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Apostilas Petrobras - Seguranca Industrial

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Academic year: 2021

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Segurança Industrial

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URSO

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ORMAÇÃO

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PERADORES

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EFINARIA

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Segurança Industrial 3 CURITIBA 2002 Equipe Petrobras Petrobras / Abastecimento

UN´s: Repar, Regap, Replan, Refap, RPBC, Recap, SIX, Revap

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EGURANÇA

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NDUSTRIAL

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Segurança Industrial

Gravena, Antonio.

Curso de formação de operadores de refinaria; segurança industrial / Antonio Gravena, Andre Luis da Silva Kamierski, Ilson Paulo Castelo de Barros; coordenação do Comitê de Desenvolvimento de Competências da REPAR; diagramação e revisão UnicenP. – Curitiba : PETROBRAS : UnicenP, 2002.

70 p. : il. (algumas color) ; 30 cm.

Financiado pelas UN: REPAR, REGAP, REPLAN, REFAP, RPBC, RECAP, SIX, REVAP.

1. Segurança Industrial. 2. Segurança do Trabalho. 3. Brasil. I. Kamierski, Andre Luis da Silva. II Barros, Ilson Paulo Castelo de. III. PETROBRAS. REPAR. IV. UnicenP. V. Título.

363.11 G775

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Segurança Industrial

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Apresentação

É com grande prazer que a equipe da Petrobras recebe você.

Para continuarmos buscando excelência em resultados,

dife-renciação em serviços e competência tecnológica, precisamos de

você e de seu perfil empreendedor.

Este projeto foi realizado pela parceria estabelecida entre o

Centro Universitário Positivo (UnicenP) e a Petrobras, representada

pela UN-Repar, buscando a construção dos materiais pedagógicos

que auxiliarão os Cursos de Formação de Operadores de Refinaria.

Estes materiais – módulos didáticos, slides de apresentação, planos

de aula, gabaritos de atividades – procuram integrar os saberes

téc-nico-práticos dos operadores com as teorias; desta forma não

po-dem ser tomados como algo pronto e definitivo, mas sim, como um

processo contínuo e permanente de aprimoramento, caracterizado

pela flexibilidade exigida pelo porte e diversidade das unidades da

Petrobras.

Contamos, portanto, com a sua disposição para buscar outras

fontes, colocar questões aos instrutores e à turma, enfim, aprofundar

seu conhecimento, capacitando-se para sua nova profissão na

Petrobras.

Nome:

Cidade:

Estado:

Unidade:

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Segurança Industrial

Sumário

1 SEGURANÇA INDUSTRIAL ... 7

1.1 Antecedentes Históricos ... 7

1.2 Histórico da Segurança do Trabalho no Brasil ... 7

1.2.1 Conceito de Segurança ... 9

1.2.2 Conceito de Acidente ... 9

1.2.3 Conceito de Acidente do Trabalho ... 9

1.2.4 O Ambiente de Trabalho ... 9

1.2.5 A experiência e a percepção ... 10

1.2.6 Procedimentos para Identificação através das Cores ... 11

1.2.7 Equipamentos de Proteção lndividual – EPI ... 11

1.3 Classificação dos E.P.I.'s ... 12

1.3.1 Das obrigações do empregador quanto ao EPI: .. 12

1.3.2 Das obrigações do empregado ... 12

1.3.3 Das obrigações do fabricante e do importador ... 12

1.3.4 Responsabilidades da Empresa ... 13

1.3.5 Responsabilidade do Usuário ... 13

1.4 Características dos Equipamentos de Proteção Individual – EPI ... 13

1.4.1 Proteção para a Cabeça ... 13

1.4.2 Proteção dos olhos ... 14

1.4.3 Proteção facial ... 14

1.4.4 Proteção auditiva ... 15

1.4.5 Proteção das mãos ... 16

1.4.6 Proteção dos pés e pernas ... 17

1.4.7 Proteção do tronco ... 18

1.4.8 Capas, jaquetas e conjuntos ... 18

1.4.9 Proteção do corpo inteiro ... 18

1.4.10 Proteção respiratória ... 19

1.4.11 Equipamentos filtrantes, respiradores e máscaras ... 19

1.4.12 Equipamentos autônomos ... 21

1.4.13 Equipamentos de Proteção Respiratória com ... alimentação por linha de ar (ar-mandado) ... 22

1.4.14 Proteção contra quedas ... 23

1.4.15 Colete salva vidas ... 24

1.5 Equipamento de Proteção Coletiva – EPC ... 24

1.6 Alguns Cuidados na Utilização dos Equipamentos de Proteção Individual – EPI ... 25

1.7 Inspeção Planejada ... 27

1.7.1 A Importância da Inspeção Planejada ... 28

1.7.2 Levantamento dos riscos de acidentes ... 30

1.7.3 Relatório de Inspeção ... 30

1.8 NR-5 – Comissão interna de prevenção de acidentes – CIPA ... 31 1.8.1 Do objetivo ... 31 1.8.2 Da constituição ... 31 1.8.3 Da organização ... 31 1.8.4 Das atribuições ... 32 1.8.5 Do funcionamento ... 33 1.8.6 Do treinamento ... 34 1.8.7 Do processo eleitoral ... 34

1.8.8 Das contratantes e contratadas ... 35

1.8.9 Disposições finais ... 35

1.9 O mapa de risco ... 38

1.9.1 Simbologia de Riscos ... 38

1.9.2 Cores de Riscos ... 38

1.9.3 Objetivos do Mapa de Riscos ... 40

1.9.4 Etapas de elaboração ... 40

1.10 Acidente do Trabalho ... 40

1.10.1 Tipos de lesão ... 41

1.11 Fontes de Acidentes / Incidentes ... 42

1.11.1 Ato Abaixo do Padrão e Condição Abaixo do Padrão ... 43

1.11.2 Metodologia para Análise de Acidentes/Incidentes ... 45

1.11.3 A Importância da Análise do Incidente ou Quase Acidente – A Pirâmide de Segurança de Frank Bird ... 47

1.12 Acidente de trajeto e estabilidade após o acidente de trabalho ... 48

1.12.1 Estabilidade após acidente de trabalho ... 48

1.12.2 Custo dos acidentes ... 49

1.12.3 Custo dos Acidentes no Brasil ... 49

1.13 Causas do acidente de trabalho ... 50

1.13.1 Causas de Acidentes – O Modelo de Falha Humana ... 51

1.13.2 Falha dos Sistemas Gerenciais ... 51

1.13.3 Por Que as Pessoas Erram (Falha Humana)? ... 52

1.14 Atos e condições inseguras ... 54

1.14.1 Ato inseguro ... 54

1.14.2 Condicão insegura ... 55

1.14.3 Análise dos acidentes ... 55

1.15 Controle de acidentes ... 57

1.16 Procedimento em caso de acidente ... 57

1.16.1 Procedimento do Acidentado ... 57 1.16.2 Procedimento do Supervisor ... 58 1.17 Condições gerais ... 59 1.17.1 Emissão ... 59 1.17.2 Requisição ... 60 1.17.3 Cancelamento ... 60 1.17.4 Etiquetas de Advertência ... 60 1.17.5 Recomendações de Segurança ... 61

1.17.6 Execução dos Trabalhos ... 62

1.17.7 Conclusão dos Trabalhos ... 62

1.18 Condições específicas ... 63

1.18.1 PTT – Permissão de Trabalho Temporária ... 63

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Segurança Industrial 7

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Segurança

Industrial

1.1 Antecedentes Históricos

A Revolução Industrial foi uma das maio-res revoluções da humanidade. A Inglaterra foi o berço da Revolução Industrial. O avanço da tecnologia e a criação de produtos para ofere-cer a um número maior de consumidores mar-caram essa época.

No período de 1760 a 1830, ocorreu o ad-vento da Revolução Industrial na Inglaterra, que deu grande impulso às indústrias na for-ma como são conhecidas atualmente.

A Revolução Industrial teve como ponto mais importante a revolução social, devido às mudanças nas diversas sociedades do mundo. A área econômica, por conta dessa revolução, sofreu uma série de transformações na indús-tria, na agricultura, no comércio, enfim, em toda a economia que se tornou capitalista.

A Revolução Industrial transformou total-mente as relações de trabalho exigentes, pois, naquela época, praticamente só existia a figu-ra do artesão, que produzia seus produtos in-dividualmente ou com alguns auxiliares e tro-cava seus produtos por outros, geralmente em um mercado público.

Das máquinas domésticas e artesanais, criaram-se as máquinas complexas que exigiam volumosos investimentos de capital para sua aquisição e considerável mão-de-obra para o seu funcionamento, que foi recrutada indiscri-minadamente entre homens e mulheres, crian-ças e velhos. O êxodo rural logo aconteceu e as relações entre capital e trabalho também se iniciaram através de movimentos trabalhistas reivindicatórios.

