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5 ATIVIDADES DE INTEGRAÇÃO NO MEIO

5.3 Acão de Extensão Curricular

5.3.3 Planeamento

Tendo em conta que esta atividade se iria realizar fora do âmbito escolar foi necessário apresentar uma “proposta” da atividade à presidente do CE, entidade máxima e a única que poderia dar o aval para a sua concretização, onde enaltecemos o enorme valor pedagógico que esta atividade proporcionaria aos alunos. O feedback recebido foi positivo tendo ainda sido enaltecido que o tipo de intervenção que pretendíamos realizar facultava competências aos seus intervenientes que poderiam ser uteis para o seu futuro na sociedade. Percebemos que o facto do núcleo de estágio do ano anterior ter desenvolvido uma atividade semelhante contribuiu para o demonstrar da importância que um projeto deste âmbito representa para à comunidade escolar.

Posteriormente, iniciamos o levantamento de um conjunto de pressuposto que deveriam ser garantidos a fim de podermos realizar uma preparação e organização prévia, como seja a escolha do local, da data de realização, da contratação do transporte, da prospeção do terreno e do percurso, contactos com entidades das regiões onde vai decorrer a atividade, etc. Este levantamento permitiu identificar e selecionar um conjunto de tarefas que os alunos poderiam ser incumbidos de elaborar, tendo em conta o capital de tempo que possuíamos, com a nossa orientação ou dos professores das outras disciplinas.

Como a finalidade desta atividade passava por envolver os professores da turma decidimos explicar em traços gerais a atividade que pretendíamos desenvolver, e deixar já algumas sugestões de como é que os professores poderiam, utilizando conteúdos das suas disciplinas, ajudar os alunos a prepararem-se para a realização da atividade, logo no primeiro Conselho de Turma. Ao longo deste processo fomos apresentando um

73 conjunto de propostas aos professores da turma no sentido de estes as desenvolverem com os alunos numa lógica de preparação para partir em Expedição. Sugeriu-se ainda formas de participarem ativamente durante a realização da atividade, tais como, fazer algumas paragens em locais estratégicos e propícios do percurso para que os alunos apresentem um conjunto de informações sobre a Expedição, fruto do seu trabalho nas outras disciplinas. Deixamos ainda em aberto a oportunidade dos professores sugerirem outras propostas de envolvimento.

Numa data mais próxima da realização da atividade, elaborámos e enviámos a todos os professores da turma, utilizando a Diretora de Turma como canal de comunicação, um documento (anexo N) com um conjunto de sugestões e informações relativas à Expedição, e ainda um espaço onde poderiam colocar se iam participar na atividade e que tipo de conteúdos relacionados com a sua preparação tinham/iriam abordar nas suas aulas. No quadro que se segue, para que fique percetível, especificamos os conteúdos abordados em cada uma das disciplinas.

Quadro 5 - Contributo dos professores da turma doutras disciplinas para a realização da “Expedição”.

Disciplina Conteúdos

Geografia  Recolha de informações sobre o local; Previsões meteorológicas;

 Saber interpretar uma carta/mapa com informações relativamente ao local; Matemática  Porções alimentares;

 Áreas percorridas; Língua Portuguesa  Ofícios;

Balanços;

 Convite aos professores;

História  Recolha de informações históricas sobre aquele ponto da ilha; Inglês  Análise de um texto em Inglês sobre as expedições portuguesas; Ciências da Natureza  Tipos de alimentação;

Primeiros socorros;

 Origem da região e suas formações rochosas;

Formação Pessoal e Social

EF

 Criação de grupos de trabalho;

 Estratégias de distribuição de tarefas;

 Caraterísticas do local/campo;

 Estratégias de enquadramento dos Pais/Encarregados de Educação;

 Inventariação do Material;

o Material Geral de Campo; o Material Grupo;

o Material Individual; o Material do Responsável;

 Transporte de Material;

Criação de percursos pedestres;

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No anexo Oé possível consultar uma das tarefas, o balanço de toda a atividade, que os alunos desenvolveram na disciplina de FPS.

