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O Colégio São José em Castro: um marco arquitetônico

CAPÍTULO 4. São José, o Colégio de Castro: arquitetura, educação e

4.1. O Colégio São José em Castro: um marco arquitetônico

A existência de prédios escolares em Castro era uma aspiração de sua população, expressa em órgãos de imprensa desde o século XIX. Como se o local bem estruturado para as aulas fosse o primeiro passo, senão o mais importante, para resolver o problema da precariedade da instrução dos jovens castrenses. O periódico A Campanha, em Março de 1896, comentava que as duas necessidades da cidade seriam um teatro e uma escola. Quanto ao estabelecimento escolar, afirmava:

“É ponto averiguado que no ensino tudo está dependente do professor; mas, no entanto, é justo dizermos que uma casa escolar, vantajosamente espaçosa, com cômodos especiais e preparados cautelosamente para o fim a que se destina, e provida de boa mobília, livros, mapas, quadros, biblioteca e todos os utensílios indispensáveis, muito auxiliará ao mestre e concorrerá também para a boa marcha, facilidade e desenvolvimento do ensino primário”.347

Além de facilitar o trabalho pedagógico, uma casa escolar teria outra função, a de demonstrar aos visitantes o progresso da cidade. Neste sentido, questionava o hebdomadário:

“Quem poderá por um só momento afirmar que somos adiantados, progressistas e patriotas, se não possuímos sequer um edifício dessa natureza, que possa atestar ao viajante o nosso adiantamento e progresso? Só poderá crer que progredimos, que o nosso progresso é visível, o viajante iletrado e inconsciente; mas um cidadão pensador não ousará afirmar, sem que lhe assome aos lábios um sorriso de tristeza”.348

A instalação do Colégio São José numa das praças centrais da cidade responderia a estas duas expectativas: a de contar-se com um estabelecimento de ensino a funcionar regularmente ao longo dos anos e, pela sua presença arquitetônica,

347 A Campanha, nº. 30, 08/03/1896, p. 1.

348 Idem.

indicar o avanço civilizatório da cidade. Assim é que, além dos elogios consignados nas fontes impressas sobre o fazer pedagógico do Colégio, encontramos também referências constantes ao prédio escolar como marco arquitetônico. Vejamos alguns relatos que colocam em perspectiva o São José e o quadro urbano:

O abade Trésal, em seu livro sobre os estabelecimentos da Congregação de São José no Brasil, descreveu a tranqüilidade do local de implantação do Colégio, como o encontrou em 1928:

“O Colégio de Castro data de 1905. A pequena cidade situa-se no centro do Paraná, junto à linha férrea Rio de Janeiro – Montevidéu, a 260 quilômetros de Curitiba. É uma cidade risonha, calma, repousando às margens de um rio tranqüilo, o Yapé; os pássaros, eles mesmos, parecem participar dessa sonolência; seu vôo é pesado e seu canto preguiçoso. Não é raro não se ver passar nenhuma alma que viva à Praça da Igreja até as dez horas da manhã. As ruas são largas, bem pavimentadas, separadas por grandes jardins e belas árvores. O colégio começou modestamente; atualmente encontra-se em plena prosperidade sobre a direção da Madre Joseph-Hermann, auxiliada por oito religiosas. Conta com 170 alunos, dos quais 80 internas.

Constrói-se, neste momento, um terceiro andar a fim de abrigar as jovens que não se pôde receber por falta de espaço.”349

O cronista que se assinou Tiradentes no hebdomadário O Liberal, em 1923, reconhecia em Castro a presença de três templos, por sua arquitetura e função social, o Colégio, templo do saber, o Club União e Progresso, templo do esporte e da dança, rives d‟un fleuve tranquille, le Yapé ; les oiseaux eux-mêmes paraissent participer à cette somnolence ; leur vol est lourd et leur chant paresseux. Il n‟est pas rare de ne voir passer âme qui vive, sur la place de l‟église, jusqu‟à 10 heures du matin. Les rues sont larges, bien pavées, séparées par de grands jardins et de beaux arbres. Le collége comença modestement ; il est actuellement en pleine prospérité sous le gouvernement de mère Joseph-Hermann, aidée de huit religieuses. Il compte 170 élèves dont 80 pensionnaires. On élève, à ce moment, un troisième étage afin d‟abriter les jeunes filles qu‟on n‟a pu recevoir faute de place ».

in TRÉSAL, J. Les Soeurs de Saint-Joseph..., op. cit. p. 175.