Pressionado, o Parlamento Britânico apro-vou, em 1802, a “Lei de Saúde e Moral dos Aprendizes”, que estabeleceu o limite de 12 horas de trabalho por dia, proibiu o trabalho noturno e introduziu medidas de higiene nas fábricas. O não cumprimento desta Lei obri-gou o Parlamento Britânico a criar, em 1833, a Lei das Fábricas, que estabeleceu a inspeção das fábricas, instituiu a idade mínima de 9 anos para o trabalho, proibiu o trabalho noturno aos

menores de 18 anos e limitou a jornada de traba-lho para 12 horas diárias e 69 horas por semana. Criou-se, em 1897, a Inspetoria das Fá-bricas como órgão do Ministério do Trabalho Britânico, com o objetivo de realizar exames de saúde periódicos no trabalhador, além de se propor a estudar as doenças profissionais, principalmente nas fábricas pequenas ou des-providas de serviços médicos próprios.

Paralelamente, em outros países europeus e nos Estados Unidos, adota-se uma legislação progressista em defesa da saúde do trabalhador. Em 1919, é fundada em Genebra, a Orga-nização Internacional do Trabalho (OIT), com o objetivo de estudar, desenvolver, difundir e recomendar formas de relações de trabalho. O Brasil foi um dos seus fundadores e signatários (serão verificados, adiante, alguns dados rela-tivos ao Brasil).

1.2 Histórico da Segurança do Trabalho

no Brasil

No Brasil, para falar de Segurança do Tra-balho, devem ser localizadas na legislação as ações do governo que regularizam e aplicam práticas de trabalho saudáveis.

No começo deste século, naqueles estados onde se iniciava a industrialização – São Paulo e Rio de Janeiro – a situação dos ambientes de trabalho era péssima, ocorrendo acidentes e doen-ças profissionais de toda ordem. W. Dean, em seu livro “A industrialização de São Paulo 1881–1945”, afirmava que as condições de trabalho eram duríssimas: muitas estruturas que abrigavam as máquinas não haviam sido, originalmente, destinadas a essa finalidade – além de mal iluminadas e mal ventiladas, não dispunham de instalações sanitárias. As má-quinas amontoavam-se, ao lado umas das outras, e suas correias e engrenagens giravam sem proteção alguma. Os acidentes eram fre-qüentes, porque os trabalhadores, cansados, que trabalhavam aos domingos, eram multa-dos por indolência ou por erros cometimulta-dos, se fossem adultos, ou separados, se fossem crianças.

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Segurança Industrial

Em 1923, criava-se a Inspetoria de Higie-ne Industrial e Profissional junto ao Departa-mento Nacional de Saúde, no Ministério do Interior e Justiça.

Em 1934, introduz-se a Inspetoria de Hi-giene e Segurança do Trabalho, no Departa-mento Nacional do Trabalho, do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio.

Nesse mesmo ano, o governo de Getúlio Vargas promulga a segunda Lei de Acidentes do Trabalho e, dez anos depois, ainda no go-verno Vargas, aparece a terceira Lei.

Um ano antes, a legislação trabalhista con-sagra-se na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), com todo o Capitulo V dedicado à Higiene e Segurança do Trabalho.

Não obstante o Brasil ser signatário da OIT, somente pela Portaria 3227 de 1972 é que veio a obedecer à Recomendação 112, de 1959, daquela Organização. Tornou-se, então, obri-gatória a existência de Serviços de Segurança e Medicina do Trabalho nas empresas, de acor-do com o número de empregaacor-dos e o grau de risco em que se enquadram. Ainda assim, em torno de 85% dos trabalhadores ficaram ex-cluídos destes serviços obrigatórios. As micro, pequenas e médias empresas não estão enqua-dradas nesta legislação e, atualmente as gran-des empregadoras são estas empresas.

Um outro fato alarmante é que os riscos e as condição insalubres a que estão expostos estes trabalhadores são muito maiores que em empresas de porte superior. Nas empresas de maior porte, as condições financeiras e eco-nômicas permitem um maior investimento em máquinas modernas e processos com certa garantia de segurança e higiene do trabalho, o que não ocorre nas pequenas empresas.

Alguns estudos realizados apontam que o risco nas pequenas empresas industriais (até 100 empregados) é 3,77 vezes maior que o das grandes empresas (mais de 500 empregados) ou 1,96 vezes o das médias empresas (101 a 500 empregados).

As indústrias do ramo da mecânica, mate-rial elétrico e eletrotécnico são responsáveis pelos índices mais elevados de acidentes gra-ves, seguidos pelas indústrias ligadas ao ramo dos produtos alimentícios. Em nível nacional, a indústria da construção civil responde por 25% dos acidentes, inclusive os mais graves e letais.

Com relação às estatísticas de acidentes do trabalho, os dados brasileiros são poucos confiáveis, por diversos motivos. A seguir,

estão listados alguns fatores que prejudicam uma análise mais aprofundada nas estatísticas de acidentes:

a) enorme quantidade de acidentes não registrados ou ocorrência de sub-re-gistros;

b) grande quantidade de trabalhadores que não têm carteira de trabalho assinada; c) sistema de estatística oficial não é

con-fiável devido, dentre outros fatores, à burocracia.

Em 1972, foi criado o PNVT – Plano Na-cional de Valorização do Trabalhador, em fun-ção da situafun-ção alarmante do número de aci-dentes registrados no país.

A legislação em vigor foi publicada em 22 de dezembro de 1977 e recebeu o número 6514. Ela altera o capitulo V, do titulo II, da Consolidação das Leis do Trabalho.

Decorrentes dessa Lei, foram baixadas 28 Normas Regulamentadoras, Portaria 3214, de 8 de junho de 1978, pelo então Ministro Arnaldo Prieto.

Na iniciativa privada, o pioneirismo fica com a Associação Brasileira para Prevenção de Acidentes – ABPA, fundada em 21 de maio de 1941, com a participação de algumas pessoas idealistas que não aceitavam a produção, o lucro e a melhoria da qualidade de vida sem a preven-ção dos acidentes decorrentes do trabalho.

Da mesma forma, mantido pela iniciati-va priiniciati-vada CNI – Confederação Nacional da Indústria, foi criado em 22 de janeiro de 1942, pelo Decreto lei nº 4048, o SENAI, que em-bora tenha como finalidade principal a forma-ção profissional, visualizou que não podia ha-ver ensino de um trabalho sem o conhecimen-to dos correspondentes riscos de acidentes. Daí o surgimento da área de Segurança do Traba-lho na Instituição, que hoje oferece treinamen-tos específicos, promovendo permanente tro-ca de informações e de experiências entre empresas, a fim de conscientizar seus funcio-nários para as práticas prevencionistas.

Poucos anos depois surge o SESI – Ser-viço Social da Indústria, também mantido pela iniciativa privada, com a finalidade de propor-cionar lazer e saúde ao trabalhador. Hoje, na área de saúde, operacionaliza o PCMSO – Pro-grama de Controle Médico de Saúde Ocupa-cional – e junto com o SENAI, por meio de uma Unidade Corporativa, desenvolve traba-lhos de Higiene Industrial (levantamentos qua-litativos e quantitativos de riscos) para fins de elaboração do PPRA – Programa de Preven-ção de Riscos Ambientais.

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Segurança Industrial

9 O Brasil tem uma legislação muito antiga

e abrangente, considerada boa por vários es-pecialistas. Não é estranho que ainda assim apresente taxas elevadíssimas de acidentes do trabalho?

É muito difícil encontrar essa resposta, porém uma coisa é ter a lei e outra é se querer prevenir acidentes e doenças profissionais.

“Caso se deseje uma melhoria contínua

de qualidade de vida, deve-se nos postos de trabalho ter como meta a melhoria da higie-ne e da segurança”.

Como conseguir isto?

Participando dos programas de educação e treinamento de higiene e segurança, co-nhecendo as normas e regulamentos, as medidas de controle, os equipamentos de proteção individual e coletiva e partici-pando ativamente das campanhas de pre-venção de acidentes.

A partir da Revolução Industrial, além da higiene, a segurança no local de trabalho pas-sou a ser vista como problema social digno de atenção e de medidas de controle.

1.2.1 Conceito de Segurança

Segurança é a condição, o estado ou a

qualidade de seguro, daquilo em que se pode confiar, que não representa, em princípio, pe-rigo ou risco para nossa vida, saúde, integri-dade física e mental.

Daí a grande importância da educação e do treinamento para desenvolver nas pessoas atitudes e hábitos nas conhecidas e freqüentes Instruções de Segurança.

É muito comum as pessoas ligarem segu-rança a acidente. Na verdade, entende-se mais facilmente aquilo que se vê.

