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4. A trajetória de institucionalização acadêmica da terapia ocupacional no Brasil: de meados

4.6 O Curso de Terapia Ocupacional da Faculdade de Fortaleza

Existe o pescador de almas, nós fomos as pescadoras de terapeuta ocupacional! Maria Marta de Oliveira Sampaio (2016) (ANEXO X).

O terceiro curso de Terapia Ocupacional do Nordeste foi fundado no ano de 1973 em uma universidade privada da cidade de Fortaleza, no Ceará, a Universidade de Fortaleza (UNIFOR). Essa instituição pertencia a Edson Queiroz, um empresário com investimento em vários ramos da economia que, ao final dos anos de 1960, idealizou a construção de uma universidade privada em Fortaleza, pois, até aquele momento, não existia nenhuma instituição do gênero na cidade, mas um razoável contingente de jovens intentando o Ensino Superior.

No intuito de efetivar seus planos, em 15 de abril de 1971, Edson Queiroz criou a Fundação Educacional Edson Queiroz para servir como mantenedora da Universidade. No entanto, para criá-la, era necessário elaborar um projeto e encaminhá-lo ao CFE. Na elaboração desse projeto, Edson Queiroz convidou o médico Antero Coelho Neto, que contou com a colaboração de Epitácio Cruz e José Walter Cavalcante. O major José Raimundo Gondim, amigo de Edson Queiroz e integrante da equipe de criação da UNIFOR, convidou Nair Silva de Castro para trabalhar com a datilografia do projeto, que também foi copiado em estêncil e mimeografado por ela (CASTRO, 2013).

Para aprovação do projeto existiram vários embates. O CFE desejava que, primeiro, fossem criadas faculdades isoladas, porém Edson Queiroz se negava a isso. Para o empresário, a única condição era a criação de uma universidade. Castro (2013, p. 15) é enfática ao descrever o objetivo de Edson Queiroz e os recursos utilizados por ele para alcançá-los:

Ele dizia que, se não conseguisse criar a instituição como universidade, ele transformaria isto aqui numa fábrica de qualquer coisa, mas que não faria cursos isolados de jeito nenhum. Aí começaram a entrar as amizades, as pessoas influentes, porque a Universidade representaria muito para o Ceará. Na época, só havia a Universidade Federal do Ceará. Na batalha, entrou Virgílio Távora, que era uma pessoa influente no meio político e muito amigo do Dr. Edson. A Unifor era a menina dos olhos dele (CASTRO, 2013, p. 15). Em 17 de setembro de 1971, ocorreu o lançamento da pedra fundamental da Universidade, evento que contou com participação especial do então governador do Ceará, César Cals de Oliveira Filho. Já no dia 4 de janeiro de 1973, foi publicado no Diário Oficial da União o Decreto nº 71.655, assinado pelo presidente da República, general Emílio Garrastazu Médici, autorizando o funcionamento da UNIFOR (LIMA, 2013).

A solenidade de inauguração da Universidade ocorreu em 21 de março de 1973 e contou com autoridades regionais e nacionais, entre elas o então ministro da Educação e Cultura,

Jarbas Gonçalves Passarinho, especialmente convidado para proferir a aula inaugural dos cursos, pois o primeiro vestibular para os 17 diferentes cursos havia ocorrido no mês de fevereiro daquele mesmo ano, como o de “Fisioterapia e TO”, assim denominado no histórico escolar dos alunos da primeira turma (LIMA, 2013).

Naquela época, por mais que o terreno da Universidade fosse extenso, a infraestrutura era precária: as salas de aula eram muito simples, cobertas com telhas de amianto, a temperatura ambiental era quente, os blocos tinham rampas, mas não eram cobertos. Somente por volta de 1980 foi que os forros de amianto foram trocados, melhorando, assim, a temperatura (SANFORD, 2013; MARINHO, 2013; VERAS, 2013). Já a estruturação organizacional e os projetos pedagógicos dos cursos demoraram um pouco mais para se consolidarem (MARINHO, 2013).

