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Obiuário de um irano medíocre

No documento revista serrote (páginas 46-63)

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����� ���������� A Indonésia, que terá eleições

em julho e deverá ser um dos primeiros países visi-

tados por Obama, ainda se recupera da herança do

ditador; o período final de seu governo “assistiu ao

surgimento de rufiões protestantes, escroques cató-

licos e capangas mulçumanos”

�.Gosaria de agradecer a meus amigos Ben Abel e Joss Wibisono pelas valiosas críicas e sugesões que me fizeram.

O ditador Suharto e sua mulher Tien praticam tiro ao alvo em uma academia militar, enquanto o filho caçula Tommy, que depois da queda do pai seria preso por ter mandado assassinar um juiz da Suprema Corte, tapa os ouvidos ©Larry Burrows/Time Life Picures

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social superior era comum entre a oficialidade do exército nos anos ���� e as famílias indonésias eram tradicional- mente matrilocais.� Ainda assim, a construção do inédito e

caro mausoléu para os futuros defuntos tinha algo de esca- broso, já que Suharto era na época um saudável cinquentão. Visitei Surakarta na primavera de ����, depois que as autoridades indonésias descobriram que eu havia entrado no país mediante expedientes e me avisaram que eu seria deportado. Após algumas negociações, me deram mais duas semanas para resolver assuntos pendentes e me despedir dos amigos. Ganhei a estrada em minha Vespa e fiz uma rápida parada para um lanche no alegre parque de diversões de Surakarta. Naquela época, jovens “bran- cos” circulando em motonetas e falando fluentemente o indonésio despertavam enorme curiosidade; assim, uma roda de populares logo se formou em torno de minha mesa. Quando o mausoléu foi mencionado na conversa, perguntei a meus novos conhecidos o que pensavam dele. Após alguns momentos de constrangedor silêncio, um velho magricela de ar inteligente respondeu, em javanês: “Parece um túmulo chinês”. Todos riram, um tanto enca- bulados. O velho tinha duas coisas em mente: primeiro, em contraste com a simplicidade dos túmulos muçulma- nos, mesmo os de potentados, os túmulos chineses são, ou eram, tão caros e suntuosos quanto podem se permitir os desolados familiares do morto. Segundo, no período pós-colonial, muitos cemitérios chineses foram aterrados por buldôzeres para dar lugar a projetos imobiliários “de ponta” desenvolvidos pelo Estado e por corretores, espe- culadores e empreiteiros privados.

Durante o longo fastígio da ditadura de Suharto, dos anos ���� ao início dos ��, três coisas se passaram com o mausoléu: foi-se enchendo pouco a pouco, até quase abar- rotar, com os restos mortais da parentela para-aristocrática de Tientje, mas não com os mortos da família de Suharto; era fortemente vigiado por um destacamento de Boinas Vermelhas, as tropas paraquedistas de elite que organiza- ram os grandes massacres da esquerda em ����-��; por fim, tornou-se atração turística, sobretudo para colegiais, de modo que a área estava sempre cheia de ônibus lota- dos de crianças e mulheres das aldeias vizinhas vendendo camisetas, bonés, lanches, bebidas e leques de bambu.

Uma coisa não aconteceu: o lugar nunca se tornou sagrado ou adquiriu poderes mágicos, nem mesmo quando Tient je foi fazer companhia a seus parentes, pouco antes da crise financeira asiática de ����. Quando finalmente permitiram que eu retornasse ao país, em ����, costumava ir ao local para observar o mausoléu. Já não havia paraquedistas nem ônibus de colegiais, só um punhado de vendedores ambu- lantes desesperados, um patético zelador e o mau cheiro de um edifício decadente, exposto por um quarto de século às monções anuais. Resta saber o que será do lugar, agora que Suharto enfim se juntou à esposa. Parafraseando Walter Abish: quão chinês é o mausoléu?�

O mausoléu constituiu a primeira versão da “morte anun- ciada” de Suharto. Anos mais tarde, recolhi uma variante em Jacarta, ao entrevistar um veterano comunista javanês que ocu- para um alto cargo no jornal do partido, oHarian Rakjat  (Diá- rio do Povo), e passara uma longa temporada no sinistro gulag

do regime. Quando a entrevista acabava, a fim de animá-lo, perguntei-lhe casualmente se achava que Suharto morreria em breve. Surtiu efeito, mas não como eu esperava. Ele abriu um largo sorriso e disse: “Que nada! Ainda vai custar muito tempo e muito sofrimento”. Como podia estar tão certo? – perguntei. Respondeu que o segredo do poder, da fortuna e da longevidade política extraordinários de Suharto estava nos

susuk – grãozinhos de ouro puro impregnados de fórmulas mágicas – que um prestigioso xamã tinha-lhe implantado sob a pele, em vários pontos vitais. “Mas o xamã morreu faz algum tempo”, disse ele, jovialmente, enquanto seguia em frente. Segundo uma antiga crença, ossusuk proporcionam riqueza, poder e longevidade a seus portadores. Mas há um senão: para que morram em paz e rapidamente, é preciso que eles sejam retirados e somente o xamã que os implantou pode fazer isso. Caso contrário, a morte será uma longa e arrastada agonia.

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Que espécie de homem era ele? Como conseguiu governar a Indonésia sem oposição significaiva por mais de rês déca- das? Homem de origens basane modesas, Suharo nasceu em junho de ����, numa aldeia das cercanias de Jogjakara, em Java Cenral. Aos �� anos, quase ao mesmo empo em que aWehrmacht   assolava a Holanda e a rainha Guilher- mina e seu gabinee fugiam precipiadamene para Londres,

�.“Cosume insiucionalizado segundo o qual, após o marimônio, os cônjuges vão morar com a mãe da mulher, ou na mesma povoação” (Houaiss). [�. do. �.�

�.Waler Abish, escrior ausríaco nauralizado nore-americano, ganhou o Prêmio ���/Faulkner de Ficção em ����, por seu livroHow German Is It 

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ele se alisou no Exércio Colonial Holandês (����). A exem- plo de seus congêneres em ouras colônias europeias, o ���� fora reinado mais para reprimir rebeliões inernas, mais do que para combaer inimigos exernos, e era esruu- rado racialmene: os oficiais, em sua grande maioria, eram holandeses e eurasiáicos; e os oficiais subalernos e solda- dos rasos, naivos de insrução limiada. O próprio Suharo não chegou a concluir o segundo grau, que cursou numa escola paricular muçulmana. Em menos de dois anos, no enano, já era sargeno, a paene mais ala a que eria direio naquele período de empo. Enão, os exércios de Hirohio invadiram as Índias Holandesas e o ���� (à exceção de sua pequena força aérea) se rendeu praicamene sem lua. Em ouubro de ����, quando Suharo inha apenas �� anos, o comando japonês em Java, emendo uma invasão aliada, formou uma pequena força auxiliar, chamada Pea,�

para apoiar um evenual movimeno guerrilheiro de resis- ência. Suharo se alisou imediaamene nessa força e, em ����, já ocupava o segundo poso mais elevado da hierar- quia, o de comandane de companhia.

Após a rendição japonesa a MacArhur e a precipiada proclamação da independência da Indonésia pelos expe- rienes políicos nacionalisas Sukarno e Hata, criou-se um exércio nacional. Ele era consiuído por ex-inegranes do ����, do Pea e de várias organizações juvenis armadas pelos japoneses, mas os posos de comando ficaram com os oficiais do Pea. Houve, nauralmene, uma inflação de alos posos: excesso de coronéis e generais com anecedenes imediaos de enene e sargeno. Suharo não ficou para rás e, na primavera de ����, já era enene-coronel. Dea- lhe imporane: o poso para o qual foi designado ficava nas imediações de Jogjakara, ransformada em capial provisó- ria da nascene república após a omada de Baavia-Jacara pelos briânicos e holandeses, no início de ����. Poucos, no exércio recém-formado, haviam servido a holandeses e  japoneses no curo perí odo de seis anos, mas Suhar o fora um deles e não deixaria de aproveiar essa experiência. Em ����, aos �� anos, já era um miliar com relaiva anigui- dade na hierarquia.