1.2.2 Conceito de Acidente

Acidente é o fato inesperado, não previs-to e não desejado, que poderá ser ou não com lesão, em uma ou em várias pessoas ao mes-mo tempo.

Os jornais sempre publicam acidentes, ou seja, as conseqüências de quando não se utili-za a Segurança.

Exemplo:

Você se lembra de algum outro acidente, com você, com alguém de sua família ou al-gum de seus amigos? É difícil esquecer, não é mesmo?

O grande desafio dos profissionais respon-sáveis pela prevenção de acidentes tem sido conscientizar as pessoas de que...

todo trabalho é importante e deve ser pla-nejado e executado com segurança!

Assim, nos estudos que os cientistas rea-lizam, com vistas à prevenção de acidentes, o ser humano é sempre o principal fator, sob to-dos os aspectos que o envolvam e o relacio-nem com os acidentes e sua prevenção.

A segurança deve ser exercida antes que ocorra o acidente. É errado pensar que só ser-ve para criar mais trabalho. É comum ser lem-brada apenas quando ocorre um acidente.

Todos os acidentes têm uma ou mais cau-sas que contribuem para provocá-lo. A ques-tão é que se deve antecipar, avaliando, identi-ficando e eliminando as possíveis causas que poderiam provocar o acidente. Com isto, pode-se afirmar com toda a certeza que:

Os acidentes podem ser evitados!

1.2.3 Conceito de Acidente do Trabalho

“Acidente do trabalho é o que ocorre pelo

exercício do trabalho, a serviço da em-presa, ou ainda pelo exercício do traba-lho dos segurados especiais, e provoca lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou redução da capacidade para o trabalho, permanente ou temporário”.

“Toda vez em que se falar em segurança,

pode-se pensar na prevenção de acidentes.”

1.2.4 O Ambiente de Trabalho

“... é no trabalho que as pessoas dedicam a maior parte de suas vidas...”.

Por esta razão é que se deve ter um local de trabalho que ofereça condições dignas de higiene e segurança e que seja, ao mesmo tem-po, um local agradável.

Considerando que o ser humano, dotado de inteligência e raciocínio, é capaz de criar e fabricar coisas para o seu benefício, seu pra-zer, sua comodidade, seu lapra-zer, enfim, para tornar sua vida a mais agradável possível, pode-se concluir que ele é capaz de criar um ambiente apropriado para o seu trabalho.

Para compreender melhor o que foi dito anteriormente, separa-se esse ambiente de tra-balho em duas partes: Aspectos Pessoais e Aspectos Físicos.

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Segurança Industrial

Aspecto Pessoal – é o jeito que se dá ao

ambiente de trabalho, conforme o posto, o in-teresse, as possibilidades e o objetivo de quem é responsável por ele.

É fato que todos gostam de estar em locais limpos, arrumados, seguros e confortáveis; po-rém, nem sempre, tem-se a influência direta so-bre essas condições. De qualquer forma, pode-se, pelo menos, manter a ordem e a limpeza.

Teste: Como está nesse momento a sua

mesa de trabalho? Ou a sua bancada na ofici-na? O seu microcomputador, se você o utiliza? Está tudo arrumado, limpo, organizado? Se a resposta for negativa mãos à obra, come-ce já a organização, a limpeza.

Importante:

Os hábitos pessoais e a vida familiar re-fletem no ambiente de trabalho de uma ma-neira muito especial.

Claro que a parte pessoal do ambiente de trabalho não se refere somente ao indivíduo, mas, principalmente, às outras pessoas que fazem parte desse ambiente, ao grupo, à equipe. Para que se possa atingir os objetivos de melhoria da qualidade de vida, o ambiente de trabalho deve ser de confiança mútua e res-peito humano.

Não tenha medo de errar, de agir, de parti-cipar, de dar sua opinião. Se ela não for aceita dessa vez, será numa próxima.

Mostre a necessidade de participação de cada um no processo de melhoria do local de trabalho.

Incentive o respeito que é o principal fa-tor no trabalho em equipe. Discuta, reflita com o grupo, aceitando as decisões da maioria. Um grupo unido, coeso e participativo certamente alcançará a eficiência e o dinamismo que to-dos buscam.

Converse sobre a possibilidade de distri-buir as tarefas de acordo com a preferência, a capacidade e a dinâmica de trabalho de cada um. Faça com que os outros se sintam incluí-dos e participantes do seu trabalho. Demons-tre a importância do trabalho que você está fazendo.

Pratique permanentemente suas qualida-des pessoais: respeito, criatividade, controle emocional, conhecimento, responsabilidade, discernimento, alegria, bom humor.

Deve-se incentivar as pessoas a vencerem as barreiras aparentemente invencíveis para o Sucesso.

O comprometimento é o que leva as pes-soas ao sucesso, além do interesse, da persis-tência, da vontade.

É o desejo especial e forte de assumir um compromisso e de dar conta dele. Nasce da consciência e da vontade de contribuir, cola-borar para a solução de qualquer problema.

Deve-se participar de um trabalho em grupo e desejar o sucesso: não como vaidade pessoal, mas pela certeza de que se está fazendo o melhor. Antes, porém, é preciso conhecer a em-presa e sua cultura, os chefes, os colegas e, principalmente, a si mesmo, capacidade, de-sejos, objetivos e, também, limitações. Afinal, não existe nenhuma pessoa que saiba tudo e que possa tudo. Cada um possui suas habilidades e deve utilizá-las respeitando os seus limites na-turais. O trabalhador deve explorar ao máximo seu potencial estendendo-o a outras áreas.

Aspecto Físico – o ambiente físico no lo-cal de trabalho deverá atender em primeiro lu-gar à adequação do ser humano, através de um correto arranjo físico chamado de ergonomia. É necessário procurar conhecer “fisica-mente” o local de trabalho, assim como algu-mas características importantes como as di-mensões, a iluminação, a ventilação, o ruído, a poeira, os gases, os vapores, etc.

É importante também o tipo de trabalho, a movimentação e a postura corporal em que se trabalha, o ritmo de trabalho, a ocupação principal, o horário, etc.

A Ergonomia e a Higiene Industrial pode-rão ajudar muito no correto arranjo do local de trabalho.

É interessante que se saiba que, no passa-do, grandes epidemias devastaram a humani-dade. A peste bubônica, também conhecida como peste negra, foi uma das maiores que se espalhou violentamente há séculos, devido às péssimas condições de higiene naquele tem-po. Causada por uma bactéria, ela é transmiti-da pelo sangue do rato para o homem, através das picadas de pulgas.

A partir de fatos como esses, deve-se pen-sar que ainda hoje poderão surgir infecções e doenças transmissíveis se não forem tomados alguns cuidados básicos. Basta lembrar da den-gue e da leptospirose, que ameaçam a popula-ção de muitas cidades brasileiras.

1.2.5 A experiência e a percepção

A experiência é um fator indispensável a toda a atividade perceptiva e a todas as for-mas de treinamento sensorial. A sensibilidade

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Segurança Industrial

11 da nossa percepção depende muito do quanto

já se sabe sobre o objeto com o qual nossos sentidos vão entrar em contato.

Explicando melhor: é a experiência que apura, que aumenta, que aguça os sentidos do provador de vinho, do selecionador de chá, do músico, do conhecedor de carros, etc.

A motivação é o processo que promove, mantém e dirige a aprendizagem e o compor-tamento das pessoas. A motivação interfere na aprendizagem: para aprender não basta poder, é preciso querer. Ela também interfere no com-portamento, na capacidade de realização, sa-tisfação para o trabalho, ação, desempenho.

Aperfeiçoar os sentidos consiste no pro-cesso de ganhar experiência através da prática numa aprendizagem contínua.

Para se compreender bem as coisas que estão ao nosso redor, tanto em casa como no trabalho, é preciso que a nossa atenção, a per-cepção, a experiência e a motivação constituam a base da aprendizagem.

1.2.6 Procedimentos para Identificação através

das Cores

Dentre as capacidades dos órgãos dos tidos do ser humano a mais utilizada nas sen-sações recebidas é o sentido da visão.

Nos ambientes de trabalho, há necessida-de necessida-de distinguir o que é seguro do que é peri-goso, através das cores, na identificação dos sistemas de canalizações, equipamentos, pro-teções de máquinas, corredores, caminho de fuga e para localizar os equipamentos de com-bate a incêndio onde a rapidez é fundamental. As aplicações e as técnicas de utilização das cores podem provocar reações e condicio-namentos mentais ou físicos, positivos ou ne-gativos, no ambiente de trabalho, que refle-tem diretamente na produtividade, através de conforto e segurança.

Essas aplicações contribuem também para melhorar o rendimento da iluminação e cons-tituem uma combinação positiva para o traba-lhador, principalmente, quando atuam sobre seu campo de visão.

