• Nenhum resultado encontrado

1.4 OBJETIVO DA PESQUISA

1.4.2 Objetivos Específicos

- Elaborar o referencial teórico que venha servir de auxilio para o desenvolvimento projetual.

- Buscar obras correlatas e analisar as abordagens arquitetônicas.

- Realizar diretrizes projetuais, nas áreas técnicas para elaboração do projeto proposto.

- Desenvolver a proposta projetual para o Lar dos Bebês 1.5 METODOLOGIA

A metodologia utilizada na presente pesquisa trata-se de exploratória e descritiva, a

qual a primeira, segundo Sampieri, Collado e Lucio (2006), é feita quando o objetivo versa em pesquisar um tema pouco abordado. Já a segunda, também segundo os autores, deve-se explicitar atributos e particularidades importantes de qualquer elemento que se analise.

1.6 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Serão realizadas pesquisas a cerca das Histórias e Teorias, Metodologia de Projeto e Paisagismo, Tecnologia da Construção, e, Urbanismo e Planejamento Urbano, as quais são denominadas como frentes da arquitetura, que serviram de embasamento teórico e prático, durante todo o curso de Arquitetura e Urbanismo.

2. APROXIMAÇÃO TEÓRICA NOS FUNDAMENTOS ARQUITETÔNICOS

Neste capítulo serão abordadas as quatro frentes da arquitetura, as quais serviram de embasamento teórico e prático, durante todo o curso de Arquitetura e Urbanismo. Após a análise destas frentes, as quais são: Histórias e Teorias; Arquitetura e Paisagismo;

Tecnologias; Urbanismo e Planejamento Urbano serão relacionados aos conceitos abordados com o tema discutido.

2.1 NA HISTÓRIA E TEORIAS

Segundo Glancey (2001), a história da arquitetura tem início aproximadamente no ano 7000 a.C. e apresenta como o homem conseguiu abrigo, fazendo da arquitetura uma necessidade. Temos assim, segundo Nestor Filho (2004), que em cada período, seja ele atual ou antigo, a arquitetura é produzida e aproveitada distintamente, a qual se relaciona de uma forma singular com a estrutura da cidade já estabelecida. Assim, Benevolo coloca:

A arquitetura moderna é a busca de um novo modelo de cidade, alternativo ao tradicional, e começa quando os “artistas“ e os “técnicos“ - chamados a colaborar com a gestão da cidade pós-liberal - se tornam capazes de propor um novo método de trabalho, libertado das anteriores divisões institucionais (BENEVOLO, 2001, p.

625).

Entretanto no Brasil, segundo Colin (2000), a arquitetura moderna desperta com o trabalho do arquiteto russo Gregori Warchavchik, na cidade de São Paulo, em meados de 1920. Porém, hoje em dia, a arquitetura brasileira possui uma diversidade e abrangência em várias tendências, apesar do país não reproduzir as condições de uma sociedade pós-industrial, a qual inspirou movimentos mais críticos da arquitetura.

2.1.1 História de Cascavel - PR

A partir da segunda metade do século XX, segundo Piaia (2004) ocorreu a ocupação da região oeste do estado do Paraná, o qual foi o último local entre os estados do sul do país a ser colonizado. O oeste paranaense atravessou quatro fases distintas de ocupação. Assim, temos que:

A primeira decorrente da ocupação de grande parte do território sul-americano por um numero acentuado de tribos indígenas. [...] A segunda fase da ocupação, pontuada com elementos da cultura indígena e europeia. [...] A terceira fase decorreu da introdução do sistema obragero, que significativamente, interligará a região ao sistema de trocas e ao comercio internacional. [...] na quarta fase, ou contemporânea, é que as transformações se tornam mais abruptas e complexas. As fases anteriores,

embora repletas de riquezas e significações não contem em seu bojo a complexidade trazida pelas relações de produção capitalista (PIAIA, 2004, p. 162)

O autor acima citado ainda afirma que não há qualquer precisão da data de nascimento da cidade ou até mesmo informações sobre o surgimento do nome e sua consolidação. Já Sperança (1992) afirma que a capital do oeste do Paraná, como é conhecida por ser o pólo econômico da região, viveu seu primeiro ano de município instituído ainda na qualidade de distrito de Foz do Iguaçu, até a instalação em 14 de dezembro de 1952, momento em que se inicia a vida independente.

