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O DEPOIMENTO ESPECIAL E O RESULTADO PROCESSUAL

3 PECULIARIDADES DE UMA AUDIÊNCIA CRIMINAL: O DEPOIMENTO DE

4.3. O DEPOIMENTO ESPECIAL E O RESULTADO PROCESSUAL

A Lei 13.431/17 estabelece novos parâmetros para a escuta de crianças e adolescentes vítimas e/ou testemunhas de violências, em especial a violência sexual, buscando proteger meninas e meninos em situações de violência, evitando que sofram revitimização no curso do atendimento.

A nova Lei reorienta uma série de questões relativas à proteção contra situações de violência. Em especial, determina a forma como a escuta de crianças e adolescentes deve ser feita, evitando-se as repetições e, assim, diminuindo a revitimização. Ao estabelecer estes parâmetros, a Lei contempla aspectos processuais de forma direta e indireta. Direta quando por exemplo, permite a produção antecipada de provas, e indireta na medida em que por exemplo, determina a criação de toda uma estrutura física para a escuta da criança e do adolescente vitima/testemunha.

Podemos citar dez aspectos que impactam de forma direta e indireta o resultado processual.

O primeiro aspecto a ser considerado é que a Lei caracteriza as modalidades de violência: física, psicológica e sexual. Há um destaque importante também trazido pela Lei que é a chamada violência institucional. A depender da forma com que são atendidas, as crianças e adolescentes acabam sofrendo de violência institucional. É a chamada violência secundária, quando há excesso de exposição e repetições desnecessárias. Assim, a Lei inova nos instrumentos de proteção, estabelecendo direitos e garantias específicos, como a proteção contra sofrimentos durante o curso das intervenções em casos de violência.

O segundo aspecto relevante material e processual é que a Lei distingue como escuta especializada aquela realizada pelos órgãos da rede de proteção, entendendo proteção aqueles que englobam saúde, educação, assistência social. E como depoimento especial, aquele realizado pela Justiça. Com isso delimita as competências e atribuições de cada órgão de atendimento.

O terceiro aspecto importante é que além de proteger a crianças e adolescentes vítimas e/ou testemunhas de violências, a Lei contempla a proteção ao

acusado na medida em que detalha os procedimentos de escuta especializada e de depoimento especial, pautando-se pelas mais avançadas metodologias existentes, garantindo tanto a segurança e a proteção das crianças e adolescentes, como a apuração transparente e livre de sugestionamentos em relação ao reú, evitando, assim, o risco de levar um inocente para a prisão.

A determinação de que a criança e/ou adolescente permaneça em um ambiente acolhedor, no qual um profissional especializado vai conduzir o depoimento, que é gravado e transmitido para uma sala ao lado, onde juiz, promotor e/ou defensor assistem e podem fazer perguntas, não diretamente à criança e/ou adolescente, mas ao profissional, que as fará seguindo os protocolos é o quarto aspecto relevante a ser apontado. O depoimento é gravado e pode ser utilizado por outros atores do Sistema de Garantia de Direitos, quando estritamente necessário.

O quinto aspecto processualmente inovador e mais relevante para a questão da proteção aos direitos e garantia das crianças e dos adolescentes é a previsão legal da produção antecipada de provas, de forma a diminuir o número de vezes que o menor precisa relatar o fato ocorrido, sendo obrigatória quando a criança tiver até sete anos e para todos os casos de violência sexual. Já para outras formas de violência e outras faixas etárias a Lei prevê, mas não obriga o procedimento.

Segundo Isabel Maria Alberto, em virtude do estresse emocional envolvido num depoimento, a repetição de entrevistas tem sido contraindicada, uma vez que pode causar sofrimento desnecessário à criança, além de comprometer negativamente a qualidade do relato.73

O sexto aspecto tange de forma especial à questão de organização interna dos Estados e Municipios ao estabelecer diretrizes para a integração das políticas de atendimento, que poderão ser exigidas inclusive judicialmente, como forma de garantir direitos.

Segundo a Childhood Brasil, os Centros de Atendimento Integrado a Crianças e Adolescentes Vítimas de Violência já são uma realidade nacional74, e com

73

ALBERTO, Isabel Maria Marques. Abuso sexual de crianças: o psicólogo na encruzilhada da ciência com a Justiça. In SIMÕES, Mario R.; PINHO, Maria Salomé; SIMÕES, Maria C.Taborda; FONSECA, António Castro. Psicologia Forense. Coimbra: Almedina, 2006.

74 CHILDHOOD BRASIL. Atendimento integrado a crianças vítimas ou testemunhas de violência

no planejamento plurianual dos municípios e Estados brasileiros 2018-2021. Disponível em:

http://www.childhood.org.br/wp-content/uploads/2017/08/Planilha-PPA-ajuste.pdf. Acesso em: 23 set. 2017.

a publicação da Lei 13.431/2017, outros municípios brasileiros são instados e a criar referidos Centros, devendo implementá-los de acordo com a Lei até abril de 2018.

