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No PPRA, foi abordada a importância de identificar e determinar medidas de controle e estabelecer monitoramento dos riscos.

No Mapa de Risco, será desenhado o lo- cal de trabalho e fixado em um lugar onde to- dos os trabalhadores possam, antes de entrar no ambiente, conhecer os tipos de riscos exis- tentes.

1.9.1 Simbologia de Riscos

Os riscos serão simbolizados no layout da empresa, em função de sua gravidade, por cír- culos, e identificados por cores que indicarão o grupo a que pertence o risco. A especifica- ção dos agentes deve ser anotada dentro do círculo, bem como o número de trabalhadores expostos ao risco.

1.9.2 Cores de Riscos

Os riscos serão classificados em cinco gru- pos pelas cores: verde, vermelha, marrom, ama- rela e azul. Cada cor corresponde a um tipo de risco: Físico, Químico, Biológico, Ergonômico e de Acidente, respectivamente.

Tabela de Cores de Riscos

Cores Riscos Verde Físico Vermelho Químico Marrom Biológico Amarelo Ergonômico Azul De Acidente

O Mapa de Risco é elaborado utilizando círculos de cores cuja intensidade do risco, de acordo com a percepção dos trabalhadores, deverá ser representada por tamanhos propor- cionalmente diferentes dos círculos.

Deverá possibilitar, durante a sua execu- ção, a troca e a divulgação de informações entre os trabalhadores, bem como estimular sua participação nas atividades de percepção.

Lembrete

De acordo com a legislação, o Mapa de Risco deve ser elaborado pela comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA. Os trabalhadores devem ser ouvidos e en- volvidos no processo produtivo e com a orientação da gerência de SMS.

QUADRO I

Dimensionamento de CIPA

*GRUPOS Nº de Empregados 0 20 30 51 81 101 121 141 301 501 1001 2501 5001 Acima de 10.000 no Estabelecimento a a a a a a a a a a a a a para cada grupo de Nº de Membros da 19 29 50 80 100 120 140 300 500 1.000 2.500 5.000 10.000 2.500 acrescentar CIPA C-29 Efetivos 1 2 3 4 5 1 Suplentes 1 2 3 3 4 1 C-30 Efetivos 1 1 1 2 4 4 4 5 7 8 9 10 2 Suplentes 1 1 1 2 3 3 4 4 6 7 8 9 1 C-31 Efetivos 1 1 2 2 2 3 3 4 5 6 1 Suplentes 1 1 2 2 2 3 3 3 4 5 1 C-32 Efetivos 1 1 2 2 2 3 3 4 5 6 1 Suplentes 1 1 2 2 2 3 3 3 4 5 1 C-33 Efetivos 1 1 1 1 2 3 4 5 1 Suplentes 1 1 1 1 2 3 3 4 1 C-34 Efetivos 1 1 2 2 4 4 4 4 6 8 10 12 2 Suplentes 1 1 2 2 3 3 3 4 5 7 8 9 2 C-35 Efetivos 1 1 2 2 2 2 3 4 5 6 1 Suplentes 1 1 2 2 2 2 3 3 4 5 1

Segurança Industrial

39 Dentre outras vantagens, destacam-se:

– o mapeamento ajuda a criar uma atitu- de mais cautelosa por parte dos traba- lhadores diante dos perigos identifica- dos e registrados no mapa;

– após o estudo dos tipos de riscos das atividades por seção, deve-se dividir o local em áreas, conforme as diferentes fases de produção;

– um procedimento prático para o respon- sável que irá montar o Mapa de Risco é perguntar aos trabalhadores da seção da qual está sendo feito o mapa o que incomoda e quanto incomoda, lem- brando do exemplo da sala com ar con- dicionado;

– depois disso é que se começam a colo- car os círculos no mapa para represen- tar os riscos, que são caracterizados graficamente por círculos de cores;

RISCOS

Pequeno Médio Grande

– os riscos vão variar de acordo com a intensidade da sua exposição. Para isso, é necessário que haja uma avaliação específica de um técnico de segurança do trabalho e que faça parte da CIPA; – sugere-se que no próprio mapa de ris-

co seja colocada uma legenda com os três tamanhos de círculos correspon- dentes à intensidade de risco: pequena, média ou grande conforme o caso. O tipo de agente do risco deve ser anota- do dentro do círculo, bem como o nú- mero de trabalhadores expostos.

Para pensar...

De conformidade com a NR-1 da Portaria número 3214, ítem 17, alínea "c", cabe ao em- pregador informar aos trabalhadores, entre outros, o seguinte:

– os riscos profissionais que possam ori- ginar-se nos locais de trabalho.