Foi nessa alura, pode-se dizer, que começou sua car- reira políica. Na noie de �� de junho de ����, um grupo de milicianos armados indireamene ligados à “oposição”

(coligação de nacionalisas do pré-guerra, em sua maioria ex-colaboradores dos japoneses) sequesrou o primeiro-minisro Suan Sjahrir, um civil, acu- sando-o de ibieza no rao com os holandeses que regressavam. Sukarno assumiu o conrole do governo e exigiu a imediaa liberação de Sjahrir, o que não ardaria a ocorrer. Mas os conspiradores – apoiados aberamene pelo comandane miliar de Jogjakara e não ão aberamene pelo comandan- e-em-chefe das forças armadas, general Surdiman, enão com �� anos – se reiraram para o poso de comando onde esava loado Suharo. Dali, em � de julho, enaram aplicar um golpe de Esado que foi facilmene frusrado. Os civis envolvidos na conspiração foram presos (por curo período), assim como o comandane miliar de Jogjakara, mas Surdiman conseguiu eviar que as punições se esendessem a ouros oficiais. Assim mesmo, o golpe poderia er encerrado a carreira miliar de Suharo, que dali em diane se mosraria basane caueloso.

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Do ouono de ���� a janeiro de ����, a liderança da coalizão pluriparidária que governava a Indonésia era formada por um grupo variado de socialisas e comunisas, alguns deles regressados da Holanda, onde haviam parici- pado da resisência conra o nazismo. Eles não inham sido “conaminados” pela colaboração com os japoneses, o que represenava um runfo ano no plano domésico como inernacional. Como o primeiro governo holandês do pós-guerra era liderado pelos socialisas, pensava-se que poderia haver um caminho diplomáico para a independência. Mas, em ����, o gabinee holandês deu uma guinada para a direia e, em julho do mesmo ano, um aaque miliar de grande envergadura conra a nova república foi desfe- chado com êxio, causando-lhe perdas errioriais consideráveis e dificul- ando suas comunicações com o reso do mundo. Em janeiro de ����, obri- gados a aceiar um acordo provisório basane desfavorável, os comunisas e socialisas foram alijados do poder, sendo subsiuídos por uma coalizão de muçulmanos e “nacionalisas seculares” (burgueses e pequenos ariso- craas). Ao mesmo empo, com o adveno da Guerra Fria, a esquerda se radi- calizou em odo o Sudese Asiáico, rocando as vias parlamenares pelas miliares para a omada (ou reomada) do poder.

No verão de ����, uma guerra civil enre a esquerda e seus muios adversários, ambos os lados apoiados por unidades miliares e milícias armadas, parecia iminene na Indonésia. Surdiman enou superar a crise aponando dois mediadores: o civil Wikana, governador comunisa de Java Cenral, e Suharo. Em ����, enrevisei Wikana em Jogjakara, onde se recolhera após er sido marginalizado pelas lideranças mais jovens do parido. O genil ex-governador, já enão um senhor de idade, conou que Suharo inha sido formidável, que não omara parido e udo fizera para

�.Sigla de Pembela Tanah Air [Defensores da Pátria]. O título trai as intenções japonesas de mobilizar o nacionalismo local em defesa do Império. Existe um nítido paralelo entre o Peta e o Exército pela Independência da Birmânia, criado quase à mesma época pelos japoneses como uma força de apoio contra os ingleses.

