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2. APROXIMAÇÃO TEÓRICA NOS FUNDAMENTOS ARQUITETÔNICOS

2.3 TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO

A tecnologia passou a avançar a partir da revolução industrial e contribui de forma significativa com o progresso da humanidade. O avanço da tecnologia serviu como indicador da progressão do crescimento social e, hoje, ainda há a análise das sociedades de acordo com o grau de sofisticação tecnológica (MASCARO, 1989, p. 7).

A autora conceitua a tecnologia como “um conjunto de conhecimentos aplicado à produção de bens, incluindo as técnicas que permitem a organização e a eficiência do processo produtivo”. A autoria ainda afirma que a tecnologia do espaço edificado adota o tratamento metódico dos acontecimentos de alteração do habitat do homem.

O arquiteto é o criador da modificação dos espaços, e faz pensado na satisfação dos desejos do usuário, baseado nos conhecimentos oferecidos pela tecnologia da construção e na sua cultura sobre a estética, e ética e a história (COBERLLA E habituar-se reiteradamente, de acordo com a circunstância climática diária.

É a arquitetura que quer criar prédios objetivando o aumento da qualidade de vida do ser humano no ambiente construído e no seu entorno, integrando com as características da vida e do clima locais, consumindo a menor quantidade de energia compatível com o conforto ambiental, para legar um mundo menos poluído (COBERLLA E YANNAS 2003, p. 17).

Assim, Corbella e Yannas (2003) apresentam que, para obter uma qualidade neste espaço, é necessária a utilização de estratégias projetuais para promover o conforto na edificação. Tem-se ainda, segundo os autores, que o conforto é quando uma pessoa está confortável com uma condição ou acontecimento. Portanto, uma pessoa está em um ambiente confortável quando sente neutralidade em relação a ele.

Segundo Keeler (2010), pesquisas apresentam que o bem-estar humano é consequência de exames de desempenho e a produtividade na função trabalhista, podem ser conferidos a uma condição física, consistindo em um dos objetivos biofísicos da condição do ambiente construído. Como visto, de acordo com Frota (2010), a arquitetura deve servir o homem e seu conforto, o que abrange não somente ao conforto térmico, mas também ao acústico e ao lumínico.

O projetista pode contribuir, até certo ponto, para o conforto interno por meio do uso de princípios de projeto sustentável, mas o usuário da edificação também precisa de ferramentas flexíveis e eficazes para aprimorar ainda mais seu ambiente e controlar, no mínimo, a temperatura, a umidade, a ventilação e a iluminação (KEELER, 2010, p. 105).

Assim, serão realizadas propostas a fim de aprimorar e controlar, não somente a troca de calor da edificação, mas também outros fatores que influenciam diretamente o conforto gasto de energia e precise da disposição da menor potência elétrica possível, o que também diminui a poluição (CORBELLA E YANNAS, 2003, p. 37).

Os autores mostram que, para conseguir um bom nível de conforto, podem ser realizadas estratégias como: controlar os ganhos de calor; dissipar a energia térmica do interior do edifício; remover a umidade em excesso e promover o movimento de ar.

O conhecimento do clima, aliado ao dos mecanismos do trocas de calor e do comportamento térmico dos materiais, permite uma consciente intervenção da arquitetura, incorporando os dados relativos ao meio ambiente externo de modo a aproveitar o que clima apresenta de agradável e amenizar seus aspectos negativos (FROTA, 2010, p. 57).

Segundo Frota (2010), a geometria da insolação provê uma ferramenta para medir os horários de isolação para cada orientação de parede. Por fim, o autor apresenta que, a orientação das aberturas e dos artefatos em vidro permitem o contato com o exterior, gerando a iluminação natural e também a troca de calor quando não dispostas de maneira correta.

Para controlar os ganhos de calor as estratégias são: minimizar a energia solar que entra pelas aberturas, minimizar a energia solar absorvida pelas paredes externar, colocar isolantes térmicos nas superfícies mais castigadas pelo sol. Para aumentar a dissipação de energia do espaço habitado deve-se promover níveis maiores de ventilação quando a temperatura externa for menor que a interna, combinar a possível ventilação noturna com inércia térmica, transferir o calor para zonas com temperatura menor que a do ambiente habitado. Para remover a umidade em excesso e movimentar o ar – o qual aumentará o conforto térmico das pessoas – deve-se promover o movimento do ar e sua renovação, no período no qual as pessoas estejam ocupando o ambiente (CORBELLA E YANNAS, 2003, p. 37).

Então, com conhecimento sobre o clima, a insolação e ventilação do local, em conjunto com as estratégias para amenizar os aspectos climáticos negativos no projeto, proporcionar-se-á o conforto térmico do local estudado, com a intenção de melhorar a qualidade do ambiente, para que os usuários realizem suas atividades com um melhor desempenho.