A Norma Regulamentadora (NR 26) so-bre Sinalização de Segurança do Ministério do Trabalho estabelece:

“As cores que devem ser usadas nos lo-cais de trabalho para prevenção de acidentes, identificando os equipamentos de segurança, delimitando áreas, identificando as canaliza-ções empregadas nas indústrias para a con-dução de líquidos e gases, e advertindo contra riscos”.

Além das pinturas de tubulações é comum identificar com o nome do produto em setas pintadas ou em adesivos. As setas fazem a orien-tação do sentido do fluxo em tubulações de linhas próximas a equipamentos, válvulas ou interseções de linhas.

As cores são utilizadas também como si-nalização de obstáculos, advertências, identi-ficação de equipamentos de emergência, etc.

A Norma Regulamentadora – NR 26 define estes casos

Vermelho Amarelo Branco Preto Azul Verde Laranja Púrpura Lilás Cinza Alumínio Marrom

1.2.7 Equipamentos de Proteção lndividual – E.P.I.

É considerado Equipamento de Proteção Individual (E.P.I.), todo dispositivo ou produ-to, de uso individual utilizado pelo trabalha-dor, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. Entende-se como Equipamento Conjugado de Proteção Individual, todo aquele composto por vários dispositivos, que o fabricante tenha as-sociado contra um ou mais riscos que possam ocorrer simultaneamente e que sejam suscetí-veis de ameaçar a segurança e a saúde no tra-balho. O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou importada, só pode-rá ser posto à venda ou utilizado com a indica-ção do Certificado de Aprovaindica-ção – CA, expe-dido pelo órgão nacional competente em ma-téria de segurança e saúde no trabalho do Mi-nistério do Trabalho e Emprego.

A empresa é obrigada a fornecer aos em-pregados, gratuitamente, EPI adequado ao ris-co, em perfeito estado de conservação e funcio-namento, nas seguintes circunstâncias:

a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção con-tra os riscos de acidentes do con-trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho; b) enquanto as medidas de proteção cole-tiva estiverem sendo implantadas; e, c) para atender situações de emergência.

Cabe ao empregador, quanto ao E.P.I.:

a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade;

b) exigir seu uso;

c) fornecer ao trabalhador somente o apro-vado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;

d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;

(12)

12

Segurança Industrial

e) substituir, imediatamente, quando da-nificado ou extraviado;

f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e

g) comunicar ao Ministério do Trabalho e Emprego qualquer irregularidade ob-servada.

Cabe ao empregado, quanto ao EPI:

a) usar apenas para a finalidade a que se destina;

b) responsabilizar-se pela sua guarda e conservação;

c) comunicar ao empregador qualquer alte-ração que o torne impróprio para uso; e, d) cumprir as determinações do

emprega-dor sobre o uso adequado.

1.3 Classificação dos E.P.I.'s

Os Equipamentos de Proteção Individual podem ser de dois tipos:

a) de uso permanente; b) de uso temporário.

– Os E.P.I.'s de Uso Permanente são aqueles que a empresa fornece aos trabalhadores em função da habitua-lidade, permanência e natureza dos perigos e riscos de suas atividades ou ambientes de trabalho. Ex.: ca-pacetes de segurança, óculos de segurança, protetores auriculares, capas impermeáveis de trevira, bo-tas de segurança, luvas de seguran-ça, EPI´s para proteção de riscos ine-rentes ao cargo de soldadores e ou-tros a critério da SMS.

– Os E.P.I: s de Uso Temporário são aqueles que a empresa fornece aos trabalhadores para a realização de um trabalho específico sob condição de risco, em situação normal, anor-mal ou emergencial, e que devem ser devolvidos a SMS após o término do trabalho para higienização, reposição de peças ou materiais, inspeção, ma-nutenção, etc. Ex.: máscaras, capas de aproximação, roupas de emergên-cia, cintos de segurança, etc.

A legislação define obrigações do empre-gador, do empregado e do fabricante como se segue.

1.3.1Das obrigações do empregador quanto ao

EPI:

– adquirir o tipo de equipamento adequa-do à atividade adequa-do empregaadequa-do;

– fornecer ao empregado somente o equi-pamento aprovado pelo Ministério do Trabalho e de empresas cadastradas na Secretaria de Segurança e Saúde do Tra-balhador do Ministério do Trabalho – MTb;

– treinar o trabalhador para utilizar de for-ma adequada o equipamento;

– tornar obrigatório o uso do equipa-mento;

– substituir, imediatamente, o equipa-mento quando for danificado ou extra-viado;

– responsabilizar-se pela sua higieniza-ção e manutenhigieniza-ção periódica;

– comunicar ao MTb qualquer irregula-ridade observada no EPI.

1.3.2 Das obrigações do empregado

– usar o equipamento apenas para a fina-lidade a que se destina;

– responsabilizar-se pela guarda e con-servação do equipamento;

– comunicar ao empregador qualquer al-teração que o torne impróprio para o uso.

1.3.3 Das obrigações do fabricante e do

importador

– comercializar ou colocar à venda so-mente o equipamento que tiver Certi-ficado de Aprovação – CA, do Minis-tério do Trabalho- MTb;

– renovar o CA, o Certificado de Regis-tro de Fabricante – CRF e o Certifica-do de Registro ImportaCertifica-dor – CRI, quan-do estiver venciquan-do o prazo de validade estipulado pelo MTb;

– requerer novo CA quando houver alte-ração das especificações do equipamen-to aprovado;

– responsabilizar-se pela manutenção da mesma qualidade do EPI padrão que deu origem ao Certificado de Aprova-ção (CA);

– cadastrar-se junto ao MTb, através do Departamento Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador – DNSST.

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1.3.4 Responsabilidades da Empresa

– instruir todos os empregados sobre a necessidade e a maneira correta de usar e de manter os equipamentos de prote-ção individual;

– acompanhar junto ao usuário a realiza-ção de testes, visando a sua adequarealiza-ção; – possuir uma relação de equipamentos

de proteção individual por função; – fornecer os equipamentos de proteção

de utilização eventual e orientar quan-to ao uso;

– fazer cumprir a obrigatoriedade quan-to ao uso através de técnicas compor-tamentais;

– proporcionar aos empregados facilida-des para guardar, limpar e manter o seu EPI.

1.3.5 Responsabilidade do Usuário

Cuidar do EPI sob sua responsabilidade, utilizando-o de modo correto e sempre que seu uso seja obrigatório, mantendo-o em boas con-dições, zelando pela limpeza adequada, subs-tituição de partes e testes de certificação.

1.4 Características dos Equipamentos de

Proteção Individual – EPI

Para cada tipo de atividade existe um ris-co ris-correspondente. A esris-colha do equipamen-to de proteção se fará não somente em função do risco, mas também das condições do pró-prio trabalho.

O equipamento de proteção individual protegerá contra os riscos dos locais de traba-lho e, ao mesmo tempo, dará proteção contra as condições de trabalho incômodas e desa-gradáveis.

Existem vários equipamentos de proteção individual, os EPI específicos para cada ativi-dade profissional e a parte do corpo que deve proteger.

Para esclarecer o que foi abordado anterior-mente, serão apresentados alguns exemplos:

– um soldador tem que usar máscara com lentes próprias;

– o gari não pode recolher o lixo sem es-tar usando luvas especiais;

– um bombeiro para entrar num prédio em chamas tem que estar usando más-cara contra gás.

Não é possível detalhar todas as profis-sões e quais os equipamentos de proteção in-dividual necessários para exercê-las com se-gurança e sem riscos. Por isso, serão apresen-tados, a seguir, de forma reduzida os tipos de proteção que podem ser feitas em cada parte do corpo, a saber:

1.4.1 Proteção para a Cabeça

A cabeça deve ser protegida nos locais onde há o perigo de impacto e de penetração de objetos que caem ou que se desprendem e são lançados à distância; de queimaduras de origem elétrica e em trabalhos a céu aberto.

Proteger os olhos e o rosto, em ambientes onde haja probabilidade de lesões, quando apresentam iluminação forte direta ou indire-ta, líquidos e radiações perigosas ou uma com-binação de todos estes riscos.

Devem ser fornecidos equipamentos ade-quados para proteção auditiva aos emprega-dos em todas as áreas onde o nível de ruído não possa ser reduzido.

Deve ser fornecida proteção respiratória em áreas que apresentem um ambiente respi-ratório limitado ou possibilidade de deficiên-cia de oxigênio ou contaminação do ar.

Alguns tipos de EPI para partes da cabeça: – Proteção do couro cabeludo – bonés,

redes, gorros, etc.

– Proteção do crânio – Deve ser utili-zado o capacete para proteger o crânio nos trabalhos sujeitos a agentes meteo-rológicos (trabalhos a céu aberto), im-pactos provenientes de quedas, proje-ção de objetos ou outros, queimaduras ou choques elétricos.