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evitar um conflito armado entre os partidários da situação e da oposição – inuilmene. A guerra civil (ravada somene em áreas sob conrole repu- blicano, em Java) foi rápida e violena, erminando com a esmagadora derroa da esquerda. Muios líderes foram moros em ação ou execuados depois de se renderem.

Após a ransferência formal de soberania no fim de ����, o novo mem- bro das Nações Unidas se enconrava numa siuação exremamene difícil. A economia colonial inha sido depauperada pela ocupação japonesa e pela campanha miliar conra os holandeses. As grandes mobilizações popula- res, iniciadas conra os japoneses e coninuadas durane a “revolução”, cria- ram vaso coningene de pessoas que esperavam ser recompensadas por seu sacrifício. Por ouro lado, a pare orienal do arquipélago, escassamene povoada, fora sucessivamene ocupada no pós-guerra pela Ausrália e pela Holanda, o que dificulava o aivismo republicano ali. Ademais, o acordo enre a Holanda e a Indonésia, arbirado pelos Esados Unidos, previa a devolução pela República de odas as propriedades perencenes a capialis- as holandeses no período anerior à guerra. Por fim, nenhum parido polí- ico conseguiu, nem de longe, capializar o levane. Esabeleceu-se assim uma democracia consiucional pluriparidária, o que permiiu aé mesmo aos comunisas sobrevivenes reorganizar suas forças. Não havia oura aler- naiva, pode-se dizer, dada a geografia do país; os miliares eram poderosos, mas não inham força aérea nem nada que se assemelhasse a uma marinha. Nesse conexo, Suharo começou a deixar sua marca, comandando um bem-sucedido aaque anfíbio conra posições pró-holandesas e ouras dis- sidências nas ilhas Célebes. Por esse feio, foi promovido em ���� (inha �� anos) a comandane miliar de Java Cenral, poso esraégico na hierarquia do exércio. Enão, Suharo comeeu ouro grave equívoco, não ano polí- ico (era basane caueloso), mas financeiro. Ele e seu fiel esado-maior se meeram com ceros magnaas chineses de repuação duvidosa em grandes operações de conrabando e ouros negócios escusos. Em consequência, o alo-comando o desiuiu (dois amigos chineses dessa época fariam pare da camarilha do diador anos mais arde). Mas as forças armadas cosumam lavar a própria roupa suja e Suharo foi mandado para a Escola de Comando e Esado-Maior, em Bandung, onde ele se porou bem; dali, saiu para chefiar o Comando da Reserva Esraégica das Forças Armadas, concebido pelo alo- comando como o escalão de aaque conra dissidenes e “inimigos inernos” nas províncias. No início da década de ����, Suharo comandou as operações conjunas desinadas a suprimir focos de resisência holandesa em Papua Ocidenal. Não se chegou a nenhuma solução miliar, já que os Esados Unidos inervieram diplomaicamene conra a Holanda, mas Suharo foi raado pela imprensa como herói nacional. Quando, em ����-��, Sukarno decidiu parir para o confrono armado conra a Federação Malásia, uma

invenção briânica, Suharo foi nomeado comandane inerino e, emendo o crescene poder do Parido Comunisa em Java, esabeleceu conaos secre- os com o “inimigo”. Era al a sua aniguidade hierárquica naquela alura, que ele se ornou subsiuo auomáico do general Yani, o comandane das forças armadas, quando ese se ausenava do país.

Ao mesmo empo, a polarização políica enre a direia e a esquerda se inensificava, enquano a hiperinflação embuia uma menalidade do ipo

sauve qui peut  que persise aé hoje. Um indicador da propensão de Suharo para o segredo e a inriga é que ele era ido na época como um chefe miliar confiável (seus conaos secreos com os serviços de informação malaios e, indireamene, com a ��� haviam sido muio bem dissimulados, aé mesmo do próprio Yani) e um leal paridário de Sukarno.