O estigma inicial de ser a primeira universidade privada do Estado do Ceará foi um dos problemas enfrentados pelos funcionários e alunos da instituição, afinal, até aquele momento, só existia a universidade pública federal (MARINHO, 213). “Não dava status ensinar na Unifor” (VERAS, 2013, p. 11).

Com a aula inaugural ministrada por Jarbas Gonçalves Passarinho, iniciaram-se as aulas do primeiro ano dos cursos de Fisioterapia e Terapia Ocupacional. Ambas as graduações tinham três anos de duração e estavam intimamente ligadas. Possivelmente, a criação desses cursos tenha surgido com o intuito de formar mão de obra específica para trabalhar com reabilitação no Estado, pois, um tempo antes da construção da UNIFOR, Edson Queiroz e alguns de seus amigos, entre eles o médico Antônio Machado da Silveira Neto, fundaram109 a Associação Beneficente Cearense de Reabilitação (ABCR), que, posteriormente, deu suporte para aulas prática e estágios dos cursos.

Os cursos de Fisioterapia e Terapia Ocupacional foram implantados pelo Dr. Antônio Machado da Silveira Neto e, em conjunto com a graduação de Educação Física, compunham o Centro de Ciências da Saúde - CCS, no qual o diretor era o médico Viliberto Cavalcante Porto (LIMA, 2013). A grade curricular também foi construída por Antônio Machado da Silveira Neto, que não possuía nenhum embasamento de terapia ocupacional “a não ser uns livros que ele tinha que vinha trazendo no índice o conteúdo necessário para nossa formação, mas a prática mesmo não tinha”. Já o responsável pela coordenação de ambas as graduações era

109 De acordo com Sampaio (2016), a Associação Beneficente Cearense de Reabilitação “nasceu por conta do Edson Queiroz. Tinha um padre, Arimatéia, que fazia fisioterapia na piscina da casa do Edson Queiroz, ele era muito amigo do Edson Queiroz, então o Edson resolveu financiar, abrir uma clínica de reabilitação e o padre Arimatéia foi o primeiro diretor de lá”.

Píndaro Custódio Cardoso, que havia realizado um curso na Associação Brasileira Beneficente no Rio de Janeiro (SAMPAIO, 2016).

Especificamente o curso de Terapia Ocupacional era composto por 29 disciplinas, fundamentadas no currículo mínimo de 1963, com os três primeiros períodos compostos pelas matérias denominadas “tronco comum”, ministradas conjuntamente com a fisioterapia. Assim, toda base clínica e patológica, as disciplinas de Higiene e Saneamento, Cinesiologia, Fundamentos de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, e outras, eram comuns aos dois cursos. No Quadro 3, encontra-se a estrutura curricular do curso, adaptada do histórico de graduação de uma aluna da primeira turma de terapia ocupacional da UNIFOR.

Quadro 3 - Histórico escolar do Curso de Terapia Ocupacional da Universidade de Fortaleza.