O capacete é composto, basicamente, pelo “casco” e pela “suspensão”, que operam e for-mam o sistema de proteção.

O Casco

O “casco” é rígido, leve e balanceado, para permitir um confortável uso. Constitui-se de uma

peça, geralmente, injetada em polietileno de alta densidade, não condutora de corrente elé-trica. Dependendo do tipo, resiste até 20.000 Volts durante 3 minutos, com fuga não superior

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a 9mA e quando testado para ruptura, não deve ocorrer abaixo de 30.000 Volts.

O polietileno injetado possui durabilida-de média durabilida-de 5 anos e, após este tempo, podurabilida-de- pode-rão aparecer trincas em sua estrutura, provocada pelo ressecamento do polietileno. Ocorrendo o ressecamento do casco, toda a sua resistência mecânica contra impacto será com-prometida. Nessa situação, o capacete deverá ser substituído por outro novo.

Recomenda-se não fazer furos no casco para que não seja diminuída a sua resistência contra impactos.

Suspensão

A suspensão tem a função de absorver im-pactos na cabeça, amortecendo o choque me-cânico transmitido pelo casco.

A suspensão possui duas partes impor-tantes:

– A cinta ajustável e a dupla fita amorte-cedora.

A suspensão deve ser trocada sempre que houver desgaste da mesma ou que for contaminada por gases ácidos, óleos e outros

agen-tes, que podem atacar o material de que é feita a suspensão e diminuir-lhe a segurança.

Para uma proteção eficaz durante o tem-po de uso mantenha-a limpa, lavando-a com água e sabão. Não use álcool ou outros produ-tos. Ao menor sinal de deterioração troque de imediato a suspensão.

Os brigadistas de combate a incêndio e vazamentos de produtos combustíveis e infla-máveis devem utilizar capacetes a prova de fogo dotados de viseiras refletivas de radia-ção térmica e luminosa e protetor para a nuca.

1.4.2 Proteção dos olhos

É obrigatório o uso de óculos de seguran-ça para todos os empregados cujo trabalho ofe-reça risco de lesão aos olhos, provenientes de impacto de partículas, respingos de líquidos agressivos e metais em fusão, poeiras e radia-ções perigosas.

Óculos com proteção lateral

Possuem lentes de cris-tal ótico endurecido, que podem ser incolores ou

co-loridas filtrantes, resistentes a impactos de partí-culas sólidas. Seu uso é recomendado para pro-teção contra projeção de partículas e poeiras.

Os óculos de lente de policarbonato, são reco-mendados também para projeção de partículas e poeiras.

Óculos de proteção total

São constituídos de material plástico, macio e flexível, lente inteiriça, de acrílico ou policarbonato,

resistente a impactos, plana e transparente. Possuem ainda um dispositivo para ventilação indireta com tela para filtrar poeiras e um ti-rante para ajuste e fixação. Protegem contra poeiras, respingos de produtos químicos e im-pactos de partículas.

Podem ser usados sobre óculos comuns.

Óculos para solda e corte

É obrigatório o seu uso para trabalhos de cor-te de metais com uso de maçarico. Protege a visão

contra a luminosidade gerada durante o corte, de modo a evitar danos à retina ocular. São construídos com armação de PVC não tóxico, Celeron ou Poliestireno, possuindo lentes filtrantes com tonalidades variáveis de 3 a 6. Os trabalhadores devem solicitar sua substi-tuição no caso das lentes estiverem riscadas ou com respingos de aço.

1.4.3 Proteção facial

É obrigatório o uso de protetores faciais para todos os empregados cujo trabalho ofe-reça risco de lesão dos olhos e da face, por partículas, respingos, vapores de produtos quí-micos ou por radiações luminosas intensas. Os principais tipos, de protetores são:

Protetor facial com lente trans-parente de policarbonato

Devem ser utilizados para proteção contra res-pingos de produto quími-cos e impactos de partícu-las líquidas.

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Protetor facial com lente escura

Devem ser utilizados para proteção contra radia-ções luminosas intensas, infravermelhas e ultravio-letas, em trabalhos de

ins-peção dos queimadores de fornos e onde ocor-rerem reflexos luminosos de grande lumino-sidade.

Protetor facial com lente escu-ra (máscaescu-ra paescu-ra soldador)

Devem ser utilizados para proteção contra raios infravermelhos e ultravio-letas em trabalhos de soldagem.

Protetor facial aluminizado

Devem ser utilizados para proteção contra im-pactos e estilhaços de pe-ças ou materiais.

1.4.4 Proteção auditiva

É obrigatório o uso de protetores auricula-res em locais onde for constatado nível de ruí-do superior aos limites de tolerância definiruí-dos pela legislação em vigor, NR-15, anexos I e II. Quando houver dúvida, quanto ao nível de ex-posição ou dose de ruído a que o trabalhador está exposto, deverá ser contatado o Técnico de Segurança da SMS, que fará a avaliação e definirá qual o tipo de protetor é o mais ade-quado ou que outras medidas de proteção se-rão requeridas. Tse à disposição, na em-presa, os seguintes tipos de proteção:

Plug de inserção moldável

É constituído de espuma sintética moldá-vel, com consistência esponjosa. Amolda-se perfeitamente ao formato do canal auditivo. Tem comprimento ideal para facilitar sua fi-xação e remoção.

Instruções de uso

1. Para melhor proteção auditiva os plugs

de-vem ser adequadamente inseridos. Para tan-to, siga cuidadosamente as instruções de uti-lização:

Mãos e plug devem estar limpos antes do manuseio!

2. Role e aperte o plug

suavemente, até que ele atinja um diâme-tro tão pequeno, quan-to possível.

3. Enquanto o plug

esti-ver comprimido, in-troduza-o, rapidamen-te, no canal auditivo. A introdução ficará mais fácil se a orelha for levemente puxa-da, com a outra mão, para cima.

4. Com a ponta do dedo,

mantenha o plug no lugar, até que a ex-pansão se inicie. Repita o mesmo para o outro ouvido.

5. O plug, quando bem

colocado, apresenta visível somente o cír-culo de sua extremi-dade. Desta forma a proteção obtida será a melhor possível.

6. O plug, quando mal

colocado, apresenta visível uma certa porção da sua super-fície lateral. Retire-o e repita a seqüência, para alcançar uma inserção adequada e uma boa proteção.

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Protetor auricular (tipo concha)

É constituído por um par de conchas de plásti-co de alto impacto plásti-com

almofada de vinil para proporcionar um per-feito ajustamento, suportados por um arco fle-xível também em material plástico. Não deve possuir partes metálicas ou material condutor de corrente elétrica. O arco deve permitir mo-bilidade ao redor da cabeça com possimo-bilidade de uso na cabeça, nuca ou queixo. Pode ser usa-do com: capacete, viseira facial ou máscara de soldador.

O arco deve ter duas partes deslizantes de maneira a permitir um melhor ajuste na cabeça. A pressão do arco é calculada de modo a oferecer a proteção adequada requerida pela Norma, portanto, não deve o arco ser alargado com o intuito de diminuir a pressão do ajuste, pois desta maneira o EPI tornar-se-á impróprio por não oferecer proteção adequada ao risco. Caso seja constatado o amassamento perma-nente das almofadas ou rasgo da proteção da espuma, deverá o usuário substituir este EPI.

Protetor auricular tipo con-cha, acoplado ao capacete

As conchas possuem as mesmas característi-cas do protetor auricular com arco flexível, po-rém, este modelo possui articulações afixadas ao

capacete, que permitem ajuste aos ouvidos. O trabalhador deverá providenciar a subs-tituição do EPI quando constatar que ocorre-ram deformidades das almofadas e/ou rasgo na proteção da espuma.

1.4.5 Proteção das mãos

É obrigatório o uso de luvas para prote-ção das mãos em serviços onde haja contato ou risco de contato com:

– Materiais ou objetos escoriantes, abra-sivos, cortantes ou perfurantes;

– Produtos químicos corrosivos, cáusticos, tóxicos, alergênicos, graxos, solventes orgânicos e derivados de petróleo; – Materiais ou objetos aquecidos; – Equipamentos elétricos energizados; – Radiações perigosas;

– Frio;

– Agentes biológicos.

Luvas de vaqueta

Devem ser utiliza-das para serviços em que haja contato ou risco de contato com agentes abrasivos perfurantes ou cortantes.

Caso haja o contato

das luvas com produtos químicos ácidos ou cáusticos, o usuário deverá providenciar a sua substituição junto à SMS.

