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5 ATIVIDADES DE INTEGRAÇÃO NO MEIO

5.3 Acão de Extensão Curricular

5.3.4 Operacionalização

A realização da atividade, como já foi referido anteriormente, ocorreu no dia 1 de Junho de 2013, como havia sido planeado. A concentração da maioria dos alunos, professores e encarregados de educação ocorreu na escola, pelas 8h30, sendo que alguns dos alunos iriam ter ao local onde se iria desenrolar, efetivamente, a atividade. Após a confirmação das presenças iniciámos o percurso de carro, de acordo com o que já havia sido planeado.

Chegados ao local, à Baía d’ Abra, os restantes alunos e encarregados de educação já lá estavam, pelo que relembrámos, imediatamente, um conjunto de indicações e procedimentos de segurança, que já haviam sido trabalhados as aulas de FPS, que deveriam ser respeitados, como por exemplo: ao longo do percurso iriamos realizar três paragens para repousar e beber agua; andar sempre em fila indiana; estar a um braço de distância do colega da frente; não ultrapassar; desviar-se das pessoas que caminham no sentido contrário; andar sempre no trilho; não deitar lixo no chão (deixar apenas as pegadas); avisar quando pretender tirar fotografias...

Tendo em conta que estavam presentes as duas turmas dos professores estagiários na atividade havíamos definido como estratégia a divisão das duas turmas onde uma delas partia com um avanço de, sensivelmente, 10 minutos, isto para que não existesse um grande aglomerado de pessoas ao longo do percurso, visto que não eramos os únicos a realiza-lo. Durante a caminhada os professores contribuíram com o seu conhecimento para a “descoberta” de um conjunto de curiosidades relacionadas com a fauna e flora, com que os alunos se iam deparando ao longo do percurso.

As paragens ao longo do percurso ocorreram conforme planeadas e permitiram que os alunos pudessem descansar, lanchar e partilhar o que tinham visto, ate então.

Durante o percurso de ida e volta demorámos o tempo que havíamos definido tendo contribuído para tal o reconhecimento do percurso que realizamos 5 dias antes da concretização da mesma e onde tomámos notas de pormenores como os declives mais acentuados, os locais para realizarmos as paragens, os pontos de interesse, etc…

Chegados à Casa do Sardinha os alunos puderam refrescar-se com a sua água e recuperar forças. Neste local a estratégia adotada para a operacionalização das duas

77 atividades, canoagem e caça ao tesouro, que havíamos desenvolvido para os alunos foi novamente separar as duas turmas para que estes pudessem interagir com os seus colegas. Dessa forma uma turma partiu para o Cais do Sardinha a fim de realizarem a atividade de canoagem enquanto a outra realizava a atividade de caça ao tesouro, sendo que, passado 45 minutos, os grupos trocavam de atividade. A dinâmica de operacionalização decorreu conforme previsto. Este foi um momento onde os alunos puderam compreender a necessidade de proteger o meio ambiente e de cooperar com um companheiro a fim de cumprir um trajeto em caiaque utilizando a propulsão e repulsão.

Após a realização destas atividades os intervenientes (Alunos, encarregados de educação/familiares e professores) tiveram um momento em que puderam voltar a recarregar as “baterias”. Sentaram-se à volta de uma mesa e colocaram o que haviam trazido de casa em cima da mesma com o propósito de partilharem o almoço. Este foi um momento de êxito onde todos puderam confraternizar, conversar e contar as peripécias que ocorreram até então. Este foi um momento muito agradável.

A visita ao museu da Casa do Sardinha ocorreu com 30 minutos de atraso pois quando chegamos ao local trocamos um conjunto de impressões com o vigilante, que iria efetuar a visita guiada, e concluímos, tendo em conta o tempo disponível, que seria melhor alterar o horário da mesma. Desta forma os intervenientes possuíram mais tempo para descansar, conviver e fotografar alguns locais interessantes. Momentos antes da visita os alunos demonstraram desinteresse pelo museu mas depois de estarem no seu interior e o vigilante iniciar a sua comunicação a maioria dos alunos ficaram interessados e realizaram um conjunto de questões sobre a fauna existente naquela Reserva Natural.

No regresso, quase chegando ao local de partida, quando os intervenientes pensavam que a atividade estava perto de terminar, estes foram surpreendidos por uma última atividade onde as duas turmas formaram três grupos recebendo posteriormente as tarefas que deveriam realizar. Foi um momento muito agradável e rico em conteúdo, pois através do mesmo os intervenientes foram desafiados a realizarem um “trava- línguas”, a elaborar um cartaz publicitário alusiva à caminhada e, ainda, a declamação de um poema. Ficou bem percetível que, apesar de a atividade não ter ainda terminado, os seus intervenientes tinham vivido cada momento de uma forma intensa.