FIG. 1 Mapa do Brasil/Paraná/Cascavel

Fonte: Site: Prefeitura de Cascavel PR

Hoje, de acordo com o portal virtual da cidade, Cascavel conta com aproximadamente 300 mil habitantes, tendo uma topografia privilegiada por estar situada no terceiro planalto do estado, permanecendo assim aproximadamente 500 km da capital do estado, é um pólo econômico, devido ao agronegócio, o qual se inicia nas agroindústrias.

Posteriormente, é passado pela comercialização e por fim desenvolve e oferta serviços especializados.

2.1.2 Instituições de Acolhimento de Crianças e Adolescentes

O Departamento de Proteção Social Especial (SNAS/MDS) elaborou o documento Orientações Técnicas: Serviços de Acolhimento para Crianças e Adolescentes, aprovado em junho de 2009, o qual consiste na regulamentação, no território nacional, a organização e oferta destes serviços.

Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), na disposição do artigo 101, o abrigo institucional é um serviço que oferece o acolhimento temporário para crianças e adolescentes separadas do convívio familiar por meio de medida protetiva de abrigo, ou em caso de abandono, ou cujas famílias ou responsáveis encontrem-se provisoriamente incapazes de desempenhar sua função de cuidado e proteção.

Toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio da sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente livre da presença de pessoas dependentes de substâncias entorpecentes (BRASIL, 1990, Art. 19).

Conforme as orientações técnicas elaboradas pelo SNAS/MDS o serviço deve ter a aparência similar ao de uma residência e estar implantado em áreas residenciais, oferecendo ambiente acolhedor e condições institucionais para o atendimento com padrões de dignidade.

Seguindo nesta mesma linha, o documento apresenta um público alvo de crianças e adolescentes de 0 a 18 anos, sob medida protetiva de abrigo, tendo como número máximo de 20 usuários.

O documento ainda mostra que, “quando os serviços forem desenvolvidos por organizações não-governamentais, a equipe técnica deverá pertencer ao quadro de pessoal da entidade ou, estar vinculada ao órgão gestor da Assistência Social” (Orientações Técnicas:

Serviços de Acolhimento para Crianças e Adolescentes, 2009, p. 64)

A permanência da criança e do adolescente em programa de acolhimento institucional não se prolongará por mais de 2 (dois) anos, salvo comprovada necessidade que atenda ao seu superior interesse, devidamente fundamentada pela autoridade judiciária (BRASIL, 1990, Art. 19, § 2°).

A instituição Lar dos Bebês Pequeno Peregrino, segundo o portal digital da mesma, é:

Entidade Civil, Pessoa Jurídica de direito privado, filantrópica assistencial, sem fins lucrativos, fundada em 20//02/1994, registrada junto ao (CMAS) Conselho Municipal de Assistência Social sob nº 01.01.2003.006, reconhecida desde 2002 como Utilidade Pública Municipal (Lei 3521/2002) e desde janeiro de 2010, como de Utilidade Pública Estadual (Lei 16.379/2010).

A instituição atende crianças de 0 (zero) à 18 (dezoito) anos de idade que possuem vínculos familiares rompidos e/ou fragilizados, em condição de ímpeto social e/ou pessoal sob medida de proteção por determinação da Vara da Infância e da Juventude da Comarca de Cascavel.

É dever da família, da sociedade e do Estado em assegurar à criança e ao adolescente com absoluta prioridade, o direito a vida, a saúde, a alimentação, a educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, a dignidade, ao respeito, a liberdade e a convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda

forma de negligencia, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão (BRASIL, 1988, Art. 227)

O Lar dos Bebês se iniciou com a idéia de uma família que abrigou solidariamente duas crianças, que com o passar dos anos foram aumentando e garantiu a outras crianças, não somente abrigo, também um refugio. Hoje em dia a instituição recebe subsídios espacial e qualidade de espaço, temos que:

Deve o edifício tocar a nossa sensibilidade, nos incitar à contemplação, nos convidar à observação de suas formas, à textura das paredes, ao arranjo das janelas, ao jogo de luz e sombras, às cores, à sua leveza ou solidez (COLIN, 2000, p. 25)

Na intuição de projeto, conforme Zevi (1996), a edificação deve contemplar dois espaços, os interiores, que são definidos pela forma arquitetônica e, o exterior aplicado ao entorno da edificação. Segundo Gomes Filho (2003), a forma pode ser esclarecida como a figura visível do conteúdo, a qual comunica sobre a natureza do aspecto da edificação.

A partir disso, temos que as diversas configurações da forma podem ser manejadas a fim de se deliberar um volume de espaço separado e a maneira como seus padrões de sólidos e vazios comprometem a propriedade do espaço definido (CHING, 1998, p. 178).