Luvas de borracha para eletricista

Devem ser utiliza-das para proteção con-tra choque elétrico. A borracha usada na con-fecção das luvas deve ser de alta qualidade, isenta de material recu-perado ou de sobras, e ter características físi-cas, químicas e elétricas exigidas para a proteção contra choques elétri-cos. As superfícies,

ex-terna e inex-terna, devem estar isentas de: depres-sões, sulcos, porosidade ou incrustações. An-tes de sua utilização deve ser feita uma inspe-ção visual nos seguintes aspectos: furos, cavi-dades, oxidação, sinais de envelhecimento, ataque de ozônio, rachaduras, sulcos resultan-tes de corresultan-tes ou desgasresultan-tes superficiais. Reco-menda-se o uso de luvas de vaqueta fina com punho de raspa para cobertura e proteção da luva de alta tensão contra impactos, arranhões ou perfuração durante a execução do trabalho

Luvas de PVC

Devem ser uti-lizadas para prote-ção das mãos con-tra: produtos

quí-micos (ácidos ou cáusticos), óleos, graxas, de-tergentes, solventes, derivados de petróleo, etc. A superfície externa deve estar isenta de fu-ros, fendas ou porosidades que permitam a pas-sagem do agente agressivo. Conforme a ca-racterística da tarefa, são classificadas em 3 tipos:

– para trabalhos leves; – para trabalhos médios; – para trabalhos pesados.

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Luvas de kevlar

São utilizadas para proteção das mãos con-tra agentes térmicos se-cos em serviços com ob-jetos a temperaturas

ele-vadas e manuseio de peças quentes.

Luvas de kevlar alumini-zadas

São utilizadas para proteção das mãos con-tra agentes térmicos se-cos, tais como: serviços

com objetos a temperaturas elevadas, fornos, manuseio de peças quentes, troca de maçari-cos e onde haja necessidade de reflexão de calor irradiado pela fonte de emissão.

Luvas de grafatex com fi-bra de kevlar

Devem ser utiliza-das para proteção utiliza-das mãos, contra agentes tér-micos secos. É utilizado no laboratório para o

manuseio de vidros aquecidos a temperaturas de ate 500°C. Permitem a facilidade do manu-seio de pequenas peças aquecidas.

Luvas de látex

São utilizadas para proteção das mãos con-tra agentes químicos le-ves, na faixa dos sabões e detergentes. São utili-zadas em trabalhos que

exigem maleabilidade e tato. Nunca devem ser utilizadas para manuseio de ácidos, bases con-centradas, derivados de petróleo na faixa de gasolina, querosene. naftas ou solventes. De-vem ser substituídas quando apresentarem fu-ros, deformações ou contaminação interna.

1.4.6 Proteção dos pés e pernas

É obrigatório o uso de calçado adequado para a realização de qualquer atividade na área industrial da refinaria, nas oficinas e armazéns. Sempre que as condições de trabalho exigi-rem qualquer tipo de proteção adicional, use calçados adequados.

Entende-se como calçado adequado, todo aquele que proteja o trabalhador dos riscos existentes no local ou na natureza do trabalho.

Os empregados, temporariamente impedi-dos de usar o calçado exigido, em conseqüên-cia de ferimentos, contusões, etc., podem tra-balhar com outro tipo de calçado desde que atestada a lesão pela atividade de Saúde e des-de que constatado des-de que não haverá risco ao trabalhador em decorrência dessa permissão.

Cabe aos supervisores e a fiscalização o cumprimento dos requisitos aqui mencionados.

Botas de couro com bi-queira de aço

Devem ser utiliza-das para proteger o tra-balhador contra a ação de objetos cortantes ou perfurantes e impactos sobre os dedos.

São confeccionadas em vaqueta, solado antiderrapante e com forração interna. Devem ser utilizadas nas áreas industriais, oficinas, armazéns e obras. Sempre que houver desgas-te acentuado do solado, as botas deverão ser substituídas, a fim, de evitar acidentes provo-cados por escorregões.

Botas de PVC

Devem possuir solado antiderrapante e ter "cano" de 23 cm em relação à parte su-perior do solado. São utilizadas para

prote-ção da pele em pisos que haja hidrocarbone-tos, produtos corrosivos, cáusticos, água, etc. Sempre que houver desgaste acentuado do solado deverão ser substituídos, a fim, de evi-tar acidentes provocados por escorregões.

Sapato de segurança

São confecciona-dos em couro, tipo va-queta, com solado an-tiderrapante e forração interna. Devem ser uti-lizados nas atividades do laboratório que não envolvam risco de queda de materiais

pe-sados, riscos elétricos e contato com produ-tos químicos. Sempre que houver desgaste acentuado do solado deverão ser substituídos, a fim, de evitar acidentes provocados por es-corregões.

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1.4.7 Proteção do tronco

Nos serviços em que haja risco de lesão no tronco é obrigatório o uso de proteção ade-quada.

Aventais

Capa de PVC

Devem ser utilizadas para proteção contra chu-va. Podem ser utilizadas para respingos de produ-tos ácidos e cáusticos.

Conjuntos de PVC (calça, blusão e capuz)

Devem ser utilizados em trabalhos onde qual-quer parte do corpo possa entrar em contato com hi-drocarbonetos, produtos tóxicos e/ou corrosivos.

São utilizados tam-bém para trabalhos em que haja umidade em excesso. Exemplo: operação de la-vagem em interior de equi-pamentos.

Nestas situações, para uma completa proteção, é feito também o uso de lu-vas e botas de PVC.

1.4.9 Proteção do corpo inteiro

É obrigatório o uso de proteção para o corpo inteiro, nas seguintes situações:

– Em trabalhos onde haja risco de conta-to com agentes químicos, prejudiciais à saúde, absorvíveis pela pele ou que possam lesioná-la;

– Em trabalhos com umidade em excesso; – Em trabalhos onde haja risco de

conta-to com superfícies abrasivas.

1.4.8 Capas, jaquetas e conjuntos

Conjunto aluminizado

Devem ser utilizados na proteção contra calor ra-diante ou condutivo e res-pingos de partículas quen-tes de metais ou líquidos.

Aventais de raspa

Devem ser utilizados em trabalhos onde haja ris-co de lesão provocada por objetos escoriantes, cor-tantes, abrasivos e por ra-diações não ionizantes ge-radas por soldagens.

Aventais de PVC

Devem ser utilizados em trabalhos onde haja possibilidades de ocorrer respingos de hidrocarbone-tos e produhidrocarbone-tos corrosivos (ácidos e cáusticos).

Deve-se lavá-los com água e sabão após o uso.

Macacões de brim com capuz (macacão de parada)

São destinados para tra-balhos em locais onde haja risco de contato com super-fícies abrasivas. Possuem reforço nos ombros, cotove-los, joelhos e nádegas.

Exemplo: trabalhos em interior de equipamentos.

Jardineiras de PVC

Devem ser utiliza-das em trabalhos envol-vendo substâncias quí-micas ou ambientes com grande umidade ou locais alagadiços. Possuem botas de PVC acopladas nas pernas.

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Macacão especial de proteção

Macacão confeccionado em não-tecido, com costura termosselada e tratamento anti-estático. Com abertura frontal em zíper, elástico nos punhos e tornozelos e capuz com elástico.

Oferece proteção em operações em que exista ris-co de ris-contaminação ris-com agentes químicos líquidos.

Macacão anti-ácido hermeticamente fechado

São indumentárias espe-ciais de PVC ou neoprene, hermeticamente fechadas oferecendo proteção de cor-po inteiro contra contami-nantes químicos.

Na RPBC são utiliza-das na Unidade de Gasolina de Aviação (UGAV) para atendimento e controle de vazamentos de HF (ácido fluorídrico) de grandes porções uma vez que

pro-porciona ao usuário um alto grau de proteção. Os macacões anti-ácido possuem insufla-ção de ar, através de mangueira de suprimento de ar respirável.

Deve-se tomar o cuidado de verificar, ro-tineiramente, o estado da roupa, quanto à presença de furos ou cortes no tecido, bem como se o sistema de vedação está em perfeito estado.

SEQÜÊNCIA DE COLOCAÇÃO DA ROUPA

1.4.10 Proteção respiratória

O uso de proteção respiratória é obrigató-rio quando:

a) a concentração volumétrica de oxigê-nio no ambiente ou para respiração pelo trabalhador estiver abaixo de 19,5%; b) o ar estiver contaminado com

substân-cias prejudiciais à saúde, que através da respiração possam provocar distúr-bios ao organismo ou seu envenena-mento;

c) o ar ambiental não se encontrar no seu estado apropriado para a respiração, ou seja, ter temperatura e pressão anormais que possam causar danos ao sistema respiratório (ex.: congelamento, quei-madura, embolias, etc.);

d) o ar contiver qualquer substância que o torne desagradável por exemplo: odores. A grande variedade de tarefas existentes na RPBC que necessitam de proteção respira-tória exigem em cada caso o equipamento mais adequado para sua execução.