1º Período de 1973 Código Nome das disciplinas Créditos

CN. 201 A Física Geral I 4.2

CN. 301A Química Geral I 4.2

CN. 401A Biologia Geral I 4.2

CS. 220A Fundamentos de Fisioterapia e Terapia Ocupacional 3.0

2º Período de 1973 Código Nome das Disciplinas Créditos

CN. 403A Prog. Integ. Ciência Morfológica 4.8

CN. 404A Prog. Integ. Ciência Fisiológica 6.3

CH. 304 Introdução à Psicologia 3.0

1º Período de 1974 Código Nome das Disciplinas Créditos

CS. 103A Mecanismos de Agressão e Defesa 3.6

CN. 410 A Cinesiologia 2.1

CS. 209 A Introdução à Enfermagem 4.2

CS. 221A Fisioterapia Geral 3.0

CS. 224 A Terapia Ocupacional Geral 3.0

CH. 303 Introdução à Antropologia 3.0

2º Período de 1974 Código Nome das Disciplinas Créditos

CT. 155 A Higiene e Saneamento 3.0

CS. 227 A Cinesioterapia 4.2

CS. 202 A Clínica I 6.0

CS. 225 A Terapia Ocupacional Aplicada I 4.2

CS. 233 A Artes Plásticas Indust. 3.0

CH. 301 Introdução à Sociologia 3.0

1º Período de 1975 Código Nome das Matérias Créditos

CS. 208 A Prótese e Órtese 2.1

CS. 205 A Medicina Especializada I 6.0

CS. 203 A Clínica II 6.0

CS. 226 A Terapia Ocupacional Aplicada II 4.2

CH. 402 A Introdução à Administração 3.0

2º Período de 1975 Código Nome das Matérias Créditos

CH. 334 A Estudo Probl. Brasileiros 3.0

CS. 232 A Ética e História da Reabilitação 3.0

CS. 283 A Administração Aplicada à Saúde 1.2

CS. 290 A Estágio em Terapia Ocupacional 6.12

CS. 284 A Prática de Educação Física 0.3

Fonte: Adaptação pela autora do histórico escolar de uma aluna da primeira turma do Curso de Terapia Ocupacional da UNIFOR. Acervo pessoal.

Cada crédito correspondia a 15 horas de efetiva atividade, ou seja, uma disciplina como Terapia Ocupacional Geral, equivalente a 3 créditos, correspondia a 45 horas/aula, enquanto uma disciplina como Medicina Especializada I, com 6 créditos, correspondia a 90 horas/aulas. Assim, é possível entender o peso da formação médica/biológica, em detrimento das demais áreas abordadas pelo curso, e mesmo da própria área de conhecimento à qual a graduação se destinava: terapia ocupacional. É necessário pontuar a presença de duas disciplinas, Introdução à Sociologia e Introdução à Antropologia, pioneiras nos currículos de terapia ocupacional até aquele momento, contudo eram opcionais.

As disciplinas do “tronco comum” geralmente eram ministradas por médicos, a maioria professores da Universidade Federal do Ceará (UFC). Já a disciplina de Física Geral era lecionada por um engenheiro da UFC. Os primeiros professores dos cursos foram os médicos: Antero Coelho Neto, Antônio Cardoso, responsável pela disciplina de Neurologia, José Antônio Carlos Otaviano David Morano, que lecionava Cinesiologia e Mecanismos de Agressão e Defesa, Marilena, que trabalhava com Cardiologia, entre outros (SAMPAIO, 2016).

No segundo período do segundo ano, em 1974, era o momento de estudar as disciplinas específicas de cada curso110, sendo necessária a separação das alunas que desejavam formar- se em terapia ocupacional daquelas que almejavam a fisioterapia. Entretanto, como apenas duas alunas pretendiam cursar as disciplinas de terapia ocupacional, o diretor do CCS entendeu que não era necessário disponibilizar tais disciplinas. Em consequência dessa decisão, as duas alunas se dirigiram à direção e reivindicaram seus direitos, uma vez que, no momento de inscrição no vestibular, haviam marcado a opção para o curso de Terapia Ocupacional. Como resposta, o diretor do CCS indicou que elas interviessem com o reitor, Antero Coelho Neto (SAMPAIO, 2016).

Da conversa com o reitor, a primeira sugestão foi que as duas alunas cursassem fisioterapia, porém, por insistência delas, o reitor decidiu que, se houvesse 12 interessadas em concluir o curso de Terapia Ocupacional, ele concordaria em dar andamento ao curso e ainda contrataria um professor específico da área (SAMPAIO, 2016).

Diante dessa proposta, as duas alunas tiveram a missão de convencer dez de suas colegas a optar pelo curso de Terapia Ocupacional. Com 12 alunas decididas a estudar terapia

110 No caso do curso de Terapia Ocupacional, as disciplinas eram Terapia Ocupacional Aplicada I e Terapia Ocupacional Aplicada II.

ocupacional, as disciplinas específicas foram garantidas, sendo contratadas duas terapeutas ocupacionais para ministrar as aulas, uma do Recife e outra da Bahia111 (SAMPAIO, 2016).