Neste sentido, Okamoto (1997, p. 9) mostra que “a matéria prima do arquiteto é o espaço interno do edifício construído”. O autor também apresenta a necessidade de edifícios com preocupações formais e estéticas, que venham suprir as necessidades funcionais do indivíduo, das empresas e das instituições.

Assim, Ching (1998, p. 188) apresenta que “a maneira como esses espaços são dispostos pode esclarecer sua importância relativa e seu papel funcional ou simbólico na organização de um edifício”. Desta forma se faz necessária a harmonia entre o espaço interno e o externo, onde Gomes Filho (2003) diz que:

A harmonia diz respeito à disposição formal bem organizada no todo ou entre as partes de um todo. Na harmonia, predominam os fatores de equilíbrio, de ordem e de regularidade visual inscritos no objeto ou na composição, possibilitando, geralmente, uma leitura simples e clara. A harmonia é, em síntese, o resultado de uma perfeita articulação visual na integração e coerência formal das unidades (GOMES FILHO, 2003, p. 51)

De acordo com a abordagem do tema escolhido, a concepção espacial tem como objetivo a melhoria da percepção do espaço interno e externo, a fim de aperfeiçoar as sensações, apresentando um conforto psicológico para os usuários.

Assim, a percepção é uma função psicológica que consente ao organismo por meio dos sentidos, aceitar e elaborar a comunicação oriunda do seu entorno. Há diversos fatores que intervêm na percepção do espaço ou de um elemento; como por exemplo, as incitações sensoriais, a localização do objeto no tempo e no espaço, a importância das experiências previas das pessoas, tais como a cultura e a educação (LIMA, 2010, p. 24).

[...] A interpretação espacial constitui o atributo necessário de toda a possível interpretação se esta quiser ter um sentido concreto, profundo, compreensivo em matéria de arquitetura. Oferece por isso, o objeto, o ponto de aplicação arquitetônico a todas as possíveis interpretações da arte, e condiciona sua validade (ZEVI, 1996, p.

192).

2.1.4 Utilização das cores na concepção espacial

Há aproximadamente um século, o ser humano passou a utilizar as cores com a mesma veemência que se faz hoje. As cores compõem incitações psicológicas para o sentimento humano, interferindo no indivíduo, para gostar ou não de algo. Assim, vê-se que a dimensão de um objeto pode ser modificada pelo uso da cor, onde, por exemplo, a área branca parece sempre mais extensa, ao contrário da área preta, pois estas diminuem o espaço (FARINA, 1993, p. 111-112).

Um fenômeno de luz e percepção visual que pode ser descrito em termos da percepção que um indivíduo tem de matiz, saturação e valor tonal. Cor é o atributo que mais claramente distingue uma forma de seu ambiente. Também afeta o peso visual de uma forma (CHING, 1998, p. 34).

Neste contexto, Guimarães (2000) apresenta que a humanidade compreende a cor como um atributo ou característica natural dos objetos. Cada ser humano vê uma imagem com um ponto de vista diferente, criando, campos visuais diferentes, os quais formam o volume dos objetos. O autor também apresenta que:

Uma composição cromática, como toda experiência visual, é dinâmica. As cores apresentam características de peso, distância e movimento que, combinados a proporção e localização das formas, constroem uma informação complexa, cuja totalidade provoca reações diversas no observador (GUIMARÃES, 2000, p. 75)

Para uma composição de cores agradável, de acordo com Guimarães (2000), é necessário o equilíbrio e a harmonia, os quais podem ser definidos como a inter-relação entre as cores. Seguindo nesta mesma linha, Pedrosa (2004) afirma que todas as cores combinam entre si, porém, nem todas as composições são harmoniosas.

Conforme o enfoque do tema tem-se que a utilização das cores na concepção do espaço interno e externo, devido à sua capacidade de fazer um objeto recuar ou avançar, podem alterar o próprio volume. Não somente isso, mas a cor pode ser utilizada com finalidade psicológica e cromoterápica (GOMES FILHO, 2003, p. 65).

Por sua expressividade, a cor tem a capacidade de, mais que qualquer outro elemento, liberar as reservas criativas do indivíduo. Essa liberação é fator decisivo na autoafirmação e auto-aceitação, que, em última análise, é o que visa o terapeuta.

Na ludoterapia, terapia pelos brinquedos, por exemplo, a cor tem papel relevante.

[...] Contribui para um crescimento harmônico e equilibrado. Ela consiste no uso especialmente do brinquedo colorido, dentro de um equilíbrio exato, cuja manipulação irá influenciar beneficamente no sistema nervoso da criança, propiciando-lhe uma liberdade interior que, mais tarde, no decorrer da vida, vai capacitá-la em suas próprias escolhas e opções (FARINA, 1993, p. 109).