O sétimo aspecto refere-se ao fato da Lei aprofundar as atribuições específicas, mas complementares, entre os órgãos da saúde, assistência social e segurança pública, reforçando o papel importante de controle dos conselhos tutelares, buscando não só coibir os atos criminosos, mas também avaliando a capacidade de proteção das famílias e o papel do Estado em apoiá-las.

O oitavo aspecto toca ainda a questão de que a Lei induz os Estados a criarem órgãos especializados no atendimento de crianças e adolescentes vítimas de violências, como delegacias e Varas. Ressalte-se que as Varas especializadas são inclusive, uma demanda ainda pouco implementada, embora tenha ocorrido um aumento significativo após a recomendação nº 33/2010 no CNJ.

O nono aspecto que afeta o processo é o reforço do status de segredo de justiça na tramitação dos casos de violências contra crianças e adolescentes, estabelecendo pena de reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa para quem violar o sigilo do depoimento especial.

Ainda, podendo ser entendido como um aspecto processual relevante e aqui apontado como o décimo aspecto, a Lei prevê que a o Sistema de Justiça deve tomar iniciativas legais e orçamentárias para criação de procedimentos para a tomada de depoimento especial de crianças e adolescentes, criando ambientes amigáveis a estas vítimas, que respeitem a sua condição peculiar de pessoa em desenvolvimento, bem como desenvolver ações continuadas de formação das autoridades judiciais e equipes técnicas envolvidas nos processos de investigação e judicialização de crimes sexuais.

A Lei entrará em vigor no dia 05 de abril de 2018. Contudo, as crianças e adolescentes brasileiros podem ser imediatamente beneficiados se a União, os Estados e os Municípios colocarem-na em prática imediatamente, concretizando o princípio da prioridade absoluta, constitucionalmente garantido, uma vez que a Lei 13.431/17 significa o cumprimento, pelo Brasil, de normas internacionais, como o artigo 12, da Convenção sobre os Direitos da Criança, na qual os Estados-parte se comprometem com “a garantia da escuta da criança e do adolescentes em assuntos a elas/eles atinentes”, bem como as Diretrizes à Justiça em Matérias Envolvendo

Crianças como Vítimas e Testemunhas, consolidadas pela Resolução 20/2005, do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas.75

75 CHILDHOOD BRASIL. Crianças e adolescentes mais protegidos contra violência. Lei 13.431/2017 garante escuta protegida e evita revitimização. Disponível em: http://www.childhood.org.br/wp-content/uploads/2017/06/Folder-PL-3.pdf. Acesso em: 19 out. 2017.

5 CONCLUSÃO

O depoimento especial, desde o início da prática, quando ainda intitulado “depoimento sem dano” pelos aplicadores do mesmo no Rio Grande do Sul, no ano de 2003, até a forma de colheita atual, tem por objetivo reduzir os danos já causados pelo trauma da violência, fugindo assim, da revitimização.

O desconforto e o estresse psicológico que crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência sofrem durante a oitiva no sistema processual vigente, e já relatados por diversos magistrados, foi o que levou a uma busca de sistematização e socialização das metodologias alternativas para inquiri-las nos processos judiciais. Buscando, assim, reduzir a revitimização destes menores nos processos e fomentar normas, políticas públicas e práticas sociais que interrompam o ciclo de violência perpetrado contra crianças e adolescentes.

Embora existam posições contrárias, como ocorreu com o Conselho Federal de Assistência Social e Conselho Federal de Psicologia, bem como diante de posições adotadas por determinados operadores do Direito, várias entidades que atuam na área jurídica aderiram ao projeto do depoimento especial, por entenderem ser um avanço positivo e necessário para um melhor atendimento às crianças/adolescentes vítimas ou testemunhas de crimes de violência.

O que os apoiadores do depoimento especial buscam é a defesa dos direitos humanos dos menores, vítimas ou testemunhas, e sua proteção quando da oitiva deles em juízo.

Importante destacar, de tudo já relatado, que a oitiva desses menores, respeitando seu estado de desenvolvimento e de acordo com sua capacidade, deve ser compreendida não apenas como uma obrigação legal, mas sim como um direito a ser respeitado e colocado em prática.

Na lei 13.431/2017, tal direito se consolida ao permitir à criança/adolescente permanecer em silêncio (artigo 5º, inciso VI) ou poder requerer outra forma de oitiva (art. 12, §1º). Mesmo se necessário sua oitiva mais de uma vez, caberá a ela optar por ser novamente inquirida ou não.

Embora existam opiniões contrárias ao depoimento especial, questionando o método e seu valor legal, a oitiva humanizada que respeita as singularidades do menor e busca assisti-lo em suas necessidades de segurança, conforto e

confiabilidade no interlocutor a quem irá expor fatos traumatizantes, vexatórios e que lhe causaram sofrimento, teve grande expansão.