Pode-se citar o uso de proteção respirató-ria nos seguintes casos:

– trabalhos em áreas continuamente con-taminadas;

– trabalhos em áreas com contaminação provável ou possível de ocorrer; – para abandono em situação de perigo

eminente (fuga);

– para salvamentos e ações de socorro. Os equipamentos de proteção respiratória podem ser classificados em:

a) Equipamentos filtrantes, respiradores e máscaras;

c) Equipamentos Autônomos;

c) Equipamentos de Respiração com linha de ar (ar mandado).

1.4.11 Equipamentos filtrantes, respiradores e

máscaras

São equipamentos que permitem a passa-gem do ar ambiente para o sistema respirató-rio somente após ter sido purificado através de filtros mecânicos químicos ou combinados. Os filtros possuem carvão ativo para retenção de contaminantes químicos e elementos de papel ou algodão para retenção de poeiras.

Filtros químicos e mecânicos

A utilização deste tipo de equipamento é recomendada quando:

– a concentração volumétrica parcial de oxigênio na atmosfera estiver com, no mínimo 19,5% (NIOSH);

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– a atmosfera estiver isenta de monóxi-do de carbono;

– a concentração do contaminante na at-mosfera estiver dentro das especifica-ções de uso do filtro;

– preferencialmente, o ambiente for aber-to e ventilado.

A vida útil dos filtros depende basicamente: – da concentração do contaminante; – da taxa de consumo de ar pelo usuário; – da umidade relativa do ar;

– da temperatura do ar.

O tempo de uso dos filtros depende dos fatores anteriores, devendo os mesmos ser substituídos quando ocorrer ou for detectado: – elevada resistência ao fluxo de ar para

a respiração normal;

– percepção do cheiro das substâncias contaminantes;

– princípio de irritação.

Nota: quando se tratar de filtros químicos,

deve ser observado o prazo de validade dos mesmos, pois, expirado este prazo, os filtros devem ser descartados.

Os filtros de respiração aparecem nas mais variadas formas construtivas. Na RPBC os tipos mais utilizados são os de rosca para res-piradores e máscaras panorâmicas. Os cartu-chos químicos utilizados obedecem a uma co-dificação de cores e apresentam suas especifi-cações rotuladas nos próprios cartuchos. Ne-les estão especificados os contaminantes para os quais se destinam.

De acordo com o filtro utilizado, este pro-porcionará proteção contra poeiras, neblinas, asbestos, fumos, gases ácidos, vapores orgâ-nicos, halogenados, amônia, aminas, pestici-das, tintas, vernizes, esmaltes e outros, ou ain-da a combinação de mais de um contaminan-te, de acordo com as limitações especificadas.

Os filtros químicos e mecânicos, após o seu uso, deverão ser devolvidos para a SMS para que seja promovido a destinação adequa-da dos mesmos.

Respiradores semi-facial, com filtros combinados

Sua utilização é indicada para proteção respiratória contra uma grande variedade de contaminantes, através de filtros químicos ou mecânicos (para poeiras), todos intercambiá-veis. Assim, dependendo do contaminante pre-sente na atmosfera, o usuário poderá optar pelo tipo de filtro mais adequado.

Os respiradores semi-faciais cobrem a boca e o nariz, e permitem uma respiração natural. As correias elásticas garantem uma vedação segura e conforto no uso.

As vantagens principais do respirador semi-facial são, o peso reduzido e o conforto. Os respiradores semi-faciais são, usados com fil-tros, em locais de trabalho onde os contami-nantes ou elementos prejudiciais à saúde exis-tem em pequenas concentrações.

Máscaras panorâmicas

As máscaras faciais panorâmicas envol-vem todo o rosto e, por isso, oferecem, simul-taneamente, proteção à visão, e à respiração. Isto se torna indispensável em ambientes com elementos irritantes ou agressivos à vista e res-piração.

As modernas máscaras faciais possuem um único visor abaulado, com grande campo visual.

O corpo da máscara facial, com seus lábios de vedação, adapta-se a todos os tamanhos e formatos diferentes de rostos, ajustando-se

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Segurança Industrial

21 através de câmaras reguláveis presas a cinco

pontos da máscara, que permitem uma ade-quada vedação.

As máscaras possuem, ainda, uma mem-brana acústica interna, que permite a transmis-são de comunicação verbal pelo usuário.

Conforme o equipamento de proteção res-piratória usada em conjunto com as máscaras faciais, estas possuem diferentes conexões:

– se a máscara é usada com filtros, equi-pamentos com linha de ar ou conjun-tos autônomos de respiração, ela pos-sui uma Iigação de rosca e válvulas de inalação e exalação;

– máscaras faciais usadas em conjunto com equipamento autônomo de respi-ração por pressão positiva, possuem conexão da válvula de demanda (pul-mão) tipo engate rápido baioneta.

Nota: sempre que for necessário utilizar

equipamento de proteção respiratória após o ajuste da peça facial, deve ser efetuado o teste de vedação.

Para efetuar o teste, deve-se obstruir a via normal de entrada de ar e aspirar profundamen-te. Ocorrendo a contração da peça facial, a ve-dação é satisfatória. Caso a veve-dação não seja satisfatória, a peça facial deve ser substituída.

Observação: o uso de barba não permite

uma perfeita vedação.

1.4.12 Equipamentos autônomos

São equipamentos com provisão de ar con-tido num cilindro de alta pressão. Portanto, independem da qualidade do ar existente no ambiente ou de outra fonte externa de supri-mento. Estes aparelhos têm sua utilização li-mitada, de acordo com sua capacidade de ar-mazenamento de ar. Sua autonomia depende, sempre, do esforço físico, biotipo e treinamen-to do usuário, quantreinamen-to à utilização do equipa-mento.

São utilizados em situações de emergên-cia ou em trabalhos onde é necessária a movi-mentação constante do usuário, onde, em cujos ambientes, existem ou possam existir altas concentrações de contaminantes e/ou baixa concentração de oxigênio (abaixo de 19,5% em volume).

Um aparelho autônomo é composto, basi-camente, de uma máscara panorâmica com tra-quéia, válvula de demanda (pulmão), disposi-tivo de alarme sonoro, cilindro para alta pres-são, válvula redutora de prespres-são, suporte bási-co para apoio do bási-conjunto ao bási-corpo, válvula de alívio de pressão e correias de sustentação.

O ar é respirado do cilindro de suprimen-to através da válvula de demanda, que fornece a quantidade de ar necessária para encher os pulmões.

O ar expirado pelos pulmões é expelido para fora da máscara, através das válvulas de exalação da máscara.

As modernas máscaras panorâmicas pos-suem pressurização no seu interior, aumentan-do o grau de proteção aumentan-do usuário em atmosfe-ras com presença de contaminantes.

O dispositivo de alarme sonoro indica que o suprimento de ar está chegando ao fim e que o usuário deve sair imediatamente da área con-taminada. Este alarme é disparado quando o ar existente no cilindro for suficiente para, aproximadamente, cinco minutos.

Aviso importante: quando se abre a vál-vula do cilindro, o dispositivo de alarme dá um breve apito, o que indica o seu perfeito funcionamento. Caso não ocorra este alarme no momento de abertura da válvula do cilin-dro, o equipamento deverá ser substituído.

É conveniente o treinamento prévio e a habilitação adequada aos usuários destes equi-pamentos.

Conjuntos autônomos modelo Carla

São os menores equipamentos autô-nomos de respiração utilizados na RPBC. Simples e seguro, o

Carla é ideal para

abandono de áreas e para a realização de rápidas inspeções. Dispõe, também, de um dispositivo para acoplamento de mangueiras de

supri-mento de ar e pode ser utilizado como um con-junto de emergência nos trabalhos com linha de ar mandado, para fuga.

O conjunto é fixado ao corpo através de tirante de nylon e cinto.

Dados técnicos do cilindro de ar:

– volume interno 1,5 litros

– pressão de carga 200 kgf/cm2

– volume de ar 300 litros

– autonomia(*) 10 minutos

– peso total 4,2kgf

– peso do cilindro 3,5kgf

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Conjuntos autônomos

PA 93

Aparelho autônomo, leve e econômico na proteção contra gases.

Desenvolvido especialmente para combate ao fogo ou para atividades intensas de utiliza-ção de equipamentos autônomos. A máscara facial, a válvula de demanda, a válvula regu-ladora, o manômetro e alarme sonoro são os mesmos utilizados no aparelho PA 90 BR. O suporte do PA 93 é feito de um material plás-tico composto de fibra de carbono, recoberto com material anti-estático o que o torna extre-mamente resistente a impactos e esforços, bem como seguro para ser utilizado em atmosferas explosivas de qualquer espécie.

As correias e cinto são confeccionados de espuma sintética especial, recoberta com teci-do anti-chama, que não se degrada em contato com o fogo. As fivelas são auto-fixantes as-sim como o cinto, o que permite a rápida co-locação e retirada do aparelho.