Assim, as cores podem ser utilizadas como um apoio para o desenvolvimento e também como um estimulo psicológico para as crianças, pois podem ajudar a transmitir tranquilidade a partir não somente de uma cor, mas de uma composição harmônica de cores (GOMES FILHO, 2003, p. 65)

2.2 METODOLOGIA DE PROJETO E PAISAGISMO

Segundo Colin (2000, p. 51), “a forma de um edifício é, pois, sua silhueta, sua massa, sua cor e textura, seu jogo de luzes e sombras, a relação e disposição de seus cheios e vazios”. O autor também afirma que o edifício é como uma obra de arte, que além de atender aos requisitos técnicos, como estrutura e qualidade de material, devem instigar a contemplação. Além do projeto e suas particularidades, as áreas verdes que compõem o local é de extrema importância, portanto:

As funções que as áreas verdes e os espaços livres desempenham no meio urbano podem ser agrupadas em três conjuntos: valores paisagísticos, valores recreativos e valores ambientais. Todas estas funções, direta ou indiretamente, têm implicações sociais com reflexos na qualidade de vida da população (Lira Filho, 2002 p. 133)

2.2.1 Concepção do Partido Arquitetônico

Entende-se como concepção do partido arquitetônico, de acordo com Comas (1986) o conjunto de especificações formais, que podem ser consideradas como a natureza geométrica e também técnico-construtivo. O autor também apresenta que:

A primeira teoria postula o partido como a consequência inevitável da correlação lógica entre a análise dos requerimentos operacionais do programa e a análise dos recursos técnicos disponíveis. A segunda visualiza o partido como resultado de intuição do gênio criador arquiteto, manifestando-se espontaneamente. Ambas surgem contrapropostas à teoria tradicional que entendia ser a concepção de partido baseada na imitação de precedentes formais conhecidos (COMAS 1985, p. 35)

Miriam Gurgel (2005) cita que o espaço deve ser eficiente, agradável e causar o bem-estar aos seus usuários, utilizando-se de uma boa iluminação, conforto, ventilação, cores agradáveis e que atuem positivamente na mente das pessoas. Neste sentido, Del Rio (2002) apresenta que o arquiteto ao projetar os espaços, necessita de conhecimentos transdisciplinares, ou seja, ao mesmo tempo, em diversas linguagens, como em artes, fisiologia, psicologia, física, química, matemática.

Segundo Ching (1998) “o espaço engloba constantemente nosso ser através do volume do espaço nos movemos, percebemos formas, ouvimos sons, sentimos brisas, cheiramos as fragrâncias de um jardim em flor.”

O partido arquitetônico, não somente ligado a forma arquitetônica, mas também ao sistema adotado na concepção do projeto tem-se, de acordo com Colin (2000) que:

A função antecede qualquer outro dado, não a função estética, mas a função prática.

Antes de se pensar em um edifício, é necessário que a sociedade precise dele, que haja uma função para ele cumprir; além disso, o uso, terá papel importante na definição de sua forma (COLIN, 2000, p. 27)

Desta forma, foi adotada a funcionalidade como partido principal na concepção do projeto, pois, é de extrema importância que a edificação possua um propósito e também, que os usuários, ao caminharem pela edificação, sintam-se orientados, ou seja, que consigam distinguir os ambientes de acordo com a setorização.

2.2.2 A Forma Arquitetônica

A forma, de acordo com Ching (1998) é um termo com diversos significados e abrangência, o qual, na arte e no projeto, são frequentemente utilizados para definir a estrutura formal, que pode ser explicada como o estilo de distribuir e ordenar os elementos de uma composição de maneira a originar uma representação coerente.

Já Colin (2000) fala que a forma volumétrica analisa o aspecto exterior do edifício, o qual valoriza o volume preferencialmente ao espaço, que foi concebido por critérios excepcionalmente funcionais.

A arquitetura é o jogo sábio, correto e magnifico dos volumes reunidos sob a luz.

Nossos olhos são feitos para ver formas sob a luz; as sombras e os claros revelam as formas. [...] São as grandes formas primárias que a luz revela bem (CORBUSIER, 2000, p. 13).

Segundo Lima (2010, p. 105) “a luz se tornou um material à disposição do arquiteto para definir espaços, enfatizar volumes, criar atmosfera e transmitir uma mensagem”. Além de tudo isso, deve-se ressaltar que a iluminação apropriada é o fator vital para a percepção. A boa iluminação, seja ela natural ou artificial, deve dar ao recinto um efeito de conforto e segurança (MANCUSO, 2010, p. 77).