Como o preparo para docência era algo inexistente na época, as professoras que chegaram ao curso tiveram dificuldades com o novo trabalho. O conteúdo era insuficiente, a bibliografia específica da área era reduzida aos livros Spackman e Mac Donald em língua espanhola e a um outro denominado Reabilitação Profissional, divido em três volumes. Por causa dessa escassez, as alunas iniciaram uma busca por outros materiais que abordassem temas acerca da profissão e também viajaram para outros Estados no intuito de realizar estágios, como a aluna Maria Marta de Oliveira Sampaio, que, por intermédio de Antônio Machado da Silveira Neto, conseguiu um estágio na ABBR, no Rio de Janeiro (SAMPAIO, 2016).

Para garantir a realização dos estágios obrigatórios, a UNIFOR foi em busca de instituições da cidade que oferecessem serviços a pessoas com paralisia cerebral, deficiência mental e doença mental, no entanto, nesses locais, não existiam terapeutas ocupacionais, mas apenas psicopedagogos. Os locais de estágios dessa primeira turma foram o Hospital Psiquiátrico, a Associação Beneficente Cearense de Reabilitação, a Sociedade Pestalozzi e a APAE, todos localizados em Fortaleza (SAMPAIO, 2016).

Em 1975, após inúmeras dificuldades, ocorreu a formatura da primeira turma do Curso de Terapia Ocupacional da UNIFOR. A colação de grau das primeiras 12 terapeutas ocupacionais do Estado se deu em 27 de dezembro de 1975, no Centro de Convenções do Ceará112, com os formandos dos cursos de Educação Física e Fisioterapia. Foi a primeira colação de grau da Universidade, e a cerimônia foi presidida pelo então governador do Estado, Adauto Bezerra (LIMA, 2013).

Pouco tempo após a formatura, o diretor do CCS, Viliberto Cavalcante Porto, convidou Maria Marta de Oliveira Sampaio, ex-aluna da instituição, recém-formada, para assumir a coordenação do curso. Nas palavras de Maria Marta Pereira Sampaio (2016), “eu sabia que enfrentaria muitas dificuldades lá na frente, porque não tinha bibliografia, não tinha conteúdo, nós fomos autodidatas, mas eu disse que assumiria a coordenação e imediatamente ele me convidou para fazermos o novo currículo da terapia ocupacional”.

111 Possivelmente o nome de uma das terapeutas ocupacionais era Virmênia (SAMPAIO, 2016).

112 Esse Centro de Convenções foi construído mediante um acordo firmado por Edson Queiroz e o governador do Estado do Ceará no dia do ato de inauguração da instituição, em 1973. Edson Queiroz doou um terreno próximo à UNIFOR para a construção (LIMA, 2013).

Maria Marta de Oliveira Sampaio assumiu a coordenação do curso em 1976. No segundo semestre desse mesmo ano, a graduação foi desmembrada da fisioterapia, ou seja, a partir daquele momento o vestibular ocorreu com opções de cursos separados, independentes. Com a formatura da primeira turma e a presença de profissionais da área no Estado, as professoras de Recife e de Fortaleza foram demitidas, pois elas geravam custos altos à Universidade, que, além do salário, pagava os custos com suas moradias (SAMPAIO, 2016).

Naquela ocasião, o curso se encontrava novamente com carência de professores terapeutas ocupacionais. Na tentativa de formar um corpo docente composto por esses profissionais, a coordenadora iniciou uma busca por suas colegas de turma que desejassem ocupar o cargo de professoras da Universidade, conseguindo, inicialmente, contratar Cláudia Vilar e Lígia Bruno (SAMPAIO, 2016).

