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O profissional formado na UNIVERSIDADE 2

4.1 Plano de curso

4.1.2 Curso de Administração de Empresas da UNIVERSIDADE 2

4.1.2.1 O profissional formado na UNIVERSIDADE 2

O curso tem como objetivo formar um Administrador de Empresas:

a) capaz de planejar, organizar, coordenar, controlar e desenvolver projetos e empreendimentos;

b) apto a desenvolver habilidades de comunicação interpessoal e intercultural; c) hábil no raciocínio lógico, crítico e analítico;

d) com conhecimento das áreas de finanças, recursos humanos, comércio exterior e produção, entre outras (deseja-se uma visão generalista, como recomendado pela comissão de especialistas de Ensino de Administração – CEEAD/SESU/MEC); e) capaz de atuar como agente de mudança e gerir os mais diferentes sistemas

Quanto ao perfil do egresso, segundo o catálogo do curso, deve-se formar um profissional que reconheça:

a) sua área de saber como sendo fundamentalmente uma área das ciências sociais aplicadas, mas que deverá solicitar sistematicamente conhecimentos de outras áreas para entender e gerir com eficácia as organizações;

b) o saber administrativo como um saber vinculado à razão instrumental e que a racionalidade instrumental, cada vez mais, se torna insuficiente para equacionar com qualidade os problemas da organização, da humanidade e do ecossistema; c) que a ação humana é fundada em pressupostos éticos e ideológicos, e que a ética e

os pressupostos ideológicos das elites administrativas e empresariais brasileiras foram e ainda continuam sendo cúmplices dos gestores públicos do estado cartorial e de seu apartheid social;

d) que administrar é a arte e a ciência de dar resultados para a coalizão do poder dominante, mas que a heterogestão é uma forma transitória de poder como foram as demais;

e) que na solução de problemas é possível e desejável que a administração mude seu enfoque de reprodutor das forças produtivas e das relações sociais para promotor de novas relações produtivas e sociais;

f) que a organização não é um fenômeno claro e simples de gestão, composta por um conjunto de informações, capital, mão-de-obra, procedimentos padronizados e amarrados organicamente, mas um campo de forças para se buscar eficácia e, ao mesmo tempo, um campo de ambigüidades, paradoxos e conflitos;

g) que os objetivos e metas organizacionais não são imanentes à natureza da organização, nem simplesmente dados, mas necessitam ser construídos e

negociados dentro de um contexto contraditório de interesses, tanto em nível interno como externo, ou ambiental.

4.1.2.2 Organização curricular do curso de Administração de Empresas

A atual matriz curricular possui três eixos: formação básica, profissional e a chamada “teórico-prática”. São componentes curriculares da formação básica: contabilidade geral, matemática, direito empresarial, análises estatísticas, economia, direito tributário e social e economia brasileira. Da formação profissional fazem parte teorias e modelos de gestão, liderança e motivação, comércio e relações internacionais, tópicos avançados de marketing, as administrações de produção e operações, mercadológica, financeira, de recursos humanos e de materiais. Da formação teórico-prática fazem parte os seguintes componentes curriculares: mercado financeiro e de capitais, controladoria, administração estratégica, administração de custos e estágio. Todos os componentes curriculares possuem carga de 132 horas-aula, com exceção do estágio curricular, que é de 400 horas (conforme matriz curricular aprovada em 23/11/2004.)

Objetivo geral

A missão do curso é formar profissionais empreendedores na mais ampla acepção do termo, o que inclui empresários, dirigentes, executivos e empregados capacitados e aptos a gerir organizações e/ou suas unidades, com ética, responsabilidade social, empresarial e ambiental, pensando e agindo por conta própria, com criatividade, liderança e visão de futuro, para inovar e ocupar espaços no mercado, satisfazendo, inclusive, seus anseios pessoais de realização. Isso pressupõe enfatizar o “saber-ser” para, ao lado do tradicional “saber-fazer”, desenvolver todo o potencial do ser humano.

Nesse sentido, procura-se buscar permanentes padrões de excelência do processo de ensino de administração, sem confundi-lo com um curso de treinamento, fundamentando tal busca nos princípios acadêmicos e, não exclusivamente nos pressupostos de eficiência e de eficácia exigidos pela lógica do mercado; bem como assegurar que o processo de ensino, na sua dimensão particular, enquanto processo de produção e socialização do saber, contextualizado em sua historicidade, contemporaneidade e relevância, visando a formação de profissionais qualificados que sejam capazes de materializar os objetivos e a missão das organizações que administram com qualidade de vida e responsabilidade social.