2.3.3 Iluminação Natural

Segundo Romero (2001), a história da luz natural em analogia à estética da luz compõe um componente importante para o entendimento desse acontecimento e de sua função na arquitetura. Jourda (2013) apresenta que todos os espaços de longa permanência necessitam propor uma iluminação natural suficiente, tanto em qualidade quanto em quantidade.

Essa resolução contesta às utilidades de conforto visual e de redução do uso de iluminação artificial. Assim, deve-se procurar o maior aproveitamento da luz natural, por meio de chaminés de luz, clarabóias, materiais translúcidos, diminuindo assim o gasto de energia elétrica.

A iluminação eficiente consegue atender às áreas que recebem luz diurna, mas também iluminá-la artificialmente a noite. [...] O ponto chave do uso de iluminação zenital é equilibrar os níveis de luz e as economias de energia em relação às perdas e ganhos térmicos (KEELER, 2010, p. 146).

Segundo Corbella e Yannas (2003) as estratégias para obter uma iluminação natural de qualidade são: a organização dos espaços interiores compatível com a forma e a melhor orientação solar; estudo da localização; forma e dimensão das aberturas; estudo da geometria e cores das superfícies internas e por fim, o projeto de iluminação artificial deve se associar ao natural.

De acordo com Unwin (1996), a luz é uma condição da arquitetura, porém pode ser definida como um elemento, a fim de proporcionar a qualidade do espaço. Contudo, tanto a luz natural quanto a artificial, pode ser trabalhada através do projeto.

O olho humano se adapta melhor à luz natural que à artificial, portanto é melhor trabalhar com luz natural. A luz artificial não reproduz as cores da luz natural, nem varia conforme as horas do dia, reduzindo, assim, a riqueza em cores e contrastes dos objetos iluminados. É importante notar também que a luz natural, além de seus benefícios para a saúde, da a sensação psicológica do tempo – cronológico e climático – no qual se vive, ao contrario da monotonia fornecida pela luz artificial (CORBELLA E YANNAS, 2003, p. 47).

Com isso, serão adotados métodos para obter a iluminação natural dos ambientes, contribuindo não somente com relação à saúde e a produtividade, mas evitar a poluição visual de informações e consequentemente, como forma de promover a economia de energia, diminuindo assim os gastos da instituição em questão.

2.3.4 A estrutura na Arquitetura

A estrutura na arquitetura, conforme Silva e Souto (1997) abrange plenamente as partes que formam a composição da edificação, desde os revestimentos, a pintura, até sua concepção estrutural. Porém, de todos esses elementos a estrutura é a principal, pois sem ela, a forma não pode ser preservada, o espaço não pode ser medido, fazendo dela, uma ferramenta essencial para o espaço arquitetônico.

Somente através da estrutura o espaço pode ser medido, de modo que a vida do individuo, família ou sociedade possa se desenvolver, através da estrutura, o espaço pode ser controlado, de modo que o homem possa viver seguramente, mover-se e trabalhar, através da estrutura, esse espaço pode ser enriquecido, avaliado e receber qualidade estética. A estrutura é, então, instrumental e integral para o espaço arquitetônico (DA SILVA E SOUTO, 1997, p. 26).

Assim, segundo Engel (2001), “as estruturas na natureza e na técnica servem o propósito de não somente controlar o seu peso próprio, mas também receber carga adicional (forças). Esta ação mecânica é o que se chama de suporte”

De acordo com Engel (2001), o projeto estrutural no campo das tecnologias está implicado a expandir um princípio para o fluxo de forças, o qual combine com a imagem funcional já definida. O objetivo é transformar as forças influentes de maneira igualitária, seja por meio da alteração da forma funcional ou através do reforço da estrutura adicional.

Ao planejar o projeto e a construção de uma edificação, devemos considerar cuidadosamente as forças ambientais que o contexto físico dessa edificação - a sua localização. Apresenta localização geográfica de um terreno, a topografia, a vegetação, o clima, a orientação solar, e a orientação dos ventos predominantes influenciam as decisões em um estágio inicial do processo de projeto. Essas forças ambientais podem ajudar a definir a forma de uma edificação, articular o seu limite, estabelecer sua relação com o plano do solo e sugerir a maneira como seus espaços interiores são arranjados (ENGEL, 2001, p. XX).

Assim, verifica-se que, mesmo em projetos de pequena escala, há uma necessidade na escolha da estrutura a ser utilizada, pois ela define a forma funcional, ou seja, é uma determinante do estudo da planta a ser realizada.

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