Naquele momento, a instituição já havia modernizado um pouco a sua estrutura, por exemplo, a compra de computadores em 1976 pela instituição foi algo que mudou a dinâmica administrativa da Universidade (CASTRO, 2013). Nesse mesmo ano, no dia 24 de novembro, o Decreto nº 78.813 atribuiu reconhecimento ao Curso de Terapia Ocupacional da UNIFOR.

Como Edson Queiroz vislumbrava a construção de uma universidade, ainda no início a UNIFOR ofertou cursos de especialização lato sensu em Docência do Ensino Superior com o intuito de capacitar os professores da instituição, pois, até aquele momento, eram raros os docentes com mestrado ou doutorado (SANFORD, 2013). A biblioteca da Universidade foi inaugurada em 1974, ampliando os recursos ofertados no campus. Em 1978, foi criado o Núcleo de Atenção Médica Integrada (NAMI), cujo objetivo era atender à população carente da Comunidade do Dendê; afinal, Edson Queiroz tinha o desejo de criar o curso de Medicina e precisava estruturar a Universidade para recebê-lo (CASTRO, 2013).

Na graduação de Terapia Ocupacional, a coordenadora sentiu a necessidade de conhecer outros cursos da área para expandir seus conhecimentos e agregar valores ao da UNIFOR. Assim, ela se dirigiu às cidades de Salvador, Recife, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília em busca de instituições de ensino e assistência em terapia ocupacional. A cada local que passou, juntou materiais e xerocou livros que tratavam da temática da profissão. Também foi atrás das associações de classes, frequentou congressos, sempre colhendo instrumentos que podiam ajudar no andamento do curso da UNIFOR (SAMPAIO, 2016).

Após o levantamento de todo esse material e com a experiência adquirida nas viagens, a coordenadora reformulou o currículo e tornou-se professora do curso, passando a acumular os cargos de docente e a coordenação. Naquele momento, o objetivo era consolidar o curso e ampliar seu escopo, inclusive buscando a “parte” científica da profissão (SAMPAIO, 2016).

Em determinado momento, os alunos puderam optar por finalizar a graduação de Terapia Ocupacional e continuar na Universidade cursando as disciplinas específicas do curso de Fisioterapia, ou o contrário. Assim, alguns profissionais do Estado do Ceará preferiram formar-se em ambos os cursos (SAMPAIO, 2016).

Mesmo com toda essa reformulação, os estágios ainda ocorriam em instituições fora da Universidade, inclusive as aulas práticas, pois lá continuava existindo apenas os laboratórios referentes às matérias do “tronco comum”, Laboratório de Cinesiologia, Anatomia, mas não um específico de terapia ocupacional. No entanto, a Universidade realizava a contrapartida fornecendo tudo o que era necessário para manutenção dos alunos nos campos de prática e estágio, mas sempre mediante a política de autossustentação, isto é, tinha que haver alunos suficientes para pagar os custos com o curso (SAMPAIO, 2016).

Durante um período da história da graduação, a demanda de alunos foi suficiente para arcar com as despesas do curso – inclusive já houve turmas em que todas as vagas foram preenchidas. Em alguns momentos, o coordenador ia até as escolas da cidade e realizava palestras para divulgação da profissão. Isso atraía alunos para o curso, porém foram sendo criadas novas instituições de Ensino Superior no Estado, diversificando as opções de graduação. Assim, o Curso de Terapia Ocupacional da UNIFOR ficou com baixa procura, o que tornou difícil para Universidade sustentá-lo (SAMPAIO, 2016).

Em vista desses problemas, mesmo com a modernização do curso, a ampliação dos locais de estágios, o aumento do corpo docente, os egressos se tornando professores e realizando pós- graduações stricto sensu, o investimento em pesquisa e extensão, as várias reformulações curriculares, o curso não resistiu e, após 43 anos, encontra-se em processo de encerramento. No sítio eletrônico da UNIFOR, a opção “graduação em terapia ocupacional” encontra-se com a seguinte observação “*cursos sem oferta para 2016.1” (UNIFOR [20--?]).