Pesquisas elaboradas pela Childhood Brasil demonstram que houve um grande aumento no número de salas de audiência de depoimento especial no Brasil, atingindo até o momento, 16 Estados. Tal crescimento só vem corroborar a eficácia de aplicação do método e os resultados positivos apresentados pela prática dele. Se fosse negativo, não haveria tal expansão.

A lei 13.431/2017 é importante porque além de reforçar positivamente a prática do depoimento especial, irá fazer com que tal prática seja devidamente cumprida em todos os Estados da Federação, aniquilando em definitivo as práticas revitimizantes ainda aplicadas nos processos judiciais.

Os estudos científicos demonstram o aumento do interesse do sistema judiciário acerca da proteção de crianças e adolescentes contra a violência, em especial a sexual, assim como contra sua revitimização no depoimento forense.

Além da busca pela não revitimização, o método de depoimento especial tem o objetivo de manter e garantir o devido processo legal, no que se refere a garantir os princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório, não tolhendo direitos das partes, mas assegurando que a criança e o adolescente seja tratado como meritório de direitos.

Sem jamais deixar de garantir tais princípios, e considerando-se a necessidade da prova para a convicção do juiz, muitas vezes não sendo suficiente ou conclusiva a prova pericial, necessário se faz a prova testemunhal, através de oitivas. Embora os operadores do Direito contrários à prática tenham apresentado argumentos desfavoráveis, seus argumentos podem ser legalmente e facilmente rebatidos, porque a prática comprovou que o depoimento especial é positivo, apresenta resultados ao processo, respeita e garante o devido processo legal, bem como os direitos da criança e adolescente em suas especificidades.

Mas é preciso saber ouvir, ouvir de forma adequada e respeitando-se as especificidades da idade em que estes menores se encontram. Por isso a importância de uma tomada de depoimento executada por profissional especializado e preparado para tal feito. Já restou demonstrado que a colheita de depoimento sem preparo do entrevistador não alcança o resultado desejado quanto às informações necessárias para o esclarecimento/elucidação do crime, além de causar sofrimento e constrangimento para a vítima/testemunha.

Não por acaso o termo depoimento especial. Especial por respeitar o direito da criança, sua opinião em expressar-se ou não, e ao desejar fazê-lo, ter garantido seu direito de não ter contato com seu agressor, não ser exposta a perguntas e comentários desrespeitosos, acusadores ou constrangedores. Depoimento especial porque especial sua condição de ser humano em desenvolvimento, cuja formação de personalidade ainda não atingiu a maturidade.

Ser interpelado por profissional preparado, com a utilização de método de questionamento adequado, tal como se tem com a entrevista cognitiva realizada por profissionais aptos para tal feito, garantem o menor grau de revitimização a que, infelizmente, precisa ser exposta a criança ou adolescente vítima ou testemunha de violência. Da mesma forma, garante que a colheita será adequada e que trará os resultados necessários.

Embora todo o avanço já alcançado em tratar a criança/adolescente vítimas ou testemunhas de violência de forma humanizada e não revitimizante, para além das garantias legais analisadas, questões sobre como aprimorar a aplicação eficaz dessas medidas continuarão a figurar entre os problemas a serem enfrentados para combater o formalismo das práticas judiciais e do conservadorismo tacanho e machista que ainda dominam o Judiciário Brasileiro, na figura de seus operadores.

A lei 13.431/2017 não esgotará as discussões, mas trará uma segurança jurídica àqueles que já adotaram a prática para respeitar os direitos das crianças e adolescentes e que buscam por uma Justiça humanizada e preparada para atuar em casos de crimes de violência que envolvam crianças e adolescentes vítimas.

Embora todo o avanço já alcançado em tratar a criança/adolescente vítimas ou testemunhas de violência de forma humanizada e não revitimizante, para além das garantias legais analisadas, questões sobre como aprimorar a aplicação eficaz dessas medidas continuarão a figurar entre os problemas a serem enfrentados para combater o formalismo das práticas judiciais e o conservadorismo que ainda dominam o Judiciário Brasileiro, na figura de seus operadores.

REFERÊNCIAS

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caráter definitivo, pelo seu Órgão Especial, a constitucionalidade da Lei Estadual n.º 12.913/08 e do Edital n.º 58/2008, emanado do Conselho da Magistratura (COMAG). - ação cautelar. produção antecipada de prova. Não-indicação de fundamento.... ACR: 70043963669 RS. Ministério Público e Elvidio Gustavo Neves Gonçlaves. Relator: Dálvio Leite Dias Teixeira. DJ, 25 jan. 2012.

RIO GRANDE DO SUL. Tribunal de Justiça. Apelação. crimes contra os costumes. Existência e autoria comprovadas. Condenação confirmada. Reconhecida a

continuidade delitiva entre os crimes de estupro e atentado violento ao pudor. Pena reajustada. Afastado o caráter hediondo dos delitos. apelo defensivo parcialmente provido. unânime. Apelação Crime Nº 70033223439. Ministério Público e M. P. Relator: Luís Gonzaga da Silva Moura. DJ, 11 out. 2011.

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