“Templo da instrução, onde a nossa infância recebe as luzes do saber;

onde se preparam os futuros homens que serão o baluarte do nosso progresso e as futuras mães que serão o símbolo da virtude e da honra. Como nos sentimos ufanos, orgulhosos e possuídos, quando nos lembramos que a bela cidade de Castro, é dotada de uma jóia tão preciosa; de um templo de cultura intelectual na altura do nosso evoluir”.350

Em 1931, o periódico O Estudante elogiava o progresso material da urbs, com ajardinamento nas praças, “o piso das ruas sendo todo reformado, o serviço de água vai ser melhorado e o de esgoto será, em breve, uma realidade”.351 Neste contexto de progresso material, o editorialista fazia notar que, entretanto, “o verdadeiro progresso está na grandeza moral do povo e que esta grandeza vem da educação e da instrução desse povo.”352 Assim, a medida que consideraria um gesto nobre e digno por parte da administração municipal seria isentar de todos os impostos o Colégio São José, “a pérola mais formosa de Castro”.353

A interplexão entre ensino e a presença arquitetônica da escola foi também anotada pelo Castro Jornal, ao abordar a situação da instrução em Castro, em 1939:

“No coração da cidade, em ótima situação topográfica, levantam-se os edifícios do Ginásio Santa Cruz, oficializado, e o Colégio São José. São dois estabelecimentos de ensino que muito se recomendam pela grande freqüência de alunos e pela reconhecida dedicação dos professores.”354

Um antigo morador de Castro, Altamirano Nunes Pereira, ao retornar à cidade, em 1941, após vinte e cinco anos de ausência, indicou, com certa poesia, os elementos urbanos demonstrativos do progresso da urbe que contrastavam com suas lembranças de moço:

“Muito grato é ao nosso espírito e a nossa sensibilidade rever, a meio da vida, os lugares onde embalamos os sonhos e as aspirações da

350 O Liberal, nº. 28, 18/11/1923, p. 1.

351 O Estudante, nº. 4, 30/04/1931, p. 2.

352 Idem.

353 Idem.

354 Castro Jornal, nº. 446, 16/12/1939, p. 1.

juventude. Há mesmo um mistério suave que enleva, que encanta e que vivifica aquele que se perde na contemplação dos passos perlustrados na fase feliz, em que vivemos da despreocupação. Foi o que senti e o que vou sentindo na suave evocação de meus dias de

„guri‟, que desfrutei nesta cidade boa e hospitaleira que é Castro. (...) Hoje, tudo se mudou, na fatal e necessária transformação para o progresso. Até mesmo as denominações das ruas de outrora, se renovaram e elas tomaram novo sentido. Surgiram, perlongando-se a cidade, ruas modernas de vivendas novas, de calçadas lisas, de luz e de beleza. Colégios e ginásios, casas bancárias, lojas estandardizadas, automóveis, ônibus, hotéis confortáveis, imprensa, livrarias, clubes, hospitais, águas minerais – tudo que requinta a civilização!”355

O prédio do Colégio adquiria, dessa forma, mais uma função, a de inspirar pensamentos poéticos e nostálgicos. Neste sentido, veja-se o soneto “De Volta”, de João de Castro,356 em que o São José equipara-se a outros marcos urbanos:

“De novo em minha terra e, ao visitá-la,

356 Pseudônimo de João Carvalho de Macedo, ex-aluno do São José, então residente no Rio Grande do Sul.

357 Castro Jornal, nº. 830, 10/01/1948, p. 1.

aqui em Castro, como fazem todas as pessoas que visitam pela primeira vez um lugar, comecei a olhar curiosa para todos os lados, foi então que notei um prédio predominando sobre os demais, perguntei logo: „Que prédio é aquele?‟ Alguém me respondeu: „É o Colégio São José‟.”358 Nesta ocasião, perto de completar cinqüenta anos de funcionamento, o Colégio era uma construção praticamente concluída. Com exceção do bloco da educação infantil, inaugurado em 1983, as demais instalações datam da primeira metade do século XX. Como se sabe, o Colégio iniciou em casa existente ao lado esquerdo da Praça da Igreja. Aos poucos, expandiu-se lateralmente e para os fundos, de forma que toda a quadra passou a ser ocupada pela escola, excetuado um lote de 600 m2, onde residia a família Carvalho de Macedo. Olhando-se de frente para o Colégio, visto da Praça, tendo a Igreja à nossa direita, descreveremos a expansão do prédio escolar:

A primeira implantação deu-se à esquerda da casa originária, com o intuito de demarcar até a rua lateral abaixo a posição do Colégio. Esta é uma prática construtiva que a Congregação de São José utilizaria em todos os seus prédios e que talvez seja comum a outras escolas confessionais: a de fazer com que as paredes da escola fossem ao mesmo tempo seus limites arquitetônicos e de isolamento das ruas. Áreas livres, como pátios e bosques, ficavam circunscritas ao interior das construções. A primeira implantação em Castro foi feita em dois andares: no piso térreo havia cinco salas de aula, separadas das janelas que olhavam à rua por amplo corredor de acesso. Das salas, portas internas davam acesso ao pátio. Sobre as salas, no andar superior, sem paredes divisórias, instalou-se o dormitório das internas. Ao final do bloco, descendo-se um lance de escadas, acedia-se a um pátio coberto, o préau, ao final do qual localizavam-se as salas de música e pintura.

Uma segunda ala foi construída a partir da parte posterior da casa originária, colocando-se de forma perpendicular à primeira estrutura de dois andares.

Considerando que o terreno não era plano, mas em declive, ao final deste o prédio do Colégio passou a contar com três andares. Nesta ala, organizou-se de melhor maneira a parte conventual, introduzindo-se espaços de convivência reservados às religiosas;

358 Castro Jornal, nº. 1164, 18/12/1954, p. 1.

estruturou-se o serviço de atendimento das internas e semi-internas, com cozinha e refeitório; e, no subsolo, instalaram-se áreas de serviço tais como lavanderia, dispensa, padaria, depósito. O primeiro salão para apresentações foi aberto no andar superior, além de outras salas de aula.

Com as construções das duas alas concluídas, passou-se à demolição da casa originária e à implantação de uma terceira seção de dois andares que uniria as duas primeiras, além de estender-se à direita, dando a impressão, para quem olha do exterior, tratar-se de uma só estrutura. Neste setor acomodaram-se as salas de caráter administrativo – direção, secretaria, uma sala para recepção de visitantes – o Parlatório, e construiu-se a imponente capela, com uso de madeiras de lei e mármore.

Sobre esta terceira ala havia mais salas de aula, que ocasionalmente foram destinadas a funções específicas ou esporádicas – como sala de ciências, ou de ensino de costura, além de um gabinete dentário. Ao fundo do prédio, no segundo pavimento, foi construído, na seqüência, o Salão Nobre, com capacidade para cerca de 450 espectadores.