É deveras importante salientar a disponibilidade, entrega e compreensão demonstrada pela DT sempre que solicitámos a sua colaboração, ora para reencaminhar uma mensagem eletrónica aos colegas, outras vezes a solicitar informações sobre determinado aluno, ou pedindo a marcação de uma reunião a fim de expormos as nossas opções estratégicas e ouvirmos as sugestões/opiniões da mesma. Podemos referir que a interação e envolvimento que existiu com a DT, foram determinantes para o alcançar do sucesso da atividade, pois esta participou ativamente em quase todas as decisões operacionais, ao longo deste processo.

Como é percetível no quadro anterior abordámos alguns dos conteúdos em algumas aulas de FPS com a colaboração dos professores responsáveis pela disciplina. Desta forma, rentabilizámos o tempo das aulas na lecionação dos conteúdos práticos, relacionados com a atividade, bem como, das outras matérias. Os conteúdos lecionados nas aulas de FPS estavam contemplados nas Unidades Didáticas.

Assim sendo, optámos por abordar nas aulas de EF os conteúdos mais “práticos” como por exemplo desenvolver a capacidade de ler um mapa simples, criação de grupos de trabalho, transporte de material, e a realização de situações de orientação onde teriam que percorrer um trajeto através da leitura de um mapa simples, preenchendo corretamente o cartão de controlo. Estas situações de aprendizagem permitiram capacitar os alunos de um conhecimento específico e semelhante ao que iriam vivenciar na atividade propriamente dita.

No que concerne as aulas de FPS decidimos abordar os conteúdos mais teóricos através de uma exposição dos passos necessários ao planeamento de uma atividade deste âmbito, sendo que os alunos eram questionados antes de expormos os passos e cuidados necessários. Numa fase posterior os alunos foram desafiados a apresentar as atividades que gostariam de realizar durante a “Expedição”, tendo em conta o tipo de terreno em que se iria desenrolar a atividade, definir o tipo de alimentação, organizar a distribuição dos alunos durante a atividade (todos juntos ou grupos), etc.

Pretendíamos assumir um papel de “meros” orientadores durante este processo de planeamento da atividade, onde os alunos seriam os grandes produtores, mas tal não

75 foi possível devido às inúmeras tarefas inerentes à concretização de uma atividade desta envolvência. Assim sendo, realizámos os contatos necessários, através de ofícios, com as entidades que entendíamos serem fundamentais para a concretização da atividade, como foi caso do ofício que enviamos à entidade da Reserva do Parque Natural da Madeira com o intuito de garantir que no dia da atividade teríamos um vigilante no Museu da Casa do Sardinha de forma a realizarmos uma visita guiada ao mesmo. Paralelamente os alunos desenvolviam, nas disciplinas indicadas no quadro anterior, as tarefas que lhes tinham sido propostas de forma a garantir que os mesmos compreendiam as variáveis que eram necessárias controlar, bem como a envolvência logística que uma atividade deste calibre envolve. Juntamente com os professores das respetivas disciplinas definimos as datas em que os alunos deveriam entregar as tarefas propostas, sendo que o controlo ficou a cargo dos respetivos professores.

Os alunos estavam tão envolvidos no planeamento da atividade que se propuseram a desenvolver um convite personalizado, nas aulas de FPS, que entregaram a cada um dos professores da turma. Posteriormente, à entrega do convite dos alunos aos professores, recebemos a confirmação de mais dois professores para além dos três que já estavam assegurados, queremos crer que o gesto dos alunos mobilizou estes últimos dois professores a participarem na atividade.

Com o objetivo de envolver os encarregados de educação na Expedição elaborou-se um panfleto (anexo P), personalizado para o efeito, com um conjunto de questões importantes no sentido de informar e “convencer” os pais dos alunos a participarem na atividade. No panfleto, existia um destacável onde os encarregados de educação assinavam se autorizavam ou não o seu educando a participar, e ainda se eles próprios, ou outros elementos do agregado familiar, tencionavam envolver-se (seja através do fornecimento de transporte, seja através da participação ativa na Expedição. Esta tarefa ficou sob nossa alçada pois entendíamos que o mesmo apresentava-se como um “trunfo” fundamental para convencer os pais a participarem na atividade.

Tendo em conta que a realização desta atividade poderia ser condicionada pelas condições climatéricas, efetuámos um levantamento de possíveis cenários, decidindo, posteriormente, desenvolver dois planos alternativos, “B” e “C”.

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