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5.3.5 Apreciações gerais

A AEC foi toda ela desenvolvida, como é bem percetível, desde o 1º período até ao 3º período (momento da sua concretização), possuindo sempre como pano de fundo o atingir dos objetivos delineados anteriormente.

Podemos referir que este tipo de atividades contribui de forma muito ativa para o conhecimento das dinâmicas existentes na turma, bem como, para uma melhor integração de todos os intervenientes na comunidade escolar. A AEC concretizou-se no 3º período pelo facto de, desta forma, possibilitar que os alunos se envolvessem de forma ativa em todo o processo de planeamento necessário para a realização da expedição e por permitir o desenvolvimento de um conjunto de competências das quais destacamos a capacidade de autonomia, responsabilidade e tomada de decisão. No futuro enquanto professores para que a realização desta atividade ocorra mais cedo tentaremos iniciar este processo de planeamento, com os alunos, no início do ano letivo de forma a que este contribua para a recolha de um conjunto de dados e melhorar à interação existente entre todos os intervenientes.

Um dos aspetos positivos deste projeto perdeu-se com a recetividade e reconhecimento do valor educativo que esta atividade possuía, por parte da presidente do CE e dos professores das respetivas turmas.

Numa fase inicial do planeamento, e após termos referido que um dos objetivos desta atividade seria o de envolver os alunos, encarregados de educação e os professores, os alunos manifestaram de imediato o seu descontentamento. Tentámos contornar esta situação mencionando que esta seria uma oportunidade única para os encarregados de educação experienciarem uma atividade desenvolvida por eles, de conhecerem os seus colegas e os professores. Mesmo explicando, em diversas aulas, a importância que a participação dos encarregados de educação forneceria, os alunos continuaram a apresentar resistência nesse capitulo referindo mesmo que “se os encarregados de educação fossem à atividade seria apenas para questionarem os professores sobre o nosso comportamento”.

Não obstante continuámos a tentar convencer os alunos a convidarem os seus pais a participarem na atividade. Sabendo que a maioria dos alunos poderia nem convidar os encarregados de educação decidimos solicitar a DT que procurasse

79 sensibilizar os encarregados de educação logo que possível, isto aconteceu desde a reunião de notas do 1º período. Para além desta estratégia decidimos também criar um panfleto onde constavam diversas informações sobre a atividade, tais como as características do percurso com recurso a um mapa, horários das atividades, locais de concentração, algumas fotografias dos locais onde se iria passar e pequenas histórias do local, e ainda um espaço onde os encarregados de educação assinavam se autorizavam ou não o seu educando a participar, e ainda se eles próprios, ou outros elementos do agregado familiar, tencionavam envolver-se. Apesar da utilização destas estratégias não conseguimos envolver o número de encarregados de educação que gostaríamos. Um das estratégias que também poderíamos ter utilizado, e que até foi pensada, passaria por marcar uma reunião num horário pós-laboral a fim de apresentar e sensibilizar os encarregados de educação a participar na atividade.

Outro aspeto positivo, e que é deveras importante salientar, foi a disponibilidade e envolvimento demonstrado pela maioria dos professores da turma em abordar conteúdos cruciais que ajudaram na aquisição e desenvolvimento de competências que que auxiliaram os alunos no planeamento, realização e reflexão/balanço da atividade. O trabalho desenvolvido ao longo das aulas de FPS permitiram uma maior rentabilização das aulas de Educação Física.

Este tipo de atividade pode acarretar custos pelo que a criação de sinergias com entidades particulares e publicas poderá ser benéfico e reduzir o custo da mesma para zero, que foi o que aconteceu com a nossa atividade. Entrámos em contato, através de ofícios da escola, com as entidades necessárias onde esclarecemos o objetivos e propósito da atividade tendo este facto contribuído para a receção de uma resposta positiva de todas as entidades que contatamos.

Para além das razões enunciadas anteriormente, a realização desta atividade no âmbito das atividades de adaptação ao meio deveu-se ao facto de desta forma os alunos poderem vivenciar um conjunto de experiencias educativas outdoor fora do contexto escolar, isto é, num contexto real, garantindo um desenvolvimento holístico do aluno.

Consideramos que a atividade foi gratificante e muito enriquecedora pela forma como os seus intervenientes se envolveram nas diferentes fases da mesma, bem como, pelos comentários feitos, por estes no final da atividade, tendo uma professora referido

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que deveríamos realizar esta mesma atividade para os professores da escola, o que atesta o grau de satisfação desta professora.

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