Para desenvolver sua atividade construtiva, as Irmãs de São José lançavam mão de imigrantes cujos conhecimentos prévios possibilitaram o levantamento, com solidez, de um prédio de grandes dimensões para os padrões castrenses e utilizando técnicas diferenciadas do que se vira até então – em vez das paredes em taipa de pilão, tijolos. Conhecimentos de carpintaria eram também necessários para a estruturação dos segundos pavimentos e telhados, que comportavam sótão com espaço para guarda de objetos. Construiu-se constantemente, por algumas décadas, pelo menos entre os anos 1920 e 1950. Conforme página encontrada de uma caderneta de anotações do construtor Secondo Zan359, os pagamentos eram feitos mensalmente, conforme a disponibilidade do Colégio:

359 Imigrante italiano, nascido em 24 de Agosto de 1869, na povoação de Possagno, região de Treviso.

Chegou ao Brasil em 21 de Março de 1891, e a Castro no ano seguinte. Tornou-se abastado cidadão trabalhando como construtor. Informações prestadas por sua neta Antonia Julia Sommer Van Mierlo.

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A meo favor 94 metro quadrado de calçada a

14$000 cada metro son 1:316$000 no Colégio em carta dirigida a Mariinha Macedo:

“As irmãs Marie Rose e Maria da Luz já estão em Curitiba. As outras partirão ao final do mês. Quanto a mim, é preciso que eu me resigne a fazer meu retiro em Castro: com todos os operários é impossível mois. Pour mon compte il faut que je me résigne à faire ma retraite à Castro ; avec tous les ouvriers impossible de laisser la maison. Mr. L‟Abbé Germain est toujours ici à cause de la construction. Le temps de pluie a retardé les travaux, malgré cela nous n‟avons qu‟a remercier N. S. des bienfaits qu‟Il nous a accordé, point d‟accident jusqu‟à ce jour. »

Carta de Soeur Joseph Hermann a Mariinha Macedo, manuscrita, Castro, 23/11/1929. Acervo da Casa Emília Erichsen, Castro.

A movimentação de pedreiros e carpinteiros era, dessa forma, um assunto que fazia parte do cotidiano da escola e que, pela geração de empregos, adensava os laços da instituição com a comunidade. As obras eram também lugar de travessuras para as alunas e internas. Vejamos, quanto a este aspecto, o relato de Juracy Pusch, aluna a partir de 1928:

“Era muito bom, tempo bom, ri muito, toda a vida eu gostei muito de gente alegre, e nós passamos tanto tempo no Colégio, a gente tem saudades. Tem muita coisa: inventaram de fazer uma balança, na entrada tem um pátio, eu não sei por que apareceram dois troncos de árvore grandes no meio do pátio. Esse pátio era bem mais alto do que o segundo pátio. Então as Irmãs proibiam as meninas de brincarem no primeiro pátio, porque sempre alguém saia machucado. Acharam um arame, uma corda, não sei, as crianças são danadas, achavam as desinfetaram, passaram álcool. Eu gritei feito uma maluca, na ferida, passar álcool – coitadas, era o recurso, né...”361 que separava... E daí a gente fazia muita brincadeira. Quando estava em reforma o colégio, aquela parte nova, a gente aprontava muito, a gente saía do dormitório para fazer bagunça... O pedreiro colocou cal, bem no final da escada que eles estavam fazendo. Uma das meninas caiu naquele cal de noite, foi aquela gritaria, porque ela levantou suja de cal, pensaram que era um fantasma, saíram gritando, as freiras, tumultuaram tudo, as freiras não sabiam o que tinha acontecido.

Brincadeiras assim, inocentes, digo assim porque perto de hoje são.

Para a época foi uma bandidagem. As freiras pensando que já

361 Entrevista com Juracy de Carvalho Pusch, em Novembro de 2006, p. 2.

estavam deitadas, elas saíam devagarinho para fazer bagunça, brincar de correr, de se esconder...”362

Quanto ao aspecto da Capela, após a conclusão das obras, informava o Castro Jornal:

“É uma fina obra de arte, digna portanto de um educandário que honra a cidade, como o é o Colégio São José. O recinto da Capela, de uma suntuosidade sem par, comporta o número de 200 alunas. Nela, lembramo-nos de pedir ao Altíssimo para que conserve e abençoe aquele pugilo de incansáveis batalhadoras que, sem medir sacrifícios, proporcionou à cidade não só um edifício magnífico, como também se empenha no nobre mister de iluminar o caminho de centenas e centenas de crianças que naqueles bancos, recebem instrução para amanhã se tornarem úteis ao próximo.”363