Devido ao desenho do suporte, das cor-reias e do cinto, o PA 93 é um aparelho autô-nomo que reúne características ergonômicas excelentes, sendo que grande parte do peso do equipamento é deslocado dos ombros para para a região lombar do usuário, proporcio-nando além de maior conforto, uma ótima mo-bilidade durante as operações.

Todo o conjunto é modulado e pode ser desmontado em poucos minutos o que facilita muito as operações de limpeza do mesmo.

A tira de fixação do cilindro é confeccio-nada em Kevlar, material muito existente e acomoda todos os tipos de cilindros básicos. O fecho da fita é de fácil acionamento e ga-rante um assentamento perfeito do cilindro ao suporte.

Cilindro de ar comprimido

É conectado manualmente a válvula regu-ladora e permanece fixo ao suporte com auxí-lio da tira de fixação.

Os respiradores autônomos ARAP E-10 destinam-se a serviços de rápida duração e proporcionam ao usuário independência do ar ambiente.

1.14.13 Equipamentos de Proteção Respiratória

com alimentação por linha de ar (ar-mandado)

São equipamentos de proteção respirató-ria que suprem o trabalhador de ar respirável através de mangueira de ar comprimido.

Os respiradores supridos por mangueiras de ar comprimido, dividem-se em dois siste-mas distintos: os de fluxo constante e os de demanda automática de ar.

Sistemas tipo fluxo constante (ar mandado)

São dispositivos onde o suprimento de ar comprimido para os respiradores é, constantemente, gerado em centrais de compressores.

O ar comprimido respirável é conduzido através de mangueiras apropriadas e flexíveis, com diâmetro interno de 3/8" (9mm), aos con-juntos filtrantes.

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Segurança Industrial

23 O conjunto filtrante é usado para

purifi-car, o ar comprimido proveniente dos compres-sores, filtrando vapor de óleo, partículas sóli-das e retendo o excesso de umidade no ar, bem como umedecendo-o quando se tratar de ar seco (tipo ar de instrumentos).

O conjunto filtrante é composto do regu-lador de pressão, decantador de água e óleo, filtro de carvão ativo de alta capacidade de absorção, umidificador de ar e bicos para saí-das de mangueiras tipo engates rápidos.

O abastecimento de ar comprimido deve si-tuar-se na faixa de pressão entre 4 e 6 kgf/cm2,

podendo-se ajustar o fluxo de ar, individual-mente, através do regulador do conjunto filtrante, na faixa de vazão entre 60 a 380 l/min. Utilizando-se um sistema de suprimento de ar tipo fluxo constante, pode conectar um registro de ar com traquéia e máscara facial a semi-máscara. Capuz com insuflação ou ma-cacão com insuflação podem ser alimentados diretamente através da mangueira de ar.

Para trabalhos localizados em ambientes confinados e com a presença de contaminan-tes, é necessária a utilização de um conjunto autônomo de respiração acoplado ao sistema da linha de ar mandado. Nesse caso, é utiliza-do o modelo Carla, que proporciona, em situa-ções de emergência, uma reserva adicional, destinada para a fuga do ambiente, tal recurso torna-se necessário, uma vez que a geração de ar pode sofrer panes ou caso a mangueira que supra o trabalhador venha a ser rompida aci-dentalmente.

Este sistema é utilizado na execução de trabalhos de longa duração, evitando-se tro-cas repetidas de cilindros e interrupção de exe-cução das atividades.

Sistemas com demanda automática de ar

Como alternativa para a realização de ser-viços onde existam contaminantes e não há fontes/pontos de suprimento de ar mandado, utiliza-se o sistema de demanda automática de ar. Neste sistema de proteção respiratória, o ar é fornecido a partir de cilindros de ar respirável

de grande capacidade de armazenamento. O consumo de ar é melhor dimensionado atra-vés da válvula de demanda automática, com a vantagem do uso de máscaras de pressão po-sitiva.

A qualidade do ar respirável, neste siste-ma, é mais confiável, pois não haverá risco de contaminação do ar através do ambiente, uma vez que provém diretamente dos cilindros que são abastecidos em compressor apropriado, localizado no prédio da SMS.

O conjunto contém 4200 litros de ar respirá-vel, distribuídos em dois cilindros de 7 litros de volume interno e com pressão de 300 kgf/cm2.

Este conjunto é disposto em uma unidade móvel, que possui duas rodas em suporte tu-bular de grande resistência.

Os cilindros estão unidos por uma barra de conexão manual,

que incorpora válvu-las de retenção e vál-vulas de alívio de alta pressão.

A pressão média de trabalhos das man-gueiras de ar deverá estar fixada em 5 kgf/ cm2, constante.

Duas conexões

com engates rápidos permitem ligar as man-gueiras para uso de, até, duas máscaras pano-râmicas.

As mangueiras podem ser acopladas uma a outra, para atingir o comprimento desejado, porém, não devem exceder a 60 metros de ex-tensão final, segundo recomendação do fabri-cante.

É recomendável que, ao ser utilizado o conjunto, seja mantido o acompanhamento de uma pessoa para observação da pressão, para substituição dos cilindros quando necessário e para solicitar a retirada dos trabalhadores do local do trabalho, quando necessário. Essa pessoa deverá ser habilitada para manusear e operar o equipamento.

Considerando uma média de consumo de ar em torno de 40 L/min, o conjunto PAR4000 VAL proporcionará autonomia de, aproxima-damente, 100 minutos para um trabalhador.

1.4.14 Proteção contra quedas

Cinto de segurança

Para execução de trabalhos em locais acima de 2 m de altura do piso, em que haja risco de queda, é obrigatório o uso de cinto de segurança.

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Segurança Industrial

Os cintos de segurança, em contraposição a todos os equipamentos de proteção indivi-dual até agora vistos, não têm a finalidade de proteger uma determinada parte do corpo hu-mano em específico. São utilizados, quando empregados corretamente, para inibir riscos manifestados sob a forma de quedas ao solo ou a outro nível inferior, riscos estes decor-rentes das seguintes condições de trabalho:

a) trabalhos em alturas elevadas;

b) locais onde possa haver desprendimen-to de terra ou desmoronamendesprendimen-to. Convém esclarecer que os cintos de segu-rança são dispositivos confeccionados com materiais de determinada resistência mecâni-ca (nylon, couro ou lona), associados a deter-minados elementos ou acessórios, conforme o trabalho a ser realizado.

Na RPBC, utiliza-se o tipo que oferece o maior grau de proteção e conforto ao traba-lhador, que é o cinto

de segurança tipo páraquedista.

Os cintos de segu-rança devem ser visto-riados constantemente e, caso seja notado al-gum sinal de insegu-rança em alguma par-te de seus componen-tes, estes devem ser imediatamente substi-tuídos ou sofrer manu-tenção, visto que os

cintos de segurança são muito importantes na preservação da vida do trabalhador.

Em presença de qualquer um dos defeitos a seguir, o equipamento deverá ser substituído: – sinais de desgaste ou princípios de rup-tura do cinto, talabarte ou suspensório; – corte em qualquer componente de

nylon;

– deformação ou trinca das ferragens; – defeito ou enfraquecimento da mola

dos mosquetões;

– rompimento de alguns fios da corda de nylon.

O equipamento devera sofrer manutenção quando apresentar os seguintes defeitos:

– costuras rompidas;

– início de processo de corrosão nas fer-ragens.

No caso do cinto acoplado a uma corda, alguns esclarecimentos tornam-se necessários: a corda deve ser bem ancorada em ponto fir-me e mais elevado, com lance de corda de 1,5 m.

O fato de a corda ser presa nas costas é para que, em caso de queda, o corpo seja for-çado a dobrar-se no sentido normal, para fren-te, evitando maior esforço ou impacto na co-luna (espinha dorsal) da pessoa. Nunca se deve prender a corda na frente, pois, em caso de queda, a pessoa poderá ter a coluna (espinha) dobrada para trás com possibilidades de cau-sar sérios problemas à mesma.

Do mesmo modo a corda deverá ser, periodi-camente, inspecionada e testada quanto a sua resistência a carga estática e dinâmica.

1.4.15 Colete salva vidas

Devem ser utilizados nas embarcações e margens de rios, lagoas, córregos e outras si-tuações onde haja risco de afogamento de pes-soas.

1.5 Equipamento de Proteção Coletiva –

EPC

São equipamentos instalados nos ambien-tes de trabalho, visando proteger a saúde e a integridade física dos que ali exercem suas funções. São os que neutralizam ou atenuam o risco na fonte, ou seja, no lugar em que ele se manifesta.

Para ilustrar, podem ser citados os seguin-tes exemplos:

– protetores dos pontos de operação em serras, em furadeiras, em prensas; – os sistemas de isolamento de operações

Referências

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