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A crise finalmente explodiu na manhã de �.º de outubro de ����, quando um pequeno grupo de oficiais do exército, em sua maioria do escalão intermediário, sequestrou e matou seis generais de alta patente, a pretexto de que estes cons- piravam para derrubar Sukarno. A maioria dos revoltosos tinha relações pes- soais de longa data com Suharto, sendo praticamente certo que eles o deixa- ram a par de seus planos. Não tentaram prendê-lo, embora todas as unidades militares experimentadas da capital estivessem sob seu comando operacional. Suharto tampouco se deu ao trabalho de avisar Yani e seu estado-maior de que uma conspiração estava em marcha. Em vez disso, esmagou facilmente os conspiradores, anunciando que eram testas-de-ferro do Partido Comunista.

Quase odos os oficiais envolvidos no “golpe”, como enão se chamou o movimeno – embora os próprios aores alegassem esar proegendo Sukarno de um golpe orquesrado pela��� –, foram execuados depois de condenados à more por ribunais ficícios ou ao desamparo de qualquer formalidade legal. Só um sobreviveu (a duras penas) à diadura. Julgado e condenado à prisão perpéua, o coronel Abdul Laief provavelmene esca- pou de ser julgado por sua longa e esreia ligação pessoal com a família Suharo; é possível que Tienje enha inercedido em seu favor. Após �� anos de prisão e indizíveis sofrimenos (os ferimenos que recebeu ao ser preso foram negligenciados a al pono, que meade de seu corpo foi aa- cada de gangrena), Laief foi liberado pelo sucessor de Suharo, Habibie, mas sofreu uma isquemia que o deixou paralisado. Quando o enrevisei, não muio anes de seu falecimeno, quase udo o que disse soou incom- preensível. Mas, quando lhe pergunei como se senira na noie de �.º de ouubro, quando Suharo esmagou o “golpe”, ele disse, com voz rêmula mas perfeiamene ineligível: “Me seni raído”.

Após inerdiar odos os meios de comunicação, salvo os pora-vozes das forças armadas, o grupo de Suharo publicou foografias dos cadáveres em

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decomposição dos generais assassinados, declarando que seus olhos inham sido arrancados e seus esículos, exra- ídos a navalha por aradas sexuais perencenes à Organi- zação das Mulheres, do Parido Comunisa (anos depois, descobri casualmene o laudo de auópsia, no qual consa que os generais sofreram apenas ferimenos causados por projéeis e coronhadas de fuzis, apresenando odos os olhos e geniais ilesos). Em poucos dias, odas as reparições conroladas pelos comunisas em Jacara foram ocupadas ou depredadas. Em �� de ouubro, os Boinas Vermelhas che- garam a Java Cenral e iniciaram o exermínio em massa de homens e mulheres da esquerda. O mesmo aconeceu em Java Orienal, com a chegada das ropas paraquedisas em meados de novembro, e em Bali, em meados de dezembro.�

Em odos os casos, os miliares se serviram da colaboração assassina das alarmadas “organizações de massa” dos inimi- gos do Parido. A esraégia de compromeer amplos conin- genes da população civil nos massacres aendeu a dois obje- ivos. Primeiro, permiiu que os miliares proclamassem, e um bom número de jornalisas esrangeiros acrediasse, que os cidadãos esavam possuídos da fúria assassina do

amok em grande escala. Segundo, garaniu que as maanças  jamais seriam invesigadas, já que haviam sido perperadas pela mulidão. Não se sabe ao cero quanos foram moros – as esimaivas sugeridas vão de meio milhão a dois milhões de moros. Em suas úlimas horas de vida, o general Sarwo Edhie, que comandou os Boinas Vermelhas em ����-�� e morreu no osracismo, chegou a afirmar que fora respon- sável pela more de rês milhões de pessoas.� Tampouco se

sabe ao cero quanos foram encarcerados sem julgameno por anos a fio, nas condições mais degradanes, mas esse número ceramene ulrapassa o meio milhão. Os servi- ços de informação foram basane asuciosos para aliciar a

No documento revista serrote (páginas 46-63)