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A.1 Desenvolvimento Institucional

Organização e capacitação de:

Órgão de coordenação e integração participativa;

Órgão e entidades de gestão de recursos hídricos;

Entidades civis de recursos hídricos;

Desenvolvimento tecnológico e de recursos humanos;

Desenvolvimento da legislação e de mecanismos econômico-financeiros;

Educação Ambiental.

A.2 Planejamento dos Recursos Hídricos

Desenvolvimento de :

Levantamento de dados e elaboração de estudos;

Planos de recursos hídricos e estudos de viabilidade;

Enquadramento dos corpos de água em classe de uso.

A.3 Gerenciamento de Recursos Hídricos

Desenvolvimento de :

Sistema de outorga e cobrança;

Controle e fiscalização de fontes industriais; Racionalização do uso dos recursos hídricos.

A.4 Bases Técnicas para o Gerenciamento

Desenvolvimento de :

Rede hidrológica e de monitoramento da qualidade das águas;

Sistema de informações sobre os recursos hídricos e meio ambiente.

A.5 Proteção e Conservação Ambiental

Desenvolvimento de programas de:

Proteção de mananciais de águas superficiais e subterrâneas;

Proteção e conservação de ecossistemas aquáticos;

Reflorestamento e recomposição de vegetação ciliar e áreas degradadas, com conservação do solo.

Controle das fontes difusas de poluição das águas.

Zoneamento Agroambiental

Ações integradas para melhoria da produção de água

Tabela 27 Objetivos e metas de curto prazo no Componente B Serviços e Obras, no Plano de Bacia 2000 2003 do CBH-PCJ.

OBJETIVO METAS

B.1 Estudos, Projetos e Programas

Definir características peculiares, custos e programações físico-financeiras de empreendimentos em: sistemas de esgotos sanitários, abastecimento de água, efluentes industriais, resíduos sólidos, conservação do solo, assoreamento de cursos de água, drenagem urbana, áreas degradadas e recuperação represas;

Programas ambientais ligados a resíduos sólidos.

B.2 Serviços e Obras de Recursos Hídricos

Obras de aproveitamento múltiplos; Recuperação e preservação de represas; Obras de conservação e recuperação da qualidade das águas, abrangendo sistemas de transporte e tratamento de esgotos urbanos e efluentes industriais;

Obras de recuperação e conservação da qualidade de água, abrangendo projetos integrados de reflorestamentos e conservação do solo.

B.3 Serviços e Obras Correlatas

Serviços e obras abrangendo: coleta de esgotos urbanos; produção, distribuição e perdas em sistemas de abastecimento de água; disposição de resíduos domésticos, hospitalares, e industriais; recuperação de áreas degradadas; e, preservação e melhoria de produção de mananciais.

Fonte: CBH-PCJ (2000)

No que concerne à previsão de recursos para a conservação integrada de recursos hídricos e florestais, são identificadas as metas de Proteção e Conservação Ambiental no Componente A e as metas de Recuperação de Áreas Degradadas e Melhorias da Produção de Água, e de Proteção de Mananciais, no componente B.

Levando em consideração o investimento por segmento temático, a Proteção e Conservação do Solo e dos Mananciais seria contemplada com 6,95 % do montante previsto para o total do Plano, estando inclusos aí, os estudos e as ações específicas, de caráter hidro-florestal.

Considerando que as metas de médio e longo prazo ultrapassam o limite temporal do quadriênio, são considerados também horizontes de 2010 e 2020,

Plano de Bacia, para o período de 2004 2007, foi elaborado o Relatório de Situação 2002 2003 (IRRIGART, 2004), atualizando os dados do Relatório Zero e sugerindo revisão de metas do Plano de Bacia 2000 2003. Este relatório foi aprovado pelo Comitê de Bacias PCJ em março de 2005 (CBH PCJ, 2005). Baseado no novo Relatório de Situação, o CBH-PCJ teve condições de avaliar o nível de cumprimento do primeiro Plano de Bacia e propor a sua revisão para a nova versão, referente a 2004 2007.

