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À semelhança dos clientes, também os fornecedores, através da sua política de preços, cobranças, distribuição e qualidade associada ao produto ou serviço fornecido, têm capacidade para determinar a atractividade sectorial.

Sobre os principais factores que podem aumentar o seu poder negocial, e, estabelecendo uma comparação com aquilo que se verifica dentro do sector florícola, considera-se o seguinte:

a) O poder negocial dos fornecedores tende a ser tanto maior, quanto menor o seu número e mais concentrados se encontrarem, em comparação com as empresas clientes.

Se no mercado apenas existem dois ou três fornecedores que têm concentrada a distribuição exclusiva de um determinado produto ou serviço, cujo consumo é determinante para o negócio de um vasto número de empresas clientes, estes fornecedores terão um poder negocial elevado para fixar preços, condições de pagamento, prazos de entrega, entre outras imposições.

a.1) Relativamente ao poder negocial dos fornecedores da Empresa Rosas Santa Isabel, com

excepção da Caixa Geral Depósitos, EDP e Portugal Telecom, fornecedores que tendem exercer um poder monopolizante sobre o mercado onde estão inseridos, os restantes por existirem em número elevado e estabelecerem uma forte concorrência, o seu poder negocial é baixo. Tendo presente esta abordagem, pode-se considerar que o poder negocial analisado tende a ser médio.

b) O poder negocial dos fornecedores tende a ser tanto maior, quanto menor for a pressão dos produtos substitutos.

b.1) Em consequência da pressão que os produtos substitutos podem exercer sobre o poder

negocial dos fornecedores da empresa Rosas Santa Isabel este poder pode ser elevado ou baixo. A pressão destes produtos será nula sobre os fornecedores que ocupam no mercado uma posição muito próxima da monopolista, e será elevada sobre os restantes fornecedores que fornecem produtos genéricos, susceptíveis de serem substituídos por outros com a mesmas características e funcionalidade, incluem-se aqui os fornecedores de produtos de limpeza, embalagens, material de escritório entre outros. Nesta perspectiva pode-se admitir na globalidade, que em função dos dois tipos de pressão exercida pelos produtos substitutos, o poder negocial dos fornecedores é médio.

c) O poder negocial dos fornecedores tende a ser tanto maior, quanto menos significativo for o volume de compras das empresas clientes.

c.1) Sobre este aspecto não se deve ignorar o montante financeiro associado ao investimento

inicial realizado pela empresa Rosas Santa Isabel, pois, sendo bastante elevado, essencialmente no que toca aos custos com infra-estruturas, equipamentos, funcionamento e controlo do processo

de produção, pese embora, estejamos a falar de compras realizadas no âmbito da rubrica investimento, é de admitir que exista da parte dos fornecedores desta rubrica, alguma contenção relativamente ao poder negocial que possam exercer junto da empresa cliente. Pois é natural que, da parte desses fornecedores, se manifeste todo o interesse em fornecer a implementação do projecto de negócio em causa. Nesta perspectiva é credível que o poder negocial dos fornecedores seja baixo.

Noutra perspectiva, centrando-nos mais uma vez nos produtos ou serviços fornecidos por fornecedores com alguma exclusividade e domínio do mercado, a este nível o poder negocial destes fornecedores tende ser elevado. Considerando o poder negocial de acordo com os dois pontos de vista, é razoável que o se classifique como médio.

d) O poder negocial dos fornecedores tende a ser tanto maior, quanto mais diferenciados forem os produtos por si fornecidos e mais elevado for o custo de mudança de fornecedor.

d.1) No que toca ao grupo de fornecedores da empresa Rosas Santa Isabel, o seu poder negocial

não deve ser avaliado tendo em conta o factor diferenciação dos produtos fornecidos, pois na sua maioria esta diferenciação é baixa. Deste modo, aquilo que deverá ser tido em consideração na avaliação do poder negocial desses fornecedores, prende-se com a especificidade de alguns dos produtos que fornecem e da sua capacidade de influenciar o mercado. No âmbito da análise abordada nesta alínea, à que fazer distinção mais uma vez entre duas grandezas de poder negocial igualmente a atribuir aos fornecedores que nas alíneas a.1) e b.1) já foram referidos, os que detêm um poder negocial elevado e os detentores de um baixo poder.

Conciliando as duas grandezas de poder, também aqui se pode admitir que o poder negocial dos fornecedores tende a ser médio.

e) O poder negocial dos fornecedores tende a ser tanto maior, quanto mais relevantes forem os produtos por si fornecidos, para o negócio das empresas clientes.

e.1) Sobre a relevância que os produtos consumidos pela empresa Rosas Santa Isabel podem ter

para o sucesso do seu negócio, este é, de certo modo, influenciado pelo poder do grupo de fornecedores ligados ao fornecimento de produtos que influenciam o funcionamento da empresa em termos da operacionalidade do processo de produção e em termos da sua saúde financeira. Neste contexto, pode-se considerar que o poder negocial dos fornecedores que mais tendência têm a fazer-se notar sobre a empresa Rosas Santa Isabel, vem particularmente, dos que financiam o investimento a realizar e dos que fornecem assiduamente a energia necessária para o funcionamento da actividade empresarial. O poder negocial deste grupo de fornecedores deverá ser classificado como elevado, relativamente ao poder dos restantes, em função da relevância dos

produtos que fornecem, pode ser considerado baixo. Assim, considerando estas duas classificações, também aqui o poder negocial dos fornecedores deverá ser entendido com médio.

f) O poder negocial dos fornecedores tende a ser tanto maior, quanto mais facilidades tiverem de se integrar verticalmente a jusante.

f.1) A facilidade de integração vertical a jusante dos fornecedores da empresa Rosas Santa Isabel,

particularmente em relação à maioria dos que estão ligados ao fornecimento de produtos genéricos e indiferenciados pela sua dimensão, capacidade de expansão e domínio sobre o mercado, essa integração não é muito provável de acontecer. Assim sendo, o poder negocial destes fornecedores tende a manter-se baixo.

Relativamente ao grupo de fornecedores onde se integram a Caixa Geral de Depósito, EDP e a Portugal Telecom, estes já detêm um domínio acentuado sobre o mercado onde operam, o que reforça o seu poder negocial face as empresas suas clientes, tornando-o dentro deste moldes, elevado.

Pela confrontação também verificada no que toca à probabilidade de se integrarem ou não a jusante, pode-se dizer a este nível que o poder negocial desses fornecedores de forma global é

médio.