Como visto anteriormente, é importante para o arquiteto a disponibilidade de uma ferramenta que avalie e promova a manipulação da forma espacial, assim, o modo como os espaços conjugam-se entre si institui-se um importante assunto na análise da forma espacial (COLIN, 2000, p. 57).

A forma arquitetônica é o ponto de contato entre massas e espaço[...] Formas arquitetônicas, texturas, materiais, modulação de luz e sombra, cor, tudo se combina para injetar uma qualidade ou espirito, que articula o espaço. A qualidade da arquitetura será determinada pela habilidade do projetista em utilizar e relacionar esses elementos, tanto nos espaços internos quanto nos espaços ao redor dos edifícios (BACON, apud CHING, 1998, P. 33).

Assim, vê-se que a forma na arquitetura influencia diretamente ao usuário, pois ela pode transmitir diversas sensações, portanto, serão utilizadas formas simples, com materiais diferenciados a fim de proporcionar um conforto visual, e uma sensação de acolhimento para as crianças e jovens do Lar dos Bebês.

2.2.3 As Cores

A cor não possui uma essência material. É apenas sensação originada por associações nervosas sob a ação da luz. A cor proporciona uma variedade muito ampla e pode ser classificada em primárias, secundárias e terciárias e, dentro dessas, cores quentes e cores frias (MANCUSO, 2010, p. 113).

Cor primária: é cada uma das três cores indecomponíveis que, misturas em proporções variáveis, produzem todas as cores do espectro, que são o vermelho, o amarelo e o azul. [...] Cor secundária: é a cor formada em equilíbrio óptico por duas cores primárias. Cor terciária: é a intermediária entre uma cor secundária e qualquer das duas que primárias que lhe dão origem. Cores quente: são o vermelho e o amarelo, e as demais cores que eles predominem. Cores frias: são o azul e o verde, bem como as outras cores predominadas por eles (MANCUSO, 2010, p. 115).

A autora expõe os atributos psicológicos propostos pelas cores: vermelho, amarelo, azul, verde, laranja, violeta, preto e branco. Têm-se também os tipos de harmonias cromáticas, que são divididas em: harmonia complementar ou oposta; harmonia análoga ou adjacente;

harmonia monocromática; harmonia complementar dividida simples; harmonia complementar dividida dupla; harmonia tríade; harmonia monotom e, por fim, harmonias alternativas de 60°

ou 90° (MANCUSO, 2010, p. 120 - 138).

2.2.3.1 As cores como Elemento Arquitetônico

A personalidade das pessoas pode ser interferida através da utilização das cores, ou seja, as pessoas trabalham, estudam, produzem melhor, quando se utiliza cores adequadas para a prática de ocupações. Têm-se cores relacionadas até mesmo para a aparência da personalidade, ou, até mesmo o estado de espírito. O impacto emocional decorrente das combinações diversificadas de cores vai depender em sua totalidade, do observador. Tem-se assim, as características psicológicas sugeridas pelas cores (MANCUSO, 2010, p. 119).

A cor atua sobre o homem provocando-lhe otimismo ou depressão, atividade ou passividade. A cor com ambiente em oficinas, escritórios ou escolas pode fazer aumentar ou diminuir a produção ou o aproveitamento, e em clínicas contribuir para a saúde dos internados. A cor pode agir de uma forma indireta reduzindo ou aumentando a ação psicofisiológica das características geométricas de um espaço, visto que é mais um componente desse mesmo espaço; e de uma forma direta pela capacidade emotiva da própria cor (NEUFERT, 1976, p. 27).

Desta forma, será utilizada a composição cromática a fim de repassar sentimentos e sensações, tanto no lado externo da edificação, quanto nos ambientes internos, proporcionando às crianças um espaço agradável para viverem.

2.2.4 Ludoterapia

A ludoterapia, segundo Axline (1972) é embasada no caso de que é através do jogo que a criança se auto-expressa. Segundo a mesma, é uma chance proporcionada à criança de se desprender de seus sentimentos e anseios por meio do brinquedo.

A ludoterapia pode ser conceituada como uma oportunidade que se proporciona à criança de poder se desenvolver sob condições com uma maior qualidade (AXLINE, 1972, p.

A ludoterapia pode ser conceituada como uma oportunidade que se proporciona à criança de poder se desenvolver sob condições com uma maior qualidade (AXLINE, 1972, p.

Documentos relacionados