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O observatório tecnológico faz a recolha sistemática de informação organizada segundo um conjunto de regras previamente definidas que permitem a comparação de ocorrências da tecnologia, das suas aplica- ções e a manutenção de um registo actualizado da actividade inovadora realizada no âmbito da tecnologia, que deve ser entendida no sentido lato. Podem ser, por exemplo, desenvolvidos observatórios da utilização da Internet, sobre o tema do negócio electrónico, entre outros.

C

om base no estudo realizado pela IDC, afirma-se que a adop- ção da Internet pelas empresas portugue- sas continua a ser baixa: 35% acedem à Internet e menos de 10% possui um site, à data de publicação do estudo.

O estudo refere ainda que a quase totalidade das grandes empresas por- tuguesas (com mais de 100 emprega- dos) já possui acesso à Internet há mais

«EBUSINESS: ANÁLISE DO MERCADO E TENDÊNCIAS DE INVESTIMENTO, 2001-2005», PELA IDC PORTUGAL (WWW.IDC.PT)

de dois anos e mais da metade já tem um site, enquanto as pequenas e mé- dias organizações lusas têm uma taxa de adopção da Internet bastante baixa: mais de 60% ainda não possui acesso à Internet e destas mais de metade ace- de há menos de dois anos.

Quanto ao comércio electrónico, ape- nas 5,7% dos sites disponíveis possuem aplicações de comércio electrónico.

É

a entidade oficial da União Eu- ropeia para a realização dos es- tudos e o acompamento das iniciativas, práticas e inovações que ocorrem na Europa e no Mundo. Acompanha igual-

THE EUROPEAN E-BUSINESS OBSERVATORY (WWW.EBUSINESS-WATCH.ORG) mente informação relevante apresenta- da por especialistas, instituições públi- cas, organizações privadas e novas propostas associadas ao negócio elec- trónico no contexto europeu.

O

Observatório da Sociedade da Informação e do Conhecimen- to (OSIC), criado em 2003, é uma estru- tura de recolha, compilação, tratamento, produção e difusão de informação e co- nhecimento, assim como de promoção da investigação nos domínios de inte- resse para a UMIC – Agência para a

OSIC OBSERVATÓRIO DA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO E DO CONHECIMENTO (WWW.OSIC.UMIC.PT)

Sociedade do Conhecimento, I.P. A missão do OSIC consiste em acompanhar e interpretar os desenvol- vimentos em matéria de Sociedade da Informação e Conhecimento em Portu- gal, tendo em vista a disponibilização de informação de suporte à tomada de decisão política bem como a produção «

CAPÍTULO 5 • PERSPECTIVASDE DESENVOLVIMENTO

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A prospectiva

Um dos exercícios mais comuns de previsão do futuro no contexto da actividade de gestão das empresas é a actividade de prospectiva. Trata-se do exercício estruturado de estudo sobre a evolução futura de actividades, baseado em dados recolhidos e em metodologias es- pecialmente concebidas para o efeito. Pretende-se obter assim uma previsão disciplinada e estruturada do futuro, com o máximo de rigor e fundamentação, tendo em atenção o passado e o presente.

de conhecimento para divulgação junto da sociedade civil.

O núcleo de actividades centrais do OSIC inclui a produção de indicadores estatísticos, de acordo com as deter- minações da União Europeia e as ne-

cessidades nacionais e a promoção e publicação de estudos nesses domí- nios.» (retirado de http://sicc.fe.up.pt/fo- lhainformativa/arquivo/setembro_2005/ www/site_01.html, acedido em Junho de 2006)

A especulação

A especulação está associada a convicções fortes de um especia- lista ou grupos de especialistas. As suas opiniões podem-se traduzir na defesa de tendências, cenários, histórias, novos conceitos ou previ- sões do que poderá ser a realidade no futuro.

Em geral, esse tipo de previsões é produzido por especialistas de mé- rito reconhecido e créditos firmados e incorre sempre nalgum tipo de

A

Futuribles apresenta regular-

mente estudos fundamentados sobre eventuais serviços e aplicações de tecnologia, potencialmente úteis no con-

FUTURIBLES (WWW.FUTURIBLES.COM)

texto do negócio electrónico. Entre estes estudos, existe uma revista designada por «Futuribles» e diversos outros materiais que incluem estudos de prospectiva.

A

WFS é uma sociedade que ana- lisa o futuro e que se organiza através de um sistema de membros or- ganizados em delegações. A WFS pos- sui delegações espalhadas por todo o

WORLD FUTURE SOCIETY (WWW.WFS.ORG)

Mundo e uma em Portugal. Possui di- versas publicações e organiza eventos para discutir o futuro em inúmeros tópi- cos, incluindo a utilização da tecnologia e as novas formas de negócio.

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NEGÓCIO ELECTRÓNICO – CONCEITOS E PERSPECTIVAS DE DESENVOLVIMENTO

erro ou aproximação que apenas em termos históricos é possível veri- ficar. Exemplos dessas propostas são os livros de Alvin Toffler (1984),

A Terceira Vaga, e de Nicholas Negroponte (1995), Ser Digital, ou

ainda a previsão de Bill Gates, que, na década de 80, afirmou que exis- tiria um computador pessoal na secretária de cada profissional já no final do século XX. É claro que, para além dos exemplos apontados, muitos mais existirão que se perderam na história, precisamente por se terem revelado errados. São, por exemplo, conhecidos alguns erros, como a previsão feita pela IBM de fraco potencial de mercado para os computadores pessoais, que levou à decisão de tornar aberta a arqui- tectura dos designados PC, e a afirmação do Steve Job, responsável da Apple, que defendeu que 640 KB de memória seriam suficientes para satisfazer as necessidades dos utilizadores de um computador pessoal. De qualquer forma, o exercício da especulação sobre perspectivas futu- ras pode ajudar e ajuda efectivamente a uma discussão que permite me- lhorar os nossos conhecimento e capacidade de lidar com o futuro.

J

aron Lanier é um conhecido es- pecialista na área dos computa- dores e redes (introduziu a expressão «realidade virtual», durante a década de 70). Num artigo publicado em Ja- neiro de 2006, Jaron Lanier discute o passado, presente e futuro da Internet, avançando com algumas convicções

THE GORY ANTIGORA: ILLUSIONS OF CAPITALISM AND COMPUTERS (ARTIGO DE

OPINIÃO DE JARON LANIER SOBRE O PASSADO, PRESENTE E FUTURO DA INTERNET: WWW.CATO-UNBOUND.ORG/2006/01/09/JARON-LANIER/THE-GORY-ANTIGORA/)

pessoais sobre o futuro papel da Inter- net. Lanier especula que a evolução da Internet deve ser perspectivada em tor- no de um conceito desenvolvido por si, faz uma reflexão crítica sobre os novos desenvolvimentos da Internet e os seus actores mais influentes e o que deles se pode esperar.