Objetivos específicos

Desenvolver os fundamentos de gestão que ensinam o aluno a pensar, a questionar, a interagir no social, a ser atuante, participativo e crítico. Principalmente:

1 – Desenvolver habilidades de gestão e postura:

a) espírito empreendedor, capacidade de antecipar mudanças e ter iniciativas de ação e de decisão;

b) competência contextual, capacidade de compreender o meio social, político, econômico, cultural no qual o administrador está inserido;

c) competência conceitual, capacidade de integrar teoria e prática;

d) ética profissional, conhecer os princípios éticos da profissão e aplicá-los de maneira ampla, visando à construção da cidadania enquanto patrimônio coletivo da sociedade civil;

e) postura para educação continuada, atualização e aperfeiçoamento profissional; f) comunicação interpessoal, capacidade de comunicação escrita e oral;

g) capacidade de atuar de forma multidisciplinar; h) capacidade de atuar como parte de uma equipe;

2 – Desenvolver habilidades “técnicas” ou específicas da racionalidade gerencial: a) dos processos e das metodologias administrativas;

b) de sistemas, métodos e instrumentos de análise de intervenção organizacional; c) da estratégia, estrutura organizacional e racionalidade administrativa;

d) da gestão dos subsistemas e recursos mercadológicos, financeiros, produtivos, materiais e de informações;

e) da gestão de recursos humanos e formas de participação;

f) da rede de relações com o meio ambiente e dos condicionantes de natureza econômica, política, jurídica, tecnológica e sociocultural.

3 – Incentivar a formação de administradores e empreendedores capazes de alinhar metas organizacionais com qualidade de vida e responsabilidade social.

4 – Trabalhar criticamente e competentemente a racionalidade instrumental, para possibilitar ao profissional formado em Administração buscar soluções e alianças na sociedade, voltadas para dimensão ética valorativa da construção da cidadania enquanto patrimônio coletivo da sociedade civil.

5 – Incrementar atividades extraclasse que aperfeiçoem o processo de ensino e estejam de acordo com a missão e os objetivos do curso de Administração.

O curso de Administração da UNIVERSIDADE 2, apoiado na resolução CES nº. 1/2004 de 2 de fevereiro de 2004, deverá oferecer:

Atividades complementares

Entre elas, segundo o documento catálogo do curso:

a) atividades direcionadas pela coordenação e com apoio institucional, tais como: seminários, palestras e fóruns internos, incluindo os previstos na semana de estudos do curso,

iniciação científica, monitoria, visitas técnicas, atividades comunitárias, inclusive da Empresa Júnior, cursos internos de extensão.

b) atividades de livre escolha dos alunos, coerentes com o plano didático do curso, como: participação em feiras relacionadas à administração, participação em atividades de treinamento empresarial ou comunitário, participação externa em seminários, simpósios e congressos, cursos externos de extensão, competições relacionadas ao curso, como por exemplo, jogos de empresas.

Estágio curricular

O estágio é uma atividade curricular obrigatória e indispensável para a formação acadêmica. Foi instituído pela lei 6.494/77, regulamentada pelo Decreto 87.497/82 e previsto na LDB 9394/96, artigo 82. Estão previstos nas matrizes curriculares da UNIVERSIDADE 2, desde a primeira série, em todos os cursos. O aluno matriculado recebe um manual de estágio cujas normas deverá seguir, tendo o direito de fazer livremente a opção das áreas de estágio que sejam relacionadas ao seu curso.

O total da carga horária de estágios é de 400 horas, sendo l00 horas em cada série, do primeiro ao quarto ano. O estágio é obrigatório em todas as séries; no caso de não serem cumpridas as 100 horas pertinentes à série, o aluno será retido.

Para o seu acompanhamento e documentação, foi instituído o Passaporte Universitário, onde se anotam as horas de estágio e as atividades complementares cumpridas durante cada ano. Será o portfolio do aluno e servirá como documento comprobatório das experiências vivenciadas.

Para o estudante, o estágio representa a possibilidade de entrar em contato com as oportunidades e dificuldades do cenário real, proporcionando-lhe amadurecimento e

preparação para enfrentar as exigências do mercado de trabalho. Além disso, visa a facilitar o ingresso no mercado de trabalho.

Os estágios poderão ser realizados em instituições públicas ou privadas que tenham setores das mais diversas áreas de Contabilidade e Administração, por exemplo, departamento financeiro, de custos, fiscal, comercial, contábil, departamento de patrimônio, auditoria, controladoria e outros.

O aluno pode realizar o estágio na própria organização em que trabalha, desde que o faça em áreas compatíveis, ou seja, contábil-administrativas (equivalência profissional). O tempo de estágio é variável, dependendo da duração das atividades envolvidas, mas não pode exceder 8 (oito) horas diárias ou 44 horas semanais, conforme determina a CLT (Confederação das Leis do Trabalho).

Verifica-se que ambos os cursos são bem elaborados. Sua fundamentação teórica preenche os requisitos exigidos pelo MEC e suas propostas de aplicação prática dos conhecimentos desenvolvidos vêm ao encontro das necessidades impostas pelo mercado de trabalho.

A implementação dos cursos, porém, encontra entraves de vária ordem e os projetos pedagógicos acabam por ser adaptado para atender à realidade de cada uma das instituições de ensino.

Outro recurso utilizado neste trabalho foram entrevistas com gerentes de recursos humanos atuantes no mercado de trabalho e com professores e alunos egressos das duas universidades.