Baseado no exposto anteriormente e com

vistas a proporcionar um ambiente de traba- lho seguro e saudável, além das legislações já existentes, foi publicada em 29/12/94 a Por- taria 25, que alterou a NR-9 e instituiu por meio da NR-5 a obrigatoriedade da elabora- ção do Mapa de Risco por todas as empresas que possuem Comissão Interna de Preven-

ção de Acidentes-CIPA.

Importante

O Mapa de Risco deve ficar em local visível para alertar as pessoas que ali trabalham sobre os riscos de acidentes em cada ponto marcado com os círculos. Depois que o mapa estiver bem compreendido, deverão ser discutidas as medidas de controle recomendadas e elaborado um programa de higiene ocupacional para a seção, incluindo-os no PPRA.

Concluindo, o Mapa de Risco deverá ser realizado por etapa de execução das atividades de- vendo ser revisto sempre que um fato novo modificar situação de risco antes estabelecida.

Em se tratando de Higiene e Segurança do Trabalho, é importante estar prevenidos.

Classificação dos principais riscos em grupos e padronização de cores

Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5

Riscos Físicos Riscos Químicos Riscos Biológicos Riscos Ergonômicos Riscos de Acidentes Ruídos Poeiras Vírus Esforço Físico Intenso Arranjo Físico Inadequado Vibrações Fumos Bactérias Levantamento e Transporte Máquinas e Equipamentos

Manual de Peso sem Proteção Radiações Névoas Protozoários Exigência de Postura Ferramentas Inadequadas

Ionizantes Inadequada ou Defeituosas

Frio Gases Parasitas Imposição de Ritmos Excessivos Eletricidade Calor Vapores Bacilos Trabalho em Turno Noturno Probabilidade de Incêndio

ou Explosão Pressões Substâncias, Compostos ou Jornadas de Trabalho Armazenamento Inadequado Anormais Produtos Químicos em Geral Prolongadas

Umidade Monotonia e Repetitividade Animais Peçonhentos Outras Situações Causadoras Outras Situações de Risco de Estresse Físico e/ou Psíquico que Poderão Contribuir para

a Ocorrência de Acidentes

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Segurança Industrial

A obrigatoriedade da elaboração do Mapa de Risco abrange no Brasil 700 (setecentas) mil empresas com 973 (novecentas e setenta e três) atividades de acordo com informações da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro – FIRJAN e da Federação das Indús- trias do Estado de São Paulo – FIESP. Deve seguir os seguintes procedimentos:

1.9.3 Objetivos do Mapa de Risco

– Reunir as informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da situação de segurança e saúde no trabalho na empresa;

– Possibilitar, durante a sua elaboração, a troca e a divulgação de informações entre os trabalhadores e estimular sua participação nas atividades de prevenção.

1.9.4 Etapas de elaboração

a) Conhecer o processo de trabalho no local, analisando:

– os trabalhadores: número, sexo, ida- de, treinamentos profissionais e de segurança e saúde, jornada;

– os instrumentos e materiais de tra- balho;

– as atividades exercidas; – o ambiente.

b) Identificar os riscos existentes no local analisado, de acordo com a classifica- ção da tabela de cores.

c) Identificar as medidas preventivas exis- tentes e sua eficácia:

– medidas de proteção coletiva; – medidas de organização do trabalho; – medidas de proteção individual; – medidas de higiene e conforto: banhei-

ro, lavatórios, vestiários, armários, be- bedouro, refeitório, área de lazer. d) Identificar os indicadores de saúde:

– queixas mais freqüentes e comuns entre os trabalhadores expostos aos mesmos riscos;

– acidentes de trabalho ocorridos; – doenças profissionais diagnosti-

cadas;

– causas mais freqüentes de ausência ao trabalho.

e) Conhecer os levantamentos ambientais já realizados no local.

f) Elaborar o Mapa de Risco, sobre o layout da empresa, indicando através de círculos:

– o grupo a que pertence o risco, de acor- do com a cor padronizada na tabela de cores;

– o número de trabalhadores expostos ao risco, o qual deve ser anotado dentro do círculo;

– a especificação do agente de risco, por exemplo, a sílica, o hexano, o ácido cloridrico que correspondem ao risco químico;

– ou a repetição de gestos, o ritmo ex- cessivo que correspondem ao risco ergonômico, deve ser anotada também dentro do círculo;

– a intensidade do risco, de acordo com a percepção dos trabalhadores, que deve ser representada por tamanhos. Após discutido e aprovado pela CIPA, o Mapa de Risco deverá ser afixado em cada local de forma visível e de fácil acesso para os trabalhadores.

No caso das empresas da indústria da cons- trução civil, o Mapa de Risco do estabeleci- mento deverá ser realizado por etapa de exe- cução dos serviços, devendo ser revisto sem- pre que um fato novo modificar a situação de risco estabelecida.

Quadro comparativo entre exposição e contami- nação pelos agentes de riscos químicos e físicos

No documento Apostilas Petrobras - Seguranca Industrial (páginas 38-40)

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