Também uma das alunas, Nelma Kffouri, cuidou de descrever a Capela, em 1955:

“Seu mais precioso recinto é a Capela, onde se encontra a todo o instante o Sagrado Corpo de Jesus. Deve-se em particular o máximo respeito e veneração a este lugar. O altar tão bem ornado dá a impressão de estarmos, não em uma simples capela, mas em um céu, repleto de alguns coros harmoniosos. O que é também belo neste santuário são os quadros a alto relevo, representando as quatorze estações da Via Sacra e que nos aparecem como cenas verdadeiras.”364

O texto acima transcrito da aluna da Escola Normal revela-nos esta faceta da vida escolar: muitas vezes são os detalhes arquitetônicos e não as práticas pedagógicas que mais chamam a atenção dos alunos, como característicos da instituição que freqüentam. O espaço escolar, com tudo o que representou de diferente das residências dos alunos, com a distribuição do tempo dos alunos em locais diversos no prédio do

362 Entrevista com Maria Zélia Fonseca, em Outubro de 2006, p. 6.

363 Castro Jornal, nº. 511, 15/03/1941, p. 1.

364 Castro Jornal, nº. 1182, 07/05/1955, p. 1.

Colégio, concedeu a cada um uma imagem, uma lembrança diferenciada. Para Ivone Martins, outra normalista, as atividades escolares dividiam-se entre as classes e a sombra das árvores no pátio:

“Quedemo-nos a olhar por um momento o majestoso edifício que se ergue, imponente, junto à Praça Getúlio Vargas. Só mesmo quem faz parte desta grande família que ali vive, poderia dizer, com exatidão o que se passa no seu interior. Ao viajante que passa, rapidamente, talvez não ocorra a idéia do que é realmente o Colégio. Acha a fachada até um tanto triste com sua parede cinza e janelas verde-escuro. Sim, só mesmo uma aluna dali poderá descrever a vida intensa, a atividade febril que contagia a todos quantos ali penetram.

Nas bem instaladas classes, o saber se infiltra como a luz do sol que doura, pela manhã, o Colégio São José. E nas horas de folga, os grandes pátios se povoam da garrulice palpitante de centenas de alunas, mesclando-se ao pipilar alegre dos passarinhos que habitam as velhas árvores. Ah! Quanto nos são úteis estas boas amigas, as árvores. Que fazemos ao sentirmo-nos cansadas ou se, às vezes, o desânimo nos abate o ardor juvenil? Vezes sem número corremos à procura da sombra hospitaleira dessas mudas conselheiras que tão bem se fazem entender. Recobramos ânimo, então, e nos lançamos, de novo à luta, de corpo e alma, de coração aberto para receber as lições tão sabiamente ministradas pelas boas Religiosas. E essas Irmãs? Um caderno inteiro não chegaria se fossemos falar delas como e quanto elas merecem. Que seria do Colégio sem tais pessoas? Por certo já nem existiria, ou talvez vivesse, mas desprovido desta sensação de harmonia que emana de todos os cantos deste querido lar.”365

Ludy Mary Torres Pereira, outra normalista, relembrava o horizonte, “panorama que descortina quando olhamos do andar superior”366 e que “provoca pincéis de artistas”. Maria José Busse, ex-aluna então radicada no Distrito Federal (Rio de Janeiro), enviou ao Castro Jornal carta por ocasião do cinqüentenário do Colégio, listando suas lembranças, das aulas aos pátios, e também em relação ao dormitório das alunas:

“Vimos recordar neste cinqüentenário o mundo de nossa meninice;

um muito de nós mesmas que o Colégio guarda. Não deixaremos

365 Castro Jornal, nº. 1179, 16/04/1955, p. 1.

366Castro Jornal, nº. 1188, 18/06/1966, p. 4.