Plano de Microbacia Hidrográfica

Em São Paulo, o Programa Estadual de Microbacias Hidrográficas é executado pela Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento, por meio da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral CATI, sendo resultado de um contrato do Banco Mundial com o governo de São Paulo.

Tem como objetivo geral permitir o desenvolvimento rural do Estado com melhoria na qualidade de vida da população local, implantando sistemas de produção agropecuária que garantam sustentabilidade socioeconômica e ambiental, tomando como referência para o planejamento e a ação, a microbacia hidrográfica (CATI, 1997).

Para atingi-lo, o programa fixou alguns objetivos específicos a serem alcançados, entre eles: proteger mananciais e nascentes, controlar erosão, recuperar solos e áreas degradadas, fomentar o reflorestamento por meio de recomposição e manutenção das matas ciliares e demais áreas de preservação permanente, conservar estradas rurais, fortalecer a organização dos produtores e capacitar os agricultores para o gerenciamento eficiente da unidade de produção de forma sustentável.

Neste sentido, o programa financia e apóia tecnicamente as ações que atendam esses objetivos, através dos 46 Escritórios de Desenvolvimento Rural EDR espalhados pelo território estadual, que por sua vez coordenam as Casas da Agricultura em 575 municípios. É previsto abranger 1500 microbacias (com cerca de 3.500 ha cada uma), durante 6 anos.

Para o desenvolvimento do Programa foram definidos três níveis na priorização de escolha das áreas, levando em consideração dois fatores

determinantes: degradação erosiva dos solos e grau de indigência da população residente.

As áreas de prioridade 1 (máxima) situam-se em parte da região centro e no sul do Estado, as de prioridade 2 na região em outra parte do centro e no norte, enquanto as de prioridade 3, situam-se a leste. Na distribuição dos recursos, 70% são previstos para as áreas de prioridade 1, outros 27% para as de prioridade 2 e apenas 3% para as de prioridade 3.

Os municípios da bacia do Corumbataí situam-se em prioridade 2, sendo que as Casas de Agricultura de Analândia, Corumbataí, Ipeúna, Itirapina, Rio Claro e Santa Gertrudes respondem à EDR de Limeira, enquanto as de Charqueada e Piracicaba estão ligadas à EDR de Piracicaba.

Para participar do Programa o município tem que criar e instalar o Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural e celebrar convênio com o governo do Estado de São Paulo. Posteriormente à adesão do município é elaborado um diagnóstico socioeconômico e ambiental da microbacia, seguido de um plano de microbacia. Após reuniões dos técnicos com os produtores rurais são elaborados projetos específicos para cada propriedade, seguindo a orientação do plano para a microbacia. Tais projetos é que são apoiados financeira e tecnicamente, sendo monitorados durante a sua execução.

Até março de 2005, foram inscritas no programa 888 microbacias, sendo que 516 tem plano aprovado e 248 estão em habilitação. Dos oito municípios da bacia do Corumbataí, apenas quatro já aderiram ao Programa. Porém, somente Piracicaba e Rio Claro estão com plano aprovado, enquanto Corumbataí e Ipeúna ainda possuem pendências (CATI, 2005), conforme Tabela 28. Saliente-se porém, que em Piracicaba, a microbacia do Ribeirão dos Marins, que tem plano aprovado e em implantação, situa-se fora da bacia do Corumbataí (CATI, 2001).

Como se verifica, o Programa Estadual de Microbacias está praticamente ausente na bacia do Corumbataí, uma vez que em apenas um dos cento e vinte e sete municípios existentes, foram iniciados os trabalhos.

Um reflexo desta desarticulação é que em 2005 a Secretaria Estadual do Meio Ambiente lançou um edital para seleção de microbacias e serem apoiadas pelo Projeto de Recuperação de Matas Ciliares, apoiado pelo Global

Environmente Facility GEF. Dos 15 aprovados, 3 pertencem à UGRH PCJ, porém nenhuma delas situa-se na bacia do Corumbataí (SMA, 2005).

Tabela 28 Municípios da bacia do Corumbataí que aderiram ao Programa Estadual de Microbacias Hidrográficas, indicando os que possuem plano aprovado por resolução da Secretaria de Agricultura e Abastecimento SAA.