas de sua boa e regular aplicação, na forma prevista na legislação federal.

Art. 32. O acompanhamento e a fiscalização contábil dos instrumentos legais serão realizados pela Diretoria de Contabilidade, Orçamento e Finanças (DCOF) da UFLA.

A obrigação de prestar contas, segundo o caput do artigo 33, é do gestor da parceria, no caso de repasses feitos diretamente à UFLA ou da entidade gestora, quando se tratar de repasse a uma fundação de apoio ou a um dos celebrantes diferente da UFLA.

Art. 33. Cada prestação de contas deverá ser apresentada pelo gestor ou pela entidade gestora dos recursos financeiros, à Dicon, conforme

previsto no instrumento legal a que estiver vinculada. (nova redação

dada pela Portaria Reitor nº 160/2013)

O primeiro parágrafo apresenta o prazo para se realizar a prestação de contas, que é de trinta dias contados da finalização da parceria, prorrogáveis justificadamente por igual período.

§ 1º A prestação de contas final deverá ser apresentada em até 30 (trinta) após, prorrogáveis por igual período por solicitação devidamente justificada, após a extinção, rescisão, denúncia ou cumprimento integral do objeto ajustado em cada instrumento.

(incluído pela Portaria Reitor nº 160/2013)

O parágrafo seguinte elenca a documentação mínima que deve conter a prestação de contas. O referido rol procura dar as condições necessárias à DCOF para analisar se os recursos foram gastos devidamente, bem como se foram atendidas as regras licitatórias na aquisição de bens e serviços. Também verificar o recolhimento à conta do Tesouro Nacional dos valores devidos à UFLA e das sobras porventura havidas.

§ 2º A prestação de contas será composta dos seguintes documentos:

(incluído pela Portaria Reitor nº 160/2013)

I - extrato da conta bancária vinculada;

II - relação de pagamentos, identificando o nome do beneficiário e seu CNPJ/MF ou CPF/MF; número dos documentos fiscais, com as datas de emissão dos bens adquiridos e números de patrimônio da UFLA, quando for o caso;

III - atas de licitação, cópias de despachos adjudicatórios e de homologação das licitações realizadas ou as justificativas de dispensa e inexigibilidade, com o respectivo embasamento legal;

IV - Relatório de Execução Físico-Financeira, constituído dos demonstrativos de receitas e despesas relacionados com o cronograma de execução, constante no Plano de Trabalho;

V - guias de recolhimento de saldos à conta única do Tesouro de valores com essa destinação legal ou normativa;

VI - relação dos resultados vantajosos obtidos em favor da UFLA ou da sociedade, registrada em formulário padronizado, disponível no sítio eletrônico da DICON;

VII - relação dos termos de doação ao patrimônio da UFLA dos bens duráveis adquiridos, conforme previsão no instrumento legal.

O parágrafo terceiro traz uma inovação com o intuito de impor sansão ao coordenador que não tiver as contas apresentadas. Tal imposição se faz necessária tendo em vista que o coordenador é o responsável no âmbito da UFLA e no da fundação apoiadora pela execução do objeto da parceria, atuando ele como ordenador de despesas.

§ 3º A falta de apresentação da prestação de contas impedirá o coordenador do instrumento jurídico de participar de equipe técnica de contrato ou parceria ou de ser seu coordenador até a prestação das contas pendentes. (incluído pela Portaria Reitor nº 160/2013)

A DCOF como órgão de controle financeiro e contábil tem por obrigação analisar as prestações de contas das parcerias em que tenham sido envolvidos recursos públicos, que são, para este fim, todos os derivados de verbas orçamentárias e aportados na parceria ou, advindo de pessoa física ou jurídica de direito privado, para execução de ação, programa, projeto ou atividade em que esteja envolvida pessoa jurídica de direito público. Assim, independentemente da fonte pagadora, caso os recursos sejam utilizados para fins públicos e em conjunto com a Administração Pública eles se tornam públicos e como tal devem ser tratados.

Impõe o caput do artigo 34 que a DCOF deverá apresentar laudo de avaliação da prestação de contas no prazo de sessenta dias, a fim de que seja dado um feedback à DICON a respeito das contas. De nada adianta essas serem aprovadas se não há a respectiva divulgação. Ou então se houver demasiada demora na apresentação do resultado visto que, se ocorreram erros esses devem

ser sanados o mais rápido possível. Caso contrário, os prejuízos podem ser irreversíveis.

Art. 34. Recebida a prestação de contas pela DCOF, cabe a esta realizar sua conferência e, no prazo de 60 (sessenta) dias emitir o competente laudo de avaliação atestando ou não a regularidade das despesas.

O primeiro parágrafo contempla as obrigações a serem adotadas pela DICON após receber o laudo de avaliação. Se as contas forem aprovadas, juntar- se-á a mesma ao processo e promove-se o arquivamento. Caso sejam consideradas inconsistentes, incompletas ou irregulares, adotar-se-á as medidas que forem necessárias, apurando, se for o caso, a responsabilidade por meio do competente processo administrativo disciplinar.

§ 1º O laudo de avaliação será encaminhado à Dicon para:

a) ser acostado aos autos do competente processo administrativo, caso as contas estejam aprovadas; ou

b) serem adotadas as providências cabíveis caso a DCOF as tenha julgado irregulares, incompletas ou inconsistentes.

O parágrafo segundo também inova e complementa o parágrafo terceiro do artigo 33. No caso a imposição de sansão ao coordenador será pelo fato das contas apresentadas não serem aprovadas.

§ 2º As contas julgadas irregulares impedirá o coordenador do instrumento jurídico de participar de equipe técnica de outro contrato ou parceria ou de ser seu coordenador até saneamento dessas.